Retrospectiva 2012

12/31/2012 01:42:00 PM |

Olá pessoal, 2012 se acaba e é mais um ano que passamos dentro do nosso grande amigo que é o Cinema. Infelizmente não foi um ano muito bom para os cinemas do interior, pois houve uma grande decepção como já reclamei diversas vezes por parte das distribuidoras que boicotaram os cinemas daqui. Mas comparando a criatividade e variedade de títulos, podemos falar que foi um ano até que interessante mesmo vindo uma quantidade menor se comparado com 2011.

Já que todos sabem que sou além de produtor e crítico, sou também matemático, então vamos aos números de 2012. Tivemos 171 filmes exibidos aqui no interior, misturando os que passaram nos cinemas ou em festivais, que deram uma média de 7,19 coelhos de nota, ou seja, fui muito bonzinho ou tivemos bastante filmes bons. Vamos preferir a segunda opção que é melhor né! Investi em filmes R$1.223,50, o que não considero um valor alto comparado com os aumentos que tivemos em tudo no mundo, ficando praticamente na média que estipulei mensal para investir em filmes.

Agora vamos aos destaques que tivemos, claro sempre levando em conta minha opinião pessoal, já que muitos vão chiar quanto às escolhas. Tivemos 13 filmes que obtiveram as maiores notas e entre eles vou citar os que achei melhor, tivemos duas grandes animações que provavelmente estarão brigando pelo Oscar 2013, mas ainda vou preferir o do grande mestre Tim Burton "Frankenweenie" que soube dosar muita emoção em preto e branco com um magnífico 3D. No quesito ficção tivemos uma grande obra do ano passado que foi exibido esse ano por aqui que foi "As Invenções de Hugo Cabret", mas como vou premiar os filmes feitos e exibidos esse ano, na minha opinião fico como o melhor mesmo para "Os Vingadores" que soube dosar vários personagens com a mesma intensidade e fazer disso um filme, além de ter muita cenografia boa. Na classificação de espetáculos vou escolher "Opera On Ice", pois juntou tudo de bom que tem na dança com o que tem de bom na ópera aliado à claro muito gelo num teatro maravilhoso. De documentário tivemos alguns bem interessantes, mas a forma visual feita em "Pina" que Wim Wenders mostrou não tem como não destacar.

Tivemos também alguns filmes que não obtiveram a nota máxima mas também fizeram bonito no cinema, então se você quer um bom drama não pode deixar de conferir "Intocáveis", o qual com certeza estarei torcendo para levar o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Tivemos filmes pesados que souberam dar uma carga dramática excepcional como é o caso de "Shame". Não poderia esquecer do brilhantismo na refilmagem americana do sueco "Millennium: Os Homens Que Não Amavam As Mulheres", já deixando todos esperando pela segunda e terceiras partes da versão americana claro, pois a sueca já conferimos e sabemos que é perfeita. Tivemos o melhor 007 desde os primórdios na minha opinião que soube aliar ação à história sem ser toda a patifaria do Macgyver da rainha, que é como considero os anteriores, então não podemos deixar de citar "007: Operação Skyfall". Novamente fomos surpreendidos por um Sherlock Holmes melhor ainda que o seu primeiro filme, e com certeza teremos muito mais, então já confira "Sherlock Holmes - O Jogo das Sombras" e fique preparado.

Não podia ficar sem falar no cinema nacional né, afinal está cada dia melhor nosso cinema, pena que não é tão valorizado e divulgado, pois os filmes bons mesmo acabam desaparecendo de cartaz quase sem serem lançados. Vou preferir não citar o melhor mas sim os dois melhores "Gonzaga: De Pai Para Filho" e "Heleno", cada um por seu motivo particular. E como documentário nacional vale muito a pena ver "Raul: O Início, o Fim e o Meio". E poderia citar ainda o experimental "Paraísos Artificiais" que soube mesmo sendo bem diferente conduzir uma boa história. E claro não poderia esquecer do brilhantismo que tivemos em "Dois Coelhos", tanto que os americanos gostaram tanto que em breve teremos a versão deles do nosso filme, claro que dirigido pelo próprio diretor brasileiro.

Retrospectiva sem falar das decepções não ficaria legal né, então vamos falar dos desastres naturais que tivemos no cinema. Começando pelo nacional que não recomendo nem para meu pior inimigo chamado "Billi Pig", passando pelo horrível experimental "O Homem Que Não Dormia. Dos estrangeiros tivemos muitos ruins, mas os principais foram "Como Agarrar Meu Ex-Namorado", "Quatro Amigas e Um Casamento" e "O Motoqueiro Fantasma 2", os quais foram vergonhosos assistir no cinema e espero não ver nem na TV.

Bem é isso pessoal, foi um ano produtivo tanto no cinema quanto em outros meios, e nesse ano tem mais um curta que estou produzido para ser lançado, então irei divulgá-lo aqui também para que vocês confiram. E claro 2013 não irei abandonar o cinema jamais, espero que as distribuidoras não me decepcionem novamente, pois tentarei mais um ano somente ver os filmes no cinema. Abraços pessoal, boa virada de ano e nos vemos já na quarta-feira dia 02 com novos filmes por aqui. Até mais!
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O Quebra-Nozes em 3D

12/31/2012 12:16:00 PM |

Esse ano foi um ano que vi coisas diferentes na telona do cinema, após conferir uma ópera foi a vez de colocar em prática um espetáculo de ballet filmado em 3D. O escolhido para isso foi "O Quebra-Nozes" da companhia Marinsky, que teve sua exibição filmada com a tecnologia e reproduzida em todos os cinemas UCI pelo país. Foi algo diferente, já que esperava ter falas ou algo do tipo que remetesse à história do conhecido soldadinho de chumbo, porém foram várias cenas de danças diferentes que remetiam a história de forma a contar toda a trajetória do bonequinho passada no sonho da garotinha.

A profundidade de campo que a câmera conseguiu pegar é algo exemplar de se ver, visto que tínhamos diversas pessoas em campo de visão e nenhuma estava desfocada mesmo as que estavam  bem ao fundo, e isso só fez por reproduzir toda a dimensão do enorme palco do teatro que foi exibido o espetáculo, e seus cenários onde eram reproduzidos neve, inclusive caindo em alguns momentos e objetos cênicos que deram pano de fundo para as danças que a companhia executava a frente com seus diversos bailarinos e bailarinas de diversas idades.

A orquestra também soube acompanhar muito bem a dança, com diversos tipos de sons que eram bem nítidos dando destaque para cada instrumento remetendo a cada tipo de passo de dança como se fossem juntos um só elemento presente em cena, sempre enaltecendo os momentos mais marcantes da coreografia com a sonoridade mais pontuada.

Como disse quando assisti a ópera é algo diferenciado que se faz valer pelo ingresso pago, pois não é todo dia que se tem oportunidade de ver uma companhia renomada sendo exibida em sua cidade, nem se tem dinheiro para ir onde elas se exibem, então esse projeto que os cinemas UCI vem fazendo de trazer espetáculos de dança e ópera em seus cinemas é uma ótima opção de entretenimento e cultura à preços consideráveis para serem vistos por aqui mesmo. É isso pessoal, encerro o ano com esse espetáculo e daqui a pouco também colocarei no ar a retrospectiva com tudo que vi nesse ano de 2012. Abraços e até daqui a pouco.


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Detona Ralph em 3D

12/29/2012 11:57:00 PM |

Como já falei algumas vezes preciso parar de criar expectativas com alguns filmes, pois quando fico esperando demais por algum geralmente acabo me decepcionando. Foi o que aconteceu com "Detona Ralph", longe do filme ser ruim, é bem interessante, divertido e tem quase todos os personagens nostálgicos que fizeram parte da minha infância de jogos, porém o problema é que esperava bem mais dele, que tivesse mais ação entre os personagens todos, que não ficasse apenas em um mundo só. Mas tirando essa expectativa maluca desse apaixonado por jogos que lhe fala, o filme é bacana e tem sincronismos de personagens no formato de 8-Bit e diverte na medida.

O filme nos mostra que Ralph é um ex-vilão de videogames 8-Bit que quer mostrar ao mundo que pode ser um herói, assim como o mocinho Conserta-Felix Jr.. Quando surge um moderno jogo de tiro que mostra a perspectiva do protagonista, o durão Sargento Calhoun, Ralph encara o jogo como sua grande chance. Ele invade o jogo com um plano simples - ganhar uma medalha -, mas não demora a arruinar tudo, libertando sem querer um inimigo mortal que põe em risco todos os jogos do fliperama. Agora, a única esperança de Ralph é Vanellope von Schweetz, jovem e encrenqueira “pane” de um jogo de corrida de carros com cobertura de bala, que pode acabar sendo quem ensinará a ele o verdadeiro significado de ser o mocinho.

O mais interessante que o diretor e roteirista famoso por ter dirigido episódios de "Os Simpsons" e "Futurama", Rich Moore, fez em sua estréia nas telonas foi criar movimentos característicos para cada tipo de jogo, o que deu um certo realismo para os personagens, por exemplo os jogos mais antigos andam todos de soquinho, enquanto os mais tops da atualidade tem perfeições tão nítidas que fazem os personagens se apaixonar um pelo outro. Nesse quesito o longa detona, pois dá o ar nostálgico que era preciso, porém ao entrar no mundo açucarado o personagem acaba ficando um pouco monótono fazendo somente coisas ali e tudo passa a ser somente naquele mundo sem ter perspectivas de engajamento. Acredito que num segundo filme que já estão falando de fazer, corrijam isso e passe a ser mais dinâmico, porém ainda assim esse fez bonito no quesito visual e agradará a todos com certeza. Outro ponto interessante está no trabalho que o filme tem de traduzir até os escritos para a nossa língua, mostrando algo que poucos filmes fazem.

