É meus amigos, eis que mais um ano cinematográfico acabou, e nesse tivemos vários tipos de roteiros de gêneros diversos acontecendo nas nossas vidas ao ponto de nos emocionarmos não só nas salas escuras, mas sim em tudo o que olhássemos ao redor. Mas como sempre digo, o que gosto mesmo é chegar nos cinemas sem expectativas nenhuma e embarcar na viagem que o diretor da obra nos permeia, e isso sem dúvida alguma aconteceu comigo nas 371 tramas que conferi ao longo desse ano, quebrando mais um recorde pessoal (que inclusive duvidei no final do ano passado que ultrapassaria os 365 de 2021!), mas melhor do que quantidade temos de exigir qualidade, e felizmente isso aconteceu também, afinal a média do ano subiu um pouco ficando ainda mais próximo de um 7 (6,88) do que no ano passado, ou seja, muita coisa me surpreendeu, e claro as expectativas de alguns longas bem esperados foram supridas. Então como sempre faço no último dia do ano, irei colocar aqui os principais destaques sem grandes enfeites:
Dei no total seis notas 10 no ano, e sem dúvida foram os melhores filmes que vi, e agora vou elencar a ordem deles:
1º - Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (que aliás tem levado quase todas as premiações de melhor filme, e é daqueles que o cinema brilha, emociona e surpreende demais, então não teria outro nome);
2° - Avatar - O Caminho da Água (uma trama emocionante que ficamos esperando acontecer por quase 13 anos e cumpriu com todas as expectativas criadas visualmente e com uma história melhor que o original);
3° - Top Gun - Maverick (e falando em espera, eis que se passaram 36 anos para Tom Cruise entregar algo superior ainda ao clássico de 1986, emocionando e fazendo as mãos suarem com os aviões);
4° - Treze Vidas - O Resgate (assisti ao filme achando que seria algo tão light, e o sufoco que passei vendo as tentativas de tirar os garotos da caverna é algo sobrenatural de impactante)
5° - Nada de Novo no Front (uma refilmagem alemã de grande expressão, que se o original foi muito visto por todos para mostrar o sentimento da guerra pela visão dos soldados, aqui vale o mesmo)
6° - Elvis (não conhecia praticamente nada do músico, e aqui embora seja um filme lento pelo estilo do diretor, não tem como não se envolver com tudo o que é mostrado)
Dentre as demais notas, diria que posso dar destaques positivos para "Pinóquio por Guillermo del Toro" principalmente por num ano que tivemos 3 adaptações do mesmo livro, inclusive uma pela maior empresa de cinema do mundo que não empolgou, e aqui o stop-motion fez tudo e muito mais, sendo daquelas histórias brilhantes e emocionantes, outro que vale a menção é o longa dos nossos vizinhos argentinos, "Argentina, 1985", que choca por toda a dimensão de um julgamento forte e muito bem trabalhado, e já que estou falando em emoções, outro que citaria entre os melhores é a animação "Sing 2", que conseguiu ser ainda melhor que a original e fazer com que ao final eu já estivesse dançando emocionado com tudo o que foi entregue.
Agora não poderia esquecer de falar do nosso cinema nacional que esse ano consegui conferir 32 longas nos diversos meios, o que é um número bem satisfatório considerando tudo o que ocorreu nos últimos anos com nossa cultura, que posso destacar os quatro melhores "Medida Provisória", "O Debate", "Aldeotas" e "Eduardo e Mônica", que tiveram grandes expressividades, representações cênicas e muito simbolismo na telona.
Ou seja, foi um grande ano em todos os sentidos cinematográficos da expressão, e claro que espero superar ele com um 2023 melhor ainda, e assim sendo desejo uma ótima virada de ano para todos, muitos bons filmes nas telonas e telinhas, para sairmos cantando, refletindo, ficando assustado ou emocionado com tudo o que acontecerá nas salas escuras.
Então abraços e até o ano que vem pessoal, deste que pode parecer virtual, mas é bem real,
Costumo gostar de praticamente todos os estilos de filmes, entro na onda de algumas bizarrices e fico até feliz com algumas tramas introspectivas que nos fazem pensar e refletir sobre determinado tema, porém espero que o diretor seja direto no que deseja mostrar para mim, sobre o que devo refletir, suas entonações e tudo mais, pois apenas brincar com toda a essência da vida e da morte, dos conflitos pessoais familiares, da adoração sobre personagens históricos e tudo mais que a trama de "Ruído Branco" permeia é literalmente um sonífero da melhor qualidade, pois ando tendo dificuldades para dormir, e na metade do filme precisei me levantar para assistir um pouco da trama de pé senão acabaria apagando sentado. Ou seja, não costumo ser tão direto assim, mas o longa da Netflix é tão chato que mesmo tendo atuações bem marcantes não consigo expressar qualquer elogio para o que vi na tela, sendo daqueles filmes que certamente tem um ar crítico forte em cima de algum tema, mas são tantas discussões abstratas que nem dá para ir a fundo na discussão com a tela, pois é algo que só quem estiver extremamente disposto a inventar teorias e/ou estiver sob efeito de algo vai entrar completamente no clima e gostar do que verá na tela.
O longa dramatiza as tentativas de uma família americana contemporânea de enfrentar os conflitos da vida cotidiana enquanto lida com os mistérios universais do amor, da morte e da possibilidade de felicidade em um mundo incerto.
O estilo do diretor e roteirista Noah Baumbach é daqueles que alguns amam e outros odeiam, pois ele gosta de brincar com reflexões e desenvolvimentos muitas vezes confusos e abertos demais, mas isso é algo que quem vai conferir um longa seu já vai preparado, porém essa amplitude toda é funcional se bem desenvolvida e colocada como algum ponto crítico mais elaborado e não apenas com atos jogados e cansativos, de tal forma que o livro de Don DeLillo pode até ser intrigante por mostrar os conflitos familiares no mundo moderno, pode ser amplo e bem crítico, mas a sensação que eu tenho é que faltou um algo mais pegado na trama para que ele nos direcionasse também, já que o filme acaba parecendo ser esquetes soltas e corridas que causam sensações, mas que não vai além. Ou seja, o resultado visual parece ser uma bagunça completa que queriam que opinássemos sobre algo e ficamos esperando acontecer esse algo, mas não vai longe, e assim o sono fica mais chamativo do que a história em si.
Sobre as atuações, Adam Driver já está colecionando indicações com seu Jack nas premiações, e ele mostra muito serviço em cena, fazendo trejeitos bem trabalhados e dinâmicas chamativas para seus olhares estranhos, de modo que o personagem tem uma abertura bem chamativa e coloca ares impactantes, principalmente nas aulas que dá na faculdade, mas quando em família pareceu mais desorientado que tudo, e isso pesou um pouco. Greta Gerwig trouxe nuances meio que melancólicas demais para sua Babette, e isso foi algo legal de ver acontecer, pois chamou a atenção e deu alguns vértices interessantes para a personagem, mas valeria brincar um pouco mais com tudo antes de ficar completamente jogada. Don Cheadle fez um Murray bem interessante, e certamente se tivessem focado mais nas discussões e conflitos entre ele e o protagonista o filme teria um rumo muito mais interessante e bem feito, mas não rolou, e com isso seu personagem apenas fez algumas caras e bocas junto de diálogos meio que excluídos, o que é uma pena, pois sabemos que o ator é muito bom. Quanto dos demais, ainda tivemos bons momentos dos mais jovens, vividos por Raffey Cassidy com sua Denise, Sam Nivola como Heinrich e até mesmo May Nivola como Steffie se saiu bem, mas certamente os atos mais marcantes ficaram para o final com o desenvolvimento do personagem Mr. Gray vivido por Lars Eidinger, mas como todo o processo do filme ficou meio estranho e maluco demais para o que fez, e assim não explodiu por completo.
Visualmente o longa brincou com a casa completamente conflitiva com várias crianças, com coisas espalhadas, perdidas, alimentos acabando e todo o processo de uma viagem no meio do caos dentro de um carro simples e velho, tivemos todo o processo de mostrar que gostamos de ver explosões impactantes logo no começo e depois toda uma trombada de caminhão com trem criando uma super nuvem tóxica, vemos acampamentos com segregação de pessoas e até críticas nas aulas da escola, mostrando que a equipe de arte foi bem coerente em desenvolver tudo com ares, cores e reflexões, inclusive com o fechamento dançante no mercado, aonde dá para se pensar em muitas coisas.
Enfim, é um filme com uma proposta marcada, que alguns vão enxergar milhões de ideias e reflexões, e que recomendo que você que gostar do estilo assista sem estar cansado, pois é daqueles com ritmo e diálogos bem pesados e lentos, então o sono bate forte, que eu particularmente não gostei de nada, mas sei de muitos que irão amar a trama, então fica a dica para quem gostar dar o play. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Antes de mais nada, confesso que fui conferir hoje "Terrifier 2" esperando algo tão ruim quanto o primeiro filme que falei aqui na semana passada, pois já não sou fã do estilo slasher de terror, apesar do gênero terror ser dos meus favoritos, mas após ver o longa original de 2016 fiquei revoltado com algo que não tinha uma história decente, era apenas um amontoado de matanças bobas e algo que não levava nada a lugar algum. Porém, o resultado que vi hoje na sessão da continuação foi algo tão incrível que cá estou recomendando demais que todos vejam o longa, pois agora temos uma história bem trabalhada do gênero, cenas de ação e de matanças violentíssimas muito bem feitas (tendo alguns atos exagerados que não tem como acreditar no que ocorre!), e principalmente conseguiram dar um sentido para a caçada do palhaço assassino, não sendo apenas mortes "engraçadas" para ele, mas sim algo que levou muito mais intensidade, e que talvez pudesse até ser melhor explicado, mas que ainda assim funciona demais, e não fujam da sala ao começar dos créditos, pois vem uma cena até que longuinha preparando para a terceira continuação, que já foi até anunciada pelo diretor. Ou seja, tudo o que falei de ruim no primeiro filme serviu diria como um aperitivo apenas para o andar daqui, e infelizmente é necessário ver o primeiro para entender um pouco do que rola no segundo filme, mas perca uns minutinhos, veja o filme horripilante de ruim, para ir aos cinemas conferir esse com raiva nos olhos, e assim o resultado vai ser ainda melhor, pois foi o que aconteceu comigo.
