É interessante ver quando decidem criar uma nova franquia no cinema, e colocam um primeiro longa cheio de apresentações para que o público que nunca viu conheça o personagem, sua história e tudo mais, para que num próximo aconteça tudo realmente, e certamente essa era ideologia da Mattel ao vender os direitos de seus bonecos para o cinema, mas o que eles não contavam é que a equipe produzisse um filme de introdução para "Max Steel" tão bobinho e ingênuo que nem as crianças que brincaram com os bonecos quisessem ver ou saíssem da sala gostando do que viram, quanto mais quem for apenas conferir um filme de ação, imaginando que o roteirista que escreveu grandes filmes de heróis fosse entregar algo mais elaborado, mas infelizmente não acabou rolando, pois até temos uns bons efeitos (que em 3D seriam bem chamativos), mas nada além de um romance fraquinho e uma história simples de descobrir quem ele é com muitos flashbacks. Ou seja, nem na sessão da tarde é capaz de dar ibope.
O longa nos mostra que Max é um adolescente de 16 anos que, como todas as pessoas da sua idade, está passando por um período de descobertas. Entretanto, as transformações na vida do jovem estão relacionadas aos incríveis poderes que ele descobre ter quando entra em contato com uma força extraterrestre.
Chega a ser realmente estranho ver o trabalho que Christopher Yost, que escreveu os dois últimos "Thor" e até mesmo o não lançado ainda "Logan", entregar um filme tão simples de ideias como o que acabamos de ver, pois tudo na trama acabou soando bobo demais, desde a forma de romance, as conversas com Steel, e até mesmo os diálogos com o vilão da trama, parecendo que quiseram rebaixar o nível do longa para ser compreendido somente pelas crianças de 2 a 4 anos que começaram agora a brincar com os bonecos. Mas embora esteja culpando o roteirista, fica claro na exibição parte da culpa na pouca experiência do diretor Stewart Hendler que só havia feito dois longas de terror no cinema e algumas séries de TV sem muita expressão, e sendo assim provavelmente pegou o que estava escrito no papel e não interpretou nada para dar um toque seu, deixando que tudo fosse colocado nos mínimos detalhes, mas sem elaborar nada que ficasse realmente imponente, ou seja, o diretor até trabalhou bem para colocar efeitos bem interessantes numa produção cheia de detalhes, mas esqueceu que bons diálogos e uma história mais envolvente são necessários para que um filme se desenvolva bem e agrade mais pessoas com cabeça.
No conceito da atuação, Ben Winchell achou que estava numa das sagas teen voltadas para garotas adolescentes, pois seu Max estava sempre tirando sua camiseta e trabalhando olhares sexys nas cenas com seu par romântico de tal maneira que ficou estranho ver o jovem entendendo um pouco mais de seus poderes, e principalmente usando eles, sem que fizesse expressões caricatas e olhares perdidos no rumo, tendo inclusive uma cena em que olha diretamente para a câmera como se não soubesse o que estava fazendo (aparentando inclusive ser um erro de corte), ou seja, estava completamente perdido em cena. Andy Garcia até deu algumas boas vertentes para seu Miles, mas quando precisou entrar em luta se perdeu completamente, ficando até estranho seus movimentos, um dublê melhoraria bem a performance, e o ator não ficaria tão estranho usando uma armadura e trabalhando os diálogos como acabou acontecendo. Mike Doyle caiu bem como Jim, mas o excesso de flashbacks acabou sendo cansativo demais para o filme, e merecia ter trabalhado mais o personagem dele antes em algum tipo de cena inicial, para depois deixar que o filme fluísse sozinho sem precisar tanto de sua participação. Ana Villafañe é uma atriz até que interessante e soube dosar olhares com sua Sofia, mas poderia ser menos exagerada nas cenas de sua personagem para que o filme não ficasse tão preso no romance seu com o protagonista, aparecendo a todo momento, mesmo nas cenas mais de ação, de forma que só ficou faltando ela lutar também. Quanto da mãe do garoto, Molly, interpretada por Maria Bello, podemos dizer que apareceu bem em três cenas importantes, e nada mais, não fazendo expressões fortes, não trabalhando uma boa interação com o protagonista, mas no final sendo completamente importante para a trama com seu segredo completo, ou seja, precisaria aparecer mais, e caberia melhor suas cenas do que o excesso de flashbacks com o pai.
A equipe de arte até escolheu boas locações, trabalhou bem os locais destruídos por tornados, chacoalhou bem os objetos de cena que foram colocados em locais estratégicos, e usou boas referências em materiais para ir dando pistas da ligação do garoto com seu pai, mas poderiam ter elucidado melhor algumas situações sem precisar ficar falando, ou mostrando flashbacks, pois assim como está cansando falar essa palavra no texto, no filme acaba cansando mais ainda. Outro ponto bem positivo da trama ficou a cargo da fotografia que usou bem uma iluminação mais sombria para criar clima, e claro deixar que a equipe de computação/efeitos especiais fizesse todo o trabalho pesado de bom nível com ótimos luminosos, muitas explosões e até um certo realismo de jogos eletrônicos (tirando as armaduras que pareceram vir emprestadas de "Tron"). Um defeito que poderia até ter melhorado a trama que raramente falo aqui, é que os efeitos são tão bons e bem trabalhados que poderiam ter colocado a trama como 3D, pois tudo funcionaria mais e acabaria chamando mais atenção do pessoal, mas com uma história tão fraca, acho que ficaram com medo de colocar ingresso mais caro e menos gente ainda ver o filme.