Os personagens são todos muito bem animados e como cada um tem seu estilo de andar, de falar e de história própria, é interessante observar cada um em particular e analisar suas características. O grandão Ralph que é dublado por aqui por Tiago Abravanel, é o desastre na forma de gente, me assimilei muito a ele, por ser grande e quebrar tudo sempre que tenta ajudar, é divertido e poderia só ter um pouco mais de carisma que acho que faltou por ser o personagem principal. Vanellope que é dublada pela VJ Marimoon acaba puxando o foco para si, principalmente por ter um carisma bem bacana e ser a parte "frágil" da história. Felix que é dublado pelo humorista Rafael Cortez, acaba sumindo muito do filme, mas nas cenas que aparece faz-se um personagem bem bacana e tem boas sacadas para o que faz. Os demais personagens são todos pouco utilizados que não valeria ficar destacando um ou outro, mas vale a pena a reunião dos vilões que mostram personagens bem bacanas que ficaram em nossa mente de jogadores tais como o fantasminha de Pacman, Mr.Bison, Zangief, entre outros.

O visual do filme é bem desenhado tendo cada mundo de jogo suas características bem próprias, e as cenas que se passam bem no mundo de corrida do jogo dos doces tem vários cenários deslumbrantes e sacadas alimentícias bem reais que quem já fez algumas proesas como as que acontecem no longa irá se lembrar e divertir com certeza(por exemplo a cena do Mentos e Coca Diet). Analisando também nesse quesito as imagens tem uma profundidade de campo bem interessante que foi o que mais é usado com o 3D do filme, tanto que na estação central dos jogos, é capaz de ver personagens tão distantes que você até se surpreende com tudo que vê, porém aqueles que esperarem ver algo saltitando para fora da tela irá se decepcionar.

As músicas colocadas no filme também foram bem escolhidas, pois são agradáveis e ditam um ritmo bacana para o longa, fazendo com que os 101 minutos de filme passem mais rápidos do que parecem. Todas ditam a idéia do longa que é parecer o mais próximo de cada jogo e

Enfim, é um filme que agrada de uma forma interessante e deve divertir mais os pais do que as crianças que forem assistir, pois vi que muitas que estavam na sala onde vi acabaram se cansando e  ficaram bagunçando depois passeando pela sala e fazendo algazarra ao invés de assistir o filme, e quando isso ocorre significa que não é um filme que agradou a molecada, porém pros pais muitos irão chorar ao se lembrar dos jogos que fizeram sua infância. Como disse quem for ver sem a mesma expectativa que eu fui, deve com certeza sair mais feliz da sala do que eu, mas com certeza faz valer o dinheiro pago do ingresso. Ah e claro o curta-metragem que passa antes do filme "Avião de Papel" é bem bacana também valendo chegar cedo na sala para assistir. Bem é isso pessoal, essa semana ainda teremos mais filmes por aqui, então aguardem. E claro também teremos nossa retrospectiva do ano de 2012 ainda aqui. Abraços e até breve.


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De Pernas Pro Ar 2

12/28/2012 11:57:00 PM |

Alguns filmes tentam fazer algo que não é possível ao bolso dos produtores e se saem bem, mas esse não é o caso de "De Pernas Pro Ar 2", que comete gafes monstruosas ao colocar chroma key de algumas cenas muito mal feitas, efeitos toscos em outras que não servem para nada, mas felizmente contém boas piadas que fazem por divertir a sala lotada em pleno início de noite de sexta-feira e com toda certeza deve fazer uma boa bilheteria, visto que é um estilo de filme que agrada o público acostumado com novelas brasileiras.

O filme mostra que prestes a abrir sua primeira sex shop nos Estados Unidos, em sociedade com Marcela, Alice tem um novo desafio: levar para a América um produto erótico inédito. Muito agitada e obsessiva, Alice também precisa descobrir como equilibrar a ambição profissional e a vida pessoal, já que seu casamento, novamente, está em risco. A situação começa a ficar fora de controle na festa de inauguração da 100ª loja SexDelícia no Brasil, quando ela tem um piripaque por excesso de trabalho e é obrigada pelos médicos a passar uns dias no Spa Desestresse. Ao fugir da clínica para encontrar a sócia nos Estados Unidos e fechar negócio com investidores americanos, Alice vive as mais inusitadas situações para esconder da família que, na verdade, está lá a trabalho e não a passeio, como tinha dito.

O roteiro aparentemente tinha tudo para ser bem melhor que o primeiro filme e contar com cenas mais inusitadas, e quanto a gags cômicas temos em boa quantidade, mas existem situações tão bestas com efeitos tão ruins que acabam apagando tudo de bom que o filme tem, fazendo com que quem entenda pelo menos um pouquinho de cinema comece a ficar nervoso ao invés de rir das piadas. O diretor Roberto Santucci já começa a entrar pra lista de diretores que só fazem um estilo de filme: o horrorosamente dirigido na hora da edição. E infelizmente isso vem conquistando o público que gosta de novelas, cheias de erros, e acabam dando mais audiência para o filme do que deveria realmente.

No quesito atuação, Ingrid Guimarães está divertida como sempre, e faz uma atuação minuciosamente desesperadora, o que acaba sendo bem divertido principalmente nas cenas com os investidores americanos e a cena no restaurante. Maria Paula joga fora tudo que fez bem no primeiro longa, para ser uma coadjuvante bem fraca nesse segundo, fazendo apenas caras e bocas. Bruno Garcia faz o mesmo que no primeiro filme da franquia, ou seja nada, sendo apenas o par romântico a ser reconquistado após as trapalhadas. Os demais atores acabam sendo coadjuvantes, alguns de luxo com algumas falas, mas não servem muito para a história, porém dentre eles vale a pena destacar as boas cenas de Cristina Pereira como a empregada Rosa, que faz tantas boas piadas e trapalhadas, principalmente nos conflitos com a fonética das palavras em inglês que valem boas risadas.

Na questão de arte, as cenas que são internas ou situadas no Brasil estão bem encaixadas e montadas de acordo, porém o estrago do filme está nas cenas feitas fora do Brasil, principalmente nas antes da inauguração da loja, que temos o pior Chroma key da história do cinema, onde se nota nitidamente que as pessoas não estão nos cenários mostrados no fundo, e olha que são cenas bem rápidas, mas é nítido, ouvi na hora uma pessoa atrás de mim comentando, aí sim que ri muito. No quesito fotografia, a direção foi correta em não enfeitar com cores nem filtros, mas também não inovou nada em quesito de posicionamentos de câmera fazendo apenas o tradicional.

As músicas escolhidas para conduzir a história foram bem selecionadas e agradam dando um ritmo pelo menos ao filme, e muitas caem como cômicas para ajudar no sentido geral da história fazendo com que ríamos delas estarem em determinadas cenas.

Enfim, é um filme com boas piadas, que diverte, mas ao mesmo tempo incomoda muito por ter erros graves tanto na edição quanto na produção e no roteiro que erra por repetir as mesmas situações apenas mudando o local da trama. Não recomendo para quem tenha um pouquinho de senso de cinema, mas se você faz o estilo que gosta de novelas e nem liga para erros, talvez se divirta com o que irá ver, então fica por sua conta e risco. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem pré-estréia por aqui, e nessa semana ainda tenho alguns atrasados, então abraços e até breve pessoal.


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A Escolha Perfeita

12/28/2012 01:13:00 AM |

Filmes e séries musicais voltaram a tona quando "High School Musical" decolou e na sequência "Glee" também explodiu com o público jovem. Porém no cinema não vinham tendo bons filmes com essa temática e muitos acabavam nem empolgando com a história de fundo. Com "A Escolha Perfeita", temos um pano de fundo bem comum de filmes desse estilo, onde já vemos praticamente tudo que vai acontecer nos primeiros minutos e poderíamos sair da sala já sabendo exatamente o que comentar, porém a gama musical escolhida para ser interpretada pelo elenco é tão boa que a todo momento nos vemos balançando os pesinhos ou meio que dançando na própria cadeira do cinema que faz valer o ingresso para assistir ao filme.

O filme nos mostra que Beca é a garota que prefere se isolar do mundo a ter de escutar o que está saindo da boca de qualquer um. Ao entrar para a Barden University, ela descobre que não se encaixa em nenhuma "panelinha", mas, de alguma forma, entra para uma que ela jamais teria escolhido, cuja única coisa em comum entre suas integrantes é cantar bem. Quando Beca leva esse grupo para além de seu mundo de arranjos tradicionais e harmonias perfeitas para um de novas mixagens, elas vão parar nas competições de música entre universidades, o que poderá acabar sendo a coisa mais legal que fizeram na vida ou a mais insana.

Como disse o roteiro é 100% previsível, mas isso não atrapalha o andar do longa que faz algo bem feitinho e divertido, tirando algumas cenas forçadas, tipo as de vômito que acabam sendo desnecessárias e estão colocadas apenas para ter alguns momentos cômicos que julgaram ser necessários para dar gags engraçadas ao filme, sendo que na minha opinião já existiam outras cenas que divertiram bem mais que essas. O diretor estreante no cinema Jason Moore até faz uma linguagem bacana que empolgou o público presente na sala que fui assistir, mas poderia ter explorado mais o roteiro sem deixá-lo previsível logo no início ou então revolucionar com um final diferente, mas como é de praxe nunca acontece dessa forma, então ele faz seu dever de casa e inicia com algo que se pagou bem pela bilheteria americana que fez até agora de 64 milhões contra os 17 milhões que custou.

