Se algum dia realmente a Terra for invadida por alguma espécie que não é de nosso planeta, acho que podemos contar com Tom Cruise, afinal já lutou em tantos filmes com aliens que deve ter alguma experiência ao menos. Brincadeiras à parte, "No Limite do Amanhã" é daqueles filmes que você precisa ficar bem atento para não perder nada e também não se perder, afinal o que já era previsto pelo trailer de uma tonelada de idas e voltas com a mesma cena mudando apenas alguns detalhes foi muito além do que esperava, e assim, se um filme de ação já possui um ritmo frenético por natureza, o que nos é apresentado aqui vai muito além de tiros e explosões para todos os lados, colocando uma história bem desenvolvida na trama para que ninguém reclame de faltar contexto para o que está acontecendo.
O filme se desenrola em um futuro próximo, quando o grupo alienígena atinge a Terra com um implacável ataque, deixando grandes cidades em escombros e milhões de vítimas humanas em seu rastro. Nenhum exército no mundo se iguala à velocidade, brutalidade ou presciência dos guerreiros armados ou de seus comandantes telepáticos. Mas agora os exércitos do mundo uniram forças para uma última posição ofensiva contra a horda alienígena, sem segundas chances. O tenente-coronel Bill Cage é um oficial que nunca viu um dia de combate quando é descaradamente rebaixado e depois escalado - destreinado e mal equipado - para o que equivale a pouco mais do que uma missão suicida. Cage é morto em alguns minutos, tentando levar um Alpha com ele. Mas, incrivelmente, ele desperta e volta ao início do mesmo dia infernal, e é forçado a lutar e morrer de novo... e de novo. O contato físico direto com o alienígena o jogou em um túnel do tempo, condenando-o a viver o mesmo combate brutal sem parar. Mas a cada passagem, Cage se torna mais resistente, mais inteligente e capaz de envolver os alienígenas com uma habilidade cada vez maior, ao lado da guerreira das Forças Especiais Rita Vrataski, que destruiu mais invasores do que qualquer pessoa na Terra. Assim que Cage e Rita assumem a luta contra os alienígenas, cada batalha repetida se torna uma oportunidade de encontrar a chave para aniquilar os invasores e salvar o planeta.
A história em si é um pouco confusa, mas é toda bem explicada em uma das cenas voltadas, e o desenvolvimento todo do filme depende do entendimento do espectador nessa cena, portanto por volta da terceira volta do protagonista grude seus olhos na tela e entenda o filme todo, inclusive a cena final que muitos até podem dizer que foi contraditória, mas que assim como tudo funciona em Hollywood, pode garantir uma continuação para o filme dependendo do sucesso das bilheterias. Os roteiristas foram inteligentes ao trabalhar a história original de Hiroshi Sakurazaka num formato dinâmico, pois filmes de guerra costumam funcionar melhor quando se pode armar alguma estratégia de ideologias, o que aqui não temos tempo para isso, senão teríamos apenas umas 3 ou 4 voltas de tempo, então a opção foi trabalhar com o desenvolvimento direto com tudo acontecendo no mesmo momento em que está batalhando está pensando em alternativas para sobreviver. O diretor Doug Liman já é acostumado a fazer filmes ágeis e novamente mostrou capacidade técnica para colocar a ação totalmente a seu favor, pois alguns optariam em explicar mais a vida alienígena, outros iriam preferir explodir mais bichões, mas ele não, colocou a câmera para correr no cenário quando precisou, parou 5 minutinhos para explicar o funcionamento do poder alienígena, voltou a correr e desenvolveu sua trama com capricho para quem quiser gostar, não tendo em momento algum a preocupação que qualquer outro diretor faria na trama, e isso acabou ficando genial de ver na telona, chegando até quem não tiver fôlego para a correria cansar com tudo que é apresentado, mas no geral a certeza de sair satisfeito da sala com o que viu é total.
Quanto à atuação, podemos dizer em poucas palavras que Tom Cruise voltou à sua forma antiga de atuar que tanto gostamos de ver, colocando sentimento nos momentos que precisava, interpretando realmente não estar entendendo o que acontece com ele após as primeiras voltas, e arriscando tudo com seus pulos, tiros e corridas de carro, afinal o maluco sempre prefere fazer sem dublê, ou seja, incorporou o soldado que não era e fez tudo e muito mais, agradando bastante sem necessitar exagerar em diálogos também. Estamos acostumados a ver Emily Blunt como uma moça bonita e dócil em diversos filmes, mas aqui como uma guerreira bem forte, musculosa e que não leva desaforo para casa foi algo bem irreverente, mostrando que todos precisam trabalhar muito em filmes de ação, e ela estava disposta a tudo, somente em alguns momentos seu olhar parece distante da câmera e acaba sendo um pouco estranho de interpretar o que está querendo mostrar, mais parecendo que foi erro de interpretação mesmo, mas que não chega a atrapalhar em nada a trama. Todos demais atores possuem algum momento de conexão com a trama, mas acabam não servindo muito para se destacar em nada, vale apenas lembrar de Noah Taylor no momento mais explicativo do filme que é onde ficamos sabendo de tudo e poderia ao menos ter feito algumas expressões melhores para agradar mais, e outro que fez cara de não entender nada é Brendan Gleeson, que até agora mesmo após receber seu cachê ainda está tentando entender o roteiro e os diálogos que lhe foram ditos.
