Amazon Prime Video - Estação Espacial Internacional (I.S.S.)

10/10/2024 12:16:00 AM |

Uma coisa que sempre vemos nas guerras tanto reais quanto em filmes é que quem realmente manda e cria as mais diversas motivações para nações se enfrentarem está na sua casa quietinho, bebendo e comendo do melhor enquanto pessoas que nem se conhecem, ou até mesmo tem alguma afinidade, se digladiam até a morte de todos de um lado (ou de ambos), e nessa sacada sempre vemos que em terra firme (ou na água) alguns fogem desertando e não cumprindo seus deveres para com sua pátria de acabar com o outro lado, então qual ideia genial que tiveram, em um lugar aonde há anos países colaboram e convivem entre si fora do planeta se fosse dada a ordem de tomar tudo e acabar com seus próprios amigos de outro país lá, o que fariam? Pois bem, essa é a sacada do longa "Estação Espacial Internacional" que estreou na Amazon Prime Video com uma boa desenvoltura, cheio de nuances marcantes em um espaço bem restrito, que funciona bem, porém faltou um pouco mais de explosão e ação nos atos do miolo, demorando demais para ter um impacto forte realmente, mas que agrada pela ideia como um bom passatempo para quem curte tramas de suspense do estilo.

Na trama, uma Guerra Mundial está em andamento no planeta Terra e, secretamente, os Estados Unidos e a Rússia contatam seus astronautas a bordo de uma estação espacial e ordenam que dominem o local a qualquer custo.

Diria que a diretora Gabriela Cowperthwaithe usar bem o roteiro ao seu favor, pois se olharmos bem a fundo a trama é simples, o ambiente é simples, e o que foi muito mais difícil com certeza foram as gravações simulando o ambiente sem gravidade, pois no filme inteiro os personagens estão flutuando dentro da estação, e com isso o resultado entrega algo bem realista nesse sentido, de modo que se a diretora quisesse ir mais além, talvez tudo ficasse mais caro para as filmagens. Ou seja, como disse no começo a ideia mesmo é que ficou interessante de mostrar uma proposta dos famosos peões de guerra, daqueles que são soldados até o último minuto não se importando com amigos ou colegas de profissão, de modo que se os países estão em guerra vão para a última instância e quem sobreviver vira herói, e o resultado mostra essa ideologia de um modo funcional que poderia ter explorado um pouco mais, mas mudaria tudo na tela.

Quanto das atuações, o longa também foi bem enxuto de atores, e com Ariana DeBose trabalhando de um modo singelo com sua Kira conseguiu prender os olhares na novata da estação, de tal forma que poderia surtar mais, e entregar muito mais na tela, mas como a atriz vem de uma maratona de produções (deve estar com os mesmos problemas que Nicolas Cage, pois já teve 3 filmes esse ano e ainda estreará mais 2) já anda ficando um pouco artificial demais na tela. Outro que trabalhou bastante foi Pilou Asbæk com seu Alexey, usando bem traquejos expressivos fortes, e sendo bem imponente nos vários atos finais para que seu personagem fosse um misto de sensações na tela. Ainda tivemos Chris Messina e Masha Mashkova bem explosivos nos seus atos principais, de forma que tanto o seu Gordon quanto a sua Weronika deram dinâmica para o longa segurando a responsabilidade mesmo sem serem protagonistas na tela. E também tivemos John Gallagher Jr. com seu Christian e Costa Ronin meio que afastados demais sem grandes chamarizes, tendo claro um ou outro momento para despontar que não foram tão além.

Visualmente posso afirmar que a equipe de arte pesquisou bastante nas imagens verdadeiras para construir um bom ambiente fechado, com muitos elementos eletrônicos em um espaço bem pequeno, de forma que vemos as camas para dormir amarrados para não sair flutuando, vemos muitos elementos para serem usados como possíveis armas, e todo o envolvimento com os ratinhos, meio que dando uma perspectiva de se pensar nos testes, além disso tivemos claro muita computação do lado de fora da estação para mostrar a Terra bem bonita azul e depois vermelha em guerra, ficando até um pouco artificial demais, mas dentro da proposta funcional ao menos.

Enfim, é um filme simples de entrega, mas com uma ideia digamos inovadora e diferente do usual que vemos em tramas de guerra, com uma pegada talvez até realista demais que alguns vão achar estranho, mas que se refletirmos seria possível de acontecer tudo da forma que rola, tivemos alguns momentos mais descontraídos bem colocados, então acaba sendo um bom passatempo para conferir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Netflix - Prisioneiro do Caos (Strul) (Trouble)

10/08/2024 10:38:00 PM |

Desde o dia que a Netflix lançou "Prisioneiro do Caos" na semana passada fiquei intrigado que parecia ao mesmo tempo um filme que certamente eu iria gostar ou xingar até a última geração do diretor, e por incrível que pareça hoje era exatamente o estilo de filme que eu precisava ver: leve, divertido, cheio de boas sacadas e ainda tendo toda uma investigação bem trabalhada aonde o pobre protagonista não consegue ganhar uma contra o sistema. Ou seja, é um filme que entrega o necessário para entreter, com situações que talvez pudessem ser melhoradas (o lado da família do protagonista é bem fraquinho, com uma garotinha sem vontade alguma de atuar, e a ex-mulher apenas levando a garota, e o novo namorado/marido servindo para a conexão da foto, e nada mais), mas que não atrapalham, valendo pelo resultado completo na tela.

A sinopse praticamente conta a história completa do longa de um vendedor de eletrônicos divorciado que é injustamente acusado de homicídio. Era apenas uma demanda simples num dia de trabalho normal: entregar e instalar uma TV. O desastrado e azarado Conny, porém, acaba condenado a 18 anos de prisão por estar no lugar errado na hora errada. Longe da filha Julia, o vendedor precisa sobreviver ao cárcere dia após dia, até que conhece os criminosos Norinder e Musse, que o confundem com um piloto e colaboram com um plano de fuga para ele. Nessa comédia de erros, Conny precisa provar sua inocência, enfrentar conspirações mirabolantes, lidar com a saudade da filha e as obrigações de pai e, ainda, acidentalmente se apaixonar pela única policial que pode ajudá-lo a sair dessa enrascada.

Por incrível que pareça, o longa é uma refilmagem de outro filme sueco mesmo de 1988, ou seja, daquela época que nem sabíamos que a Suécia fazia filmes, porém o diretor e roteirista Jon Holmberg conseguiu trabalhar de forma tão dinâmica que sua trama acabou parecendo algo original e atual, trabalhando com drogas, tecnologias e claro com o que mais anda na moda de quem era o verdadeiro assassino que não vou dar spoiler (mas quem leu meus últimos textos saberá rapidamente). Ou seja, como não vi o longa original, aqui esse passará a ser a versão que conheço, e posso dizer que souberam brincar bem com toda a situação caótica do protagonista, sendo daqueles que quando acham que vão conseguir se livrar de algo, a coisa piora um pouco mais, mas ainda assim ficaria simples demais se não tivessem encontrado um ator carismático e bem disposto a se entregar por completo, e assim o resultado acabou ficando bem mais na mãos de Filip Berg do que do próprio diretor, e o acerto funcionou demais.

E já que comecei a falar do protagonista, no longa usaram muito dele ouvindo a canção "Hooked On a Felling" que ficamos acostumados a acompanhar com o filme dos "Guardiões da Galáxia", e facilmente daria para colocar Filip Berg no grupo de heróis, pois ele tem estilo, tem um jeitão meio bobo, mas que agrada na entrega que faz, e cheio de bons traquejos conseguiu pegar o longa e chamar de seu, afinal não se deixa abater fácil e se joga do começo ao fim, ou seja, foi tão bem que fará com que seu Conny seja lembrado mais vezes quando ver outro filme com ele. A jovem Amy Deasismont trabalhou muito bem também sua Diana, fazendo uma personagem atrapalhada demais, mas que mostrou boas dinâmicas e soube segurar bem seus atos na tela, mas pesquisando sobre ela fiquei bem mais interessado em um filme que fez em 2015 que tentarei arrumar aonde ver. Ainda tivemos bons atos com Eva Melander entregando uma Helena completamente desesperada, tentando a todo custo com as situações mais malucas possíveis para incriminar o protagonista, trabalhando bem sua entrega na tela, e ainda vale citar os outros presos com destaque para Joakim Sällquist com seu Musse bem malucão.

Visualmente a trama teve bons atos em uma loja de eletrônicos tanto na área de venda no começo como no depósito depois nos atos finais, tivemos o início do longa com uma operação de prisão com drogas gigantesca e bem intensa, a casa aonde acontece o homicídio que o jovem estava na hora errada, alguns momentos numa prisão até que bem requintada no país, alguns atos em um hospital e todo o desfecho bem trabalhado em um hotel passando desde os quartos, terraço e área de manutenção, aonde com boas sacadas conseguiram dimensionar todo o filme, mostrando que a equipe de arte trabalhou intensamente.