As atuações estão bacanas porém um pouco forçadas em alguns momentos, diria que o elenco principal faz o filme ficar interessante enquanto que o secundário fica devendo bem mais e quase atrapalha fazendo coisas completamente desnecessárias em quadro. Anna Kendrick vem mantendo suas boas atuações e breve deve estar fazendo algo que realmente mostre seu potencial, porém aqui embora tente fazer a câmera focar nela, sempre dá a deixa pra que outro coadjuvante lhe estrague sua cena. Rebel Wilson nas cenas finais mostra-se muito bem colocada, e em vários momentos dá umas pegadas interessantes nas gags, porém ainda não consigo vê-la como uma atriz com potencial, fazendo sempre papéis que explorem sou gordinha e me amo assim, ela já está moldando seu papel para todos os filmes que atuar, deixando todos já sabendo o que vai fazer em todos os filmes que estiver. Anna Camp é o tipo de atriz que sua imagem não condiz com o personagem em quase nenhum filme que aparece, ou ela atropela o personagem fazendo caras e bocas que ninguém entende o porquê ou você acaba perguntando porque colocariam alguém desse estilo? Skylar Astin fez várias homenagens aos filmes antigos e suas trilhas sonoras, mas não emplacou como par romântico, seus olhares até que soam bonitinhos para a protagonista, mas não convencem em momento algum. Os demais personagens não teriam motivos para ficar falando muito pois cada um até tem sua característica principal, mas não foram tão explorados no contexto de história para o filme. Porém como disse no início, nos números musicais, todos os atores detonam nas versões e danças, da melhor forma possível.

O filme não conta com muitos cenários que mostrem potencial para serem observados, mas no geral agradam com cores marcantes nos figurinos e nas luzes de palco(ou de rua) onde as danças/interpretações das músicas ocorrem. Nesse quesito, a fotografia domina por escolher como se estivéssemos em shows dos artistas, variando com imagens dos telões. Porém tirando isso e algumas cenas que se passam na bem montada rádio da faculdade, o restante não ilustra nenhum lugar comum que conheceríamos sem que nos falassem onde estão nas falas.

Como já disse a trilha sonora faz valer completamente o ingresso pago, pois temos músicas novas e antigas de primeira linha em versões bem interessantes que agradam na medida, ajudando com as danças num tom cômico bem bacana.

Enfim, é um filme bacana de se ver e escutar a trilha completa depois, que poderia ser bem pior, afinal com um roteiro fraco, não esperava nada dele, e me surpreendeu pelos números musicais e o tom cômico agradável tirando as cenas desnecessárias, recomendo assistir sim, mas talvez seja mais agradável de ver em casa, claro que não dublado que deve passar na TV, mas alugando assim que sair em DVD já fica bacana. É isso pessoal, fico por aqui hoje, mas como já estamos em plena sexta, hoje já tem estréia para ver, então até mais tarde.


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O Impossível

12/24/2012 11:27:00 AM |

É interessante como ao vermos um filme baseado em algo real que sabemos que causou a comoção mundial que teve e ainda assim nos impressionarmos com tudo que vemos na tela do cinema. Em “O Impossível”, vemos toda a tragédia vivida no tsunami que destruiu quase todos os resorts paradisíacos da Tailândia pelos olhos de uma família que sobreviveu à tragédia e pode contar aos roteiristas para que fizessem o mais parecido possível. E o que vemos e praticamente sentimos é toda a dor e o sentimento de perca de valores que as pessoas passaram no pior final de ano das vidas deles, de uma forma diríamos quase que visceral e real, pois o diretor soube recriar muito bem toda a tragédia.

A história de uma família em meio ao tsunami que assolou o litoral da Tailândia, em 2004. Maria, Henry e seus três filhos iniciam suas férias na Tailândiam em busca de alguns dias de sossego no paraíso tropical. Porém, na manhã de 26 de dezembro, enquanto a família relaxa na piscina depois das festividades de Natal, um terrível barulho surge do centro da terra. Maria, paralisada, vê à sua frente uma enorme parede de água suja que vem ao seu encontro.

O que mais pesa sobre o filme é que ele poderia ter sido focado em duas vertentes, que são mostrar um drama pessoal e usar a tragédia apenas como pano de fundo, como ocorreu no filme do diretor Clint Eastwood do ano passado, ou então fazer algo monstruoso colocando toda a dor visceral, mostrando muito sangue, feridas e destruição causada pelo tsunami sem colocar um drama, o que faria com que o filme ficasse vazio. Mas não o roteirista do longa aproveitou a boa história que lhe foi contada e a transformou na junção das duas coisas, o que fez com que o filme tivesse uma boa carga dramática ao mesmo tempo que faz o espectador sentir toda a dor e as consequências da tragédia que ocorreu, e utilizando-se da melhor forma possível que é a de ser embasado completamente em algo real. Outro ponto que impressiona são os planos escolhidos pelo diretor para filmar, pois estamos completamente juntos dos protagonistas, o que nos agonia mais ainda, sendo revirados pela grande onda, ou então andando pelo lamaçal atrás de se salvar com medo de uma possível nova onda, e isso é brilhante, pois passamos a sentir medo, asco e tudo mais que se possa sentir numa situação dessa junto dos atores, sempre fazendo com que pensemos o que faríamos em seus lugares.

A atuação de Naomi Watts já começa a lhe render frutos com a indicação ao Globo de Ouro, e com toda certeza a fez por merecer, pois a carga dramática que a atriz pôs em seu personagem é de dar desespero, mostrando quase realmente ter passado por aquilo de uma forma brilhante. O garoto Tom Holland também dá um show nas telas, empunhando uma dramaticidade nas cenas que necessita sem perder o foco, fazendo com que choremos em alguns momentos que ele próprio nos transmite a felicidade embasada no seu olhar. Ewan McGregor também faz bem seu personagem, dando sangue para que mesmo que em poucas cenas pudesse também ter uma boa história para contar, colocando seu personagem dolorido em vários momentos e desabando ao telefone de forma quase que impulsiva, nos fazendo cair no choro junto do personagem. Existem muitos bons figurantes em cena, alguns que têm seu momento de boas falas conseguem se destacar, como por exemplo a senhora que observa estrelas junto da criança Thomas em um determinado momento.

A direção de arte deve ter tido um trabalho monstruoso para construir a cenografia do longa, visto que precisaram jogar tudo na lama e fazer com que tudo rolasse como em uma máquina de lavar roupas e depois ficasse de forma mais próxima das imagens que com certeza conseguiram da tragédia real. E o que vemos na tela do cinema é idêntico ao que era mostrado pelas emissoras de TV, sendo retratado nos mínimos detalhes tudo de uma forma que realmente emociona. A fotografia puxou um pouco no tom amarelado, mas sem entrar no sépia, de forma que pesasse um pouco mais o drama da família na busca de sobreviver à tragédia,, e os tons escuros nas cenas noturnas também pesaram na dor e no sangue dado pelos atores.

Não adiantaria nada termos um filme pesado dramaticamente se colocasse uma trilha como fazem sempre com o maldito pianinho para que nos emocionasse, e aqui novamente o diretor acerta ao escolher trilhas pontuadas com temas fortes, não amenizando praticamente em nenhum momento, e isso deixou o filme mais bonito e dramático ainda, nos emocionando a quase todo momento e angustiando quando necessário.

Enfim, um filmaço para ser assistido com gosto por todos que gostam de um bom drama, só peço que quem for assistir ele, evite ver qualquer filme antes dele no Cinemark, pois para variar colocaram um making off que conta detalhes preciosos sobre a trama e acaba estragando um pouco o que poderia mais ainda nos emocionar no filme. Porém tirando isso é um drama daqueles que não imaginava que fosse ser tão bom e valeu a pena conferir com certeza. Recomendo mesmo esse longa e torço para que ninguém passe pelo que ocorre no filme na vida, já que é baseado numa história real. Fico por aqui hoje desejando um ótimo Natal para todos, e nos vemos novamente na quarta-feira com mais atualizações por aqui. Abraços e até lá pessoal.

PS: Fiquei em dúvida da nota que colocaria para o filme, pois acredito que se não soubesse do spoiler dado na sessão de “As Aventuras de PI” no Cinemark, eu ficaria mais apreensivo ainda e acabaria sendo mais surpreendido, mas como vi tive algumas impressões diferentes, o que levou o filme para nota 9 na minha opinião, porém o filme vale bem mais que isso ficando entre o 9,5 e 10.


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As Aventuras de Pi em 3D

12/22/2012 09:24:00 PM |

Existem filmes que nos fazem pensar em nossas vidas, analisar tudo que já fizemos e como chegamos até onde estamos hoje. Esses filmes geralmente nos emocionam ou nos deixam receosos de ver. Quando vi o trailer de "As Aventuras de Pi" fiquei pensando como poderia ser o longa, já que não costumo ler sinopses e com isso, apenas o que sabia era que veria algo com um visual realmente poderoso e jamais esperaria que o longa poderia transmitir tudo isso nem mesmo depois que veio o segundo trailer que conta um pouco mais da história. Com isso dito, o que temos é um filme visualmente fantástico, com uma história cheia de simbologias que nos fazem pensar em tudo, porém não acredito que se torne um sucesso nato com os espectadores, pois é um filme de narrativa um pouco difícil, mesmo sendo linear, que poderia ter sido ajudada com uma escolha boa para a trilha, por exemplo se tivessem colocado a mesma do trailer.

O filme nos mostra a história de um menino indiano chamado Pi, filho de um tratador de zoológico, que se encontra na companhia de uma hiena, uma zebra, um orangotango e um tigre de bengala, depois de um naufrágio que os deixa à deriva no Oceano Pacífico.

O mais interessante é a moral deixada ao final da história que já está presente no próprio cartaz "Acredite no Extraordinário", que condiz completamente com tudo, fazendo o longa de Ang Lee não ficar presente apenas no quesito visual maravilhoso que soube escolher para retratar a história, mas sim transmitir o pensamento que tenho de religiões e suas simbologias, deixando para o público o ato maior que é a Fé e a crença na existência de uma explicação mesmo que não lógica para os acontecimentos que somos sujeitos a passar. A direção soube trabalhar com a câmera sendo explorada por diversos ângulos, os quais qualquer diretor não ousaria num filme onde temos muitos movimentos e principalmente o alto envolvimento com a computação gráfica.

