Fazia tempo que não via um longa de HQ bem violento que trabalhasse bem o estilo de assassinos perseguindo outros assassinos, com pegadas bem estilosas, trabalhando o clássico com o moderno, e claro brincando com diversos outros longas que já vimos por aí, e "Polar" me fez lembrar de vários, entre eles "John Wick", "Machete" e até um pouco de "Kill Bill", aonde claro cada um com sua devida particularidade e elementos bem colocados agradaram por algo, seja pela violência, pelo jeito estiloso, ou até mesmo pelo formato mais desenhado de quadrinhos que tanto gostamos, e embora o longa entregue muita coisa falsa de se acreditar (já falei isso outras vezes, mas não me canso - se vai matar, mata logo, vai ficar enfeitando o doce, indo na faquinha, etc... põe logo pra dormir meu!!) o resultado geral acaba sendo bem forte e intenso, o que acaba agradando bastante, principalmente se você curtir longas com torturas, sexo, violência e tudo mais. Ou seja, é uma trama interessante, bem montada, que até possui muitos clichês e coisas que já vimos em outros longas, e que certamente poderiam ser relevados, mas que de um modo geral consegue soar bem feita. Agora é ver se terá fôlego para uma continuação, pois a deixa final largou essa possibilidade.
O longa nos mostra que o maior assassino do mundo, Duncan Vizla, o Black Kaiser, quer se aposentar. O problema é que seu ex-chefe acha que ele vai atrapalhar os negócios. Contra a vontade, ele terá agora que enfrentar um implacável exército de assassinos mais jovens, mais rápidos e decididos a silenciá-lo a qualquer custo.
O diretor sueco Jonas Åkerlund é bem mais conhecido pelos milhares de clipes de diversos artistas famosos como Beyoncé, Madonna, Coldplay, entre outros, e aqui ele trabalhou bastante esse estilo mais dinâmico de videoclipes entregando uma sintonia determinada com bons tinos para resultar no que desejava, e com um roteiro bem moldado em cima da segunda HQ de Victor Santos (de um total de 5, o que nos faz pensar em continuações), ele conseguiu trabalhar os personagens com suas devidas apresentações, entregou cenas bem violentas e fortes como deveria, mas deixou o personagem muito simplório em cima de uma história tão tensa, de modo que talvez não termos a primeira HQ entregue tenha ficado faltando algo a mais, pois o ator até tentou ser significativo, mas não conseguiu empolgar muito. Ou seja, temos uma história forte, uma condução bem desenvolvida, e até certos estilos moldados prontos, mas faltou aquela explosão para que os vilões não ficassem tão caricatos, e o resultado fosse além do que foi feito. Mas longe de ser algo ruim, o resultado final chama a atenção, agora é esperar para ver se vão continuar, ou morrer de vez.
O longa em si poderia até ser melhor moldado para que cada personagem tivesse suas cenas de destaque, mas optaram por apresentações bem rápidas, e deixaram que o filme fluísse sozinho, o que é um pequeno problema para o estilo de HQs, mas tirando esse detalhe, o protagonismo de Mads Mikkelsen conseguiu dar um ar bem introspectivo forte para seu Duncan, criando uma química estranha, mas bem colocada com a jovem (que só lá para o final vamos entender!), e mostrou bem o estilo de aposentadoria de um matador, não fazendo pulos exagerados, mas sabendo ir direto ao ponto quando precisou, o que chamou bastante atenção ao menos. Confesso que fiquei um bom tempo pensando de que filme já tinha visto a protagonista Camille, interpretada por Vanessa Hudgens, e agora após pesquisar um pouco conectei ela com "High School Musical", entre outros, e aqui ela demonstrou muito medo em diversas cenas, o que chega a ser até um pouco traumático de ver, mas foi coesa em outras situações, e chegou ao fim com uma ideia bem colocada, mas poderia ter trabalhado melhor os olhares nas cenas de miolo, não ficando tão morta. Matt Lucas soube brincar bem como o vilão Sr. Blut, e trabalhou suas cenas de tortura com muita minúcia, porém pareceu mais um vilão de animação (aonde todos são bobões demais), do que um vilão de um filme de assassinos, pois talvez um estilo mais doentio agradasse mais. Dentre os capangas, vale destaque apenas para as garotas, com Katheryn Winnick entregando muita personalidade para sua Vivian, aparentando conhecer muito bem o protagonista, e o vilão não indo na sua, e Ruby O. Fee pela sensualidade de sua Sindy nas cenas bem quentes do longa, agora quanto aos demais, foram apenas enfeites com expressões marcantes.
No conceito visual, a trama escolheu muito bem as locações para entregar muita criatividade nas diversas casas do protagonista, aonde moravam grupos completamente malucos e diferenciados, e que os vilões usam de muita violência explosiva com tiros, sangue, e tudo mais para encaixar algo forte e bem crível de assassinos sem limites, numa ambientação cheia de elementos cênicos precisos, depois nas cenas de tortura tivemos muitos detalhes fortes e conexões cheias de precisão, mas principalmente a grande sacada ficou para as cenas no retiro do protagonista, em meio a uma paisagem gélida, simples e efetiva para memórias, trabalhando bem cada momento com a dinâmica bem precisa em cima do que o diretor desejava. A fotografia do longa brincou muito como é de costume em longas baseados em HQs, trabalhando muitas cores para cada personagem, tendo figurinos excêntricos para o vilão principal se destacar em cena, com a luz toda em cima dele numa sala completamente escura, e claro muitos closes nos sangues espalhados em cima de cenas escuras, o que acaba incorporando um ar de tensão em diversos momentos, ou seja, um trabalho interessante de se ver.
