Aquela velha dica sempre é válida em paródias, se você não curte o estilo passe longe, mas se você gosta de piadas colocadas propositalmente forçadas, pode ir agora assistir "Inatividade Paranormal 2" que a escolha dos filmes para serem sacaneados foi perfeita e sem exagerar no nível de apelo para escatologias, claro que ainda existem algumas, Marlon Wayans escreveu uma nova história bem mais bacana de acompanhar, divertindo na medida para quem curtir o estilo, e fazendo rir muito, cumprindo o dever de uma boa comédia, mesmo que pra isso necessite algumas apelações.
O filme nos mostra que depois de perder sua namorada possuída Kisha em um acidente de carro, Malcolm conhece e se apaixona por Megan, uma branca mãe solteira de dois filhos. Enquanto ele se muda para uma nova casa com a família, Malcolm descobre que eventos paranormais bizarros cercam as crianças e a propriedade. Para complicar as coisas, Kisha está de volta do mundo dos mortos e se muda para uma casa do outro lado da rua, e não há nada pior do que o desprezo de uma ex-namorada demoníaca.
Como 2013 foi um ano bom de longas de terror com câmera na mão, a escolha dos filmes a serem parodiados foi moleza e ajudou muito em colocar no filme situações interessantes para divertir. São esses, alguns longas escolhidos: "Invocação do Mal", "A Morte do Demônio", "Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal", "Sobrenatural: Capítulo 2", "A Entidade" e "A Possessão". Dessa forma acabou trabalhando melhor com os filmes e situações para que a história da paródia tivesse um sentido bacana de existir e não ficasse apenas com piadas soltas. Montada a história, coube ao diretor do primeiro longa, Michael Tiddes que havia feito sua estreia em longas gastando apenas US$2,5 milhões para fazer o filme e que acabou rendendo US$50 milhões, voltar para tentar novamente o sucesso, e agora trabalhando com uma mão mais ágil com planos mais dinâmicos e apelando menos para escatologias, mas colocando mais sexo ainda no filme, é capaz que consiga novamente o feito, pois particularmente prefiro o que vi hoje do que toda a apelação vista no ano passado.
Quanto da atuação Wayans aparenta querer voltar para os trejeitos que o consagrou em "As Branquelas", fazendo mais piadas preconceituosas e tirando sarro de si mesmo, e com isso acaba divertindo mais, ainda está bem longe do que fez, mas pelo menos pegou mais leve nas besteiras. Jaime Pressly não tem o mesmo carisma que Essence Atkins teve no primeiro longa para papel feminino, tanto que sua atuação acaba até sumindo de cena em diversos momentos, e acredito que optaram por fazer voltar a primeira mulher para boa parte das cenas. E com Essence trabalhando mesmo que em poucas cenas, chama atenção novamente para as coisas que fez no primeiro filme e são reprisadas, mostrando que a jovem é divertidamente assustadora. Gabriel Iglesias serviu para fazer as piadas mexicanas sem nexo que já foram ruins em "Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal", serem repetidas agora com mais preconceito envolvido ainda, pelo menos foi um gordinho carismático bem colocado. Ashley Rickwards poderia ter trabalhado mais como adolescente revoltada no filme, que ficaria até mais engraçado, mas trabalhou bem nos diálogos que foram lhe dados para que todas as piadas tivessem com ela tivessem duplo sentido, de forma que tenho até medo de ver como dublaram, pois a conotação sexual é evidente nelas, mas sem forçar. Steele Stebbins não decola como um garoto promissor para comédia, servindo apenas de enfeite para as cenas que necessitavam de crianças, fraco demais e precisa melhorar o olhar para câmera. As cenas que envolveram Rick Overton são as mais pesadas e não divertem tanto, mas valem como ligação pela sacanagem com algumas séries também além de filmes.
Como falei em "Copa de Elite", se existe uma coisa bem feita nas paródias americanas é a produção artística que a direção de arte faz, colocando muitos elementos cênicos bem feitos, trabalhando as cenografias para que se encaixem no mais parecido possível com os filmes originais e não tendo medo de errar com coisas fortes em cena, o que acaba divertindo o público só por já reconhecer facilmente o filme original em cada momento e visualmente bem trabalhado. O grande elemento cômico ficou claro e deve ser destacado que é a cena da galinha. A fotografia não exagerou em cenas escuras como no primeiro filme, optando mais por divertir e menos assustar, assim a iluminação foi mais tradicionalista e como também não usaram tantos filmes que exigissem efeitos especiais, os erros foram minimizados.