No quesito atuação, eu indicaria sem pensar nem um pouco Suraj Sharma para qualquer prêmio facilmente, o que o rapaz indiano faz em sua estréia no cinema é de babar, algo jamais visto em muitos atores de renome espalhados por aí, o trabalho feito por Ang Lee com ele é surpreendente, sendo que ao final do longa se fosse com o seu personagem enquadrado eu aplaudiria. Irrfan Khan também faz uma ótima atuação principalmente no quesito emotivo ao virar narrador de muitas cenas e ao final expressar sua emoção de uma forma que se vê ser natural. Os demais atores fazem bem seus papéis, mas como são atuações bem rápidas, acaba fazendo com que não sejam tão importantes para a história, dentre esses talvez daria algum crédito para Adil Hussain por algumas cenas que dá boas lições para o filho. Porém o grande coadjuvante do filme que mereceria também uma indicação vamos falar abaixo sobre o MARAVILHOSO tigre Richard Parker.

Nunca na história do cinema uma computação gráfica foi tão bem feita como nesse filme, o tigre que acompanha o ator se não tivesse lido que era computação e por alguns momentos precisos que com certeza um tigre real teria matado o ator, eu julgaria que o longa foi filmado com um tigre real bem treinado, pois a textura, os gestos, a ação do animal é completamente real. Então mais uma vez vai os nossos aplausos para a motion-capture que assim como feito no longa "Planeta dos Macacos: A Origem" é cada dia mais aprimorada deixando nossos queixos lá no chão.

O quesito visual do filme é algo que impressiona, é um show de cores, de cenários, de luzes que a equipe de arte fez para que qualquer um saia da sala do cinema deslumbrado com o que viu. É literalmente um longa feito para se deslumbrar com os enormes planos abertos que o diretor optou para agraciar o que tinha em mãos, pois qualquer diretor menos corajoso, faria um longa simples fechando a lente da câmera para não precisar mostrar cenários tão grandiosos, mas não aqui temos o inverso, com tudo sempre sendo mostrado ao seu máximo dando o longa nas mãos de uma equipe que fez a arte e a fotografia serem merecedores de ser visto e revisto, mesmo que com algumas coisas sendo computação gráfica, o que não desmerece em momento algum, passando uma naturalidade ímpar.

O 3D do longa inicialmente é impressionante com as cenas de abertura principalmente, porém vai diminuindo no delongar do filme e acaba ficando novamente só com uma profundidade de campo bem interessante. As cenas dentro da água são as que mais agradam na tecnologia, nos fazendo sufocar. No geral, não digo que é ruim e que não valha a pena assistir usando a tecnologia, mas está muito longe do tanto que foi falado que superaria "Avatar".

O único queixar com o longa está na trilha sonora, que achei faltar impacto para causar mais comoção ou até mesmo aventurar o personagem, fazendo com que ditasse um ritmo mais frenético em alguns momentos. Isso faltou, passando o longa sempre na mesma toada e deixando a desejar nesse quesito. O que é uma pena, pois se utilizassem músicas mais empolgantes com toda certeza teríamos um longa mais esplendoroso ainda. A trilha mesma usada no trailer se fosse colocada no longa já daria um outro sentido.

Enfim, como disse é um longa que nos faz pensar muito na conexão espiritual que possuímos e dá um grande sentido para a vida com o que fazemos e com o que temos, É algo impressionante e bem feito, que poderia ser um pouquinho melhor, claro que estou sendo extremamente exigente, mas acredito que para o público em geral vá sentir um pouco cansado com algumas cenas que não deslancham, e é nelas que principalmente senti a falta de uma boa trilha. Vale com certeza o ingresso pois é um filmaço tanto como história, quanto visualmente e ainda como utilização na questão de conexão espiritual que tanto falam nessa época do ano, então assistam e comentem o que sentiram nos comentários abaixo para trocarmos idéia. Fico por aqui, mas essa semana ainda temos muitas atualizações por aqui. Abraços e até breve pessoal.


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The Metropolitan Opera: Aída

12/16/2012 01:09:00 AM |

Existem coisas que é necessário se fazer pelo menos uma vez na vida, e se o mundo realmente acabar como dizem alguns metódicos na próxima semana, completei tudo que poderia ver no cinema hoje vendo uma ópera ao vivo. E quebrei todos os paradigmas que achava que seria extremamente chato, pois eu como produtor fiquei babando com o tamanho da produção que é "Ada", a icônica ópera de Giuseppe Verdi que foi exibida para o mundo todo ao vivo direto do Teatro Metropolitan em Nova York, e além da belíssima obra apresentada, a cada intervalo de um ato para o outro, ainda pudemos degustar da equipe técnica montando os cenários para o ato seguinte.

A sinopse completa da ópera é a seguinte:
1° Ato: Durante o reino dos faraós, no palácio real de Mênfis, o sumo-sacerdote Ramfis conta ao guerreiro Radamés que a Etiópia está preparando um outro ataque conta o Egito. Radamés está apaixonado por Aída, a escrava etíope da princesa Amnéris, filha do rei. Radamés sonha que a vitória na guerra lhe permitiria libertá-la e se casar com ela("Celeste Aída"). Amnéris ama Radamés e percebe os sentimentos dele por Aída. Um mensageiro informa ao rei do Egito que os etíopes estão avançando e o rei nomeia Radamés como líder do exército. Sozinha, Aída se debate entre o seu amor por Radamés e a lealdade ao seu país de origem, onde o seu pai, Amonasro, é o rei ("Ritorna vincitor").
2° Ato: A Etiópia foi derrotada e Amnéris aguarda o retorno triunfal de Radamés. Quando Aída se aproxima, a princesa tenta tomar conhecimento dos sentimentos privados de sua escrava (dueto: "Fu la sorte dell'armi"). Ela simula que Radamés teria sucumbido ao combate, mas depois diz que ele ainda está vivo. As reações de Aída não deixam dúvidas de que ela o ama. Nos portões da cidade, coroam Radamés com um laurel de vencedor (cena triunfal: "Gloria all'Egitto"). Os etíopes capturados são conduzidos adiante. Entre eles, Amonasro, o pai de Aída, que sinaliza à filha que não revele a sua identidade de monarca. Radamés se impressiona com o apelo de Amonasro e pede que a sentença de morte seja anulada. O rei atende à sua solicitação, mas mantém Amonasro sob custódia e declara que, como recompensa pela vitória, Radamés se casará com Amnéris.
3° Ato: Aída, que aguarda para se encontrar secretamente com Radamés, reflete sobe a sua pátria ("O patria mia"). Subitamente, Amonasro aparece e exige que Aída descubra com Radamés que rota o exército egípcio seguirá para invadir a Etiópia (dueto: "Rivedrai le foreste imbalsamate"). Amonasro se esconde e Radamés entra em cena, convencendo Aída do seu amor (dueto: "Pur ti riveggo, mia dolce Aída"). Aída pergunta qual será a rota tomada pelo seu exército e, quando revelado, Amonasro ressurge. Quando percebe que Amonasro é o rei etíope, Radamés se desespera com o seu ato. Enquanto Aída e Amonasro tentam acalmá-lo, Ramfis e Amnéris saem do templo. Pai e filha conseguem escapar, mas Radamés se rende aos sacerdotes.
4° Ato: Radamés aguarda o julgamento como traidor. Amnéris se oferece para salvá-lo, se ele renunciar à rival, mas se recusa e permanece em silêncio diante de suas acusações e é condenado a ser enterrado vivo. Amnéris implora por clemência, mas os juízes não mudarão o veredito. Ela amaldiçoa os sacerdotes. Aída se escondeu na câmara mortuária para ter o mesmo destino de Radamés. Eles manifestam o seu amor pela última vez (dueto: "O terra, addio") enquanto Amnéris, no templo acima, reza pela alma de Radamés.

Você deve estar se perguntando porque coloquei a história completa aqui, explico que também recebi a história completa antes de começar a sessão nas minhas mãos e ao perguntar para uma pessoa que sempre vai à óperas, a mesma me disse que é comum que todos saibam o que vai acontecer, principalmente porque não costuma como hoje ter legendas na nossa língua para podermos ir acompanhando. Porém mesmo sabendo o que vai acontecer tudo é muito interessante de se ver, porque como é uma ópera, nada é discursado e sim cantado em italiano com a maior eloquência possível e isso dá um ar completamente diferenciado.

Os cantores Liudmyla Monastyrska(Aída), Olga Borodina(Amnéris), Roberto Alagna(Radamés), George Gagnidze(Amonasro), Stefan Kocán(Ramfis) e Miklós Sebestyén(The King) são todos muito expressivos e conseguem cantar fazendo atos de uma beleza ímpar, afinal não temos todo atos de movimentos que chamem atenção, concentrando tudo nas vozes e rostos dos cantores.

A orquestra que acompanha toda a ópera é muito boa e gostosa de se ouvir, dando o ritmo adequado para que não fiquemos cansados. Ela é regida por Fabio Luisi magistralmente pelos 220 minutos aproximados que dura toda a apresentação com os intervalos.

Já que falei dos intervalos, aí vem o grande trunfo que deixou esse produtor que vos fala babando demais, por estar sendo exibida ao vivo simultaneamente nos cinemas de todo o planeta, entre um ato e outro é feito um intervalo de mais ou menos 20 minutos, onde ocorre uma entrevista em inglês, sem legendas para aqueles que não entendem fica um pouco difícil, mas é bem bacana, e ocorre o melhor de tudo, vemos a equipe de arte e produção montando o cenário por trás das cortinas do próximo ato, colando fitas, pintando detalhes minuciosos, uma coisa simplesmente fenomenal que não veríamos nunca em lugar algum, é perfeito demais.