O longa se passa um ano depois do primeiro filme. Acordando no necrotério após seu massacre na noite de Halloween do ano anterior, o Palhaço Art está de volta! Desta vez, ele está de olho na jovem Sienna e em seu irmão mais novo, Jonathan. Como é Halloween novamente, a sede de assassinato do sinistro palhaço precisa ser saciada. Ao lado de sua nova parceira, a criatura embarca numa jornada de sangue e violência!
Não sei se quando fez o longa original em 2016 o diretor Damien Leone já pensava em uma trilogia, aliás em 2011 quando lançou o curta de Terrifier certamente nem imaginava uma versão longa de algo tão violento, mas se reclamei demais do que fez no filme de 2016 que só vi semana passada, aqui tenho de tecer muitos elogios para a forma que desenvolveu tudo, desde a perseguição do palhaço, do comercial de lanchonete incrivelmente repetitivo que fica na mente, e principalmente para os atos no parque de diversões, pois ali é o famoso um susto atrás do outro, com pegadas bem impactantes que certamente causaram diversas sensações nos protagonistas, pois é notável as caras e bocas que fazem, vemos muitos excessos feitos que acabam acertando o público, e sem dúvida o desfecho escolhido que dá um final impactante para a trama funciona demais, e aí ele vê que foi tão bem, que volta logo no comecinho dos créditos com uma cena perfeita para trazer mais um longa daqui há alguns anos. Ou seja, quem ver apenas esse segundo filme talvez fique levemente confuso com alguns atos, mas entenderá o resultado final, mas a cena de créditos é necessário ter visto o primeiro para conectar tudo e se preparar para o próximo, que esperarei por algo no mínimo próximo a esse, mas com um desfecho ainda melhor, e aí é que o problema acontece, pois nesse fui esperando o pior e amei, agora com alguma expectativa, a chance de dar errado é grande.
Sobre as atuações, aqui sim tivemos novamente muito envolvimento de David Howard Thornton, completamente solto com seu Art, fazendo trejeitos marcantes, e sem soltar um grunhido ou palavra que seja conseguiu ser expressivo e forte, ou seja, já pode comprar a roupa do palhaço do estúdio que vai ser para sempre o personagem, afinal acertou demais em tudo. Embora os atos finais de Sienna sejam exagerados e até saiam do tradicional "realismo", Lauren LaVera pegou a personagem e a desenvolveu muito bem, com cenas bem intrigantes, muita força física e trejeitos bem colocados, ao ponto que deu seu nome para a produção e agradou com o que fez em cena. Dentre os mais jovens, tivemos atos meio estranhos de Elliott Fullam com seu Jonathan, forçando um pouco para aparecer, mas de certa forma chamou atenção e isso acaba sendo um bom resultado daqueles que ficamos bravos com as atitudes de alguns personagens, já Amelie McLain fez uma versão infantil de Art bem macabra e com trejeitos e olhares impactantes também, de modo que poderiam ter usado até mais ela, mas já assustou bem e funcionou para o que desejavam. Quanto aos demais, cada um morreu da forma mais impactante possível, tendo cenas bem nojentas e fortes, a do rapaz é algo que todos vão morrer de dor assistindo, e mesmo que nenhum tenha grandes impactos expressivos, foram imensamente melhores que as atrizes do primeiro filme, então agradaram.
Visualmente o longa tem boas bases começando no necrotério aonde terminou o primeiro filme, agora muito melhorado em resolução visual, mas sem sair do estilão sujo, temos uma lavanderia bem tradicional e que funciona na apresentação da palhacinha, temos o ótimo comercial de lanchonete no sonho da protagonista que impacta pelos atos fortes, tivemos uma boa festa de Halloween e a casa das garotas, com destaque para o baldinho de doces que acaba sendo improvisado e diverte demais, e claro tivemos o sensacional parque de diversões com a casa assombrada perfeita para dar sustos e marcar os ambientes, ou seja, a equipe brincou com vários elementos alegóricos e soube dosar todo o impacto para cada momento, o que vai chamar muita atenção de quem for conferir. E para a cena no meio dos créditos ainda tivemos um hospício bem recheado de detalhes que funcionou bem também para iniciar o terceiro filme.
Enfim, volto a dizer que fui sem esperar nada, ou melhor, me preparando para o pior com todo o marketing feito de pessoas passando mal nos EUA, pessoas fugindo das salas pelo conteúdo visual, e claro com toda a falação em cima da trama, mas por ter visto o primeiro e odiado, aqui cheguei pronto para atirar mil pedras, e eis que voltei para casa com elas guardadas e muito feliz com o resultado entregue, pois agora sim tivemos um filme para ver, violento na medida que o público desse estilo gosta, mas tendo uma história de base para funcionar, e assim acabo recomendando ele bastante para todos (claro desde que não tenha problemas com cenas fortes de violência e escatologias). E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Antes de mais nada, leia a palavra embaixo do título, ou subtítulo como costumamos chamas: "O Musical", então se você não gosta de músicas cantadas pelos protagonistas para se expressar por qualquer coisa, nem ouse dar play no lançamento da Netflix, "Matilda: O Musical", pois 90% das críticas negativas que andam circulando na internet sobre o filme é devido o longa ser cantado demais, só não sei o que as pessoas esperavam ver em um longa musical se não cantorias. Dito isso, posso também afirmar que lembro bem pouco da versão original da garotinha de 1996, então nem vou ficar fazendo comparações, e o que posso dizer de cara é que a nova trama entrega cenas bem bacanas, uma produção bem recheada de danças e desenvolturas, e uma cenografia de primeira linha para colocar o filme como uma produção da Broadway bem imponente e requintada, que claro tem um centro bem infantil, mas tem atos pesados e uma essência cheia de temas polêmicos, que agradam tanto pelo desenvolvimento quanto pelas boas atuações (principalmente da garotinha protagonista), e que funcionou ao menos dentro da proposta, mas diria que faltou um pouco mais de elementos explicativos para a trama, pois como foi algo meio corrido com todas as canções, ficamos sem entender alguns elos, mas nada que impeça a pessoa de curtir tudo o que é entregue.
O longa conta a história de uma garotinha solitária e extraordinária, que usa a mente afiada e a imaginação fértil para mudar sua vida e transformar o mundo que a cerca. Matilda Wormwood é uma criança brilhante de apenas seis anos, que cresceu em meio a pais grosseiros e ignorantes. Ambos ignoram a filha, a ponto de esquecerem de matriculá-la na escola. Desta forma Matilda fica sempre em casa ou na livraria, onde costuma estimular sua imaginação. Após uma série de estranhos eventos ocorridos em casa, quando Matilda descobre que possui poderes mágicos, seu pai resolve enviá-la à escola. O local é controlado com mão de ferro pela diretora Agatha Trunchbull, o que faz com que Matilda apenas se sinta bem ao lado da professora Honey, que tenta ajudá-la o máximo possível.
Outro ponto que precisa ser dito é que mesmo usando a base igual que é o livro de Roald Dahl, essa nova versão não segue bem os mesmos passos do longa de 96, mas sim do musical da Broadway de 2010, tendo inclusive muitas das mesmas canções do musical, porém posso dizer que a facilidade de criar diversos ambientes diferentes e muitos efeitos especiais deu para o diretor Matthew Warchus possibilidades que nenhum diretor de musicais da Broadway tem para utilizar, e que ele soube fazer muito bom ganho disso com ambientes amplos e câmeras velozes para ter uma dinamicidade incrível nas cenas de canto e dança, pode brincar com luzes, com objetos e tudo mais que qualquer um pensasse, e o melhor de tudo, fez uma direção de elenco primorosa, pois todas as crianças fizeram coreografias imensas, se divertiram em cena e entregaram atos bem marcados com muita desenvoltura e envolvimento, fazendo com que a trama tivesse um bom sentido musical e também funcional de história, ao ponto que tudo tem estilo e agradando bastante quem gosta de musicais.
Sobre as atuações, sem dúvida alguma o destaque ficou para Alisha Weir que entregou uma Matilda com muita personalidade, com olhares densos, conseguiu cantar e se desenvolver bem com estilo sem parecer forçada, e acaba agradando demais com um ar gostoso e interessante, não parecendo soar bobinha nem adulta demais, chamando a responsabilidade para si em vários atos e acertando bastante. Emma Thomson também não deixou por menos e deu para sua Agatha Trunchbull uma personalidade marcante, forte e com uma maquiagem que a deixou bem feia e assustadora conseguiu se impor e criar muita tensão nas crianças e nos adultos, mostrando que não estava para nenhuma brincadeira. Ainda tivemos Lashana Lynch bem doce e com olhares quase tristes e melancólicos como a singela professora Honey, cheia de envolvimento e conseguindo envolver bastante, e também Sindhu Vee carismática e bem empolgada com as histórias da garotinha como a dona de uma livraria ambulante, mas sem dúvida entre os secundários quem chama muita atenção foi o garotinho Charlie Hodson Prior, que mandou ver na dança com seu Bruce, comeu um bolo imenso e foi muito bem no que fez. E como destaque bem negativo daria para os pais da garotinha que além de soarem extremamente bobos fizeram caretas demais para o papel, o que não nos convence, sendo algo bem ruim de ver mesmo.