Enfim, hoje pensei em até não assistir nenhum filme por estar bastante cansado, mas a entrega do longa foi tão bem encaixada que era exatamente o que precisava conferir, funcionando bastante do começo ao fim com algo dinâmico e totalmente funcional dentro da proposta que com toda certeza vale a indicação, então deem o play para se divertir bastante com algo que até tem umas falhas, mas que não atrapalhou em nada o resultado na tela. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Força Bruta: Sem Saída (Beomjoidosi 3) (The Roundup: No Way Out)

10/06/2024 09:20:00 PM |

Enquanto no Brasil se popularizou bastem os doramas que são dramas provenientes do Japão, tem chegado muito por aqui os K-Action que são os filmes de luta sul-coreanos, e se o primeiro caso faz os fãs chorarem horrores e se envolverem com os personagens, no segundo caso o que o pessoal quer mesmo é que o protagonista soque o máximo de vilões possíveis, em algo que praticamente esquecemos de ter uma história realmente para envolver. Dito isso, eis que no próximo dia 10/10 chega aos cinemas a terceira parte da franquia "Força Bruta: Sem Saída", aliás para muitos o segundo filme, já que o primeiro nem chegou aos cinemas nacionais, mas que muitos conseguiram pelos caminhos alternativos, e traz exatamente o que os fãs gostam de ver, com o protagonista brucutu como um investigador da polícia que não pensa muito e se relarem a mão nele, já vão a nocaute com seu retorno, agora enfrentando claro vilões bem mais imponentes já que entra a Yacuza no meio, e claro como tem em todo o mundo, policiais corruptos que estão no meio das vendas de drogas. Ou seja, é o básico filme de ação que funciona nas telas, que vai conferir realmente quem gosta do estilo, e que entrega tudo dentro da proposta, sendo bem colocado e funcional, agradando pelas boas brigas muito bem coreografadas, senão o que teria de figurante morto não estaria nos boletins de ocorrência.

No longa acompanhamos Ma Seok-do enfrentar dois inimigos diferentes. A princípio, ele se junta a um novo esquadrão para investigar o que seria apenas um caso de assassinato. Porém, logo descobre que este caso envolve a apreensão de uma droga sintética. Enquanto isso, a mente por trás do tráfico dessa nova droga — Joo Sung-chul — não para de procurar problemas, fazendo com que os distribuidores de drogas e Ricky, primeiro vilão da franquia, vão à Coreia para resolver as situações que Joo Sung-chul causa.

Costumo dizer que uma saga não deve jamais mexer em diretores para continuações, senão acaba ocorrendo de virar uma bagunça, muita coisa acaba sendo jogada fora e tudo mais, e aqui felizmente (ou infelizmente para alguns) foi mantido o diretor do longa anterior, Lee Sang-yong, que nem se preocupou em fazer uma introdução novamente, já botando o protagonista para trabalhar, criando toda a densidade dos conflitos, e brigando bastante para chamar atenção, e principalmente tendo muito sangue para todos os lados, ou seja, o filme conseguiu fluir bem e agradar dentro da proposta completa. Claro que por ser um longa dinâmico, talvez valesse ter desenvolvido melhor os demais personagens, pois os vilões praticamente surgem do nada e ficam marcados em cena, mas isso é o costume da franquia, então não seria o diretor a querer mudar o jogo.

Quanto das atuações, Don Lee já virou Ma Seok-do, de forma que esse seu estilo brucutu funciona bem demais e não seria difícil imaginarmos ele aparecendo num futuro "Mercenários", afinal sua força descomunal funciona bem na tela, sendo com um só soco ou tapa põe muitos para dormir, e ainda traz um certo gracejo na tela com seu carisma, então domina o filme para ele ao ponto que praticamente esquecemos de olhar para qualquer outro personagem na tela. Quanto dos vilões, Lee Jun-hyuk trabalhou o famoso policial corrupto que quer mais do que o normal e não pensa duas vezes em lutar para conseguir isso, entregando boas facetas expressivas e um bom domínio ao lutar na tela, já Munetaka Aoki volta com seu Ricky que apareceu no primeiro filme, e um domínio da espada como poucos, lutando bastante e se desenvolvendo pouco, mas como era essa a proposta do longa, fez bem o que precisava fazer. Já os demais cada um da sua maneira tentou aparecer um pouco, mas sem grandes chamarizes, tendo o pessoal do lado do protagonista exagerando um pouco demais na comicidade, e do lado dos antagonistas lutando para evitar ser morto, e falando quase nada.

Visualmente a trama passeou por muitos ambientes, desde o cais do porto aonde escondiam drogas junto dos peixes e caranguejos, passando por boates frequentadas apenas pela alta sociedade, vários escritórios espalhados, e algumas cenas tanto na delegacia do protagonista quanto na delegacia do antagonista, mostrando bem a diferença de investimento de cada lugar, além disso muito sangue falso para os diversos cortes feitos com as facas e espadas, para claro agradar os fãs mais violentos.

Enfim, é um estilo de filme que quem gosta acaba vibrando com cada ato na tela, mas assim como falei no texto do segundo filme, as histórias são um pouco falsas demais, não convencendo tanto na argumentação, porém volto no que acabei de falar, que quem gosta desse estilo não está nem aí para as histórias, então o resultado acaba funcionando na tela, valendo a recomendação para os amigos da pancadaria. E é isso pessoal, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria que sempre consegue boas cabines, e também o pessoal da SATO Company que cada dia consegue mais longas orientais bons para representar em nosso país, e volto em breve com mais textos, então abraços e até lá.


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Amazon Prime Video - O Diário (El Diario) (The Diary)

10/06/2024 01:49:00 AM |

Um estilo de filme que gosto bastante de conferir é o que envolve viagens ou distúrbios de tempo, pois sempre dá aquela famosa sacada de parecer que já aconteceu ou que vai acontecer, aonde os protagonistas tentam mudar algo de ruim que aconteceu ou que irá acontecer, pois dá para o roteirista florear aos montes toda a ideia, dá para brincar com possibilidades, e se o diretor for bem esperto ele deixa bem para o finalzinho para entregar por completo para o espectador qual era a ideia correta, ao invés de entregar de cara e ficar conflitando possíveis furos. E com o longa mexicano que estreou ontem na Amazon Prime Video, "O Diário", acabaram exagerando um pouco com as visões da protagonista, pois não precisaria desse efeito meio que paranormal, bastava apenas o lance do diário, de ir trabalhando as conexões e tudo mais para que ela e o psicólogo fossem associando tudo para que ao final toda a bomba acontecesse, mas ao menos a pegada toda foi bem desenvolvida, e o melhor, sem enrolações, pois dava facilmente para virar uma novelona mexicana como muitos conhecem bem.

A sinopse nos conta que quando Olga descobre em seu sótão o diário inacabado de um assassino, acaba ficando fascinada e apavorada pelos seus segredos obscuros. Conforme ela se aprofunda em seu conteúdo, ela descobre uma conexão misteriosa entre eles, colocando sua vida e a de outros em grave perigo.

O filme até poderia ter ido mais além como falei no começo do texto, porém para isso seria necessário diretores mais experientes, e aqui temos duas estreantes em longa metragens, de forma que Emma Bertrán e Alba Gil até tiveram uma ótima proposta e desenvolvimento na tela, mas faltou aquele algo a mais para derrubar o queixo do espectador, ou seja, se forem seguir essa linha de filmes, no próximo é bem capaz que acertem em cheio com um resultado mais preciso. Claro que dava para elas terem criado interações mais fortes entre os personagens, mas isso também dependeria de como o roteiro foi pensado, pois se precisaram fazer a brincadeira meio que de atividade paranormal para visualizar o futuro, isso é algo que sentiram durante as gravações que não ficaria muito claro para o espectador toda a ideia de apenas ser um diário lido, mas mostraram que tem futuro, então é aguardar o próximo trabalho para ver se melhoraram ou se é o estilo delas mesmo.

Quanto das atuações, Irene Azuela fez uma Olga inicialmente descrente do que estava acontecendo na casa, e meio perdida em relação a tudo, porém da metade para frente virou uma investigadora nata, sabendo detalhes, induzindo tudo, e tentando mudar o futuro com coisas do presente, mas sem ser muito efetiva, e principalmente fazendo tudo o que o diário propunha, ou seja, faltou dosar um pouco de cada coisa para que a personagem ao final desvendasse tudo e chamasse mais atenção, mas como já disse, isso vem do roteiro, e nenhum ator consegue fazer milagre. Mauricio Ochman até trabalhou bem o lado psicólogo de seu Carlos, sendo calmo e preciso nas decisões, e entendendo bem o que estava rolando ali, claro que levando também para alguém melhor analisar (embora a mulher que analisou caligrafia seja praticamente uma vidente de tudo e mais um pouco com todos os detalhes que deu apenas pelo que leu no diário). Já vi outros filmes com a jovem Isabella Arroyo, mas aqui sua Vera foi tão seca de olhares, que nenhum psicólogo daria muito jeito nela, ao ponto que se fosse um filme de terror, facilmente ficaria com medo de ver ela a noite. Ainda tivemos o ex-marido da protagonista e sua atual namorada vividos por Leonardo Ortizgris e Yoshira Escárrega, que soaram falsos demais em seus atos, então poderiam ter até menos cenas aparecendo.

Visualmente a casa da protagonista até foi bem escolhida pelos ambientes decorados de modo simples, porém bem detalhados, tendo o baú como parte principal de tudo, que a hora que aparece sua grande cena poderia ser a chave de tudo, se não tivesse acontecido antes a revelação, e claro os diários de torturas bem escritos e chamativos, além da casa do pai também bem arrumada, e a sala do psicólogo cheia de brinquedos, bem no estilo que funciona realmente. Ou seja, não gastaram muito com o visual do presente, mas colocaram alguns elementos em formatos fantasmas meio que chuviscados de TV que nem engrandeceram nada com a personificação do futuro, ao ponto que dava para ter economizado mais.