Enfim, como disse, é algo que vale a pena ser feito pelo menos uma vez na vida, no meu caso pretendo voltar para ver mais uma vez pelo menos. Então para aqueles que não puderam ir nesse final de semana ver o "Aída", seguem as próximas apresentações do MET que serão exibidos pelos cinemas UCI ao vivo:
05/01/2013 - Les Troyens - Berlioz
19/01/2013 - Maria Stuarda - Donizetti
16/02/2013 - Rigoletto - Verdi
02/03/2013 - Parsifal - Wagner
16/03/2013 - Francesca da Rimini - Zandonai
27/04/2013 - Giulio Cesare - Handel

É isso pessoal, uma proposta completamente diferente de se assistir no cinema, é um pouco caro R$60,00 inteira e R$30,00 a meia, mas pela qualidade e tempo de duração até que não é muito, afinal são quase 4 horas de espetáculo que valem muito a pena. Fico por aqui nessa semana, afinal estarei produzindo meu próximo curta-metragem durante esses dias que seguem, mas na sexta estou de volta por aqui, então abraços e até mais pessoal.


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O Hobbit: Uma Jornada Inesperada 3D

12/15/2012 01:54:00 AM |

É interessante como algo que marcou nossas vidas há quase 10 anos atrás pode voltar e causar um frisson imenso em todos. Lembro como se fosse hoje as filas gigantes para ver os filmes da Terra-Média, e o ódio generalizado que causou em todos da sessão ao acabar o primeiro filme sem ter um fim, lembro também de ter assistido aos 2 primeiros sentado na escada pois vendiam mais ingressos do que cabiam nas salas, e toda a sensação do chão tremendo nas cenas de batalha. Pois bem se passaram 9 anos desde o último "Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei" e 11 anos do início da saga da Terra-Média que emocionou e fantasiou a mente de muitas pessoas, e agora estamos de volta à tudo que ocorreu antes de que o anel vá pairar nas mãos de Frodo e sua turma, na história contada por seu tio Bilbo em "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada", o primeiro de uma nova trilogia! Você deve passar por uma livraria e se espantar ao ler a palavra trilogia, pois o livro é minúsculo comparado aos outros e se você ver então a graphic novel vai falar que o diretor surtou, pois bem após conferir o longa no cinema, os primeiras 169 minutos que representam 6 capítulos dos 19 do livro e as 62 páginas das 134 da graphic novel mostram que tem gordura para se mostrar em 3 filmes, mas ainda assim dá medo de enrolarem demais a história que poderia ser feita em 2 filmes no máximo.

A sinopse do filme nos mostra a trajetória de Bilbo Bolseiro, que enfrenta uma jornada épica para retomar o Reino de Erebor, terra dos anões que foi conquistada há muito tempo pelo dragão Smaug. Levado à empreitada pelo mago Gandalf, o Cinza, Bilbo encontra-se junto a um grupo de 13 anões liderados pelo lendário guerreiro Thorin Escudo-de-Carvalho.A jornada leva-os a terras traiçoeiras repletas de Goblins e Orcs, Wargs mortais e Aranhas Gigantes, Transmorfos e Magos. Embora o objetivo aponte para o Leste e ao árido da Montanha Solitária, eles devem escapar primeiro dos túneis dos goblins, onde Bilbo encontra a criatura que vai mudar sua vida para sempre, Gollum. A sós com Gollum, às margens de um lago subterrâneo, o despretensioso Bilbo Bolseiro não só descobre sua astúcia e coragem, mas também ganha a posse do "precioso" anel, que está ligado ao destino de toda a Terra-Média, de uma maneira que Bilbo não pode imaginar.

Muitos vão reclamar que contei muito colocando a sinopse completa, mas isso qualquer um que ler a contracapa do livro ou apenas folhear ele saberá, então não tem nada demais escrito aí em cima. O bacana está na construção de tudo, que está mais perfeito ainda que nos filmes anteriores, claro, pois possuímos muito mais tecnologia agora do que na época que foi rodado os outros 3 filmes. A história em si é muito bonita e como disse estava com medo da divisão em 3 longas, porém a inclusão de outros elementos que constam em outros livros do Tolkien e até outros personagens colocados para dar um gás a mais na trama caíram bem para que tivéssemos um filme longo e condizente. Claro que aqueles que não forem extremamente fãs de filmes de fantasia com certeza irão reclamar de cenas exageradas, de coisas absurdas e afins, mas os que curtem sairão bem contentes da sessão e tudo que foi feito no roteiro com as várias mãos de Peter Jackson, Guilhermo Del Toro, Fran Walsh e Philippa Boyens. Com câmeras variando bem entre planos bem abertos onde podemos curtir todo um visual perfeito criado para o longa, onde nem quase percebemos serem digitais , e planos com closes tão próximos dos atores que conseguimos notar todas as expressões individuais de cada personagem.

Um medo que também tinha após ter lido o livro era de que com 13 anões em cena ficaria difícil reconhecer cada um, mas foram desenhados e caracterizados tão bem por cada ator que vemos os personagens de forma individual bem interessante. O destaque entre a atuação dos anões sem dúvida é para Thorin interpretado por Richard Armitage e Balin por Ken Stott. Martin Freeman faz bem o seu Bilbo, porém esperava mais expressão em certos momentos, mas não decepciona muito. Ian Mckellen está perfeito como sempre, com sua voz imposta e seus trejeitos caem perfeitos para o personagem, assim como fez nos filmes anteriores. Andy Serkis merece todos os prêmios possíveis sempre, pois a personificação que passa para seus personagens através da captura de movimentos é algo impressionante, Gollum que já era um show nos SDAs agora está magnífico tanto no quesito textura quanto nas expressões e interpretações dadas. Poderia ficar falando de cada um aqui horas, mas não quero exagerar, apenas colocando que todos os personagens sem dúvida alguma fazem bem seus momentos em cena, sejam eles personagens apenas maquiados, sejam personagens computadorizados que apenas têm vozes ou movimentos capturados dos atores, fazendo com que o longa tenha bons textos para serem mostrados.

No quesito visual, para quem pode ter a oportunidade de assistir os extras presentes na edição de colecionador de "O Senhor dos Anéis" no vídeo Construindo a Terra Média, já com certeza tinha ficado boquiaberto, agora com esse novo filme e as novas tecnologias empregadas, temos muito mais texturas e cenários muito mais próximos duma "realidade" que poderíamos imaginar sendo onde se passa a história. Tudo é muito palpável e de um bom gosto imenso, fazendo com que quiséssemos ir algum dia pagar uma viagem e conhecer essas terras onde se passa o longa. A única coisa que não fui muito afim das criações digitais foram os wards ou como alguns verão os lobos, que achei meio "Crepúsculo" demais a forma que foram feitos, principalmente o lobão branco. A fotografia está bem variada de cores, e as cenas escuras remetem bem a tensão passada pela proposta do longa, como ela segue bem junta do que a arte propõe o visual fica deslumbrante.

No quesito 3D, as profundidades utilizadas estão muito bem colocadas, dando perspectiva para todo um fundo visual que poucos filmes possuem. Alguns falarão que nos SDAs já tinha uma grande visão de campo, mas garanto que não igual aqui. Um destaque interessante para aqueles que gostam de coisas saindo da tela está na briga de gigantes de pedra, onde o 3D fica bem interessante e depois nas cenas de vôos. O quesito digital e de efeitos especiais como já iniciei a falar no parágrafo anterior, é algo primoroso, que a cada filme que passa se vê que as tecnologias empregadas estão cada vez melhores, transformando seres e cenários digitais em coisas tão reais que fica difícil distinguir o que é real e o que não é.

A trilha sonora composta por Howard Shore é perfeita, nos remetendo a sair da sala murmurando e cantando sem parar, deixando a sonoridade ambientada completamente de forma agradável sem que ficássemos cansados pela mesma música praticamente tocada em diferentes versões. A canção interpretada primeiramente por todos os anões e depois por Neil Finn também é algo muito gostoso depois de ouvir enquanto os créditos sobem.

Enfim, é um filmaço que contém alguns erros que muitos irão criticar, porém assim como "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel" foi um filme que todos criticaram por conter somente o primeiro ato, acredito que esse tenha focado demais nas batalhas e apresentando alguns personagens importantes para o resto. Mal posso esperar até Dezembro do ano que vem para ver a parte 2 "A Desolação de Smaug" que seguindo o livro é a parte que contém mais aventura e menos batalhas então deva ser mais interessante. Porém como disse é um filme que vale muito a pena assistir mesmo que não seja fã do gênero. Infelizmente para o interior não veio com a nova tecnologia de 48fps que tantos estão falando por aí, então não poderei estar comentando sobre como é com vocês, deixo aberto abaixo nos comentários para quem assistir na tecnologia falar sobre ela. Bem é isso, amanhã falarei sobre algo que sempre quis ver no cinema, mas nunca tive a oportunidade: conferir uma ópera ao vivo, então voltando falo tudo que achei. Abraços e até breve pessoal.


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As Palavras

12/14/2012 12:07:00 AM |

Alguns filmes são interessantes pelo fato de contar uma história de forma que a narrativa siga um fluxo de tal forma que mesmo descobrindo logo no início toda a meada dele não atrapalhe o contexto geral, esse é o primórdio de "As Palavras", que não fica nem mesmo sempre voltando cada vez mais pra trás para que as histórias sejam contadas, o dom de as palavras serem contadas acabam sendo bem transmitidas pelos personagens principais, fazendo com que tudo seja bem explicado e contado de uma forma gostosa.