Visualmente o longa é recheado de cenografias amplas, bem coloridas, bonitas e simbólicas, com destaque para as cenas dentro da escola, com a cena do refeitório tanto para o ato do bolo, quanto da soletração sendo incríveis e bem representativas, vários momentos bem intensos na aula de educação física, o simbolismo da casa da protagonista com seu refúgio/escape pelo sótão, e até mesmo os atos na floresta e na casa da professora sendo simples e bem bonitos de ver, além claro da gigantesca mudança no final que deu um belo show, e claro também os belos atos circenses muito bem representados.
Enfim, é um filme bem diferenciado, bonito e interessante, aonde as canções não tem muitas rimas interessantes (aliás fiquei curioso para ver toda essa falação dublada depois), e que tem um certo gracejo bem bacana de ser visto, porém é um filme bem arriscado, pois ele não chama a atenção dos pequeninos e é infantil demais para os jovens, sendo algo que os adultos que gostam de musicais vão curtir mais do que todos, então pense bem antes de dar o play para a garotada ver que mesmo adorando o que vi, acho que não vai amarrar eles na sala, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
Costumo dizer que o gênero de suspense investigativo é um dos que mais me fascina no mundo do cinema, pois dá tantas brechas para o diretor brincar que uma trama pode ter tantas nuances abertas e tantas boas sacadas quanto ele deseje, e que se quiser revelar tudo no final, ninguém liga, pelo contrário, até fica bem divertido de ver. E dessa forma em 2019 fomos muito surpreendidos com o longa "Entre Facas e Segredos" que brincou com o público entregando as várias dinâmicas inversas de um comum suspense de assassinato, e claro que fazendo muito sucesso na época logo a Netflix comprou os direitos para fazer mais dois filmes, e eis que hoje chegou à plataforma de streaming, "Glass Onion: Um Mistério Knives Out", que tem muitos suspeitos bem trabalhados com as diversas motivações para os dois crimes, e que brinca bem com a mente do público que vai ficar tentando descobrir quem foi que fez tudo, e que tem bons atos misteriosos, porém gastaram muito mais com a produção, sendo algo riquíssimo, com muitos efeitos práticos e também computacionais, e não foram tão misteriosos com toda a trama, de forma que muito se advinha bem antes. Ou seja, é um tremendo filmaço, está recebendo diversas indicações nas premiações, mas poderiam ter gasto um pouco menos na produção e trabalhado um pouco mais no roteiro, pois aí sim seria perfeito.
A sinopse nos conta que após resolver a morte misteriosa do famoso escritor de histórias policiais, Harlan Thrombey, encontrado morto dentro de sua propriedade no primeiro filme, Blanc retorna à ativa, agora para desvendar outro caso, tão peculiar quanto. Nesta nova aventura, Benoit se encontra em uma luxuosa propriedade privada em uma ilha grega, mas como e por que ele chega lá é apenas o primeiro de muitos quebra-cabeças, e o fato peculiar de que ele foi convidado também. Blanc logo conhece um grupo de amigos reunidos a convite do bilionário Miles Bron para sua reunião anual. Como em todos os melhores mistérios de assassinato, cada personagem guarda seus próprios segredos, mentiras e motivações. Quando alguém aparece morto, todos são suspeitos.
É bem fácil notar que o roteiro desse novo longa é muito mais amplo do que o filme original, porém é bem notável também que deram para o diretor Rian Johnson algo que ele nunca teve em nenhum de seus filmes, que é dinheiro à vontade para gastar, então o narcisismo já ao escrever o texto é notável com vários objetos caríssimos, uma locação paradisíaca e muitos elos para poder brincar, de forma que se no original o ganho estava no elenco excelente de pessoas contraditórias e misteriosas, aonde os objetivos da morte e os ganhos que teriam com aquilo sequer passava pela nossa cabeça, e tínhamos de ir montando o quebra-cabeças inteiro, aqui não, ele já colocou atores fáceis fazendo personagens com objetivos bem fáceis de suas motivações, e conforme tudo se desenrola, a trama também soa fácil. Ou seja, o diretor e roteirista foi muito bem no que fez, pois é um filme impressionante e cheio de boas reviravoltas, de cenas explicativas incríveis e bem trabalhadas, mas ele entrega tudo muito facilmente, e isso não é o que o público de longas de mistério gosta de ver. Portanto aconteceu com ele o que acontece com quase todas as continuações de tramas com investigadores, que é ousar menos nos diálogos e gastar mais no visual, mas ainda assim uma obra bem notável e interessante, que brincou com todo o lance da pandemia no começo, e usou boas sacadas para todo o desenvolvimento seguinte.
Sobre as atuações, mais uma vez Daniel Craig entrega um Benoit Blanc totalmente seu, com ares bem egocêntricos e desenvolturas bem fechadas, com muito estilo e boas sacadas como sempre faz, e até tendo mais carisma e personalidade para um papel digamos mais seco, e assim ele acaba chamando a atenção no que faz. Da mesma forma tivemos um Edward Norton tão bem empostado com seu Miles, mostrando todo o ar clássico de um bilionário que tem tudo e todos para si, com um ego lá nas alturas, mas também com olhares fechados e bem trabalhados, ao ponto que se doou bem para o personagem, sendo marcante com o que fez. Outra que caiu como uma luva no papel foi Janelle Monáe com um papel digamos duplo de Andi/Hellen Brand, sendo bem trabalhado com ares diretos e muita correria nos bastidores para descobrir tudo e auxiliar o detetive, e com bons momentos bem colocados, olhares ora vingativos ora apavorados conseguiu chamar a responsabilidade do longa quase que toda para si, ou seja, deu show. Ainda tivemos momentos bem trabalhados e meio malucos com a Birdie de Kate Hudson toda chamativa e envolvente juntamente com sua assistente muito bem feita por Jessica Henwick, tivemos Dave Bautista bem brucutu com seu Duke, mas muito sagaz e cheio de tramas amarradas para desenvolver, e que junto da namorada sexy vivida por Madelyn Cline e da mãe brilhante no começo vivida por Jackie Hoffman acabou sendo um trio que valeria talvez um algo a mais, e ainda tivemos Kathryn Hahn fazendo uma governadora meio que corrupta, mas bem colocada, que até talvez poderia chamar mais atenção, mas que ficou em segundo plano.
Visualmente posso dizer que a equipe de arte foi incrível, pois arrumou uma mansão gigantesca, cheia de elementos cênicos de vidro que foram muito bem usados nos atos finais, uma sala gigantesca em formato de cebola de vidro com carrões e outros detalhes dentro para dar tanto o ar de luxo do filme quanto para os significados que são usados durante a trama, tivemos ainda atos nas casas dos protagonistas na época da pandemia, desvendando todo o quebra-cabeça para achar o convite da festa, e ainda tivemos alguns atos numa época passada quando todos eram falidos e estavam no bar chamado Glass Onion aonde formaram a turma de amigos, ou seja, a equipe de arte trabalhou muito para encher o filme de sentidos e de pistas como todo bom filme do gênero tem, e deu show.
Enfim, é um filmaço realmente, mas que ficou um pouco abaixo do primeiro por não surpreender tanto na história e no desenvolvimento, mas no conceito de produção é daqueles para lembrar muito, então vamos ver o resultado dele e esperar o próximo, afinal pago por dois a Netflix já pagou, basta o diretor entregar algo que faça jus a um fechamento explosivo real (afinal neste aqui a explosão deu para ver que era computação gráfica). E é isso meus amigos, fico por aqui hoje desejando um Feliz Natal para todos, e volto segunda com mais textos, afinal agora é só curtir as festanças, então abraços e até lá.
Direto quando alguém vem puxar assunto sobre filmes e gêneros a pergunta que mais ouço é se não tenho medo de ver vários filmes de terror e depois não conseguir dormir, e minha resposta é sempre que não, que meu medo é ver filmes românticos, pois se o diretor/roteirista derrapar em uma vírgula vira um novelão chato de doer, e se não tiver química entre os protagonistas o resultado soa extremamente artificial, o que nos demais gêneros é muito fácil de ajustar e enganar o público, enquanto nos romances não rola. Dito isso, fui conferir o novo lançamento nacional nos cinemas com muito receio do que encontraria na telona, pois "O Amor dá Voltas" tinha todas as possibilidades imaginárias de virar uma novelona, e felizmente não aconteceu isso, pois foi trabalhado bem toda a alegoria das cartas de um modo bem subjetivo sem precisar ficar focando tanto nas histórias escritas, deixando o desenvolvimento dos atores num road-movie bacana da cidade até uma praia bem longe, e o principal do jovem ser bem lento, pois qualquer homem normal mesmo apaixonado pela irmã na metade do caminho já teria se ligado nas intenções da garota. Ou seja, é um filme que tem um estilo bem feito, tem boas sacadas dinâmicas e que funciona bem, que só não é melhor por faltar um pouco mais de amor no ar entre os personagens, pois todos foram frios demais, mas acredito que era a ideia do roteiro.