Enfim, é um filme simples, que mesmo cheio de pequenos erros, funciona na tela, então quem gosta desse estilo até vai relevar alguns momentos e irá curtir a pegada completa, porém como já falei muitas vezes, dava para ter melhorado demais com pouquíssimos ajustes, então acaba valendo a indicação de conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Inverno em Paris (Le Lycéen) (Winter Boy)

10/05/2024 08:03:00 PM |

Ver um filme introspectivo é sempre algo que você precisa estar muito disposto a entender o personagem que vai ser trabalhado na tela, pois senão corre o risco de tudo acontecer de não associarmos bem toda a essência que o diretor desejava trabalhar, e com "Inverno em Paris" você ainda precisa se conectar muito com toda a perspectiva do protagonista, pois é um jovem que se declarou muito novo como homossexual para a família e quando perde o pai em um acidente tenta se reencontrar com sua opção indo morar um tempo com o irmão em Paris, tendo algumas vivências e conflitos, ao ponto de voltar para casa e surtar com tudo. Ou seja, é um filme que ficou totalmente dependente da atuação do protagonista, que até entregou bons momentos, mas que segurou demais a trama, fazendo com que a trama não ficasse mais fluida, e necessitasse quase que na totalidade de um estilo narrado, o que chamamos no meio técnico como muleta de atuação, que vez ou outra até faz com que o filme ganhe alguns prêmios, como foi o caso aqui de ator revelação no Festival de Veneza.

A sinopse nos conta que Lucas, de 17 anos, está no último ano de internato quando a morte súbita de seu pai destrói tudo o que ele tinha como garantido. Cheio de raiva e desespero, ele visita seu irmão mais velho em Paris para buscar consolo na nova cidade.

Diria que o diretor e roteirista Christophe Honoré teve uma sensibilidade bem trabalhada na tela com sua obra, de modo que o filme não chega a ser cansativo, e ainda consegue se desenvolver bem na tela. Claro que ele poderia ter usado um pouco mais do rapaz em outros ambientes, ter aumentado os passeios dele pela cidade, e criado mais complicações na tela ao invés de exagerar na narração do garoto dos seus dias, pois é legal você observar ele falando tudo, mas a trama ficou tão presa nesse estilo que perto do final você já está sem vontade de ver tudo acontecendo com a falação em off, mas como bem sabemos criar cenas é bem mais caro do que uma narração, e passa a ideia meio que de alguém contando algo para outra pessoa, o que dá um aconchego mais marcado, mas isso funciona melhor em filmes com dinâmicas mais abertas, e não tanto em longas introspectivos, o que acabou dando uma densidade meio que enrolada para o que foi mostrado na tela. Ou seja, não ficou ruim a direção, porém precisava de algo a mais para funcionar melhor.

Como falei no começo o longa foi premiado no ano passado pela atuação do jovem Paul Kircher com seu Lucas, e isso com toda certeza foi o mais correto, afinal o longa é do rapaz, da entrega cênica dele, dos seus olhares e desenvolturas, tanto que mesmo com outros grandes nomes franceses na produção você acaba quase nem reparando no que fazem em cena, ou seja, o rapaz soube dominar seus momentos e entregar muito na tela. Vincent Lacoste está tão diferente em cena com seu Quentin que fiquei pensando quem era o ator que estava fazendo o personagem, e olha que já fazem alguns anos que quase todos seus filmes tem aparecido aqui no país, porém tirando momentos mais explosivos do personagem, ele acabou não fluindo como poderia, ficando um irmão que tem momentos tenros, mas que também não entende tanto o mais jovem. É quase um crime termos um filme com Juliette Binoche no elenco, e ela ficar tão em segundo plano como aconteceu aqui com sua Isabelle, pois sendo um filme mais sobre o filho de sua personagem, ela como mãe apenas teve atos emocionais no desenrolar fúnebre, mas depois praticamente desaparece de cena, e dessa forma a atriz não pode entregar tanto como costumeiramente faz, o que é uma pena. Ainda tivemos alguns outros atores dando conexões ao protagonista, sem grandes chamarizes, tendo um leve destaque para Erwan Kepoa Falé com seu Lilio, mas sem ir muito além.

Visualmente a trama também foi bem contida de ambientes, de modo que vemos bem pouco realmente da Paris que tanto passa nos filmes, ficando mais dentro de um internato em outra cidade, a casa da família no interior, e o apartamento do irmão na cidade, de modo que até a mãe e o irmão falam de lugares para o jovem visitar nos diálogos, mas praticamente não quiseram fazer boas cenas externas, e assim acabou faltando mais dinâmica no resultado da equipe de arte.

Enfim, costumo dizer que gosto muito mais das comédias dramáticas francesas do que dos dramas que o país costuma entregar, justamente por segurarem demais tudo na tela ao invés de fluir e emocionar, e assim sendo o longa ficou exageradamente seco na tela, o que acaba não impactando como poderia. Claro que passa bem longe de ser algo ruim de ver, mas diria que o filme vai ser mais chamativo passando por festivais do que comercialmente nas salas do país, mas quem gosta do estilo mais preso até vale a conferida nos cinemas brasileiros a partir da próxima quinta 10/10. E é isso pessoal, fico por aqui agora, claro agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e da Pandora Filmes pela cabine de imprensa, e volto logo mais com outras dicas, então abraços e até breve.


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Netflix - O Poço 2 (El hoyo 2) (The Plataform 2)

10/05/2024 01:53:00 AM |

Costumo falar que filmes introspectivos e filosóficos jamais podem ter continuações, podem refilmar quantas vezes for, mas nunca continue, principalmente se fez sucesso, pois acaba virando uma bomba tão gigante que sequer conseguimos pensar aonde estavam com a cabeça quando escreveram o roteiro. E comecei o texto de "O Poço 2" dessa forma por dois simples motivos, o primeiro é que felizmente eu não esperava nada dele, então qualquer coisa me agradaria já que gostei muito do primeiro e nem queria uma continuação de algo que ficou quase perfeito, a segunda é o óbvio de se falar que o diretor imaginou muito mais coisas e levou nada a lugar algum, pois até temos todo o lance da barbárie, da culpa e de responder seus atos e pecados por uma lei/mandamento que alguém impôs como sendo correto, mas é uma verdadeira bagunça que não honra todos os prêmios que o primeiro filme levou, muito pelo contrário, quem não entendeu nada do primeiro sairá ainda mais confuso depois de ver esse, e a dona Netflix toda faceira ainda sugere que você reveja o primeiro ao acabar a exibição com o seguinte título: "se você não entendeu esse filme veja 'O Poço' agora", já induzindo ao play como se uma coisa fosse explicar a outra, mas já que sou bonzinho com vocês vou dar uma ajudinha: esse tem o 2 no título, porém é um prequel do original, ou seja, tudo acontece bem antes, e bem próximo ao final seremos apresentados ao tiozinho do "óbvio" e ao rapaz protagonista do primeiro filme, dito isso, todo o restante é puro spoiler, então não vou entrar em detalhes.

A narrativa mergulha novamente na angustiante prisão vertical onde a sobrevivência é uma luta diária e brutal. Com apenas duas pessoas por nível, cada uma lutando por sua porção de comida da única plataforma disponível, o filme explora os limites da solidariedade humana e a natureza desumana das estruturas sociais extremas. Uma figura misteriosa emerge para impor ordem neste caos, desafiando os residentes a questionar a noção de justiça em um ambiente tão cruel. À medida que as novas regras são impostas, surge a dúvida: quem garante que serão cumpridas?

O mais interessante é que realmente o diretor e roteirista Galder Gaztelo-Urrutia passou praticamente cinco anos desenvolvendo a continuação encomendada logo que saiu o longa original e tinha ideias tanto para frente quanto para trás da história que lhe fez famoso, mas claro que primeiro optou para apresentar como tudo virou o que já tínhamos visto lá e derrubado nossos queixos, porém ao mesmo tempo que vemos algo anterior, a trama também parece ser mais para frente, pois já tem grandiosos conflitos ali dentro, porém com mais regras que no original, e assim aqui tudo tem uma fluidez digamos que confusa na tela. Claro que esse estilo escolhido foi proposital para não entregar as coisas de mão beijada para o espectador, afinal se o primeiro já foi difícil, tivemos milhares de vídeos tentando explicar o final, agora então vai ter revisão da revisão com VAR para todo lado, e isso fez o longa explodir nas linhas do tempo do pessoal das redes sociais, e agora não será diferente, mas se tem algo que gostei muito aqui foi o estilo de definição dos bárbaros contra os leais, e a pancadaria comer solta sem dó, que aí sim deu um algo a mais para o filme, porém tirando isso, a questão filosófica foi quase nula.