Sinopse

Não posso nem falar muito sobre a história do filme senão acabo estragando o link completo que embora seja descoberto de forma fácil, é a parte mais interessante da história toda, e é bem demonstrada pelos diretores em todos os planos onde as histórias são contadas. Temos alguns planos bem interessantes onde os focos não são nem tão fechados mas conseguimos ver os sentimentos dos atores, e isso é bacana quando conseguem transmitir a sensação para o público.

No quesito atuação, os nomes fortes fazem bem seu dever de casa, Bradley Cooper consegue nas cenas mais fortes segurar a trama, embora em alguns momentos decepcione um pouco, porém não atrapalha em nada e acaba fazendo bem o seu papel. Jeremy Irons nas poucas cenas que está em foco mostra o que falei acima do sentimento do personagem e isso é lindo de se ver, sua verborragia cai como uma luva para o tema do filme que são as palavras bem ditas. Dennis Quaid inicialmente parece que vai ser apenas um narrador, mas nas cenas que precisa atuar faz um papel bem bacana, com boas expressões. Zoë Saldana não diria que incrementou nada para o filme, mas também não atrapalha, tendo apenas uma cena mais forte para tentar chamar a atenção em si. Olivia Wilde também não tem muita importância para a trama sendo apenas um ponto de foco em algumas cenas, sem que tenha muito a ser mostrado. Ben Barnes poderia ser considerado o destaque do filme, principalmente se tivesse mais cenas, porém nos momentos em que o longa está nas suas mãos não decepciona nem um pouco. Os demais atores, em sua maioria são todos figurantes ou figurantes de luxo com poucas falas, então nem vale a pena comentar muito sobre eles.

No quesito visual por termos o longa se passando em 3 partes bem diferentes, acaba que nenhum cenário foi muito trabalhado, mas todos representam bem por onde está se passando. Os objetos cênicos poderiam ter sido um pouco mais bem colocados para dar ar nas épocas que se passam o filme, que deixaria mais interessante, porém se não for muito bem reparado até passam as colocações. Quanto da fotografia, as cenas envelhecidas ficaram muito bem interessantes de se observar, e quando a câmera está num plano mais aberto fica bem notável a preocupação em termos cores destacando cada camada do filme.

A trilha sonora é marcante e bem pontuada para cada cena, fazendo com que o longa não ficasse cansativo, com os momentos mais dramáticos sempre pontuados pela elevação do volume sonoro da música para que o espectador fique ciente dos momentos chaves.

Enfim, é um filme que vale a pena ser visto, não que seja algo que você saia correndo para ver, mas é uma pena que ficou em cartaz por muito pouco tempo nas cidades que passou. Se conseguirem ver vale a pena o ingresso pago, senão assim que sair nas locadoras vejam! Fico por aqui, mas nessa sexta já temos a grande estréia do ano, e nessa semana ainda teremos um estilo de filme novidade aqui no blog, espero gostar e também passar bem para vocês como é ver algo desse estilo. Abraços e até breve então pessoal.


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Quatro Amigas e Um Casamento

12/08/2012 09:34:00 PM |

Existem alguns filmes que quando chegam aos cinemas nem sabíamos da sua existência antes da estréia, alguns são ótimos e ficamos até bravos de não terem tido uma divulgação decente para que pudessem encher salas, mas outros são tão fracos que ficamos perguntando porque são lançados roubando salas de outros filmes que poderiam estrear. "Quatro Amigas e Um Casamento" está no meio do caminho dessas duas teorias, pois nem sabia nada desse longa, mas também não é um filme que nos faça lembrar e querer indicar para os amigos, pois classificado como comédia, só ficamos pasmos com alguns absurdos que acontecem ao invés de rirmos das gags que estão em sua duração.

O filme nos mostra que amigas desde o colégio, Regan, Gena e Katie estão reunidas novamente, porque a gordinha Becky recebeu o incrível pedido de casamento do bonitão Dale. Após o choque inicial da notícia, elas se unem para cumprir o papel de perfeitas madrinhas. O problema é que as três tinham certeza que se casariam antes da Becky e, para não darem o braço a torcer, vão aprontar muito na véspera do casamento. Até que, poucas horas antes da cerimônia, as meninas reconhecem que passaram um pouco dos limites.

A história do filme em si já não é uma coisa que fosse ser divertida, fora que as personagens só pelo trailer já aparentam ser as mesmas do filme lançado ano passado "Missão Madrinha de Casamento", o qual achei bem ruim, e incrivelmente esse ainda conseguiu ser pior, pois o longa não faz rir, é colocado algumas gags cômicas que ficamos apenas com cara de meu Deus, porque ela está fazendo isso, mas rir mesmo acaba não ocorrendo em nada dos 87 minutos de duração. E o que pode ser mostrado é que a diretora e roteirista iniciante Leslye Headland precisa estudar muito ainda para voltar e tentar fazer um filme que não seja clone de outro ruim e ainda assim copiando na cara dura, fazer pior que o original.

As atuações em si, até tentam salvar um pouco o filme já que conta com Kirsten Dunst que mostra um pouco de diálogos e boas expressões para tentar dar um ar interessante ao menos nas cenas que aparece, mas não tem muito o que salvar. Em certo momento do filme, o longa acaba indo parar o foco nas mãos de Lizzy Caplan com seu personagem extremamente estranho que nem tem muito a acrescentar para o longa. A personagem de Isla Fisher é algo que parece estar ligado no 220V ao estilo do esquilinho em "Deu A Louca Na Chapeuzinho", mas quando precisa de atuação evapora. Os personagens masculinos acabam nem sendo úteis para o filme, mas alguns até tentam em alguns momentos fazer boas piadas e boas expressões, porém sem sucesso, são o caso de Adam Scott e Kyle Bornheimer.

Um quesito pelo menos que está interessante na minha visão pelo menos é a produção do longa, pois conta com cenários bem colocados para a trama fazendo que pelo menos as pessoas passem por situações bem vistas nos locais de atuação. Tudo bem que a fotografia não ajudou muito para engrandecer os cenários, mas o peso da história ruim predominou para fazer com que os cenários apenas ficassem bonitos no fundo. É mais ou menos como se fosse uma caixa maravilhosa, embrulhando somente um cartão de presente sem nenhum escrito.

Enfim, faltou fazer rir, que é a obrigação nata de qualquer comédia que seja, e com isso não recomendo de forma alguma para ninguém. É um filme que talvez num dia que esteja perdido talvez seja um passatempo para uma sessão da tarde, mas como tem muitas palavras impróprias para o horário nem nesse horário deve passar na TV. Bom, nem tenho muito mais o que falar, afinal o filme é ruim, fico por aqui, amanhã confiro a outra única estréia que teve pelo interior, afinal mais uma vez as distribuidoras boicotaram o interior, numa semana que tem 6 estréias mandar apenas 2 filmes para cá ficou lindo, e assim ficamos somente com as rebarbas. Até amanhã então pessoal.


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Os Penetras

12/01/2012 12:23:00 AM |

Comédias brasileiras costumam pecar por um ponto só: apelar para forçar o riso no espectador. E quando vi o poster de "Os Penetras" já imaginei que ia odiar o filme, mas vi embaixo um pequeno nome chamado Andrucha Waddington e fiquei me perguntando como um cara que faz filmes belíssimos foi inventar de fazer uma comédia forçada? A resposta vem rapidamente quando você encarar o filme nos cinemas, o que vemos não tem nada de forçado, tudo é cômico com naturalidade, as expressões dos atores saem como se eles realmente estivessem se divertindo em cena, a história não é nem leve nem pesada demais, tudo é bem produzido. Poderia com toda certeza falar que não é um filme brasileiro, mas é, um filme de um diretor que sabe o que faz.

O filme nos mostra que às vésperas do Réveillon, o apaixonado Beto chega ao Rio de Janeiro à procura de Laura. Desprezado, tenta o suicídio, mas é salvo pelo golpista Marco Polo que, a fim de ganhar um dinheiro fácil, promete ajudá-lo a reconquistar a amada. O que esse malandro não poderia imaginar é que também se apaixonaria por Laura, uma jovem sedutora que usa artifícios para circular pelas altas rodas da sociedade carioca. Em busca de amor, dinheiro e aventura, Marco e Beto vão penetrar nas festas mais quentes da cidade, usando muita esperteza e uma boa dose de loucura.

O interessante do roteiro do Andrucha e equipe é que ele mostra todo o lado malandro do carioca que agradece todo dia por ser uma cidade turística e ter quem poder enganar sempre, e o melhor de tudo é que diferente do que qualquer diretor faria para amenizar a situação, não, Andrucha segue a mesma linha até na última cena. Outro ponto que o filme é acertado é nos ângulos de câmera escolhidos, fugindo muitas vezes do tradicional e fazendo cenas com closes e inversões bem inteligentes. que aliadas às boas gags cômicas do longa fazem ele ser ágil e divertido ao mesmo tempo, sem precisar que façam qualquer abobrinha para que você rache de dar risadas. Em resumo no quesito direção e roteiro perfeição nas mãos da pessoa certa para um filme de comédia, que venha mais dessa mente brilhante.

No quesito atuações, finalmente após 9 longas, o Marcelo Adnet pode falar que foi realmente um ator bem dirigido, seu personagem tem boas facetas, bons momentos e muita diversão para mostrar sem precisar ficar fazendo piadinhas bobas como fez em outros filmes. Porém a grande surpresa do filme é mostrar que Eduardo Sterblitch, um ser alienígena proveniente de um programa ruim da TV brasileira chamado Pânico, consegue ser um ótimo ator de comédias, com toda certeza deveria investir nisso, as cenas em que está presente consegue ser perfeito de expressões e em alguns momentos até chato demais de tão pentelho, mas faz tudo com tanto brilhantismo que sério, passarei a ver ele diferente no programa dominical. Stepan Nercessian faz um personagem interessante e em alguns momentos bem colocado, mas diríamos como sendo um coadjuvante de luxo que faz muito bem quando precisam de sua atuação em cena. As mulheres do longa todas tem participações menores, mas sempre fazem bem o que pedem nos momentos certos, não pesando nem atrapalhando, apenas as cenas iniciais de Mariana Ximenes que poderiam ser menos forçadas no quesito velocidade, mas com o andamento do filme entendemos melhor seu personagem.