O longa conta a história das confusões, encontros e desencontros amorosos de André, um jovem médico que passa mais de um ano fora do Brasil trabalhando na África como voluntário médico para as pessoas mais necessitadas. Apesar da distância, ele decide continuar mantendo contato com sua namorada de longa data através de cartas. Ele só não imaginava que quem estava recebendo e respondendo suas correspondências era Dani, a sua cunhada, por quem se passava por ela. Por conta disso, André se envolve em um triângulo amoroso, entre sua namorada atual e a "namorada" que ele trocava as cartas durante sua estadia em outro continente e precisará se entender com as duas, proclamar seu verdadeiro amor por Dani ou sua namorada, ou nenhuma das duas.
Lá no começo de 2012 eu já tinha feito mil elogios para o estilo do diretor e roteirista Marcos Bernstein com "Meu Pé de Laranja Lima", e profetizava que ele iria decolar demais como diretor, porém não sei os motivos, mas depois disso escreveu mais alguns poucos e bons filmes e não dirigiu mais nenhum longa, o que é muito estranho visto sua qualidade, e agora posso dizer novamente que ele acertou em cheio para entregar uma trama que não fosse cansativa, que não tivesse traquejos de novela (mesmo com atores de novelas!), e trabalhando de uma forma bem simples e direta conseguiu entregar apresentações e dinâmicas com uma pegada rápida e sem precisar ficar elaborando muito. Ou seja, fez o básico muito bem feito e acertou no estilo, só sendo realmente uma pena faltar um pouco mais de fogo mesmo entre os personagens, parecendo um amor frio entre todos, o que poderia ter sido mais intenso e direto, mas ainda assim é daqueles que são gostosos de ver e não cansam.
Como já disse acho que faltou calor nas cenas românticas entre os protagonistas, mas não acho que a culpa tenha sido dos atores, pois todos tiveram um desenvolvimento cênico marcante, e com isso acho que faltou pegada no roteiro mesmo para que a química fosse maior, mas dito isso gostei muito de ver Igor Angelkorte com um ar bem ingênuo, trabalhando olhares e sentimentos bem marcados, de tal forma que seu André acabou tendo um estilo diferenciado dos homens tradicionais, e assim seu personagem teve uma boa cadência, mesmo não sendo um galã "pegador" como é costumeiro em longas do estilo. Cleo Pires dosou sua Dani para não soar explosiva, e isso acabou sendo bem bacana e inteligente, pois vemos uma personagem apaixonada, mas sem soar pegajosa, de tal maneira que chama atenção e cria as dinâmicas para com o protagonista, sem precisar ficar com ares bobos demais. Já Juliana Didone acredito que tenha ficado muito em cima do muro com sua Beta, tendo anseios explosivos em algumas cenas, em outras sendo sutil demais, e em outras com ares de dúvida, então faltou que o diretor lhe conduzisse melhor para um estilo só, mas não atrapalhou suas cenas, chamando a atenção como precisava e agradando de certa maneira.
Visualmente a trama tem uma boa pegada, tem alguns símbolos bem colocados como o apartamento abandonado do protagonista aonde ele por ser metódico refaz igualzinho a quando se mudou para a África, tivemos um começo bem rápido e interessante mostrando o acampamento dos médicos no país e toda a dinâmica das cartas e envolvimentos à distância, mostrou todo o lance de desapego do protagonista por tecnologia, fazendo sua limpeza digital e por isso o motivo de não usar métodos mais atuais de comunicação, teve todo o processo de road-movie com os personagens passando por restaurantes de estrada, com músicas bregas e bem colocadas, toda a dinâmica de uma pegação mais ríspida e divertida, o lance do motel da cidadezinha ser lotado, uma blitz simples e claro a casa da praia com nuances bem fortes de tempestade para dar o devido simbolismo do conflito entre os personagens, ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante e chamou a responsabilidade para si, sem errar de forma alguma.
Enfim, é um filme bem feito, com uma proposta direta e objetiva, que envolve o público, e que passa bem perto de ser algo perfeito do gênero, faltando um pouco mais de paixão mesmo, que aí seria memorável, mas que funciona bem para quem curte romances mais levinhos, e quem gosta de um passatempo envolvente, pois já disse que não cansa e não tem estilo novelesco, então é só ir e aproveitar. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Já disse isso em outras produções do subgênero slasher que fica bem guardadinho dentro das preferências dos fãs de terror, e volto a falar que pessoalmente é o estilo que mais me irrita, pois não tem uma história muito bem moldada, mas sim apenas o matar por matar, a violência sendo jogada na tela apenas por ter quem goste de ver o sangue voando para todo lado, pessoas sendo cortadas e tudo mais, e a base de "Aterrorizante", ou "Terrifier" como é mais conhecido, é apenas essa: a de um palhaço mudo que na noite de Halloween sai matando quem encontra pela frente, picando seus corpos pelo simples prazer de achar aquilo engraçado. E tenho certeza que muitos que gostam do estilo também acharão isso ao conferir esse, ou a continuação que estreia na próxima semana no Brasil, pois chega a ser tosco e até "engraçado" ver as atitudes das vítimas, que correm tentando abrir portas e voltam para o mesmo ponto ao não conseguir, que ficam fazendo as bobeiras em frente do palhaço assassino ao invés de correr para bem longe, e por aí vai. Ou seja, é algo bem tosco, isso é fato, mas tem quem goste, e se durante todo o filme temos ele como um "ser humano" que ataca suas vítimas, com a cena final que deve dar brecha para a continuação, já posso considerar ele como uma "entidade" violenta, afinal não morre, e assim veremos o que vai rolar no 2 na semana que vem.
O longa começa nos mostrando um programa de televisão passando. Nele, um repórter entrevista uma mulher gravemente desfigurada, a única sobrevivente de um massacre ocorrido no Halloween anterior. Brown menciona que o corpo do assassino, conhecido apenas como "Art the Clown", desapareceu do necrotério. Na véspera do Halloween, as garotas Dawn e Tara procuram a melhor festa da cidade. Mas, em vez de passar a noite com álcool e garotos bonitos, eles vivenciam o momento mais cruel de suas vidas. Quando param em uma pequena lanchonete e pedem uma selfie ao palhaço Art, Dawn e Tara não suspeitam de nenhum mal. Mas quando as jovens encontram o homem mascarado assustador novamente naquela mesma noite, o horror começa. Porque Art é um palhaço assassino - e tem suas próximas vítimas em vista...
Diria que o diretor e roteirista Damien Leone até entregou uma trama bem feita nos moldes mais antigos, com alguns atos que pegam o público desprevenido, e que quem tem aversão à palhaços irá surtar só de ver a cara do protagonista, e claro também trabalhou com cenas bem violentas em bonecos, já que não temos computação gráfica sendo usada, mas sim muitos efeitos práticos, então para quem gosta desse estilo, sem dúvida é um dos melhores filmes do gênero, com muito sangue, muita bizarrice, e claro vítimas extremamente bobas, além de um protagonista com um olhar e um sorriso bem impactante, mas volto a frisar que é o gênero que menos me chama a atenção por não ter uma história convincente, então ao meu ver ficou parecendo faltar tudo, não sendo algo ruim, mas que não funciona como um filme deva ser.
Sobre as atuações, sem dúvida alguma David Howard Thornton entregou uma personalidade doentia para seu Art, com olhares e feições incríveis, e sem dizer uma palavra sequer consegue ser aterrorizador, fazer movimentos marcantes e com isso o resultado cênico do palhaço é de primeiríssima linha, agradando bastante, ou seja, se você tem medo de palhaços certamente não pode nem pensar em ver o que ele faz em cena, pois foi perfeito. Quanto das demais atuações, confesso que torci para o palhaço acabar logo com todos, pois são muito fraquinhos de trejeitos expressivos, ao ponto que ficaram parecendo atores de novelas mexicanas com caras e bocas forçadas, então vou me abster de dar qualquer destaque para todos.
Visualmente o ambiente escolhido de um prédio abandonado foi muito bem encontrado para a trama, pois as cenas da pizzaria acabam sendo meio que jogadas demais, mas quando a moça resolve entrar no prédio para urinar, e ali vai passando por cada ambiente mais tenebroso que o outro, e com vários elementos cênicos prontos para serem usados tanto para as pessoas tentarem se safar do palhaço quanto para o palhaço fazer picadinho de cada um, sendo literalmente um show de horrores, com sangue para todos os lados e cenas intensas e bem fortes (tanto que muitos já passaram mal vendo esse e no segundo ainda mais!), mostrando que a equipe não economizou em nada.