Quanto das atuações, sendo um prequel o longa chega nos atos finais com Ivan Massagué com seu Goreng que nem ele lembrava de ter feito, já que conseguiu uma tonelada de papeis após ter feito o filme, e Zorion Eguileor fazendo seu Trimagasi bem menos destruído, mas já mostrando bem seu bordão "óbvio". Mas quem manda realmente no filme praticamente todo é Milena Smit com sua Perempuan bem cheia de traquejos expressivos, com uma história de base meio que conflitiva que não conseguimos chegar muito no que ela realmente queria estar fazendo ali, mas que faz atos fortes bem encaixados, e assim acaba agradando. Ainda tivemos Hovik Keuchkerian bem marcante com seu Zamiatin explosivo e intenso, mas que talvez tenha se segurado demais na personalidade segura da trama, já que poderia ter batido mais forte com toda a ideia inicial de sua entrevista. E claro entre os muitos outros personagens que aparecem o destaque ficou para o sempre bem expressivo Óscar Jaenada como o ungido Dagin Babi, que teve de se virar sem poder entregar olhares para as câmeras.

Visualmente não temos praticamente nada de novo, sendo bem a prisão vertical que vimos no primeiro longa, algumas crianças brincando num escorrega pouco iluminado, e claro o elevador de comidas que já tínhamos conhecido, com o pessoal usando bem as barras das camas como armas, e tendo muitas mutilações e sangue para todo lado, respingando até na câmera, ou seja, o gore completo que muitos amam.

Enfim, acabei fazendo um texto até que pequeno, afinal é o famoso filme que não temos muito o que falar, e sim ver, refletir e chegar nas próprias conclusões (por isso sempre falo, fujam dos vídeos do pessoal querendo explicar o que acharam, pois são ideias e ideais que nem sequer passaram pela cabeça do diretor), então não é algo que você vai adorar conferir, mas que poderá ter alguns sentimentos e achar interessante, e se você não viu o primeiro, faça o exercício de ver esse e na sequência engatar o de 2019, pois vai dar algumas nuances melhores e mais explicativas. E é isso meus amigos, na minha humilde opinião não necessitava de um prequel para o longa, mas como bem sei, produtores são gananciosos por dinheiro, então saiu algo mediano que alguns vão adorar e outros vão nem querer passar perto. Fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Amazon Prime Video - A Casa Mórbida (House Of Spoils)

10/04/2024 12:08:00 AM |

Um dos gêneros que sempre falo que aceita de tudo na tela é o terror, pois o diretor pode brincar a vontade com ideias mais conflitantes possíveis que acaba dando muito certo, ou então vira uma bomba daquelas que ninguém consegue assistir, e hoje após dar erro no longa que iria conferir, peguei uma das estreias da semana da Amazon Prime Video para ver, já que a história (embora macabra) pareceu interessante ao misturar os famosos longas gastronômicos com uma pegada de bruxaria e casa mal-assombrada, ou seja, tudo que poderia dar muito errado na mistura, mas que funcionou, pois segura o espectador cansado (no caso eu) e entrega um resultado bem intenso no final. Ou seja, "A Casa Mórbida" passa bem longe de ser perfeito, mas conseguiu mostrar algo com sustos soltos, com coisas nojentas, e principalmente jogar com a pressão de se montar um restaurante renomado e autoral, e assim tirando algumas ideias jogadas sem muita explicação, a finalização vai agradar quem conferir a trama inteira.

O longa acompanha uma chef ambiciosa que abre seu primeiro restaurante — um negócio da fazenda à mesa em uma propriedade remota — onde ela luta contra o caos da cozinha, um investidor duvidoso, dúvidas esmagadoras sobre si mesma... e o espírito poderoso da antiga dona da propriedade que ameaça sabotá-la a todo momento.

Diria que a direção e o roteiro de Bridget Savage Cole e Danielle Krudy foi bem concisa e direta na tela, ao ponto que não deixaram sobras nem para enrolações, nem para explicações, de modo que ou você pega a ideia bem rapidamente, ou então alguns atos soltos (como por exemplo a história da velha) acaba ficando meio que de lado ao ponto de você aceitar a maldição e falar que tá tudo bem, porém tirando esse detalhe, a trama conseguiu brincar bem na tela com as facetas da loucura de se aprimorar, sair do básico e da criatividade em experimentar plantas, temperos, e tudo mais para uma comida diferenciada, e claro ir além na concepção de um restaurante fora do eixo tradicional. Claro que elas fizeram tudo de uma forma que dava para acelerar um pouco o miolo e dar mais ênfase no final (eu cozinharia o investidor no fim!), mas ainda assim posso falar que as jovens tem um estilo macabro e ao mesmo bem colocado de filmagem, que se seguirem assim e melhorarem o desenvolvimento dos personagens vão bem longe.

Quanto das atuações, Ariana DeBose é aquela artista versátil que qualquer diretor pode contar com ela para diferentes estilos, e aqui posso dizer que a jovem sofreu, se assustou e cozinhou muito para entregar sua chef com personalidade e bons traquejos, de modo que demorou um pouco para se mostrar imponente, mas quando se jogou literalmente no buraco, foi fundo e mostrou quem mandava no longa, só sendo uma pena que acabou logo depois de sua volta, pois merecia uma vingança na tela. E falando em vingança, posso colocar Arian Moyaed muito mais com seu Andres como vilão do que a própria bruxa, pois o cara foi de um mau-caráter do começo ao fim, fazendo trejeitos invejosos e chamativos que agradam por podermos odiar ele, ou seja, fez bem o que precisava fazer. Quanto aos demais Barbie Ferreira tentou ser jeitosa com sua Lucia mas não foi muito além, Amara Karan trabalhou sua crítica gastronômica como a maioria realmente faz, e a bruxa de Imola Gáspár até tentou chamar atenção, mas não deram espaço para que se desenvolvesse, apenas aparecendo para assustar na tela em momentos aleatórios.

Visualmente o filme é daqueles que você fica pensando quem seria o maluco de abrir um restaurante no meio do nada, em uma casa assustadora e abandonada, com coisas estranhas ocorrendo desde o primeiro minuto que a pessoa entra ali, sendo o famoso improvável que só acontece em filmes de terror, pois o primeiro movimento de janelas já estaria a quilômetros dali. Dito isso, tivemos bons ambientes da casa, claro destacando a cozinha e o porão/adega, o quartinho das poções e toda a floresta, mas claro o destaque para quem gosta de assistir bons programas gastronômicos ficou a cargo dos empratamentos bem bonitos e interessantes de ver na tela, mostrando que a equipe de arte foi muito bem assessorada por chefs renomados.

Enfim, é um filme que fui ver sem saber o que esperar e acabei curtindo a ideia toda, de modo que passa bem longe de ser uma obra de arte, mas também passa longe de ser uma bomba, que quem curte o estilo vai gostar do que verá na tela, desde que também assista sem esperar muita coisa, e sendo assim vale a indicação do longa. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas esse fim de semana voltarei com muitas dicas, então abraços e até breve.


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Coringa: Delírio a Dois (Joker: Folie à Deux)

10/03/2024 01:48:00 AM |

Já repeti tanto isso que virou um mantra: "vá conferir qualquer filme com a pior das expectativas, pois a chance de gostar aumenta demais!", e dito e feito, fui para a sessão de "Coringa: Delírio a Dois" com a expectativa quase negativa de ter visto algumas chamadas de textos de amigos críticos tacando fogo literalmente no longa, mas coloquei na minha mente que era pelo diretor ter dito que era algo musical que geralmente o pessoal não curte mesmo, mas como adoro, nem ligaria de ver algumas coreografias na tela, porém ao conferir ficou bem claro o motivo do fogo no parquinho do pessoal: eles amam as piadinhas jogadas estilo Marvel, e aqui temos a DC raiz, filme denso, sem piadas jogadas na tela (aliás, a todo momento os guardas pedem uma nova piada para o protagonista, e nada sai dali como se o diretor falasse na cara de todos que não está ali para fazer rir!), aí vem o segundo ponto, pois não é um filme musical, mas sim um filme com músicas bem colocadas aonde os personagens cantam em momentos claros, sem dancinhas, sem enfeites, na rouquidão da voz mesmo natural. Dito isso, o que mais o longa nos permitiu ver, uma base filosófica, uma temática profunda dos muitos Arthurs que existem no mundo fantasiando ser outra pessoa para justificar seus atos, e o principal, pois em determinado momento do longa (que é alongado e dava para reduzir uns 20 minutos pelo menos, sendo o único defeito dele) eu já nem sabia mais como o diretor conseguiria fechar sua trama de modo que tudo se encaixasse também dentro dos planos futuros do Universo DC, e literalmente a bomba explode, e MEUS AMIGOS, quem conhecer um pouquinho dos outros muitos filmes, séries, HQs e tudo mais da companhia verá outro vilão ficando do jeito que conhecemos, e toda a arrumação cronológica para juntar o que já foi feito com o que virá no futuro de Gotham.

No longa acompanhamos a sequência do que ocorreu com Arthur Fleck, que trabalhava como palhaço para uma agência de talentos e precisou lidar desde sempre com seus problemas mentais. Vindo de uma origem familiar complicada, sua personalidade nada convencional o fez ser demitido do emprego, e, numa reação a essa e tantas outras infelicidades em sua vida, ele assumiu uma postura violenta - e se tornou o Coringa. A continuação se passa depois dos acontecimentos do filme de 2019, após ser iniciado um movimento popular contra a elite de Gotham City, revolução esta, que teve o Coringa como seu maior representante. Preso no hospital psiquiátrico de Arkham, ele acaba conhecendo Harleen "Lee" Quinzel. A curiosidade mútua acaba se transformando em paixão e obsessão e eles desenvolvem um relacionamento romântico e doentio. Lee e Arthur embarcam em uma desventura alucinada, fervorosa e musical pelo submundo de Gotham City, enquanto o julgamento público d'O Coringa se desenrola, impactando toda a cidade e suas próprias mentes conturbadas.