Um bom filme de guerra é aquele que tudo necessita explodir e voar peças para todo lado, e quem quiser ver isso pode ir para a sessão sem pensar duas vezes, afinal o aparato tecnológico montado é um misto de aliens cabeludos no estilo "Distrito 9", só que agora giram também com soldados robôs no melhor estilo que estamos acostumados a ver nos jogos de videogame, e aliado à isso, a equipe de arte junto com a equipe de efeitos especiais usou muito explosivo para voar coisas nos atores a todo momento. Além disso, a equipe digital não deixou por menos e colocou bons efeitos para que a trama não ficasse fora de tempo tecnológico e nem falsa com algo muito inventivo, ou seja, na medida para divertir e agradar. A fotografia usou bastante de cenas mais escuras e soube trabalhar com tons puxados para o vermelho em diversos momentos para dar um tom mais vingativo, além sempre do tradicional preto e puxando alguns momentos pro azul escuro nos momentos mais sombrios. Quanto do 3D, muitos até não gostam de filmes que são convertidos para a tecnologia, mas nas cenas que conseguimos observar o uso da tecnologia até agradam bastante com peças saindo da tela, atores balançando por cabos e até alguma profundidade em um ou outro momento quase nos convence que o longa foi filmado usando a tecnologia, mas não foi, e acredito que se tivessem filmado mais cenas usando mesmo a tecnologia seria algo proveitoso para a trama, porém no geral o resultado agrada bastante.
A trilha sonora de Christophe Beck é outro ponto que agrada muito, pois um filme de ação sem bons momentos rítmicos é quase que criminoso, e o compositor não hesitou em misturar riffs de guitarras, muita bateria e pontuar cada momento como algo único, dando uma roupagem completamente sua que não nos remeterá a nenhum outro filme já visto.
Enfim, um excelente filme que agrada bastante tanto com muita ação quanto com uma história interessante que nos fará pensar sobre diversos ângulos. O final é um pouco contundente e pode ser até que o pessoal ache errado, mas como disse no início, é provável que façam uma continuação, então é bem explicativo o momento. Recomendo com certeza para quem gosta de jogos de videogame e muita ação, e até mesmo para quem preferir um filme mais trabalhado o longa é capaz de agradar por ter momentos pensantes. Bem é isso, infelizmente a semana fui encurtada devido ao fechamento do Belas Artes em Ribeirão Preto, então agora é aguardar até a próxima quinta torcendo para que venham muitas estreias para o interior, então abraços e até mais pessoal.
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O filme se desenrola em um futuro próximo, quando o grupo alienígena atinge a Terra com um implacável ataque, deixando grandes cidades em escombros e milhões de vítimas humanas em seu rastro. Nenhum exército no mundo se iguala à velocidade, brutalidade ou presciência dos guerreiros armados ou de seus comandantes telepáticos. Mas agora os exércitos do mundo uniram forças para uma última posição ofensiva contra a horda alienígena, sem segundas chances. O tenente-coronel Bill Cage é um oficial que nunca viu um dia de combate quando é descaradamente rebaixado e depois escalado - destreinado e mal equipado - para o que equivale a pouco mais do que uma missão suicida. Cage é morto em alguns minutos, tentando levar um Alpha com ele. Mas, incrivelmente, ele desperta e volta ao início do mesmo dia infernal, e é forçado a lutar e morrer de novo... e de novo. O contato físico direto com o alienígena o jogou em um túnel do tempo, condenando-o a viver o mesmo combate brutal sem parar. Mas a cada passagem, Cage se torna mais resistente, mais inteligente e capaz de envolver os alienígenas com uma habilidade cada vez maior, ao lado da guerreira das Forças Especiais Rita Vrataski, que destruiu mais invasores do que qualquer pessoa na Terra. Assim que Cage e Rita assumem a luta contra os alienígenas, cada batalha repetida se torna uma oportunidade de encontrar a chave para aniquilar os invasores e salvar o planeta.
