GOAT (Him)

10/03/2025 09:18:00 PM |

São raras as vezes que saio de uma sessão sem palavras, ou melhor, sem saber o que quero falar de um filme, mas hoje com "GOAT" estou aqui no shopping olhando para a mesa da praça de alimentação pensando se eu que não me conectei com toda a loucura do fechamento do filme, ou se ele desde o começo seria essa bizarrice, pois até aceito a ideia de uma seita e tudo bem, mas a intensidade toda ficar para o fechamento do longa é algo que sai dos eixos, meio como se a grana do orçamento acabasse e vamos explodir e matar tudo o que tiver na frente para encerrar, e isso em outras palavras é o que chamo de erva estragada na mente do roteirista, pois não tem como uma pessoa comum escrever isso. Ou seja, sabemos que a glória esportiva é algo de malucos, mas dava para o longa ser bem menos bizarro.

O longa acompanha a jornada de Cameron Cade, um promissor jogador de futebol americano que dedicou toda sua vida ao esporte. Na véspera de um importante evento de avaliação e recrutamento de atletas para a liga profissional, Cade sofre um acidente graças a um fã descontrolado, colocando sua carreira e os anos de dedicação em risco. Quando tudo parece perdido, porém, seu ídolo, o lendário e veterano quarterback Isaiah White assume a responsabilidade de orientar o talentoso atleta em sua ascensão para o topo, oferecendo-se para treiná-lo em seu ginásio isolado, um complexo que divide com sua esposa, uma famosa influencer chamada Elsie White. À medida que o treinamento avança e se intensifica, o comportamento de Isasah se revela cada vez mais tóxico e sombrio, levando Cade a um extremo que pode lhe custar sua vida. Entre o desejo de sucesso e os enigmas que cercam o local, GOAT explora os perigos da fama, da idolatria e da busca pela excelência a qualquer custo.

Não conhecia a filmografia do diretor e roteirista Justin Tipping, mas sei que o produtor Jordan Peele é bizarro dentro das concepções que trabalha, e aqui diria que faltou uma centralidade para que o filme convencesse mais, afinal toda a ideia persistia para um final maluco, mas jamais para a escolha feita, e essa quebra faz com quem o público não saiba o que achar da ideia toda. Claro que se analisarmos o conjunto inteiro, o filme não é tão ruim, mas dava para moldar mais o resultado completo com um final mais decente, é isso só serviu para mostrar um diretor inseguro de suas entregas.

Diria que essa semana é a famosa mudança de estilo para os comediantes, pois ontem vi o The Rock fazendo drama, e hoje Marlon Wayans fazendo terror de verdade sem comicidade com seu Isaiah White, ao ponto que sua entrega chega a ser daquelas que você fica impactado com o que vê, ou seja, ele sabe interpretar bem também, e causa com a insanidade do personagem. Já o papel de Tyriq Withers, pedia que seu Cameron Cade fosse meio estranho e apático após a porrada na cabeça, mas ele acaba surtando e entrando tanto na dinâmica que sua expressividade acaba se perdendo no miolo de tudo, ou seja, nem sei se lembrarei mais dele daqui a pouco. Quanto aos demais, cada um entregou sua loucura e desenvoltura de acordo com cada momento, não tendo grandiosos destaques, mas também não soando vagos para o que seus papéis pediam, é assim melhor citar no máximo Julia Fox como a excêntrica esposa do protagonista, mas mais pela loucura final do que pelas demais cenas que apareceu.

Visualmente a trama foi bem interessante ao mostrar a mansão do protagonista completa com campo interno, sala medica, sauna e tudo mais, com um design meio futurista no meio do deserto, tendo atos impactantes, misturados com personagens bizarros, é claro todo o final de uma seita bem maluca com um ritual no melhor estilo de gladiadores, ou seja, muito sangue voando para todos os lados.

Enfim, é daqueles filmes que se você achava que estava entendendo, no final ficará sem entender nada, e se já estava perdido no miolo, vai ficar ainda mais perdido com o encerramento, então não posso dizer que recomendo ele, pois é capaz de muita gente vir me bater depois, mas se quiser arriscar a ver algo muito maluco, vá por sua conta e risco. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas já que a noite começou estranha, vou para um filme que ao menos já tem estranho no nome, então abraços e até daqui a pouco.


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