Claro que o diretor e roteirista Todd Phillips que tinha falado que não faria uma sequência do longa de 2019 ficou tentado após ver muito dinheiro com as bilheterias e todo o impacto que seu filme teve no Universo DC, mas com toda certeza ao começar a desenvolver a sequência ele não pensou num fechamento como o que fez aqui, pois o longa podia ir para milhares de rumos, poderia virar algo cansativo, poderia até ser algo bobo e divertido, mas ele teve muita seriedade em manter o estilo denso, criar as diversas perspectivas, discutir coisas reais na tela, e ainda fantasiar, de tal forma que seu filme ficasse com sua cara, fosse maluco, passasse temor (a cena do anão do longa anterior depondo é de tremer junto com o personagem), e mais do que tudo isso, a trama tem brilho, não sendo algo solto que você vai e confere por 138 minutos e sai da sala já esquecendo o que viu, mas sim algo para pensar, para refletir e se envolver com tudo que é mostrado na tela de forma angustiante e intensa. Ou seja, o diretor bateu de frente com tudo e todos, e foi autossuficiente ao ponto de que muitos irão lhe odiar por não fazer algo bonitinho na tela, mas quem pegar toda a essência da trama e todo o teor mais fechado que a DC já teve no passado, irá sair muito feliz com tudo, e claro irá esperar o que veremos nos próximos longas da companhia.

Quanto das atuações, diria que muitos estavam com medo da performance de Joaquin Phoenix estar inferior ao que fez primeiro filme, porém o ator conseguiu que seu Arthur fosse ainda mais maluco em alguns atos, e também real em diversos outros, ao ponto que ficamos sempre na discussão da acusação versus a defesa no julgamento, ou melhor seria o Coringa uma outra personalidade dele ou uma fantasia para justificar seus atos, e só um gênio como o ator conseguiria dominar essa duplicidade na tela sem que ficasse falso, ou seja, foi perfeito do começo ao fim. Outro ponto de muito medo era como Lady Gaga se portaria como Harleen "Lee" Quinzel, pois muitos achavam que ela ficaria seca demais, outros achavam que a atriz iria ficar falsa, e como a cantoria seria introduzida, mas apaguem tudo que já viram dela, pois ela consegue segurar demais a personagem, fazer com que o público num primeiro momento se apaixone da mesma forma que o protagonista por ela, e depois passa a ser odiada com todas as letras pelo que faz, sendo uma entrega performática e bem expressiva na tela. Ainda tivemos outros bons personagens na tela como Harry Lawtey fazendo o promotor Harvey Dent que muitos vão saber pelo nome quem é dos filmes mais antigos do Batman, e próximo ao final vemos como ele virou o que conhecemos, tivemos o policial Sullivan muito bem feito por Brendan Gleeson, e claro o pequenino Leigh Gill que praticamente se borrou inteiro como testemunha após o que aconteceu no primeiro filme.

Visualmente conhecemos muitos corredores da prisão Arkham, a cela de Arthur e uma solitária, uma barbearia e a cozinha/sala de TV da prisão aonde vários presos acompanharam o julgamento do protagonista, além claro do pátio e a ala de presos mais brandos aonde conhece Harleen na sala de música, tivemos muitas cenas imaginativas dos protagonistas fazendo shows e dançando desvairadamente, e todo o ambiente do julgamento público dentro do Tribunal com todo o estilo clássico que já vimos em muitos filmes, isso claro rodeado da população que ficou ao redor vestida com máscaras do Coringa. Ainda tivemos no início uma pequena animação bem trabalhada, mas meio estranha para falar a verdade, porém conseguindo dar as nuances de uma sombra que domina o personagem, e assim valeu pela filosofia empregada.

Voltando no que falei no começo, o longa não é um musical tradicional, então não espere ver os protagonistas cantarolando suas falas como ocorrem em tramas desse estilo, mas sim um filme com canções bem encaixadas, seja nos devaneios do protagonista ou em momentos que funcionam para a história, aonde a jovem canta para o preso, e outros detalhes, tendo claro como muita base a canção que toca diversas vezes "When The Saints Go Marching In" cantada pelos presos, e as que Gaga canta tendo o link aqui para escutar, além da trilha orquestrada bem pontuada em diversos atos que pode ser conferida aqui.

Enfim, é um tremendo filmaço que só ficou abaixo do primeiro filme pelo excesso do miolo que acabou sendo alongado demais, mas do resto, é perfeito demais, tendo um final convincente, e que precisava acontecer para não termos a dependência de uma continuação em cima de tudo, mas sim de uma linha temporal bem alocada para os próximos trabalhos, e que quem for disposto a ver um filme sem comicidade jogada como ocorrem em muitos filmes de super-heróis vai acabar adorando do começo ao fim, então vá tranquilo conferir que vale a pena nesse sentido, agora se você gosta de filminhos mais bobinhos é melhor nem ir para a sessão, senão vai acabar saindo na metade como está acontecendo em muitas sessões (inclusive na que eu estava!). E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.

PS: Não dei a nota máxima apenas pelo alongamento do miolo que dava para ser reduzido, mas quem gosta de aprofundamentos nem vai notar o tempo passar na sessão, pois a trama se desenvolve bem.


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Amazon Prime Video - Calor Mortífero (Killer Heat)

10/01/2024 12:43:00 AM |

Bem que me falaram que estavam gravando algo aqui na cidade, mas não avisaram que eram grandes atores, mas o nome do filme foi feito com todo carinho do mundo pela equipe que veio gravar! Brincadeiras a parte, o longa da Amazon Prime Video, "Calor Mortífero", facilmente poderia se passar em qualquer cidade daqui da região nesses dias, mas se passa na ilha de Creta, na Grécia, o que é bem melhor! Dito isso, o longa salvou bem essa semaninha que vinha bem meia boca, com vários filmes medianos, e aqui tendo realmente uma trama investigativa bem colocada, cheia de nuances e desenvolturas, e claro bons atores para dominar e envolver o público, ao ponto de conseguir inclusive me enganar, afinal não cheguei na conclusão da investigação antes do protagonista, e olha que costumo pegar bem rápido a ideia toda, e só peguei a metade final logo de cara, mas não quem matou o cara no começo do longa. Ou seja, é daqueles que brinca com muitas facetas, passa por lugares incríveis, e que até poderia ser melhor sem ter tanta narração do protagonista, e claro sua história pessoal em segundo plano, mas como serviu para o ato final, até acaba valendo, e assim sendo agrada na medida certa para quem gosta de um filme curto e direto ao ponto, com tudo o que o gênero permite.

O longa se passa em uma isolada ilha grega chamada Creta, onde dois irmãos gêmeos se veem presos em um perigoso triângulo amoroso que culmina na morte misteriosa de um deles. O detetive particular Nick Bali, conhecido por seu passado conturbado, é chamado para investigar o caso. Enquanto explora a intricada rede de relações e segredos da rica família Vardakis, da qual a vítima Elias 'Leonidas' Vardakis fazia parte, Bali descobre que a poderosa família controla muito do que acontece na ilha e que a esposa do gêmeo sobrevivente, suspeita que há uma conspiração para assassinato. Envolvido em uma teia de enganos e sua própria bagagem emocional, Bali deve desvendar a verdade por trás da morte e lidar com seu próprio passado difícil enquanto enfrenta a influência opressiva da família Vardakis.

Claro que não é o filme mais original do gênero, e o próprio diretor Philippe Lacôte sabia bem disso ao pegar o roteiro para gravar, mas ele soube desenvolver bem a história, conseguiu criar bons pontos de quebra ao longo da trama (aliás até um pouco excessivos), e segurou a história na medida certa para que o protagonista não pegasse de cara o assassino, brincando com muitas possibilidades, e claro com uma astúcia meio calma e bêbada demais, mas que funciona dentro da proposta. Ou seja, é um filme que quem gosta do estilo investigativo na tela vai entrar bem no clima que o diretor propôs, vai ir tentando desvendar possíveis brechas, e também vai reclamar de alguns absurdos, mas como é de praxe em filmes do estilo que não são tão puxados para o terror, o resultado acaba sendo mais morno, porém ainda assim a trama agrada e funciona com a escolha técnica feita.

Quanto das atuações, o jeito exageradamente calmo e boa pinta que Joseph Gordon-Levitt deu para seu Nick me incomodou um pouco, pois parecia mais astuto, porém segurou demais a onda do personagem, de modo que parecia estar mais de férias pela ilha do que investigando realmente tudo, mas como o ator tem estilo, ele conseguiu convencer na maioria de seus atos mais diretos, ou seja, poderia ter feito mais em cena para impactar melhor. Que a personagem Penelope de Shailene Woodley estava envolvida com algo no caso isso até um bebê saberia, mas a atriz soube trabalhar bem toda a essência misteriosa para que o detetive conseguisse a colocar no conflito e cheia de traquejos sedutores fez boas caras de paisagem para tudo ir se desenvolvendo na tela, mas sabemos bem que a atriz sabe fazer melhores trejeitos, e talvez aqui o papel pedisse alguém mais densa de estilo. Particularmente acho o estilo de Richard Madden perfeito para papeis que precisem de alguém bem canastrão, e aqui fazendo dois papeis, um vivo e o outro através de flashbacks, fez de seus Elias e Leo ficasse perfeitamente arrogantes e bem colocados como os riquinhos que fazem o que querem na ilha e mandam em todos, com traquejos e trejeitos secos e bem colocados para que tudo fizesse muito sentido nos devidos atos da trama. Ainda tivemos outros bons personagens na trama, mas valendo realmente destacar apenas Clare Holman em algumas cenas intensas de sua Audrey, principalmente pelo fechamento dela, e boas ajudas ao personagem pelo papel de Babou Ceesay como o investigador da ilha Mensah.