A história em si é um pouco confusa, mas é toda bem explicada em uma das cenas voltadas, e o desenvolvimento todo do filme depende do entendimento do espectador nessa cena, portanto por volta da terceira volta do protagonista grude seus olhos na tela e entenda o filme todo, inclusive a cena final que muitos até podem dizer que foi contraditória, mas que assim como tudo funciona em Hollywood, pode garantir uma continuação para o filme dependendo do sucesso das bilheterias. Os roteiristas foram inteligentes ao trabalhar a história original de Hiroshi Sakurazaka num formato dinâmico, pois filmes de guerra costumam funcionar melhor quando se pode armar alguma estratégia de ideologias, o que aqui não temos tempo para isso, senão teríamos apenas umas 3 ou 4 voltas de tempo, então a opção foi trabalhar com o desenvolvimento direto com tudo acontecendo no mesmo momento em que está batalhando está pensando em alternativas para sobreviver. O diretor Doug Liman já é acostumado a fazer filmes ágeis e novamente mostrou capacidade técnica para colocar a ação totalmente a seu favor, pois alguns optariam em explicar mais a vida alienígena, outros iriam preferir explodir mais bichões, mas ele não, colocou a câmera para correr no cenário quando precisou, parou 5 minutinhos para explicar o funcionamento do poder alienígena, voltou a correr e desenvolveu sua trama com capricho para quem quiser gostar, não tendo em momento algum a preocupação que qualquer outro diretor faria na trama, e isso acabou ficando genial de ver na telona, chegando até quem não tiver fôlego para a correria cansar com tudo que é apresentado, mas no geral a certeza de sair satisfeito da sala com o que viu é total.
Quanto à atuação, podemos dizer em poucas palavras que Tom Cruise voltou à sua forma antiga de atuar que tanto gostamos de ver, colocando sentimento nos momentos que precisava, interpretando realmente não estar entendendo o que acontece com ele após as primeiras voltas, e arriscando tudo com seus pulos, tiros e corridas de carro, afinal o maluco sempre prefere fazer sem dublê, ou seja, incorporou o soldado que não era e fez tudo e muito mais, agradando bastante sem necessitar exagerar em diálogos também. Estamos acostumados a ver Emily Blunt como uma moça bonita e dócil em diversos filmes, mas aqui como uma guerreira bem forte, musculosa e que não leva desaforo para casa foi algo bem irreverente, mostrando que todos precisam trabalhar muito em filmes de ação, e ela estava disposta a tudo, somente em alguns momentos seu olhar parece distante da câmera e acaba sendo um pouco estranho de interpretar o que está querendo mostrar, mais parecendo que foi erro de interpretação mesmo, mas que não chega a atrapalhar em nada a trama. Todos demais atores possuem algum momento de conexão com a trama, mas acabam não servindo muito para se destacar em nada, vale apenas lembrar de Noah Taylor no momento mais explicativo do filme que é onde ficamos sabendo de tudo e poderia ao menos ter feito algumas expressões melhores para agradar mais, e outro que fez cara de não entender nada é Brendan Gleeson, que até agora mesmo após receber seu cachê ainda está tentando entender o roteiro e os diálogos que lhe foram ditos.
Um bom filme de guerra é aquele que tudo necessita explodir e voar peças para todo lado, e quem quiser ver isso pode ir para a sessão sem pensar duas vezes, afinal o aparato tecnológico montado é um misto de aliens cabeludos no estilo "Distrito 9", só que agora giram também com soldados robôs no melhor estilo que estamos acostumados a ver nos jogos de videogame, e aliado à isso, a equipe de arte junto com a equipe de efeitos especiais usou muito explosivo para voar coisas nos atores a todo momento. Além disso, a equipe digital não deixou por menos e colocou bons efeitos para que a trama não ficasse fora de tempo tecnológico e nem falsa com algo muito inventivo, ou seja, na medida para divertir e agradar. A fotografia usou bastante de cenas mais escuras e soube trabalhar com tons puxados para o vermelho em diversos momentos para dar um tom mais vingativo, além sempre do tradicional preto e puxando alguns momentos pro azul escuro nos momentos mais sombrios. Quanto do 3D, muitos até não gostam de filmes que são convertidos para a tecnologia, mas nas cenas que conseguimos observar o uso da tecnologia até agradam bastante com peças saindo da tela, atores balançando por cabos e até alguma profundidade em um ou outro momento quase nos convence que o longa foi filmado usando a tecnologia, mas não foi, e acredito que se tivessem filmado mais cenas usando mesmo a tecnologia seria algo proveitoso para a trama, porém no geral o resultado agrada bastante.
A trilha sonora de Christophe Beck é outro ponto que agrada muito, pois um filme de ação sem bons momentos rítmicos é quase que criminoso, e o compositor não hesitou em misturar riffs de guitarras, muita bateria e pontuar cada momento como algo único, dando uma roupagem completamente sua que não nos remeterá a nenhum outro filme já visto.
Enfim, um excelente filme que agrada bastante tanto com muita ação quanto com uma história interessante que nos fará pensar sobre diversos ângulos. O final é um pouco contundente e pode ser até que o pessoal ache errado, mas como disse no início, é provável que façam uma continuação, então é bem explicativo o momento. Recomendo com certeza para quem gosta de jogos de videogame e muita ação, e até mesmo para quem preferir um filme mais trabalhado o longa é capaz de agradar por ter momentos pensantes. Bem é isso, infelizmente a semana fui encurtada devido ao fechamento do Belas Artes em Ribeirão Preto, então agora é aguardar até a próxima quinta torcendo para que venham muitas estreias para o interior, então abraços e até mais pessoal.