Enfim, é um filme que tem seus fãs, e que certamente a continuação chega com toda a banca possível pela ótima campanha de marketing de pessoas passando mal nas salas, então é ver como o protagonista sobreviveu após o que rola aqui no final do primeiro filme, isso claro se resolverem colocar um pouco de história, e também curtir muito mais matança e violência, afinal essa é a proposta do longa. Volto a dizer que não é meu estilo predileto, mas dá para se divertir com a entrega daqui. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Gosto muito de animações, e quando são bem feitas então acabo me emocionando, torcendo pelos personagens, e no final vivenciando bastante os motes e morais que costumam entregar, e claro que já vi diversas versões do clássico natalino em cima do conto de Charles Dickens, de modo que já virou até um estilo tradicional recriarem versões das mais possíveis até imaginárias usando os fantasmas que vem no Natal para mudar a vida de um homem amargurado, e outra tradição que vem se consolidando já há alguns anos é o da Netflix produzir animações natalinas com tanto glamour que chama a atenção tanto pelas histórias escolhidas, quanto para estilo, cores, personagens e tudo mais que funcionam demais. E o desse ano é "Scrooge: Um Conto de Natal", que seguiu bem a linha base, mudando pouquíssimas coisas do texto original, e que usando de bons personagens consegue envolver e emocionar com uma trama potente, cheia de efeitos mágicos e que agradará bastante os adultos que certamente irão se conectar com a mensagem, e claro os pequeninos devem ficar fissurados nos personagens secundários como bichinhos animados, e claro a cão Prudence extremamente graciosa que chama muita atenção ao redor do protagonista. Ou seja, sei que muitos já viram também as várias versões do texto, mas essa tem um charme a mais, e vale sem dúvida o play, então fica a dica.
A sinopse nos mostra que correndo o risco de perder a própria alma, Scrooge tem apenas uma véspera de Natal para encarar o passado e construir um futuro melhor. Essa nova adaptação musical da história de Natal de Charles Dickens, tem direito até a viagens no tempo.
O diretor e roteirista Stephen Donnelly ficou conhecido por entregar o longa das "Monster High" em 2016, que acabou saindo apenas para a TV, e agora teve a chance de recriar uma história bem clássica com um design tão bem trabalhado que achei até que ele já tivesse vários outros filmes em seu currículo, pois a técnica é segura, o longa não tem momentos de engasgos nem enrolações, e principalmente toda a desenvoltura passa bem recheada de momentos bonitos e com boas mensagens, sem precisar apelar ou pesar a mão, deixando a trama leve. Ou seja, é daquelas animações que você vê o trabalho todo na tela, se emociona e quer até ver mais do material do diretor, o que é uma pena ainda não ter, mas acredito que para a Netflix logo mais apareçam encomendas, afinal o que fez aqui foi algo com muito sentido e visceralmente funcional.
Sobre os personagens e as devidas dublagens, gostei muito da versão original aonde o ator Luke Evans, que sabemos que canta muito em musicais deu sua versão para o avarento Scrooge tanto nos períodos atuais, quanto nas versões de seu passado, e soube mudar os tons de sua voz e envolver demais em cada cena, desenvolvendo os devidos momentos e chamando muita atenção. Tivemos ainda Olivia Colman dando grandes sacadas e desenvolturas para sua Passado, brincando muito em cena com um personagem de vela que se transmuta em outros, com dinâmicas e uma personalidade incrível, outro que se doou muito foi Trevor Dion Nicholas como Presente, num ato musical bem amplo, cheio de efeitos e outros personagens pequenos muito bem encaixados, e até Jonathan Pryce foi muito bem como Jacob Marley em suas duas versões, trabalhando cada dinâmica com ares bem duros e marcantes. E claro dentre os secundários tivemos ainda bons momentos com Jessie Bucley bem marcante com sua Isabel, Fra Fee brincando bastante com o ar desengonçado, mas muito dançante de seu Harry, mas sem dúvida o destaque emotivo ficou para Johnny Flyn com seu Bob Cratchit e seus filhos que foram vividos por Rupert Turnbull e Devon Pomeroy, agradando e acertando em cheio nos tons familiares.
Visualmente a trama é também muito bonita, cheia de cores, com ambientes bem decorados tanto nas casas luxuosas quanto nas casas mais pobres, tendo vários elementos decorativos bem chamativos, vemos detalhes dos momentos em que o protagonista conheceu e perdeu sua namorada, e todos os atos musicais foram ainda recheados de alegorias e elementos saltando para todos os lados, dando um design diferente, além claro de muitos símbolos entre os fantasmas do passado, presente e o que virá, tendo momentos amplos e funcionais, além claro de muitos personagens bem desenhados e que agradam com o conteúdo completo, com destaque claro para a cão Prudence que é um show a parte em cada cena, aparecendo 100% no filme e agradando demais.
As canções não são em sua maioria originais, já tendo aparecido em outros filmes que usam a base do Dickens, principalmente no longa de 1970, "Adorável Avarento", mas que todas bem cantadas por todos os atores aqui, e com os envolvimentos cênicos, o resultado acabou tendo um ritmo bem gostoso e muito emocional, valendo prestar atenção nas letras e quem quiser escutar mesmo antes de ver o filme, aqui está o link.
Enfim, é uma animação bem gostosa, que vale sem dúvida alguma o play para toda a família, aonde os pequeninos vão se conectar mais com as cores e com os bichinhos dançantes, e os mais velhos vão poder refletir sobre tudo, bem como é a base do clássico de Dickens, então fica a dica de recomendação e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais com mais textos.
Costumo ficar bem feliz em experimentar longas de países fora do comum, mas geralmente precisamos analisar um pouco mais antes de criticar tudo o que vemos, e a Austrália é um dos que estamos acostumados a ver bem poucos lançamentos por aqui, então encarando logo de vez a dramédia australiana, "Como Agradar Uma Mulher", que estreia nos cinemas nacionais no dia 29/12, até temos uma ideia interessante de uma mulher que acaba criando uma empresa de serviços de limpeza com homens que além de dar um trato na casa, também dão um trato na dona da casa, mas que sem ter um ritmo mais pegado e sem fazer rir ou se envolver como deveria, acaba ficando morno demais, não sendo uma trama ruim, mas que aparentemente faltou uma direção mais concentrada em um rumo certo para funcionar. Ou seja, acabamos vendo uma ideia mal usada que quando parece atingir o funcionamento já está encerrando a trama, e isso acaba pesando.
A sinopse nos conta que Gina é pega de surpresa quando, em seu aniversário de 50 anos, um profissional do sexo masculino, um presente enviado por suas amigas, se oferece para fazer o que ela quiser. Ela pede que ele faça por ela o que ninguém mais fará – ela o manda limpar sua casa. Só mais tarde Gina percebe que o rapaz costumava fazer parte de uma empresa de mudanças e que ela estava envolvida com a falência do negócio. Divertidas e encantadas, suas amigas querem um serviço de limpeza sexy, provocando uma nova carreira para Gina, que decide empregar toda a equipe masculina que era da empresa de mudança em seu novo ramo.
Em seu primeiro longa metragem, a diretora e roteirista Renée Webster até teve uma ideia bem boa, mas faltou trabalhar a essência dos filmes desse estilo, ter visto mais filmes com strippers e mais filmes de trabalhos domésticos, e até um pouco mais de tramas de empresárias solo, para aí sim compactar tudo e entregar algo que tivesse uma funcionalidade mais precisa, pois seu longa ficou parecendo faltar um pouco de tudo para ser melhor em cada um dos três vértices que se aprofunda. E volto a frisar que o resultado em si não é ruim, pois tem um bom entretenimento, tem algumas boas sacadas, mas não se aprofunda em nenhum dos motes, resultado algo que você fica esperando mais ações sensuais, ou então mais comicidade, depois começa a torcer por algo mais imponente na empresa, tenta torcer pelos relacionamentos, mas tudo é resolvido em 3 cenas, e pronto, ou seja, precisavam ter melhorado mais, e aí sim seria um filme completo e bem intenso, aliás, conhecendo o mercado americano, daqui a pouco surge alguma refilmagem desse roteiro, pois ele tem uma grande ideia para ser desenvolvida.
Sobre as atuações, Sally Phillips tem um estilo de atuação muito sério, e sinceramente não era a melhor opção para o papel de Gina, pois ali necessitava alguém com mais atitude, mais cheia de intensidade, e que talvez pudesse passar esse ar mais tímido só que de uma forma mais ampla, de forma que sabemos muito o potencial da atriz, sabemos que ela é imponente nos filmes que faz, mas aqui ela aparentou insegurança demais, e o papel pedia alguém mais solta, o que acabou não ocorrendo, e com isso travou bastante suas cenas, não indo muito além, o que é uma pena. Ainda tivemos alguns bons momentos dos três rapazes que fizeram o "serviço pesado", com Alexander England encabeçando a maioria dos galanteios por já ter trabalhado de stripper com seu Tom, Ryan Johnson com um ar mais rústico para seu Anthony e Josh Thomson tentando dar o ar de gordinho engraçado com seu Ben, mas sobrando mais nuances emotivas para o antigo dono da empresa de mudanças Steve vivido por Erik Thomson que soube abrilhantar os momentos mais docinhos junto da protagonista. Quanto as demais mulheres da trama, diria que todas fizeram olhares bem trabalhados de necessidade sexual e chamaram as devidas atenções nos momentos que precisavam, mas dava para ter feito algo ainda mais forte para apimentar mais o filme, e não ficar no meio do caminho da classificação etária.
Visualmente a trama foi até que bem desenvolvida, tendo algumas cenas nas casas de várias mulheres, cada uma com seu estilo, desde as mais simples até as mais luxuosas, e claro contando com mulheres desejando algo mais básico até as mais fogosas, tendo detalhes em alguns materiais de limpeza, vários apetrechos sexuais, e conforme a empresa foi crescendo mais itens foram sendo colocados, tendo o carro da protagonista como local de encontros para reservas, e um galão antigo aonde fica a empresa, mas tudo bem singelo, ainda mostrando o clube de nado das mulheres sendo a grande base, ou seja, dava para criar um ambiente melhor e mais chamativo, mas até teve atos bem criativos, e assim a equipe de arte entregou o que precisava.