Visualmente a trama teve locações bem luxuosas como a mansão dos Vardakis, o iate gigantesco que até abrigou uma festa de candidatura de um governador, vários outros pequenos barcos e uma doca bem trabalhada, um restaurante/bar chique que praticamente só serviu para uma cena, e claro os grandiosos rochedos da Grécia aonde o pessoal vai fazer escalada com e sem corda, além do monastério aonde o protagonista vai apenas para dormir de suas bebedeiras. Isso sem esquecer dos carros da família, aonde o protagonista tenta acompanhar, mas seria impossível, e também figurinos bem marcantes tanto para as festas quanto para os atos mais despojados, mostrando a imponência da família. Ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante e conseguiu entregar uma produção visualmente de primeira linha.

Enfim, é um filme que se analisarmos a fundo tem falhas, talvez alguns peguem a ideia rapidamente e outros demorem um pouco mais como aconteceu comigo, mas que acabou me agradando bastante pelo estilo sem precisar ficar apelativo, de modo que funciona como um bom suspense investigativo com um ar mais calmo do que tenso como costumam ser as tramas do gênero, e assim sendo vale também como uma iniciação para quem quer entrar nesse gênero e tem medo de fritar todos os neurônios, então fica a dica de conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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AppleTV+ - Os Provocadores (The Instigators)

9/29/2024 10:56:00 PM |

Costumo falar que se um filme se classifica como comédia, ele tem obrigação moral de fazer o espectador rir, seja com boas piadas e/ou sacadas ou apelando para forçar o riso, pois já está ficando chato um longa se classificar como comédia de ação para não ter grandes gastos no orçamento como uma trama de ação realmente exigiria, e daí ficar com cenas meia boca para tentar agradar é algo que não vale o play. Comecei dessa forma o texto do longa da AppleTV+, "Os Provocadores", pelo simples fato de que o filme até tem algumas cenas chamativas e alguns momentos bem colocados, mas na maior parte é algo tão monótono que chega a dar sono, parecendo que os protagonistas nem estavam com tanta vontade de atuar, quanto mais chamar atenção com a entrega de uma trama confusa e sem grandes elos. Ou seja, é daqueles filmes que você até tenta entrar no clima, mas que na metade dele nem sabe o que realmente queriam entregar.

O longa conta a história de Rory e Cobby dois parceiros relutantes: um pai desesperado e um ex-presidiário que são colocados juntos para roubar os ganhos ilícitos de um político corrupto. Mas quando o assalto dá errado, os dois se veem envolvidos em um turbilhão caótico, perseguidos não apenas pela polícia, mas também por burocratas ignorantes e chefes do crime vingativos. Completamente perdidos, eles convencem a terapeuta de Rory (Hong Chau) a se juntar à correria pela cidade, quando eles devem deixar suas diferenças de lado e trabalhar juntos para escapar.

O que não me conformo é do diretor Doug Liman que tem como característica entregar cenas de ação gigantescas, cheias de imposição e que também sabe brincar com uma comicidade diferenciada, entregar algo tão jogado quanto o que fez aqui, pois é um filme que não parece ter nenhuma proposta, já que os protagonistas nem sabem realmente o motivo que querem o dinheiro, e as cenas são quase todas paradas do tipo que quase alguém precisa pedir para que façam algo no assalto, ou seja, o diretor criou momentos na trama tão bagunçados e outros tão sem ação que você fica se perguntando aonde tudo irá chegar, isso é se vai chegar. Sendo assim, fico com medo até do que ele vai fazer na continuação de um de seus melhores filmes que está em desenvolvimento, pois se colocar esse ritmo lá, com certeza vai decepcionar os milhares de fãs.

Quanto das atuações, sabemos o quão bom é Matt Damon quando pega um bom personagem, mas aqui seu Rory parece meio que deprimido e sem expressões, sendo jogado no meio de um assalto conflituoso, fazendo uma tonelada de perguntas no estilo do burro do Shrek, fazendo anotações sem nexo, ou seja, o personagem já era meio bobão, e o ator conseguiu deixar ele ainda pior, ou seja, não caiu bem em cena. Já Casey Affleck ainda estamos pensando o motivo de ter ganho um Oscar, pois até hoje não pegou nenhum papel que realmente destacasse seu estilo atuando, ao ponto que aqui seu Cobby trabalha alguns trejeitos bem desleixados, não segura uma frase completa que chame atenção, e assim em alguns atos acaba entregando mais desespero do que imposição de assalto, o que desanima de ver. A pobre Hong Chau caiu de paraquedas no papel da terapeuta, pedindo com uma calmaria tão sem imposição na tela que não vai além, e seu ato entrando como policial foi algo que nem em sonho alguém funcionaria na tela, mas se o dos rapazes de bombeiro funcionou, quem iria ligar para ela não é mesmo? Ainda tivemos outros grandes nomes na tela do longa, como Ron Pearlman fazendo um prefeito corrupto derrotado, Toby Jones fazendo o assistente do prefeito, e até Alfred Molina como um padeiro, mas nenhum chamou qualquer responsabilidade para seus papeis, e apenas ficaram quase como figurantes na trama.

Visualmente ao menos o diretor não nos desapontou, afinal criou bem a cena do assalto envolvendo barcos, tiros, uma cozinha cheia de elementos, e depois na cena da prefeitura com cofre voando, entradas de bombeiros e tudo de forma grandiosa, além de uma perseguição com caminhão de bombeiro e carro forte bem imponente, mas é só isso, contando com poucos elementos cênicos marcantes explodiu algumas casas, bateu alguns carros e todo o orçamento foi para o brejo.

Enfim, é um filme que pensei várias vezes em dar play nele desde que entrou em cartaz na plataforma, mas hesitei esperando ter mais alguns para a assinatura valer a pena, afinal por lá é apenas 1 filme novo por mês, então assino, vejo alguns e paro, e infelizmente esse não vale o play. Então para quem tiver com tempo sobrando, e pegou os dias gratuitos da plataforma até vai ser um passatempo mediano que quem gosta do estilo vai entreter, mas não espere nada além do mais básico possível. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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AppleTV+ - O Rito da Dança (Fancy Dance)

9/29/2024 05:16:00 PM |

Manter a cultura viva mesmo no caos de um desaparecimento, esse basicamente poderia ser o mote do longa da AppleTV+, "O Rito da Dança", pois o filme mostra uma jovem indígena que está em busca da irmã desaparecida enquanto cuida da sobrinha, vivendo com pouco dinheiro, muitos roubos e sob o risco de perder a guarda da garota que deseja muito ir para um festival de conexão com a cultura tribal. De certa forma o longa tem uma densidade introspectiva bem interessante, cheio de nuances e envolvimentos, e claro todo o velho conflito de quem deve ficar com a guarda de uma criança quando a mãe desaparece, juntando a isso todo o respeito e sentimento das fases de uma pessoa, de suas crenças e tudo mais. Ou seja, é daqueles longas que você precisa entrar no clima e na ideologia da trama, senão acaba perdendo um pouco de tudo, e essa não é a intenção, mas que contando com uma atuação bem montada e todo um desenvolvimento bem calmo, o resultado acaba chamando atenção ao final.

A sinopse nos conta que desde o desaparecimento de sua irmã, Jax cuida, quase sem dinheiro, de sua sobrinha Roki na reserva indígena Seneca-Cayuga, em Oklahoma. Ela usa todo tempo livre para tentar encontrar sua irmã desaparecida e ajudar Roki a se preparar para o powwow, a tradicional reunião dos povos indígenas da América do Norte. Correndo o risco de perder a custódia de Roki para o avô da jovem, Frank, Jax viaja com a sobrinha em busca de pistas para encontrar sua irmã a tempo para o powwow. O que começa como uma busca torna-se aos poucos uma investigação mais profunda sobre as complexidades e contradições de mulheres indígenas vivendo em um mundo colonizado e à mercê de um sistema judicial falho.

A diretora e roteirista Erica Tremblay foi singela demais na escolha do estilo de seu filme, pois dava para facilmente transformar ele em um suspense policial de primeiríssima linha ainda mantendo toda a temática e o envolvimento dramático cultural, porém optou por segurar uma linha cultural e jogar somente com o drama do relacionamento familiar conturbado, das leis que não seguem os ritos dos povos, e claro do mundo aonde a miscigenação entre povos sempre causa conflitos, ou seja, quis ir por uma linha mais segura, porém bem mais densa, e com isso seu filme abre o leque de discussões em um ritmo que acaba soando cansativo, mas que de certa forma agrada pela pegada entregue. Como não conheço seus trabalhos anteriores, vi que já fez outra série indígena, e com isso demonstrou segurança com o tema, porém diria que ela precisa criar dinâmicas maiores com seus filmes, pois faltou emocionar realmente já que optou mais pelo arco dramático do que pelo suspense investigativo.