A direção de arte teve muito trabalho, pois assim como todos os filmes que Andrucha dirige, temos cenas em diversas locações sempre lotadas de detalhes para incrementar algo na narrativa, e isso não é ruim, muito pelo contrário engrandece o filme de uma maneira que poucos verão. Um ponto bem bacana de observar está nas cenas com muitos figurantes, sempre trajando as vestimentas corretas para a cena, algo que dá um bom trabalho. Mas um ponto da arte que ficou muito bem encabeçado e é uma locação criada, ou seja, que não existe é o "apartamento" de Marco que tem elementos visuais interessantíssimos. A fotografia de Ricardo Della Rosa é sempre algo que temos de ver com primor, é um dos poucos diretores de fotografia brasileiros que não vi errar a mão em nada, sempre tendo câmeras em posições diferenciadas, tons de cores sempre contrastando, é algo muito bacana de se observar mesmo que num filme de comédia.

Enfim, é um filme que recomendo com certeza e espero que faça tão boa bilheteria quanto a outra comedinha ruim nacional que foi lançada esses tempos e deu mais de 1 milhão de pessoas, por isso vá ao cinema, confira e dê muitas risadas, ah e se quiser não saia da sessão ao começar a subir os créditos, pois tem muitas cenas de erros e palhaçadas nas gravações que valem muito a pena ficar na sala e assistir. Muitos irão julgar pelo nome, achando que é cópia brasileira do filme americano "Penetras Bons de Bico", mas ignorem a semelhança dos nomes e veja, pois tirando o nome nem são muito parecidos, então como disse confiram e depois comentem aqui o que acharam. Fico por aqui na única estréia mesmo da semana pelo interior, mas talvez conseguirei ver outros filmes pelas redondezas, daí volto aqui, então abraços e até breve pessoal.

PS: A nota só foi  um pouco tirada devido à algumas propagandas em excesso que deram closes por serem patrocinadores do filme, sei que sem patrocínio não fazemos nada, mas daí a precisar dar close já é forçar um pouquinho demais a barra, que se não fosse isso era um filme pra ficar entre 9 e 10.


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A Origem dos Guardiões em 3D

11/24/2012 06:08:00 PM |

Acho que nunca fiquei tão indeciso numa briga de melhor animação para o Oscar 2013. Cada dia aparecem mais filmes brilhantes nessa categoria, agora com "A Origem dos Guardiões" temos um filme bem bonito e com uma densidade dramática que poucas animações conseguem fazer. Durante a sessão eu estava aflito pois a sala lotada de crianças já fiquei imaginando que fosse rolar bagunça, pois o filme em quase todo seu miolo é um filme triste, e era notório o sentimento que estava passando para todos na sessão,  pois vi muitos pais mega atentos no filme juntamente com as crianças todas estáticas e se divertindo nos momentos propostos de piada que foram colocados. Excelente.

O filme nos mostra que Papai Noel e o Coelho da Páscoa reúnem um grupo de seres folclóricos, como Sandman, Jack Frost e a Fada do Dente, para combater o Bicho-Papão, que tenta fazer com que o mundo viva em sombras eternas.

A história do filme que é baseado numa série de livros é perfeita ao mostrar que o medo domina as pessoas e que se não acreditarmos em algo bom, ele nos domina. Com essa mensagem forte, porém mostrada de forma a poder ser assistido por crianças, apesar de não ser um filme bem infantil, principalmente porque as crianças de hoje nem ligam mais para esses entes místicos. A condução que o diretor faz é algo bem interessante, pois o filme poderia ser bem infantilizado, mas soube levar numa onda mágica para os pais que levarem seus filhos ao cinema para ver a animação, que com toda certeza acreditaram em algum momento de sua vida nesses seres, e isso fez com que o filme ficasse perfeito para todas as idades e com o primor técnico por trás, afinal o diretor foi responsável pela arte de muitas outras animações e filmes, acaba sendo maravilhoso.

Os personagens são todos carismáticos e mesmo alguns não sendo tão conhecidos aqui no Brasil, como o Sandman e o próprio personagem principal Jack Frost, acredito que muitos vão se apaixonar por eles. A dublagem nacional está muito caricata e agradável para todos sem dúvida alguma, mas se vier para cá nas vozes originais de Hugh Jackman, Jude Law Alec Baldwin e Cris Pine, com toda certeza reverei, pois são grandes atores e certamente fizeram bem seus papéis. O interessante é que cada personagem possui bem um estilo próprio de se mexer, de falar, de tudo e isso marca principalmente as crianças que já sabem quem está falando mesmo que não esteja aparecendo em quadro, e isso fica bem evidente nas salas de cinema com bons sons, pois as vozes vêm de todos os lados dando amplitude de onde está cada personagem na tela, bem interessante observar isso também, já que em animações não costumam ter essa preocupação. Outro destaque bacana estão nos personagens coadjuvantes como as fadinhas, os duendes, os yets e os ovos que cada um tem seu movimento próprio e assim como em outras animações são os responsáveis pelos momentos divertidos de cada filme.

Como falei a direção de arte está muito boa, representando tudo minuciosamente bem desenhado, fazendo com que o visual seja deslumbrante para se perder de vista em cada quadro, e isso só é possível devido à um ótimo 3D que tem por trás, tanto que nem é necessário tirar o óculos para ver se realmente está borrando, pois se vê detalhes ao longe de cada cena, e isso prova ser bom em 3D, além  de claro muita coisa voando para fora, para que a criançada fique tentando pegar no ar(acho meio inútil isso, mas a molecada gosta). A fotografia varia de cores alegres ao total preto nas cenas que está o Bicho Papão por trás, fazendo com que observemos tudo de diversos pontos, ângulos e cores, o que é bem legal.

A trilha sonora de Alexandre Desplat segue a linha gostosa de ser ouvida, sem ser oportunista em momento algum sempre fluindo junto com cada cena, assim como vimos no trailer que já havia me conquistado há tempos. Nos momentos de tensão ela se mantém não precisando do silêncio mas sim de um ponto sinistro adicionado a ela, o que dá um charme a mais.

Enfim, um filmaço para segurar toda a criançada que começa a sair de férias na sua estréia semana que vem. Vale muito a pena ser conferido pelos pais que forem levar a criançada pois com certeza fará relembrar sua infância e talvez até algumas lágrimas caiam. Recomendo com certeza esse filme em qualquer das tecnologias 2D ou 3D(se puder, afinal está bem colocado a arte e não faz com que sintamos mal por pagar mais caro). É isso pessoal, encerro aqui essa semana de poucas estréias pelo interior, mas sexta estamos de volta e claro se comentarem por aqui, sempre respondo. Então abraços e até mais pessoal.

PS: Muitos vão reclamar da minha nota, mas já estava apaixonado por esse filme desde a primeira vez que vi o trailer há bastante tempo, e por não ter sido decepcionado pelo que vi no longa, o que acontece na maioria das vezes em filmes que espero muito, já valeria uma ótima nota, mas o filme é realmente lindo então vale nota 10.


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Os Candidatos

11/24/2012 12:23:00 AM |

É engraçado que quando reclamamos dos debates políticos que temos na TV ficamos imaginando que todas aquelas brigas bestas entre os candidatos só ocorrem no Brasil, e com o filme "Os Candidatos" vemos que lá fora também existem patacoadas entre os que estão concorrendo à alguma vaga pública. Porém a transformação da idéia cômica em filme, foi ao meu ver de pouco impacto com o público, visto que tivemos pouquíssimas cópias rodando o Brasil e somente depois de 2 meses que apareceu em terras brasileiras começa a aparecer pelo interior, e como resultado uma sala praticamente vazia e que riu sim, mas em poucos momentos, pois embora os dois atores sejam ótimos, o filme é bem corrido e acaba sendo até ingênuo demais em algumas cenas.

O filme nos mostra que quando o experiente congressista Cam Brady comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o inocente Marty Huggins, diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.

O roteiro em si é bem elaborado e conta com piadas muito bem encaixadas, mas as cenas que mais divertem, pasmem eu estar gostando disso, são as cenas que são forçadas ao riso, onde acontecem coisas tão absurdas que você acaba rindo do que acontece, fora que em salas vazias sempre tem aquela pessoa que tem uma risada muito engraçada que ri e você acaba rindo dela. O problema do longa não ser uma comédia fantástica é que ele tenta ir pelo lado politicamente correto do cinema, que caso tivesse sido mais afincado nas rivalidade políticas mesmo com certeza seria um longa pesado e forte. Porém o diretor teve a sorte de colocar um dos maiores comediantes que Hollywood tem no mercado em seu filme, fazendo com que suas expressões compense ver o filme.

Como iniciei acima, Galifianakis é mais uma vez o cara que domina em qualquer filme que venham a colocá-lo e seu personagem aqui é perfeito, fazendo quase nenhuma cara e boca, sua expressão vem do interior sempre que solta alguma piada no ar, e quando necessita botar a face pra trabalhar destrói, Will Ferrell que me surpreendeu, pois dificilmente ria em seus personagens anteriores, e aqui seu personagem faz tanta cagada que diverte. Jason Sudeikis é outro que agrada em cena, fazendo de seu personagem o mote forte para que tudo ocorra de forma articulada, e acredito que mesmo sendo bom, poderia ter dado um pouco a mais para o longa. Os demais personagens acabam divertindo em alguns momentos por gags cômicas que aprontam junto dos protagonistas, mas suas expressões são lastimáveis, fazendo com que você torça mais para que o diretor foque nos cachorrinhos bobos que em alguns personagens, por exemplo Sarah Baker.