Enfim, é um filme que tem uma história com muito potencial que acabou sendo desenvolvido de uma maneira simples e sem grandes explosões, que até serve como um passatempo bem colocado para quem gosta de dramédias mais singelas sem grandes surpresas, mas como disse no texto todo, merecia ter sido melhor elaborado para chamar muito mais atenção, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Costumo assistir e gostar bastante de longas com um estilo mais artístico do que comercial, daqueles que abrem certas reflexões e acabamos vendo ideais políticos ou virtuosos de seus diretores, que geralmente não procuram ter grandiosos lucros, mas também colocam um orçamento bem pequeno para não perder tanto, porém existem os malucos desse meio que gostam de exagerar com abstrações filosóficas, retratar suas vidas e aspirações com intensões que saem do eixo, e que por vezes nem entendemos muito aonde querem chegar, mas que novamente gastam pouco para isso, mas eis que dona Netflix resolveu acreditar demais no ganhador do Oscar, Alejandro G. Iñárritu, e lhe deixou fazer um filme com uma produção fabulosa, bem visual, cheia de loucuras para todos os lados, aonde talvez possamos até conectar com outros longas filosóficos de carreiras de outros diretores, mas "Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades" acaba sendo tão estranho e abstrato que acabamos assistindo apenas pelo nome do diretor, e tentando ao final se conectar com algo, mas é muito difícil, e acredito que quem conhecer ainda menos suas histórias vai nem aguentar esperar até o final do longa, mesmo sendo digamos algo bonito visualmente.
O longa é uma experiência épica, imersiva e visualmente surpreendente que contrasta com a comovente e íntima jornada pessoal de Silverio, renomado jornalista e documentarista mexicano radicado em Los Angeles, que, após receber um prestigiado prêmio internacional, é obrigado a retornar ao seu país, sem saber que esta simples viagem o levará a uma viagem existencial. O absurdo de suas memórias e medos se infiltram em seu presente, enchendo sua vida cotidiana com uma sensação de perplexidade e admiração. Com profunda emoção e gargalhadas abundantes, Silverio lida com questões universais, mas íntimas, sobre identidade, sucesso, mortalidade, história mexicana e os profundos laços familiares que ele compartilha com sua esposa e filhos. Na verdade, o que significa ser humano nestes tempos peculiares.
Sabemos bem que o diretor e roteirista Alejandro González Iñárritu tem um estilo e um imaginário muito gigantesco, e que sabe brincar com a câmera como poucos grandes nomes, e aqui ele volta ao país de nascimento para criar uma narrativa que mescla o real e o imaginário, usando de nuances que muitos vão colocar como sendo pensamentos sobre sua vida, outros vão apenas reforçar o ar abstrato que quis desenvolver, mas uma coisa é certa, seu filme tem um grande potencial, tem um envolvimento excêntrico, e só ficou faltando aquele elo mais "realista" com um vértice mais próprio para que tivesse um formato mais tradicional de começo, meio e fim que marcasse algo no público, e não apenas uma obra bonita feita para ele mesmo entender. Ou seja, costumo ser extremamente chato quando uma obra precisa de explicações para ser entendida, e essa é uma que se você não ler o folheto com pelo menos a sinopse, e entrar depois em alguns lugares, você sairá fascinado pelas imagens, mas se lhe perguntarem na porta do cinema ou na rua após ter visto ele, não saberá o que aconteceu, e isso é algo muito ruim de acontecer.
Sobre as atuações, diria que Daniel Giménez Cacho se entregou por completo para o que o desejavam para o papel, pois foi enigmático, foi cômico, foi dramático e até teve nuances emocionais, ou seja, o famoso pacote completo que chama a atenção, trabalha desenvolturas e consegue emocionar o público com o que faz, de forma que talvez com uma base melhor explicada entenderíamos mais suas atitudes, mas dá para se pegar bem toda a clara dinâmica de artistas que acabam saindo de seus países e quando voltam nem dão bola para ninguém, e isso ele fez muito bem. Quanto aos demais personagens, praticamente todos se conectam ao protagonista em algum momento, com leves destaques para Griselda Siciliani como a esposa Lucia, bem envolvida nos momentos da perda do bebê, e completamente aberta para as cenas mais estranhas com seu corpo, tivemos os dois filhos vividos por Ximena Lamadrid com uma Camila mais direta e política e Íker Solano como um Lorenzo mais emocional e conectado com seus passados, e claro tivemos o apresentador Luis vivido por Francisco Rubio que soube trabalhar bem todo um ar mais impactante para com o esquecimento do protagonista pelos amigos que ficaram no país, trabalhando facetas e muito mais, chamando muita atenção em duas grandes cenas.
Visualmente o longa tem um ar até bem interessante, cheio de sacadas que brincam com tons, com texturas, com locações misteriosas cheias de coisas irreverentes, e que surpreendem bem pela técnica e pelo estilo entregue, de forma que vemos um gasto até que bem chamativo de orçamento, com muitos momentos intensos e estranhos, aonde a abstração até funciona de certo modo, mas que poderiam ter usado como algo com um sentido melhor, além claro de grandiosas festas bem cheias de figurantes aonde os detalhes acabam chamando muita atenção.
Enfim, é um filme que tem muita técnica e uma produção visual bem chamativa, mas que conta com uma história bem apática que cansa bastante no começo, e que já adianto para não tentar entender demais, sendo algo mais próximo de uma filosofia do que de algo mais realista, e assim sendo é daquelas tramas que tudo se floreia bastante e nada chega a lugar algum, mas que muitos amam, então a dica é se você gosta de filmes abstratos pode dar play sem nem pensar, do contrário apenas veja como um dos filmes que irá concorrer à todos os prêmios para não ficar por fora, mas com toda sinceridade esperava algo melhor. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, dando a nota mais pelo conteúdo visual, mas vou conferir mais um longa hoje para tentar salvar o dia, então abraços e até logo mais.
O estilo de suspense que é mais comum nos livros é o tradicional descubra quem é o assassino, e já vimos isso em várias adaptações de livros de Arthur Conan Doyle e de Agatha Christie entre os mais famosos, mas ultimamente no cinema como isso já ficou meio batido, resolveram brincar com o outro lado, de entregar logo o assassino e ousar em cima disso, ou como no caso do longa do Star+, "Veja Como Eles Correm", brincaram com a ideia de alguém que não gosta da ideia de ter nem o livro, nem uma peça, muito menos um filme em cima de uma história, e assim matando os envolvidos em todos os casos. É algo digamos diferenciado, que colocaram uma pegada cômica mista com suspense, com boas atuações e sacadas, e que agrada, mas que poderia ter um ritmo melhor elaborado e uma investigação mais desenvolvida, que chamaria um pouco mais de atenção, mas sendo um filme curto até que é agradável de ver.
O longa é ambientado no West End de Londres na década de 1950, aonde os planos para uma versão cinematográfica de uma peça teatral de sucesso são bruscamente interrompidos após um diretor de cinema de Hollywood ser assassinado. Quando o indiferente inspetor Stoppard e a entusiasmada novata Constable Stalker assumem o caso, os dois se veem envolvidos em um intrigante mistério dentro do glamouroso e decadente teatro clandestino, investigando o homicídio por sua própria conta em risco.
Em seu primeiro longa depois de diversas séries premiadas, Tom George acabou esquecendo que em um filme o ritmo é tudo, então por seu filme ser curto, ele acelerou o ritmo sem acelerar o desenvolvimento, então ao mesmo tempo que acabamos cansados por tudo o que está sendo entregue na tela, o filme em si passa rápido por cima de tudo o que valeria ser desenvolvido, e talvez isso seja algo de sua técnica ou também do roteiro de Mark Chappell que também não tem tanta experiência no mundo dos longas, ou seja, faltou um pouco de tudo no conteúdo para que o suspense causasse mais e a diversão entrasse como algo emocional bem trabalhado e não algo pastelão como acabou sendo colocado, o que não é ruim, desde que a proposta fosse essa, o que imagino que não tenha sido. Ou seja, é daqueles filmes que vemos e até entramos no clima, mas que vamos facilmente esquecer de tudo depois.
Sobre as atuações, diria que o estilo entregue por Sam Rockwell para o investigador Stoppard foi algo meio canastrão em demasiado, de forma que ele mesmo se perde no que deseja fazer, sem mostrar um passado ou algo do estilo, ficando daqueles personagens vazios que surgem do nada e não entregam muita coisa. Já Saoirse Ronan botou muita desenvoltura e perspicácia para tentar descobrir tudo em seu aprendizado como a policial Stalker, que faz bons olhares e intensidades, faz bons questionamentos e acaba chamando muita atenção, mas também soou bobinha demais, algo que a atriz não é. Quanto aos demais personagens, diria que faltou um pouco de atitude para todos, mas vemos desde o diretor beberrão de Hollywood vivido por Adrien Brody com toda sua tradicional loucura e devaneios de fazer algo diferente da peça nos cinemas, vemos um roteirista tradicionalista que não aceita mudar muitas coisas vivido por um refinado e diferente David Oyelowo, entre outros bons nomes do cinema britânico que chamaram a atenção em seus devidos momentos, tendo poucos destaques para Charlie Cooper com seu Dennis presente em todos os momentos e Harris Dickinson fazendo bons atos como o protagonista da peça, mas nada que fosse muito imponente.