Quanto das atuações, Lily Gladstone já beirou de ganhar o Oscar esse ano, e se mostrou muito segura em trabalhar suas culturas dentro de diversas tramas, de modo que aqui foi bem densa com sua Jax, trabalhando personalidade e olhares com muita marcação, e principalmente sabendo segurar a dramaticidade sem forçar a tensão do ambiente, de modo que ficamos o longa inteiro tentando saber algo a mais da personagem e isso não é aberto, ou seja, ela leva consigo até o rascunho de como deveria agir e passar para o público, o que funciona em filmes assim, mas que um erro poderia ser fatal para que o filme cansasse o espectador. A jovem Isabel Deroy-Olson foi também cheia de espontaneidade para que sua Rox tivesse carisma e vontade de aparecer, fazendo bem todos os roubos da tia, e sendo bem direta nos atos mais fortes, o que acaba agradando pela personalidade chamativa. Ainda tivemos outros bons personagens, mas que acabam aparecendo pouco, afinal o longa é praticamente da dupla de garotas, valendo leves destaques para Shea Whigham meio que perdido em cena como o avô da garota, Blayne Allen como um traficante da reserva seco e direto demais, sobrando para dar realmente destaque mesmo Ryan Begay como o meio irmão da protagonista, e policial da reserva, mas sem grandes chamarizes expressivos.

Visualmente o longa tem quase que uma estrutura de road-movie, pois inicialmente vemos um pouco das jovens em um rio procurando coisas perdidas que possam dar algum lucro, e claro já mostrando suas mãos rápidas para dar golpes, vemos a casa simples delas na reserva com muitos detalhes mistos de cultura, o ferro-velho do traficante aonde vendem seus roubos, para depois vermos a garotinha na casa do avô com o famoso choque de cultura ao tentar impor algo que não é de sua personalidade, para depois termos toda a fuga pelo estado em busca de mais respostas, passando por golpes em postos, shoppings, e invadindo algumas casas para passar a noite, além de uma farmácia e um ritual de purificação pós-primeira menstruação, além do fechamento no festival com uma boa pegada emocional. Ou seja, a equipe de arte foi bem representativa no que desejavam passar e funcionou bem na tela, sem grandes explosões ou dinâmicas.

Enfim, é um filme bonito, porém simples de dinâmicas, que acabou sendo meio que fechado demais para a proposta, e que como disse no começo poderia ter ido bem mais além, mas ainda assim vale como algo cultural para conhecer um pouco mais do estilo escolhido na tela, então fica a dica para quem curte essa pegada e também estiver aproveitando os dias gratuitos da plataforma. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas ainda devo ver um último filme na AppleTV+ para completar a lista, então abraços e até logo mais.


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AppleTV+ - Lobos (Wolfs)

9/29/2024 02:23:00 AM |

Sem dúvida alguma o streaming com a melhor definição de imagem é a AppleTV+, pena que são bem poucos os filmes originais do canal ou aquisições em termos de longas, preferindo ter mais séries com episódios semanais, mas quando trazem algo novo é claro que vamos conferir, então acaba sendo quase como uma locação e vemos algumas tramas novas bem bonitas na tela. Dito isso, confesso que fui com sede demais ao pote para conferir o lançamento da plataforma, "Lobos", pois a trama participou de diversos festivais, chamando muita atenção por conter dois gigantes da atuação, um orçamento grandioso e toda uma atmosfera preparada para jogar eles lá em cima, mas acabou entregando uma trama que possivelmente já até vimos outras vezes na telona. Claro que estou falando de algo que não é ruim de forma alguma, tendo boas cenas de ação, atuações bem cômicas e cheias de sacadas, e uma história dinâmica e interessante de ver na tela, porém fui conferir esperando um algo a mais, o que não acontece, sendo daqueles suspenses policiais aonde seguimos os protagonistas em suas missões, tentando se safar de algo, e se ajudando sem desejarem, meio que como quase todos os filmes dos dois atores, e assim acaba sendo um passatempo bacana, que funciona e não cansa.

A sinopse nos conta que um solucionador profissional é contratado para encobrir um crime de alto perfil. No entanto, seus planos sofrem uma reviravolta inesperada quando um segundo solucionador, aparece na cena. Os dois lobos solitários, inicialmente em desacordo, são forçados a trabalhar juntos para resolver a situação. À medida que a noite avança, eles descobrem que a missão está fugindo do controle de maneiras que nenhum deles poderia prever. Envoltos em uma série de eventos caóticos e hilários, a dupla precisa usar toda a sua astúcia e habilidades para sair dessa enrascada.

O diretor e roteirista Jon Watts pode ter vários outros filmes em seu currículo, mas será eternamente lembrado pelos últimos três longas do Homem-Aranha, que alguns amam e outros odeiam com toda força do pensamento, mas inegavelmente ganhou muito dinheiro, e quando convidado por outra empresa cheia de dinheiro, não pensou duas vezes e só lhe deram dois grandiosos atores para os papeis principais, ou seja, ficamos com muita dó dele. Dito isso, aqui ele brincou demais com uma trama cheia de ação, mas também recheada de sacadas cômicas, aonde em momento algum dá para levar a sério o longa, que por vezes até chega a parecer uma paródia de algo mais trabalhado, aonde os protagonistas brigam o tempo todo por quem deveria fazer o serviço, quem é melhor que o outro, e nessa desenvoltura o dia vai rolando e tudo acontecendo, ao ponto que somente no último segundo do filme é que nós e os protagonistas realmente descobrem qual era a moral de tudo, e aí fim. Ou seja, o diretor pegou seu muito dinheiro que tinha nas mãos e torrou em algo que facilmente poderia ter um rumo menos satírico, mas quis brincar, e aqui ele pode fazer isso em grande estilo.

Quanto das atuações, não tem como esperar menos que grandes trejeitos e imposições de George Clooney e Brad Pitt na tela, tanto que seus personagens nem nomes possuem, tendo entregas bem marcadas por olhares, sacadas e envolvimentos, fazendo com que ambos tentassem parecer melhor que eles próprios, demarcando seu território e se impondo para cada jogada sua fosse a melhor, a mais bem feita, a mais destrutiva e com isso de lobos solitários acabam virando quase que parceiros na jogada completa, sendo bem divertido ver ambos "velhos", mas que ainda sabem como se portar em tramas de ação, com um optando mais pelo carro e o outro na base da corrida mesmo. Ainda tivemos alguns momentos com o jovem Austin Abrams bem colocado em cena, correndo mais que o Forrest Gump depois que acaba o efeito de sua droga, e alguns momentos espaçados com Amy Ryan com sua Margareth e Poorna Jagannathan com sua June, mas sem grandes atos para chamarem tanta atenção na tela.

Visualmente a trama tem o começo todo dentro de um quarto de hotel chique, com um corpo caído ao lado da cama, e todo o trabalho de empacotamento do protagonista para limpar a cena, depois alguns atos na rua com toda uma corrida pela cidade com os mais jovens a pé e o mais velho no carro, um motel bem sujo com uma decoração tosca e alguns animais, e por fim uma festa de casamento croata em um clube e a entrega recheada de tiros para todos os lados, mostrando ambientes bem amplos, com muitos figurantes e toda uma desenvoltura cênica marcante e claro cara para ser alvejada por tiros.

Enfim, é um filme que talvez pudessem ter ido mais além e montado algo mais sério e pegado, mas que não seria bem encaixado na ideia, de modo que o lado cômico acabou favorecendo bem a entrega toda e acabou funcionando, sendo um bom passatempo para o final de semana, principalmente se você for conferir sem esperar muito dele, então fica assim sendo a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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A Forja: O Poder da Transformação (The Forge)

9/28/2024 08:28:00 PM |

Costumo dizer que o cinema religioso cresceu de uma forma tão bem organizada que a cada dia chegam mais exemplares nas telonas e nos streamings, ao ponto que já tem produtoras especializadas andando no mesmo ritmo que os grandes estúdios de Hollywood, mas o mais bacana que tenho visto nos últimos exemplares que conferi é que eles tem parado com o fator do ambiente de culto, não focando apenas em uma ou outra religião ou igreja, e trazendo Deus para mais perto das pessoas seja numa empresa, numa casa ou numa reunião de amigos, o que acaba chamando bastante a atenção. E outro ponto interessante são os motes e lições que acabam passando na tela, de forma que aqui em "A Forja: O Poder da Transformação" vemos bem as palavras de um homem mudando a vida de um garoto para que esse aprenda a liderar e se tornar um homem de palavra através de sua fé e devoção, trazendo para si respeito e imponência. Ou seja, é um filme bonito de ver, mostrando para a juventude que podem atingir objetivos grandes seguindo boas doutrinas e tendo foco, aprendendo a lidar com respeito aos seus pares e claro perdoar acreditando em algo maior, que claro tem muitos defeitos, e o principal é o lado exagerado de tudo, mas que acaba valendo pela entrega na tela, e que felizmente dessa vez a distribuidora mandou alguns horários legendados, pois tinha visto o trailer dublado e já tinha tido quase um ataque com a forma que ficou.