O visual do filme é bacaninha até, embora conte com muitos cenários, todos não sofrem de um requinte de produção, optando mais por encher de figurantes os locais do que colocar objetos cênicos que remetam bem a situação que está ocorrendo em cada cenário.  A única boa cena no quesito visual bem rebuscado, é o momento que a casa de Marty é invadida pelos articuladores da campanha para transformá-la, pois tirando essa, acabam sumindo os detalhes. A fotografia também não é algo que seja primoroso, visto que a lente e os planos escolhidos são bem básicos de comédia tradicional sem que seja algo que devemos parar para analisar mais a fundo.

Enfim, é um filme daqueles interessantes para perder uma horinha vendo na televisão, não acho que seja algo que vá compensar muito para quem não é viciado como eu ir ao cinema e pagar estacionamento e sessão, mas claro que em dias mais barato, com as pouquíssimas opções que estão em cartaz pelas cidades pode vir a calhar. Com isso já dá para notar que não é o típico filme de comédia que recomendaria com toda certeza, apenas digo que não é ruim, mas passa longe do brilhantismo, apenas mostrando da forma que iniciei o texto que existem falcatruas políticas em qualquer parte do mundo, senão não estariam ironizando uma potência que é os EUA. É isso pessoal, fico por aqui nessa sexta, mas amanhã terei uma pré-estréia por aqui para poder comentar com vocês, então abraços e até breve.


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Amanhecer - Parte 2

11/18/2012 02:22:00 AM |

Uma coisa é interessante, se me falassem há pelo menos dois anos atrás que estaria assistindo em menos de 24 horas, cinco filmes de vampiros feitos para adolescentes pediria para me internar num sanatório, isso é o que mostra o famoso preconceito por não ter visto nenhum filme antes. Claro que não posso afirmar que são excelentes exemplos como filmes em si, pois apesar de ter uma história bem interessante, os 4 primeiros filmes falham muito no quesito efeitos, maquiagem e em atuações, o que pode gerar até um certo desconforto para qualquer um que aprecie um bom cinema. Mas se esforçando para ver toda a história por trás da interpretação do roteiro que foi adaptado dos livros de Stephenie Meyer, conseguirá chegar ao grande final da saga com o filme "Amanhecer - Parte 2" de uma forma muito bem colocada, que se todos os anteriores tivessem pelo menos metade de tudo que puseram nesse longa seria uma série excepcional de ser assistida.

A sinopse dessa parte da saga mostra que depois do nascimento de Renesmee, filha de Bella Swan  e Edward Cullen, os Cullen se reúnem a outros clãs de vampiros para proteger a criança dos Volturi.

Para aqueles que nunca assistiram nenhum capítulo da saga é complicado até ler essa sinopse, pois assim como todos os livros da autora, todos os filmes são necessários que seja visto o anterior e assim sucessivamente, pois nenhum tem começo, meio e fim determinados em cada longa, Por isso como vi todos ontem e hoje, vou falar minha breve opinião de cada um aqui. Nos são apresentados praticamente todos os personagens no primeiro longa("Crepúsculo") que é o que contém mais história e mais conteúdo como filme, mas peca exageradamente na maquiagem e efeitos visuais que se você não tiver paciência praticamente já desiste de ver todos os outros. Depois temos o desenrolar da trama e algumas explicações que serão usadas mais para frente no segundo longa("Lua Nova"), nesse filme a história em si é razoável e temos uma melhora no quesito visual de efeitos e maquiagem, sendo corrigidos alguns erros, mas a atuação medíocre dos protagonistas começam a ficar difíceis de tolerar, salvando-se poucos personagens que atuam bem. Na terceira parte("Eclipse"), o longa já funciona como filme, mas é praticamente uma encheção de linguiça completa tendo fatos praticamente impossíveis de se existir em qualquer lugar, destaque para os momentos de corno que envolvem o triângulo amoroso da trama, aqui embora ainda não tenham melhorado muito suas atuações, pelo menos já é possível identificar mais com cada personagem, pois é mostrada a história praticamente de cada vampiro do clã, porém praticamente é inútil, pois não é usado depois nos demais. O quarto filme("Amanhecer - Parte 1") pode ser considerado como somente um ganha pão para os produtores, pois não tem história nenhuma, tirando as cenas do casamento que foram feitos com altíssimo bom gosto e requinte, o que se vê na trama é algo que só serviu para segurar o público por 1 ano para ver o fechamento, as cenas que a protagonista sofre com o bebê dentro de si são ridículas de uma atuação vergonhosa, além de a primeira parte de mostrar que o Brasil é um país indígena que todos amam samba, o único ponto interessante da trama é a cena pós-créditos que mostra o que acontecerá no último filme. E chegamos finalmente no longa que vamos analisar hoje, onde temos cenas épicas de uma batalha muito bem desenvolvida, onde os efeitos estão bem interessantes, a história chega finalmente ao clímax que faltou nos demais para termos finalmente o fechamento. Diferente dos diretores anteriores, sim tivemos um diretor diferente para cada filme somente os dois "Amanhecer" foram o mesmo, o diretor Bill Condon soube trabalhar bem com a ação tirando quase toda a monotonia presente nos personagens principais que são muito bobinhos, e passando a bola para os vários outros personagens do longa que chamam mais atenção. Ou seja, temos um fechamento bem acertado que como disse se todos tivessem tido essa mesma condução teríamos uma saga que muitos apreciariam não apenas os adolescentes.

Após esse super resumo, o que podemos falar da atuação nesse longa que está nos cinemas é que Robert Pattinson melhorou consideravelmente nesses 5 anos, ainda está longe de ser bom como está em "Cosmópolis" que falamos nessa semana, mas já está melhor que nos primeiros, porém seu personagem é muito sem ação, feito apenas para que as mulheres fiquem encantadas com o modelo de homem das antigas que corteja uma mulher. Taylor Lautner é o que mais cresceu na saga, e como ator, melhorando muito seus trejeitos e fazendo com que passasse de um chamariz para mulheres por estar sempre sem camisa mostrando o corpo malhado, para um ator que sabe interpretar bem o texto, dentre o trio principal acredito que seja o que tem mais futuro fora da saga. Kristen Stewart não tem salvação, está com um corpão nesse último filme e só, sua atuação patética foi a mesma nos 5 filmes e tirando sua atuação em "Runnaways" não acredito que vá conseguir algum dia convencer bem, foi até razoável em "Na Estrada", mas ainda não é uma atriz. Como disse a salvação no quesito atuação desse longa é o foco não ter ficado tanto nos protagonistas, e os personagens de Dakota Fanning e Michael Sheen são os que mais chama a atenção para seus diálogos bem colocados e atuados, fazendo com que quiséssemos que estivessem sempre em cena. E até mesmo Ashley Greene que esteve bem em todos os filmes da saga volta interessante com seu personagem aqui, mostrando ser uma boa atriz. Poderia falar bastante dos coadjuvantes, mas ficaria muito extenso o texto, e como já disse uma vez não é essa minha intenção nos textos aqui, mas quero destacar mais uma vez a sacanagem que fizeram com o Brasil novamente, mostrando que somos um país que vive no meio do mato, reparem nos vampiros brasileiros colocados na trama e com isso tirem a conclusão de o que somos para os EUA.

No quesito visual, nesse longa temos poucos elementos, já que o filme se passa praticamente todo no campo de batalha, mas o visual neve sempre agrada em cheio, tendo boas misturas de cores aqui para serem bem visualizadas. Um ponto interessante nesse quesito está presente no figurino de cada vampiro que vem para auxiliar os protagonistas, pois como cada um é de uma região do mundo, a equipe de arte soube retratar cada um com roupas características. A direção de fotografia, assim como em todos os longas da saga sempre fez um bom trabalho, tendo câmeras em diversos ângulos, trabalhando sempre com luzes interessantes e aliando a cenografia existente para que fossem um bom filme. Os efeitos visuais que foram péssimos em todos os outros longas da saga, aqui estão muito bem colocados, ainda não é algo que se fale nossa que maravilha, mas comparados aos primeiros, estão perfeitos, somente as arrancadas de cabeça que não me convencem como algo normal, que precisaria ser mais sanguinolento, mas enfim não tem como arrumar mais.

As trilhas sonoras, sempre foram muito bem escolhidas nos 5 filmes, mas convenhamos que as dos dois últimos são as mais interessantes, tanto as aceleradas quanto as românticas, fazendo com que o longa seja bem gostoso de assistir por ter boas escolhas musicais, claro que falo desse último, pois os anteriores nem que tocasse a melhor música do mundo salvaria.

Enfim, a saga fechou realmente com chave de ouro, tendo um filme que diverte, tem suas boas cenas de ação, faz ficar tenso e tem seu momento açúcar na água para adoçar os corações. Sendo um longa completo. Deve lotar muitas salas, afinal só está passando praticamente ele nos cinemas e todos querem ver, devendo arrecadar muito dinheiro do público, principalmente no Brasil, o que deveria ser estranho já que somos sempre pejorativamente humilhados no longa(não sei se no livro também, mas acredito que sim). A nota que vou dar é somente para esse longa, mas como curiosidade as notas de cada filme individual seria 7,5,6 e 4 para os anteriores. Fico por aqui, já que não tem mais nada passando nos cinemas desejando que todos vejam esse e quem não viu os anteriores por algum preconceito que seja, assista, como sempre digo é bom ver coisas ruins também para se ter patamar para dar notas boas. Até sexta pessoal, rezando para que venha algo já que a saga deve permanecer um bom tempo em cartaz.


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