Se falei bem da diretora Flávia Lacerda em seu longa anterior ("O Auto da Compadecida 2"), agora diria que ela não se soltou para encaixar bons momentos no seu novo filme, de modo que o roteiro escrito a quatro mãos por Edu Araújo, Ingrid Guimarães, Célio Porto e Marcelo Saback, ficou básico demais para empolgar o público, sendo daquelas histórias que você até talvez pense quando lhe perguntarem sobre tramas envolvendo ideias de filmes que falem sobre sustentabilidade, permacultura, e outros temas que aparecem aqui, mas facilmente não citaria o nome da diretora quando pensar nisso, menos ainda sobre lembrar que vi esse filme depois de amanhã, pois literalmente como comédia, é algo totalmente esquecível.
Sobre as atuações, diria que Ingrid Guimarães segurou até demais sua Paula Pratta, tendo cenas com estilo bem tradicional de uma mãe, fazendo alguns momentos exagerados como a maioria das influencers de moda, mas não soltou nem metade do seu humor que já vimos em outros filmes, e dessa forma não empolgou como poderia. O personagem Taylor de Rafa Chalub até tem seus traquejos forçados que soam engraçados, mas parece que o ator estava interpretando outro ator que conhecemos, é isso não deu o tom que ele precisava, ou seja, forçou demais a barra para tentar soar engraçado, e não convenceu. Com um personagem bem mais centrado que seus últimos trabalhos, Filipe Bragança até deu um bom tom para o seu Cadu Pratta, porém esse não era a intenção do filme, é assim sendo diria que ele ao menos se esforçou para ser sério e funcional. Quanto aos demais, Késia Estácio tentou aparecer, mas sua Luciana teve poucas chances para isso, Jonas Bloch fez duas participações como o pai da protagonista, e Michel Noher tentou ser símbolo sexual com seu Lorenzo, mas deve estar se perguntando até agora qual era a intenção do papel.
Visualmente as locações foram bem escolhidas e bem representativas para mostrar o mundo da moda com seus desfiles, as casas de influencers cheias de recebidos que muitas vezes nem são usados, o trabalho da protagonista no passado para se manter, e claro uma permacultura no meio da Amazônia, a comunidade ao redor que supre com algumas vendas, e até um ritual indígena com chás, tendo uma cabana isolada, banheiro aberto e tudo mais para passar bem o simbolismo do perrengue para a protagonistas, mas básico apenas, além de uma sessão de fotos cheia de glamour. Ou seja, a equipe de arte trabalhou bem para representar a ideia do longa.
Enfim, o resultado final acabou sendo mediano, porém com uma síntese moral funcional, que dava para agradar mais se melhor desenvolvido dentro de um outro estilo. Sendo assim não diria que recomendo o longa para quem for conferir esperando ver uma comédia, mas do contrário até dá para passar um tempo. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas vou conferir mais um hoje, então abraços e até logo mais.
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