Um filme de atuação, é assim que posso definir "Os Descendentes", pois com uma história básica que poderia ser contada de qualquer outra forma, optaram por uma "herança" no Hawaii e um acidente para segurar uma trama, que pode até ser daquela maneira no país, mas para muitos que irão assistir, fariam o filme de uma forma bem mais tranquila de se contar e com muito menos drama para o famoso "encher linguiça".
O filme nos mostra Matt King, um marido indiferente e pai de duas meninas, que é forçado a reexaminar seu passado e abraçar seu futuro depois que sua esposa sofre um acidente de barco em Waikiki. O trágico acontecimento acaba por aproximar Matt das filhas, o que o ajuda na difícil decisão de vender um terreno herdado.
Como disse no início, a história é bem fácil de assimilar e não deve trazer grandes problemas para nenhum espectador, o que mais vai intrigar a maioria é apenas a ideologia do filme, que preza novamente o moralismo de unir uma família desarranjada com um trágico acidente, que felizmente optaram por não mostrar para comover ninguém como tem sido os últimos filmes do gênero. Você deve se perguntar, então o filme é ruim? Não, é até razoável, principalmente por ser uma história adaptada, o qual muita coisa deve ter sido eliminada, só não entendi ainda o fato de ter ganho o Globo de Ouro como filme, mas como sempre os prêmios de cinema são coisas discutíveis então melhor nem se aprofundar tanto, porém o prêmio de melhor ator vou discutir no próximo parágrafo, pois merece falar sobre a atuação de Clooney.
George Clooney é um ator que sempre faz bem seus papéis, tendo inúmeras facetas em sua expressão e interpretação, mas a forma que lida com o problema que tem em suas mãos para o papel de Matt King é algo realmente digno de ganhar prêmios, da mesma forma que deram o Oscar de coadjuvante para Christian Bale ano passado, pois o filme fica apenas na mão dele, poderia se dizer então como filme de um ator só, onde assim como em uma das cenas a câmera faz questão de focar firme em seu semblante desfocando todo o restante da cena. Tanto é forte sua atuação que nem convém falar praticamente de mais ninguém do elenco, mesmo todos estando perfeitamente bem em cena, apenas destacaria Judy Greer pelas 3 cenas que aparece para que na última dar uma bela forma de falar com alguém "morto".
As locações escolhidas para o filme agradam e conseguem deixar a fotografia com uma tonalidade bem calma e agradável, e a direção de arte soube aproveitar de elementos cênicos para simbolizar o antes desarrumado(exemplo claro a piscina suja de folhas, foi um elemento que pode representar bem a desarmonia que existe), e o depois com a cena final(a qual não vou citar os elementos família existente, mas todos que assistirem comprovarão que representa a volta da harmonia à família).
Um problema que me incomodou por demais no filme, foi o excesso de músicas havaianas, claro não sou contra de colocar temas locais em filmes, mas o exagero(espere os créditos e verá quase 1 minuto de créditos apenas de trilha sonora) acaba pecando, acredito que se o filme priorizasse mais o silêncio comum em dramas, teria impactado mais e não quebrado tanto o clima com toda hora entrando as músicas que estamos acostumados com o famoso cliché havaiano.
Enfim, é um filme razoável, longe de ser ruim, mas não diria que é bom também. Na minha opinião ele está para o Oscar mais parecido como o "Minhas Mães e Meu Pai" que entrou como um azarão do que como um alto candidato a ganhador. Fica apenas a questão de como o Globo de Ouro foi parar nas mãos dele!!! Encerro aqui essa semana, pois já assisti todas as estréias, mas volto na sexta, então até lá pessoal. Abraços.
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O filme nos mostra Matt King, um marido indiferente e pai de duas meninas, que é forçado a reexaminar seu passado e abraçar seu futuro depois que sua esposa sofre um acidente de barco em Waikiki. O trágico acontecimento acaba por aproximar Matt das filhas, o que o ajuda na difícil decisão de vender um terreno herdado.
Como disse no início, a história é bem fácil de assimilar e não deve trazer grandes problemas para nenhum espectador, o que mais vai intrigar a maioria é apenas a ideologia do filme, que preza novamente o moralismo de unir uma família desarranjada com um trágico acidente, que felizmente optaram por não mostrar para comover ninguém como tem sido os últimos filmes do gênero. Você deve se perguntar, então o filme é ruim? Não, é até razoável, principalmente por ser uma história adaptada, o qual muita coisa deve ter sido eliminada, só não entendi ainda o fato de ter ganho o Globo de Ouro como filme, mas como sempre os prêmios de cinema são coisas discutíveis então melhor nem se aprofundar tanto, porém o prêmio de melhor ator vou discutir no próximo parágrafo, pois merece falar sobre a atuação de Clooney.
George Clooney é um ator que sempre faz bem seus papéis, tendo inúmeras facetas em sua expressão e interpretação, mas a forma que lida com o problema que tem em suas mãos para o papel de Matt King é algo realmente digno de ganhar prêmios, da mesma forma que deram o Oscar de coadjuvante para Christian Bale ano passado, pois o filme fica apenas na mão dele, poderia se dizer então como filme de um ator só, onde assim como em uma das cenas a câmera faz questão de focar firme em seu semblante desfocando todo o restante da cena. Tanto é forte sua atuação que nem convém falar praticamente de mais ninguém do elenco, mesmo todos estando perfeitamente bem em cena, apenas destacaria Judy Greer pelas 3 cenas que aparece para que na última dar uma bela forma de falar com alguém "morto".
As locações escolhidas para o filme agradam e conseguem deixar a fotografia com uma tonalidade bem calma e agradável, e a direção de arte soube aproveitar de elementos cênicos para simbolizar o antes desarrumado(exemplo claro a piscina suja de folhas, foi um elemento que pode representar bem a desarmonia que existe), e o depois com a cena final(a qual não vou citar os elementos família existente, mas todos que assistirem comprovarão que representa a volta da harmonia à família).
Um problema que me incomodou por demais no filme, foi o excesso de músicas havaianas, claro não sou contra de colocar temas locais em filmes, mas o exagero(espere os créditos e verá quase 1 minuto de créditos apenas de trilha sonora) acaba pecando, acredito que se o filme priorizasse mais o silêncio comum em dramas, teria impactado mais e não quebrado tanto o clima com toda hora entrando as músicas que estamos acostumados com o famoso cliché havaiano.
Enfim, é um filme razoável, longe de ser ruim, mas não diria que é bom também. Na minha opinião ele está para o Oscar mais parecido como o "Minhas Mães e Meu Pai" que entrou como um azarão do que como um alto candidato a ganhador. Fica apenas a questão de como o Globo de Ouro foi parar nas mãos dele!!! Encerro aqui essa semana, pois já assisti todas as estréias, mas volto na sexta, então até lá pessoal. Abraços.