Enfim, é um longa que chama a atenção para o público que gosta de HQs, de longas violentos de assassinatos, máfias, e tudo nesse estilo, que possui grandes elementos de ação, mas que poderia ter sido melhor trabalhado (ou talvez até ter um filme anterior, aonde conheceríamos mais o protagonista e seus diversos problemas), pois embora tudo seja bem forte e interessante, acabamos o filme parecendo que faltou algo para ser mostrado, mas mesmo assim vale a conferida. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas amanhã já volto para o cinema com as diversas estreias que virão para a cidade, então abraços e até logo mais.
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O longa nos mostra que o maior assassino do mundo, Duncan Vizla, o Black Kaiser, quer se aposentar. O problema é que seu ex-chefe acha que ele vai atrapalhar os negócios. Contra a vontade, ele terá agora que enfrentar um implacável exército de assassinos mais jovens, mais rápidos e decididos a silenciá-lo a qualquer custo.
O diretor sueco Jonas Åkerlund é bem mais conhecido pelos milhares de clipes de diversos artistas famosos como Beyoncé, Madonna, Coldplay, entre outros, e aqui ele trabalhou bastante esse estilo mais dinâmico de videoclipes entregando uma sintonia determinada com bons tinos para resultar no que desejava, e com um roteiro bem moldado em cima da segunda HQ de Victor Santos (de um total de 5, o que nos faz pensar em continuações), ele conseguiu trabalhar os personagens com suas devidas apresentações, entregou cenas bem violentas e fortes como deveria, mas deixou o personagem muito simplório em cima de uma história tão tensa, de modo que talvez não termos a primeira HQ entregue tenha ficado faltando algo a mais, pois o ator até tentou ser significativo, mas não conseguiu empolgar muito. Ou seja, temos uma história forte, uma condução bem desenvolvida, e até certos estilos moldados prontos, mas faltou aquela explosão para que os vilões não ficassem tão caricatos, e o resultado fosse além do que foi feito. Mas longe de ser algo ruim, o resultado final chama a atenção, agora é esperar para ver se vão continuar, ou morrer de vez.
O longa em si poderia até ser melhor moldado para que cada personagem tivesse suas cenas de destaque, mas optaram por apresentações bem rápidas, e deixaram que o filme fluísse sozinho, o que é um pequeno problema para o estilo de HQs, mas tirando esse detalhe, o protagonismo de Mads Mikkelsen conseguiu dar um ar bem introspectivo forte para seu Duncan, criando uma química estranha, mas bem colocada com a jovem (que só lá para o final vamos entender!), e mostrou bem o estilo de aposentadoria de um matador, não fazendo pulos exagerados, mas sabendo ir direto ao ponto quando precisou, o que chamou bastante atenção ao menos. Confesso que fiquei um bom tempo pensando de que filme já tinha visto a protagonista Camille, interpretada por Vanessa Hudgens, e agora após pesquisar um pouco conectei ela com "High School Musical", entre outros, e aqui ela demonstrou muito medo em diversas cenas, o que chega a ser até um pouco traumático de ver, mas foi coesa em outras situações, e chegou ao fim com uma ideia bem colocada, mas poderia ter trabalhado melhor os olhares nas cenas de miolo, não ficando tão morta. Matt Lucas soube brincar bem como o vilão Sr. Blut, e trabalhou suas cenas de tortura com muita minúcia, porém pareceu mais um vilão de animação (aonde todos são bobões demais), do que um vilão de um filme de assassinos, pois talvez um estilo mais doentio agradasse mais. Dentre os capangas, vale destaque apenas para as garotas, com Katheryn Winnick entregando muita personalidade para sua Vivian, aparentando conhecer muito bem o protagonista, e o vilão não indo na sua, e Ruby O. Fee pela sensualidade de sua Sindy nas cenas bem quentes do longa, agora quanto aos demais, foram apenas enfeites com expressões marcantes.
No conceito visual, a trama escolheu muito bem as locações para entregar muita criatividade nas diversas casas do protagonista, aonde moravam grupos completamente malucos e diferenciados, e que os vilões usam de muita violência explosiva com tiros, sangue, e tudo mais para encaixar algo forte e bem crível de assassinos sem limites, numa ambientação cheia de elementos cênicos precisos, depois nas cenas de tortura tivemos muitos detalhes fortes e conexões cheias de precisão, mas principalmente a grande sacada ficou para as cenas no retiro do protagonista, em meio a uma paisagem gélida, simples e efetiva para memórias, trabalhando bem cada momento com a dinâmica bem precisa em cima do que o diretor desejava. A fotografia do longa brincou muito como é de costume em longas baseados em HQs, trabalhando muitas cores para cada personagem, tendo figurinos excêntricos para o vilão principal se destacar em cena, com a luz toda em cima dele numa sala completamente escura, e claro muitos closes nos sangues espalhados em cima de cenas escuras, o que acaba incorporando um ar de tensão em diversos momentos, ou seja, um trabalho interessante de se ver.
Enfim, é um longa que chama a atenção para o público que gosta de HQs, de longas violentos de assassinatos, máfias, e tudo nesse estilo, que possui grandes elementos de ação, mas que poderia ter sido melhor trabalhado (ou talvez até ter um filme anterior, aonde conheceríamos mais o protagonista e seus diversos problemas), pois embora tudo seja bem forte e interessante, acabamos o filme parecendo que faltou algo para ser mostrado, mas mesmo assim vale a conferida. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas amanhã já volto para o cinema com as diversas estreias que virão para a cidade, então abraços e até logo mais.