Visualmente o longa tem ao mesmo tempo um certo ar chique pela época desenvolvida, mas também entrega momentos meio que bagunçados demais na tela, de modo que vemos muitos figurinos, cenários de peças, os escritórios e quartos bagunçados dos personagens, e até a casa de Agatha Christie sendo usada como desfecho da trama, mas tudo parece sempre meio arbitrário sem vida, ou talvez a correria para mostrar tudo tenha ficado estranha de ver, mas não é ruim, afinal os anos 50 sempre ficam bem na tela, então posso dizer que a equipe trabalhou bem, mas faltou pontinhas misteriosas melhores desenvolvidas para jogar ao público.
Enfim, é um filme mediano que até agrada, mas que facilmente daria para melhorar em tudo com poucas ações, e isso é culpa da direção de séries que costuma achatar tudo para ficar fácil para o espectador, então quem sabe daqui alguns anos um bom diretor melhore a ideia. Diria que serve como um passatempo e nada mais, então quem estiver precisando de um pode dar o play sem esperar muito dele. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
É engraçado como alguns filmes bem simples e aparentemente bobinhos conseguem passar tanta essência emocional para com o público, e certamente veremos muitos adultos bem envolvidos com a trama de "O Tesouro do Pequeno Nicolau", que embora seja uma trama digamos infantil, que usa a base do tradicional garotinho que já vimos em outros filmes franceses, afinal usam como referência aos livros de René Goscinny, aqui foram inovadores em trabalhar uma essência de amizade, de personalidade, aonde o protagonista conseguiu soar envolvente sem apelar, e conduzir toda a trama para um lado lúdico e gostoso de ver. Ou seja, é um filme que muitos talvez até pulem por achar bobinho e ingênuo demais, mas que mostra boas lições familiares, de amizades, de vivências em escolas, e que acaba agradando bem mais do que pecando em alguns exageros, e que facilmente os escritores de longas nacionais que tentam fazer filmes lúdicos precisariam ver, pois é assim que se emociona sem apelar.
O mundo tranquilo do pequeno Nicolau inclui o papai, a mamãe, a escola, e, o mais
importante, sua turma de amigos. Eles são chamados de Os Invencíveis, mas, acima
de tudo, são inseparáveis. Ao menos, é o que pensam. Quando o papai é promovido, e
a família
deve se mudar para o sul da França, o mundo do menino se despedaça.
Como seguir em frente sem seus amigos? Com ajuda deles, Nicolau embarca numa
jornada em busca de um tesouro que pode evitar seu maior medo
–
mudar de cidade.
Praticamente um mês atrás assisti à um filme do diretor Julien Rappeneau com uma temática também infantil que foi maravilhoso, chamado "Meu Filho é um Craque", que foi lançado lá fora em 2019, mas só chegou por agora no nosso país, e eis que agora pude conferir seu novo longa que será lançado na próxima quinta dia 22, e pasmem, novamente ele acerta em cheio no desenvolvimento dos personagens, no carisma das crianças com quem trabalha, e mesmo tendo adultos levemente bobos, não acabam soando exagerados, ou seja, algo tão funcional e gostoso de ver que entramos bem na onda de não querer mudar de cidade e perder os amigos, todo o lance de um pai desejando agraciar o filho, e claro a sacada dos garotinhos com a professora foi algo bem fofo que souberam entregar, e dessa forma o que vemos na tela é um filme doce, mas que também tem suas mensagens, e assim sendo o resultado funciona muito, e mostra que o diretor e roteirista encontrou completamente o seu nicho, com dois bons acertos.
Sobre as atuações, posso dizer que assim como ocorreu nos outros dois filmes que usaram a base dos livros, "O Pequeno Nicolau" e "As Férias do Pequeno Nicolau", todos os garotos da turma foram muito bem escolhidos para entregar boas dinâmicas e não cansar o público, porém temos o mesmo defeito de sempre precisar apresentar eles, afinal mudam os atores para estar sempre na mesma faixa de idade, e como são diferentes abordagens, mudam um pouco o estilo, e dito isso não vou ficar falando muito de cada um, dando claro o grande destaque para Ilan Debrabant que deu nuances bem graciosas e expressivas para seu Nicolau, trabalhou com grandes virtudes e chamou muita atenção para si, de modo a mostrar sempre que é o protagonista ali, e facilmente poderia ser usado em mais um filme, mas a trama já faz a ideia de futuro aqui, então não deve voltar com esse personagem. Ainda tivemos boas cenas bem colocadas do pai do garoto vivido agora por Jean-Paul Rouve, da mãe que foi feita por Audrey Lamy e do chefe do pai bem cheio de nuances feitas por Pierre Arditi, além do sempre bem colocado Grégory Gadebois como um fiscal de pátio da escola bem cheio de olhares.
Visualmente o longa tem todo um carinho bem encaixado de mostrar o passado com as brincadeiras na escola, os jogos no campinho, os garotos fazendo suas traquinagens com todo o ambiente, cada um da sua forma, a casa bem detalhada, uma feira de antiguidades, uma boa caça ao tesouro, figurinos bem próprios, todo o ar de grandes empresas aonde alguns trabalham muito e outros apenas grampeiam papel, e por aí vai, sendo bem sacado e sem forçar a barra.
Enfim, é um filme simples, porém muito bem feito, cheio de conceito e boas lições, bem ambientado e com sacadas em todos os atos para irmos pegando, ou seja, o famoso bom filme infantil para crianças e adultos, então fica a dica de estreia para a próxima quinta 22/12 nos cinemas, pois recomendo. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Diria que são poucos os diretores que tem sua trilogia de filmes diferentes bem feitos e incríveis, pois falhar depois de grandes sucessos é algo bem fácil já que se ganha confiança dos produtores, e passa a acreditar que irá convencer com qualquer coisa entregue, e é exatamente isso o que ocorreu com o lançamento espanhol da Netflix, "As Linhas Tortas de Deus", pois não é um filme ruim, tendo seu valor e seu conflito muito bem desenvolvido, mas depois de dois excelentes filmes, o diretor Oriol Paulo acreditou demais em seu potencial de reviravoltas e acabou criando uma novela gigante de 155 minutos que chega a confundir o público com um fechamento duplo até que interessante, mas que não impacta como poderia, sendo bem feito e incrivelmente interpretado pela protagonista, porém faltou aquele algo a mais que surpreendeu nos seus dois longas anteriores "Depois da Tormenta" e "Um Contratempo".
A sinopse nos conta que Alice é uma investigadora particular que se interna em um hospital psiquiátrico fingindo paranoia com o objetivo de coletar evidências para o caso em que está trabalhando: a morte de um interno em circunstâncias pouco claras. Mas a realidade que ela enfrenta em seu confinamento excederá suas expectativas e lançará dúvidas sobre sua própria sanidade. Um mundo desconhecido e emocionante se abrirá diante de seus olhos.
Como já disse o diretor Oriol Paulo fez grandes filmes originais para a Netflix, e aqui ao pegar um livro para adaptar ao seu estilo acabou exagerando em algumas reviravoltas desnecessárias, confundiu mais do que surpreendeu os espectadores, e acabou entrando um final meio simplório demais para uma trama sua, e não que o longa seja ruim, pelo contrário toda a maluquice nos pega, mas ficou faltando ser algo mais intenso, com pegada que tanto gostamos de ver nos seus filmes. Claro que temos algumas surpresas no caso dos gêmeos, no crime se repetindo quase da mesma forma, e até mesmo com o desenrolar da cena final, mas pareceu levemente artificial essas mudanças bruscas, não fluindo como é o tradicional estilo do diretor. Ou seja, é daqueles filmes que talvez no livro você fique desesperado folheando rápido para saber o final, mas no longa tudo se repetiu tanto que mais cansa do que empolga.
Sobre as atuações, acho que erraram na escolha da protagonista, pois Bárbara Lennie é uma tremenda atriz, mas não aparenta a idade que lhe foi jogada, ao ponto que ficou um pouco estranho algumas facetas de sua Alice em cena, mas conseguiu dominar muito bem seu texto, trabalhou devidamente cada nuance e marcou o território com ares duplos sem titubear, e assim agradou, mas talvez uma atriz mais velha chamasse mais atenção, ou jogar sua personagem para algum estilo mais jovial que também agradaria. Eduard Fernández foi bem direto com seu Samuel, de modo que o diretor do hospital sabe bem como manipular e como ser forte nos atos, não deixando de lado a personalidade por nenhum momento, e isso era o que tinha de fazer, claro que soou exagerado em alguns momentos, mas precisava disso. Loreto Mauleón pareceu estar meio que assustada em todas as cenas de sua Montserrat, ao ponto que mesmo nos atos finais que se impõe um pouco mais, seus olhares ficavam sempre duvidosos de tudo, e isso pesou, pois o papel necessitaria de alguém um pouco mais forte de estilo. Já com Javier Beltrán já foi exatamente o inverso, pois seu César tinha tudo para ir muito mais além na trama e acabou travado nas cenas menos expressivas, ao ponto que suas duas cenas de dueto com a protagonista foram intensas e bem marcantes, e valeria ter usado mais ele. Dentre os demais, ainda vale destacar Pablo Derqui com seu Urquieta que tem problemas com água, mas é refinadíssimo dentre os malucos do sanatório, temos Samuel Soller muito bem encaixado com seus Rômulo e Remo, e Francisco Javier Pastor como Homem-Elefante que nem precisou falar nada para se impor, mas ver Federico Aguado tomando pauladas com os diálogos da protagonista para cima de seu Ruipérez foi o melhor logo no começo da trama.