Enfim, é um filme muito fraco e que dificilmente agradará quem for esperando qualquer coisa dele, pois se mesmo sem qualquer ambição a trama não conseguiu empolgar, então quem for querendo ver algo é capaz de reclamar mais ainda, afinal muitos brincaram com os bonecões e outros conferiram a série animada de 2001, ou seja, tinham base para ver um filme ao menos razoável, o que não foi entregue. Portanto não recomendo a trama, ao menos que você vá levar alguém muito fã e que esteja na faixa máxima de 10 anos de idade. Bem é isso pessoal, encerro aqui minha semana cinematográfica bem longa, já me preparando para outra que deve aparecer uma boa quantidade, então abraços e até quinta meus amigos.
Leia Mais
O longa nos mostra que Max é um adolescente de 16 anos que, como todas as pessoas da sua idade, está passando por um período de descobertas. Entretanto, as transformações na vida do jovem estão relacionadas aos incríveis poderes que ele descobre ter quando entra em contato com uma força extraterrestre.
Chega a ser realmente estranho ver o trabalho que Christopher Yost, que escreveu os dois últimos "Thor" e até mesmo o não lançado ainda "Logan", entregar um filme tão simples de ideias como o que acabamos de ver, pois tudo na trama acabou soando bobo demais, desde a forma de romance, as conversas com Steel, e até mesmo os diálogos com o vilão da trama, parecendo que quiseram rebaixar o nível do longa para ser compreendido somente pelas crianças de 2 a 4 anos que começaram agora a brincar com os bonecos. Mas embora esteja culpando o roteirista, fica claro na exibição parte da culpa na pouca experiência do diretor Stewart Hendler que só havia feito dois longas de terror no cinema e algumas séries de TV sem muita expressão, e sendo assim provavelmente pegou o que estava escrito no papel e não interpretou nada para dar um toque seu, deixando que tudo fosse colocado nos mínimos detalhes, mas sem elaborar nada que ficasse realmente imponente, ou seja, o diretor até trabalhou bem para colocar efeitos bem interessantes numa produção cheia de detalhes, mas esqueceu que bons diálogos e uma história mais envolvente são necessários para que um filme se desenvolva bem e agrade mais pessoas com cabeça.
No conceito da atuação, Ben Winchell achou que estava numa das sagas teen voltadas para garotas adolescentes, pois seu Max estava sempre tirando sua camiseta e trabalhando olhares sexys nas cenas com seu par romântico de tal maneira que ficou estranho ver o jovem entendendo um pouco mais de seus poderes, e principalmente usando eles, sem que fizesse expressões caricatas e olhares perdidos no rumo, tendo inclusive uma cena em que olha diretamente para a câmera como se não soubesse o que estava fazendo (aparentando inclusive ser um erro de corte), ou seja, estava completamente perdido em cena. Andy Garcia até deu algumas boas vertentes para seu Miles, mas quando precisou entrar em luta se perdeu completamente, ficando até estranho seus movimentos, um dublê melhoraria bem a performance, e o ator não ficaria tão estranho usando uma armadura e trabalhando os diálogos como acabou acontecendo. Mike Doyle caiu bem como Jim, mas o excesso de flashbacks acabou sendo cansativo demais para o filme, e merecia ter trabalhado mais o personagem dele antes em algum tipo de cena inicial, para depois deixar que o filme fluísse sozinho sem precisar tanto de sua participação. Ana Villafañe é uma atriz até que interessante e soube dosar olhares com sua Sofia, mas poderia ser menos exagerada nas cenas de sua personagem para que o filme não ficasse tão preso no romance seu com o protagonista, aparecendo a todo momento, mesmo nas cenas mais de ação, de forma que só ficou faltando ela lutar também. Quanto da mãe do garoto, Molly, interpretada por Maria Bello, podemos dizer que apareceu bem em três cenas importantes, e nada mais, não fazendo expressões fortes, não trabalhando uma boa interação com o protagonista, mas no final sendo completamente importante para a trama com seu segredo completo, ou seja, precisaria aparecer mais, e caberia melhor suas cenas do que o excesso de flashbacks com o pai.
A equipe de arte até escolheu boas locações, trabalhou bem os locais destruídos por tornados, chacoalhou bem os objetos de cena que foram colocados em locais estratégicos, e usou boas referências em materiais para ir dando pistas da ligação do garoto com seu pai, mas poderiam ter elucidado melhor algumas situações sem precisar ficar falando, ou mostrando flashbacks, pois assim como está cansando falar essa palavra no texto, no filme acaba cansando mais ainda. Outro ponto bem positivo da trama ficou a cargo da fotografia que usou bem uma iluminação mais sombria para criar clima, e claro deixar que a equipe de computação/efeitos especiais fizesse todo o trabalho pesado de bom nível com ótimos luminosos, muitas explosões e até um certo realismo de jogos eletrônicos (tirando as armaduras que pareceram vir emprestadas de "Tron"). Um defeito que poderia até ter melhorado a trama que raramente falo aqui, é que os efeitos são tão bons e bem trabalhados que poderiam ter colocado a trama como 3D, pois tudo funcionaria mais e acabaria chamando mais atenção do pessoal, mas com uma história tão fraca, acho que ficaram com medo de colocar ingresso mais caro e menos gente ainda ver o filme.
Enfim, é um filme muito fraco e que dificilmente agradará quem for esperando qualquer coisa dele, pois se mesmo sem qualquer ambição a trama não conseguiu empolgar, então quem for querendo ver algo é capaz de reclamar mais ainda, afinal muitos brincaram com os bonecões e outros conferiram a série animada de 2001, ou seja, tinham base para ver um filme ao menos razoável, o que não foi entregue. Portanto não recomendo a trama, ao menos que você vá levar alguém muito fã e que esteja na faixa máxima de 10 anos de idade. Bem é isso pessoal, encerro aqui minha semana cinematográfica bem longa, já me preparando para outra que deve aparecer uma boa quantidade, então abraços e até quinta meus amigos.