Enfim, ainda continua sendo um filme tosco e apelativo para o riso, mas diverte bastante com as piadas e as escolhas feitas dos filmes, claro que estou falando da versão legendada, talvez até crie coragem para ver depois a dublada para saber o que aprontaram, mas para quem curti o estilo de paródias, esse é um nome certo para ir conferir sem arrependimento algum, pois é garantido o riso e recomendo ele. Encerro essa semana bem curta por aqui, mas como quinta é feriado quem sabe encararemos uma pré da meia noite na quarta, então abraços e até mais pessoal.
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O filme nos mostra que depois de perder sua namorada possuída Kisha em um acidente de carro, Malcolm conhece e se apaixona por Megan, uma branca mãe solteira de dois filhos. Enquanto ele se muda para uma nova casa com a família, Malcolm descobre que eventos paranormais bizarros cercam as crianças e a propriedade. Para complicar as coisas, Kisha está de volta do mundo dos mortos e se muda para uma casa do outro lado da rua, e não há nada pior do que o desprezo de uma ex-namorada demoníaca.
Como 2013 foi um ano bom de longas de terror com câmera na mão, a escolha dos filmes a serem parodiados foi moleza e ajudou muito em colocar no filme situações interessantes para divertir. São esses, alguns longas escolhidos: "Invocação do Mal", "A Morte do Demônio", "Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal", "Sobrenatural: Capítulo 2", "A Entidade" e "A Possessão". Dessa forma acabou trabalhando melhor com os filmes e situações para que a história da paródia tivesse um sentido bacana de existir e não ficasse apenas com piadas soltas. Montada a história, coube ao diretor do primeiro longa, Michael Tiddes que havia feito sua estreia em longas gastando apenas US$2,5 milhões para fazer o filme e que acabou rendendo US$50 milhões, voltar para tentar novamente o sucesso, e agora trabalhando com uma mão mais ágil com planos mais dinâmicos e apelando menos para escatologias, mas colocando mais sexo ainda no filme, é capaz que consiga novamente o feito, pois particularmente prefiro o que vi hoje do que toda a apelação vista no ano passado.
Quanto da atuação Wayans aparenta querer voltar para os trejeitos que o consagrou em "As Branquelas", fazendo mais piadas preconceituosas e tirando sarro de si mesmo, e com isso acaba divertindo mais, ainda está bem longe do que fez, mas pelo menos pegou mais leve nas besteiras. Jaime Pressly não tem o mesmo carisma que Essence Atkins teve no primeiro longa para papel feminino, tanto que sua atuação acaba até sumindo de cena em diversos momentos, e acredito que optaram por fazer voltar a primeira mulher para boa parte das cenas. E com Essence trabalhando mesmo que em poucas cenas, chama atenção novamente para as coisas que fez no primeiro filme e são reprisadas, mostrando que a jovem é divertidamente assustadora. Gabriel Iglesias serviu para fazer as piadas mexicanas sem nexo que já foram ruins em "Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal", serem repetidas agora com mais preconceito envolvido ainda, pelo menos foi um gordinho carismático bem colocado. Ashley Rickwards poderia ter trabalhado mais como adolescente revoltada no filme, que ficaria até mais engraçado, mas trabalhou bem nos diálogos que foram lhe dados para que todas as piadas tivessem com ela tivessem duplo sentido, de forma que tenho até medo de ver como dublaram, pois a conotação sexual é evidente nelas, mas sem forçar. Steele Stebbins não decola como um garoto promissor para comédia, servindo apenas de enfeite para as cenas que necessitavam de crianças, fraco demais e precisa melhorar o olhar para câmera. As cenas que envolveram Rick Overton são as mais pesadas e não divertem tanto, mas valem como ligação pela sacanagem com algumas séries também além de filmes.
Como falei em "Copa de Elite", se existe uma coisa bem feita nas paródias americanas é a produção artística que a direção de arte faz, colocando muitos elementos cênicos bem feitos, trabalhando as cenografias para que se encaixem no mais parecido possível com os filmes originais e não tendo medo de errar com coisas fortes em cena, o que acaba divertindo o público só por já reconhecer facilmente o filme original em cada momento e visualmente bem trabalhado. O grande elemento cômico ficou claro e deve ser destacado que é a cena da galinha. A fotografia não exagerou em cenas escuras como no primeiro filme, optando mais por divertir e menos assustar, assim a iluminação foi mais tradicionalista e como também não usaram tantos filmes que exigissem efeitos especiais, os erros foram minimizados.
Enfim, ainda continua sendo um filme tosco e apelativo para o riso, mas diverte bastante com as piadas e as escolhas feitas dos filmes, claro que estou falando da versão legendada, talvez até crie coragem para ver depois a dublada para saber o que aprontaram, mas para quem curti o estilo de paródias, esse é um nome certo para ir conferir sem arrependimento algum, pois é garantido o riso e recomendo ele. Encerro essa semana bem curta por aqui, mas como quinta é feriado quem sabe encararemos uma pré da meia noite na quarta, então abraços e até mais pessoal.