Visualmente arrumaram provavelmente um hospício realmente bem amplo para filmar, com várias alas, muitos figurantes (ou malucos realmente!), bons elementos cênicos para chamar as nuances investigativas da trama, e todo um contexto de época interessante de ver, principalmente nas lembranças ou montagens fora do hospital, com uma casa bem rica, uma festa de final de ano chique e alguns jogos de polo, ou seja, tudo bem rico de detalhes, que até valeria ter ido um pouco a mais para funcionar melhor, mas foi bem representativo com as cenas de "tratamento".
Enfim, é um filme demasiadamente longo pela proposta entregue, com repetições de atos para tentar confundir, várias versões entregues, e algumas nuances de personagens que não acabaram chamando a atenção que deveria, ficando um filme morno que dava para cortar pelo menos uns 20 a 30 minutos, e isso em um suspense é errar a mão. Sendo assim, volto a frisar que não é algo ruim, talvez eu tenha esperado um pouco a mais dele por gostar do trabalho do diretor, mas que não me surpreendeu em nada, então fica a dica apenas como um passatempo para quem estiver com muito tempo. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
É até difícil usar palavras para descrever o que foi conferir "Avatar - O Caminho da Água" hoje, simplesmente por dois motivos, o primeiro é que esperamos 13 anos por uma continuação, e a expectativa estava lá nas alturas, e o segundo é que superando as todas as expectativas o filme foi gigante em todas as proporções, seja de história, de duração, de beleza visual, de tecnologia e tudo mais, sendo daquelas obras que você quer e tem que ver, que deseja ter em casa para ver quantas vezes desejar e muito mais, mas já friso um grande detalhe, é uma experiência que tem de ser vista num cinema, preferencialmente nas maiores telas possíveis de sua cidade, seja em Imax, XPlus, MacroXE ou XD dependendo da rede de cinemas que tem aonde você mora, e claro em 3D, pois digo que muitos filmes 3D não valem a pena pagar um real a mais por ser uma experiência jogada fora com nada para ver, mas aqui tudo faz muito sentido, James Cameron já tinha "inventado" a tecnologia em 2009, e agora ele aprimorou de tamanha maneira que você vivencia Pandora, vai para os mares da tribo Metkayina, visita corais, entra dentro de submarinos, vê espécies brilhantes, e praticamente participa da guerra toda, ou seja, a tecnologia funciona e deixa o filme ainda mais lindo em HDR, então pague um pouco mais caro, mas vá ver nesse formato que foi pensado para ser exibido.
O filme nos mostra que após dez anos da primeira batalha de Pandora entre os Na'vi e os humanos, Jake Sully vive pacificamente com sua família e sua tribo. Ele e Ney'tiri formaram uma família e estão fazendo de tudo para ficarem juntos, devido a problemas conjugais e papéis que cada um tem que exercer dentro da tribo. No entanto, eles devem sair de casa e explorar as regiões de Pandora, indo para o mar e fazendo pactos com outros Na'vi da região. Quando uma antiga ameaça ressurge, Jake deve travar uma guerra difícil contra os humanos novamente. Mesmo com dificuldade, Jake acaba fazendo novos aliados - alguns dos quais já vivem entre os Na'vi e outros com novos avatares. Mesmo com uma guerra em curso, Jake e Ney'tiri terão que fazer de tudo para ficarem juntos e cuidar da família e de sua tribo.
Sei que James Cameron é daqueles que se acham deuses do cinema, mas ele pode achar isso, pois tem dois de seus filmes no topo das maiores bilheterias da história mundial, se duvidar vai colocar o terceiro filme lá em cima (afinal esse vai passar na China e quebrar todos os recordes por lá nesse ano que nada passou nos cinemas de lá), e revolucionou o cinema com uma tecnologia que infelizmente virou algo apenas para vender ingressos mais caros, pois tirando os seus filmes que realmente colocam uma imersão em 3D, que faz o uso da tecnologia pensada para isso, a maioria que é lançada acaba não servindo para nada, e claro posso falar também que é um maluco que rema contra a maré acreditando demais no que faz, pois quando se fala em um filme caríssimo, ele vai lá e gasta muitas vezes mais e já avisa que vai entregar não uma continuação, mas quatro continuações de sua obra, e a pergunta que vem após conferir o segundo: tem trama para isso? Para pelo menos mais um sim, e que vai deixar muita gente revoltadíssima com o que acontece, e não vou dar spoiler! Mas para mais outros três, aí a dúvida já entra em campo, apesar do que foi divulgado ser o quinto filme será algo bem surpreendente, então se der bilheteria, e claro ele tiver histórias para contar, que ele faça mais 10, pois vou amar ver esse mundo maravilhoso de Pandora por suas mãos muitas vezes, pois vou frisar isso, não sei se é o melhor filme do ano, estará entre eles, mas é lindo demais ver tudo aqui, tendo um pouco de tudo para emocionar, fazer rir, vibrar, xingar e tudo mais, então parabéns mais uma vez Cameron!
Sobre as atuações vou falar bem pouco, afinal como o horário da Imax legendada estava horrível fiz a heresia de ver o longa dublado, e confesso, por ser um filme aonde vemos realmente pouco dos atores se expressando, mas sim capturas de rostos e movimentos para que um personagem apareça na tela, vi o filme sem me irritar com quase nada, tirando o sotaque de Ney'tiri forçado em alguns atos e da vozinha fina demais da garotinha Tuk, mas isso não atrapalhou em nada a experiência, pois o filme tem muito mais para mostrar, então vou falar rapidamente sobre os personagens principais, começando claro pelo casal Jake e Ney'tiri que mesmo tendo ainda muita paixão (com direito a piadinha do vilão sobre isso), a jovem ainda é uma fera desesperada, com atos de explosão marcantes, enquanto o marido é um bom guerreiro, mas tem um estilo mais apaziguador, e foram bem feitos e bem chamativos. Das crianças, se prepare para ficar muito irritado com as atitudes imprudentes de Lo'ak e a menorzinha Tuk que está nos piores lugares para se estar sempre, então chega a dar nos nervos com tudo o que faz, já Neteyam tem um ar mais calmo, guerreiro como o pai e age bem defendendo sempre o irmão, enquanto a adotada pela família Kiri tem todo um envolvimento maior com a natureza, e certamente iremos saber mais dela nos próximos filmes, afinal sabemos quem é sua mãe, mas não de onde veio todos esses poderes. Agora se no primeiro filme tínhamos apenas um vilão para ficarmos bravos e xingar, aqui temos dois, com a volta do general Miles agora em outro corpo depois de estar morto e apenas sendo um Na'vi com a memória dele, que agora está muito mais forte e imponente, mas os atos que mais causam mesmo são os feitios de Scoresby, um caçador de tulkun (um estilo de baleia de Pandora) que quem não odiar ele boa pessoa não é. Além deles ainda temos os líderes da tribo Metkayina, Ronal e Tonowari junto de seus filhos que vão ensinar tudo para os Sulli, e claro o garoto macaco Spider que também vai causar muito com todos, ou seja, um time completo de personagens que foram muito bem desenvolvidos, apresentados e tudo mais.
Visualmente o longa é algo fora dos padrões, pois revemos a natureza da floresta de Pandora, e vemos sua destruição monstruosa por humanos, vemos cidades incríveis sendo construídas por robôs, mas sem dúvida toda a concepção marítima que Cameron sempre filmou muito em seus longas foi incomum, tendo diversos animais novos, toda uma flora e fauna diferenciada, cores de tudo completamente cheio de nuances, até o povo da água é mais puxado para um tom meio que esverdeado ao invés de azul, com caudas e braços diferentes para nadar, vemos naves e barcos imponentes e cheios de tecnologia, mas claro vemos armas rudimentares sendo bem usadas na guerra também, ou seja, é daqueles filmes que dá para assistir várias vezes que verá ainda detalhes novos, e isso é incrível de ver, e se as premiações não derem todos os prêmios técnicos, certamente é roubo. Já falei muito no começo que o filme deve ser visto em 3D, mas falando mais um pouco sobre os efeitos, são tantos detalhes saindo da tela, tantos momentos de profundidade de campo, tantos atos que entramos junto no filme, que não dá nem para tirar os óculos da cara por um segundo (e a longa duração até machuca um pouco a orelha com o apetrecho por tanto tempo), então novamente Cameron conseguiu fazer história, só não entregou o que prometeu de ser um 3D sem óculos, e isso vamos cobrar!
Enfim, poderia achar pelo em ovo para criticar algo, mas veja que gostei de algo até dublado, então é um filme perfeito que empolga, emociona e tem tudo para entregar o sucesso que pede, então vá conferir, relaxado de preferência, afinal são 192 minutos de projeção (não tem nenhuma cena pós-crédito ou qualquer extra, apenas a boa canção de The Weeknd e uma também de Zoe Saldana durante a subida das letrinhas), e claro que será mais um longa nota 10 desse ano na minha lista, que posso dar 11 se achar ele melhor ainda legendado que verei no final de semana, e vou recomendar sempre para todos irem ver essa perfeição na telona. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Amante da sétima arte desde sempre, crítico desde 2010 após se formar em cinema, confere todos os lançamentos que saem nos cinemas e praticamente todos que saem nas plataformas de streaming, comentando sobre todas as partes técnicas (direção, história, atuações e qualidades visuais e sonoras) de cada filme usando uma linguagem simples e acessível para todos, auxiliando o público se deve ou não conferir os longas lançados. Gosta de todos os estilos, mas ama mesmo um bom suspense para ficar tenso do começo ao fim quando seu queixo cai com uma boa reviravolta.