O longa acompanha o programa Ares, uma espécie de computador altamente qualificado e melhor desenvolvido do que os demais presentes na Terra. Em uma importante missão, Ares é retirado do mundo digital para conseguir resolver os problemas do mundo real, no entanto, os perigos apresentados pelo novo trabalho serão capazes de fazê-lo desacreditar de seus próprios códigos.
O diretor norueguês Joachim Rønning tinha apenas 10 anos quando o primeiro filme foi lançado, e certamente foi um dos influenciadores de seguir no mundo da direção, pois ele juntamente de seus roteiristas souberam buscar homenagear, colocar referências e fazer com que o filme falasse tanto com o pessoal mais novo quanto com quem já é fã da franquia desde o começo, e isso mostra não só pesquisa, mas sim um amor incondicional, afinal a trama é completamente intensa, tem traquejos e linguajares que muitos sequer sabem o que significa, mas ao mesmo tempo brinca tão bem com a ação e com o visual, que o resultado acaba impactando e agradando com a entrega completa, sendo algo interessante e bem chamativo, mostrando uma direção bem trabalhada e marcante, porém levemente arrastada durante o começo, mas há uma boa explicação para isso, o fator de querer colocar tudo para referenciar os demais, e ao mesmo tempo abrir espaço para continuações, afinal como bem olhamos no título, não existe um número 3, então podemos dizer que da mesma maneira que ele traz o passado para o mundo atual, ele inicia algo com novos personagens, e isso é acertar muito bem em um reboot, ao ponto que outros diretores devem olhar bem para a trama e aprenderem como se faz.
Quanto das atuações, já disse outras vezes que gosto demais do estilo de atuar e da forma de preparação e transposição de personagens que Jared Leto coloca quando pega um papel, porém ele pegou alguns diretores ou tramas que não valorizavam isso, e o resultado negativo dos filmes acabavam jogando nas suas costas, porém aqui ele voltou a brilhar, trazendo para seu Ares não apenas trejeitos robóticos de uma inteligência artificial, mas sim uma certa humanidade, e com isso o ator foi sério sem muitas brincadeiras, mas trabalhando as boas sacadas do roteiro para impressionar com o que fez. Outra que foi muito bem na tela com sua Athena foi Jodie Turner-Smith, de tal forma que virou literalmente a vilã do longa com muita imposição e entrega, mostrando que muitas vezes um simples comando de programação para a IA (no caso, o custe o que custar) pode destruir até mesmo as coisas que o seu programador ama, e assim a atriz trabalhou bons movimentos de luta e trejeitos marcantes do começo ao fim. Greta Lee também foi bem colocada no longa com sua Eve sem medos e trabalhando dinâmicas rápidas e inteligentes, ao ponto que seus atos foram marcantes e até teve uma química interessante com o protagonista, mas que felizmente não quiseram jogar para esse lado e atrapalhar a evolução do filme. Quanto aos demais, vale claro dar destaque para as boas facetas de Jeff Bridges dentro de seu mundo digital, com sacadas e entonações bem colocadas para ensinar e levar o protagonista até o seu desejo, tivemos Hasan Minhaj usado bem rapidamente com seu Ajay nos atos finais, Arturo Castro tentou ser o lado cômico da trama com seu Seth, e ainda tivemos Evan Peters como um vilão meio que jogado na tela com seu Julian fazendo mais caretas do que imposições expressivas, mas que pelas cenas finais e a do meio dos créditos acabará sendo importante na continuação.
Visualmente a trama é incrível, cheia de nuances tecnológicas tanto dentro do mundo digital, quanto fora, com naves, motos, carros, os famosos rastros de laser, tivemos várias brincadeiras com clássicos desde computadores, fliperamas e até carros, com ambientes bem dimensionados também dentro e fora do digital, com prédios, aviões, carros e helicópteros sendo destruídos, armas potentes, e claro muita luz neon e vermelha para todos os lados. Outro ponto muito bacana foi voltar aos anos 80 com o visual do joguinho que muitos jogaram, tudo em bits simples e chamativos, mostrando o belo trato que a equipe de arte teve. Agora quanto do 3D, vale apenas pela imersão de profundidade, pois mesmo tendo um ou outro elemento saindo para fora da tela, não foi nada que valorizasse o longa.
Outro ponto incrível do longa é a trilha sonora que é impecável para toda a movimentação do filme, mas que também chega a incomodar em alguns momentos sem parar um segundo que fosse, mas que junto da mixagem de som que chacoalha tudo na Imax, o resultado mostrou importante e imponente para o resultado final.
Enfim, não esperava que o longa fosse ficar tão bem feito pelo motivo de que o Leto vinha entrando só em frias e também pelo estilo desse mundo digital ser tão complexo, mas o resultado final acabou funcionando bastante e vale a recomendação para conferir, só aguente passar a primeira parte que depois vai com tudo, e claro se der veja os anteriores antes de ir para o cinema, pois tem muita referência e vai ajudar a gostar do que verá. E é isso meus amigos fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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