É até estranho pensar que estamos vendo uma refilmagem com menos de 16 anos da estreia do original, que lembro bem pouco dele, e na verdade lembro até mais duma continuação (ou um reboot) que rolou em 2018 e que odiei, ou seja, o pessoal está sem criatividade nenhuma para escrever roteiros, e para piorar a ideia toda, como os anteriores não fizeram tanto sucesso para gerar possíveis continuações, o que o diretor desse novo fez? Gravou já os três filmes de uma vez só e já vai ir lançando um atrás do outro nos cinemas (um atrás do outro é modo de dizer, pois ainda não temos as datas dos próximos, mas já estão filmados). Dito isso, "Os Estranhos: Capítulo 1" é o famoso filme-susto que costumamos chamar, aonde até temos uma certa tensão acontecendo na tela, ficamos apreensivos pelos barulhos ao redor, mas que o diretor só que deixar você achando que está pronto para te pegar na virada brusca da câmera aonde surge o personagem do nada. Claro que até é legal ver as vezes um filme desse estilo, mas fica parecendo faltar aquele algo a mais, como por exemplo a motivação dos vilões, personagens não tão burros, e tudo mais que poderia melhorar para não ficar tão morno de atitude, mas quem gosta acaba sendo um prato cheio.
A trama mergulha os espectadores em um grande terror implacável. Quando Maya e seu namorado Ryan partem para uma nova vida no noroeste do Pacífico, suas esperanças de um recomeço são despedaçadas quando o carro quebra no meio do nada. Forçados a passar a noite em um airbnb isolado na floresta, o casal é lançado em um pesadelo sem fim quando três estranhos mascarados começam um jogo mortal de perseguição e terror. O que começa como uma luta desesperada pela sobrevivência, rapidamente se transforma na jornada de coragem de Maya, enquanto ela enfrenta o horror e descobre a força dentro de si para confrontar seus perseguidores e sobreviver até o amanhecer. Este é apenas o primeiro capítulo de uma nova trilogia de terror que promete manter os espectadores imersos ao universo do filme e nos sentimentos dos personagens, com reviravoltas aterrorizantes e um terror que se infiltra até os ossos.
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Como falei no começo, o diretor Renny Harlin foi o mais esperto de tudo, pois ao gravar os três capítulos, pode pensar se criaria uma trama mais alongada já com tudo o que gravou ou se dividiria realmente em dois ou três filmes, porém agora iremos querer ver o que vai rolar com o fechamento escolhido (e principalmente com a cena no meio dos créditos - fique uns minutinhos que é bacana), pois não é um longa ruim de ver, só fica faltando um pouco de tudo como as motivações, e quem sabe até saber quem da cidadezinha são os mascarados, afinal dava para ter incrementado isso na tela sem perder nada, mas quem sabe isso role no segundo ou terceiro filme, e aí sim iremos dar uma nota completa para o trabalho do diretor que ao menos soube criar tensão com muita névoa, uma floresta bem fechada, e uma casa no meio do nada.
Quanto das atuações, diria que Madelaine Petsch com sua Maya trabalhou bem seus sustos e desesperos, brincou com a ideia de estar drogada vendo coisas, e não forçou ser alguém cheia de poderes e forças, que é o que mais incomoda em filmes desse estilo, sendo frágil na medida, fugindo e se escondendo com bom propósito e trabalhando bem seus olhares para convencer de tudo. Froy Gutierrez até tentou ser meio imponente com seu Ryan, pilotando uma motona, botando a arma na cara da vilã (burro demais, que devia ter puxado o gatilho na primeira chance!), e foi dominado bem fácil, mas como o personagem é asmático, até que sobreviveu bem algumas correrias. Quanto dos personagens mascarados, ficou bacana que não saíram dos personagens em nenhum momento, com tudo bem denso, movimentos marcantes e imponentes, e sem ficar conversando, o que deu um show a mais na tela, mas isso também causa aquele burburinho de querer mais deles, e não acontece. Quanto aos moradores da cidadezinha nem vou ficar falando muito deles, afinal nenhum deu dicas de possibilidades de ser algum dos personagens, valendo apenas destacar o bronco mecânico que Ben Cartwrigth fez com seu Rudy.
Visualmente eu entro naquele famoso detalhe de filmes de terror, que diz tudo para você não parar num lugar ermo abandonado, mesmo que esteja morrendo de fome e/ou ir ao banheiro, pois vai dar merda como em todo filme de terror, mas trabalharam bem a cabana bem rústica, com muitos discos e símbolos possíveis, criaram uma floresta bem densa e marcante, usaram e abusaram da névoa, e a sacada da morte foi bem usada, só que nesses filmes é muito fácil achar erros, e dessa vez eu peguei algo gigante com o carro que estava socado no outro, na cena final ele está até virado para o outro lado, ou seja, os personagens arrumaram tudo bonitinho enquanto os protagonistas estavam apagados, mas nada que incomode.
Enfim, não é um filme ruim, mas dava para ser bem melhor, de tal forma que talvez um único com tudo acontecendo, nem que ficasse com uns 150 minutos, mataria tudo de uma vez, pois se tem algo que me incomoda é um longa sem final, embora aqui "acabe" de certa forma, mas esperar sabe lá um ano ou mais para fechar tudo me incomoda, ainda mais sabendo que geralmente a parte dois é a famosa enrolação de nada levando a lugar algum. E é isso pessoal, fica assim sendo a recomendação, não vou dar uma nota alta por achar que faltou para realmente causar, mas não é ruim, então vá conferir e tire suas conclusões, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.