A história se passa um ano após terminar o ensino médio, onde Isaiah Wright, um jovem de 19 anos viciado em basquete e videogames, está perdido e sem direção. Desafiante para sua mãe solteira, Cynthia, e desmotivado, ele recebe um ultimato: encontrar um rumo ou deixar a casa. Com o apoio das orações de Cynthia e da devota Dona Clara, e a oportunidade de trabalhar na Moore Fitness, Isaiah é guiado por um mentor surpreendente que o desafia a refletir sobre seu futuro. À medida que enfrenta seu passado e aprende a abrir mão de seu egoísmo, Isaiah começa a entender que Deus pode ter um propósito maior para sua vida.

Já tinha elogiado bastante o trabalho do diretor Alex Kendrick em seu longa anterior, "Mais Que Vencedores", e hoje posso dizer que ele junto de seu irmão na produção tem melhorado cada vez mais esse estilo de cinema, que claro tem toda uma ideologia religiosa, tem toda uma forma de tentar moldar o público, e que também tem seu público-alvo, afinal eles até esperam que outros curiosos vá conferir suas tramas através de indicações de amigos religiosos, mas em suma suas obras são para pessoas religiosas se enxergarem na tela através de formas e pessoas, e aqui ele trabalhou de uma forma bem cheia de nuances o buscar jovens para a religião, o formar lideranças e dar oportunidade para que garotos saiam dos vícios de jogos para crescerem profissionalmente e também evolutivamente, de maneira que o resultado acaba chamando atenção nesse sentido. Claro que alguns atos são forçados, e dificilmente irão tirar todo esse estilo de louvar, de orar, de clamar em suas tramas, mas como disse no começo, ao menos têm diminuído bastante o fator forçar a ida para igrejas, afinal como eles mesmos pregam Deus está em todo lugar, então ele irá te ouvir em qualquer lugar, basta você estar aberto para isso, e aqui a sacada foi usar "discípulos" para propagar a palavra e transformar pessoas, o que acabou ficando interessante pelos diálogos e boas colocações na tela.

Quanto das atuações, novamente vou dizer que fiquei extremamente feliz que a distribuidora trouxe algumas sessões legendadas para a cidade, pois antes todos os filmes religiosos só chegavam aqui dublados pelos mesmos dubladores de sempre, as mesmas vozes estranhas e que muitas das vezes mudavam até o sentido da história. Dito isso, o jovem Aspen Kennedy forçou um pouco a mudança de postura de seu Isaiah, mas trabalhou bem suas emoções e trejeitos para que fosse convincente no que estava fazendo, e assim não desapontou dentro da proposta do filme. Já Cameron Arnett mostrou bem o poder da palavra em uma atuação tão calma e tão cheia de imposição com seu Joshua que acabou transmitindo na tela mais do que apenas uma liderança, mas sim toda uma conexão de vida marcante e chamativa para o personagem, e isso é uma grande entrega cênica. Quanto aos demais, vale claro citar Priscilla C. Shirer que está em todos os filmes dos diretores, e aqui como a mãe do protagonista ficou meio que eufórica demais com seus trejeitos, e acabou sendo bacana a entrega do jovem Justin Sterner como o engenheiro Cody que controla todos os robôs da fábrica.

Visualmente o longa trabalhou um pouco da casa do garoto, mostrando um quarto completamente bagunçado que depois acaba ficando mais arrumado com as responsabilidades que assume, vemos alguns atos rápidos na cozinha da casa, mas a grande parte das cenas ficou na fábrica de produtos esportivos com muitos robôs, mostrando uma tecnologia incrível de despachos de produtos de forma automatizada, e claro em um restaurante com um cômodo reservado para as reuniões dos homens da Forja, aonde fazem suas refeições e conversas, sendo tudo bem simples, mas com uma proposta bacana bem conectada na tela, ou seja, a equipe de arte usou bem as locações para não estourar gastos e foi certeira no que precisava mostrar.

Enfim, ainda prefiro o longa anterior do diretor, mas acabei gostando do que vi na tela, sendo bem bacana o resultado para mostrar que jovens podem tomar grandes rumos em sua vida, principalmente se bem liderados e com propostas sejam elas religiosas ou não, basta ter uma motivação e um bom mentor. Então fica a dica para quem gosta do estilo levar os filhos para que quem sabe futuramente virem grandes líderes (religiosos ou apenas comerciais na vida). E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas hoje ainda vou atacar mais um longa, então abraços e até logo mais.


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Pacto de Redenção (Knox Goes Away)

9/28/2024 02:43:00 AM |

Nem lembrava muito da última direção de Michael Keaton no longa "Em Má Companhia", então precisaria rever para saber se realmente evoluiu como muitos amigos críticos tem falado, mas uma coisa é inegável se ele resolver focar de vez nessa função do cinema que é melhorar as dinâmicas em seus filmes, pois aqui temos uma boa trama policial, temos uma história completamente funcional e que emociona pela síntese completa da doença e do excelente plano do protagonista (que em um primeiro momento não entendemos nada, mas depois acaba sendo genial), porém você quase entra em cena para empurrar o protagonista para que ande logo, que reaja, que faça algo, pois a trama tem 114 minutos, mas facilmente daria para entregar algo com 100, isso se não for com menos, bastava dar cortes mais rápidos e suprimir algumas situações calmas demais, afinal em uma trama policial você quer que tudo aconteça, e não ficar filosofando toda a história. Dito isso, o longa tem uma boa entrega do protagonista, e funciona na tela, sendo interessante e cheio de pequenas sacadas, além claro de botar mais uma doença na telona para talvez pensarmos e estudarmos sobre ela, e sendo assim, diria que o resultado, embora lento demais, agrada por completo no fechamento.

A sinopse nos conta que John Knox é um assassino de aluguel diagnosticado com uma forma rápida de demência, uma condição rara. Antes de perder completamente o controle da sua mente, ele recebe a oportunidade de se redimir salvando a vida do seu filho adulto, Milles, com quem não tinha contato há cinco anos. O filho resolve o procurar desesperado por ajuda para encobrir um crime que cometeu. Como uma tentativa de se reconectar com Milles e escapar da prisão, ele vai atrás de Xavier e juntos vão tentar de tudo para que o sucesso dele seja garantido, incluindo correr contra a polícia que se aproxima dele, bem como o relógio correndo de sua própria mente em rápida deterioração.

Já falei outras vezes que não sou fã de diretores que queiram ser protagonistas em seus filmes, pois geralmente acabam falhando em detalhes que facilmente poderiam ser suprimidos, e aqui o fator ritmo seria resolvido tranquilamente com Michael Keaton ficando apenas atrás da câmera ou então deixando que outro assumisse essa função, mas como isso não ocorreu ainda irei ficar esperando sua próxima empreitada na função, pois ao menos deu sua opinião como diretor, não entregou um filme com pistas fáceis para o público, e principalmente brincou com cenas bem marcadas para uma trama do estilo, tendo violência sem precisar ser explícita, tendo uma boa investigação, e principalmente colocando algumas reviravoltas interessantes, além claro do lance da doença que costumo dizer que se um filme acaba tendo função de pesquisa sobre algo já funcionou, e a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi ver o que era e se tudo foi bem mostrado na tela, o que acabou ocorrendo. Ou seja, se o ritmo fosse um pouquinho só mais acertado a trama seria perfeita, e eu estaria aqui engolindo seco que um ator de grande calibre teria acertado em duas funções na tela.

Quanto das atuações, Michael Keaton trabalhou bem seu John Knox no sentido dos trejeitos de se perder no que estava fazendo, mas lembrando bem coisas do passado, tipo aonde deixou as pedras preciosas no passado, e deu boas nuances nos olhares perdidos, porém ao optar por fazer seu filme de um modo lento demais, acabou quase parando o seu personagem, e isso nesse estilo de filme não é muito legal de acontecer. Já James Marsden fez um dos seus piores papeis, isso é se ele já teve algum bom, pois seu Milles é exagerado de trejeitos, perdido de olhares, ao ponto de que tudo bem surtar com o que ele fez, mas ficou sem base alguma a maioria de seus atos e entregas, e isso pesou demais no filme. Os detetives Ikari e Rale vividos por Suzy Nakamura e Hoogenakker ficaram meio que caricatos demais, tentando trabalhar sacadas e dinâmicas meio que contando com umas piadinhas irônicas, e assim não entregaram tudo o que podiam para ir além, mas conseguiram chamar atenção, e ao final o diretor lembrou de mostrar o motivo da detetive saber o que o médico tratava. Ainda tivemos participações bem colocadas de Joanna Kulig como a prostituta que visita o protagonista toda semana por quatro anos, Marcia Gay Harden como a ex-esposa e um rápido momento com Ray McKinnon como Muncie, o parceiro de assassinatos do personagem principal, mas quem acabou aparecendo mais e até tendo chance de chamar atenção foi Al Pacino com seu Xavier bem colocado como um grande amigo do protagonista.

Visualmente a trama teve uma boa pegada policial, com dois crimes bem representativos, com sangue e mortos espalhados no chão para que a equipe de polícia tivesse o que olhar e achar pistas, tivemos uma casa bem elaborada cheia de livros na casa do protagonista para dar a ele o título de Aristóteles Knox entre os amigos, uma casa quase que chalé aonde mora o filho e um rancho simples e rápido aonde vão, um restaurante sem grandes chamarizes, além de uma delegacia simples, ou seja, a equipe de arte não fez grandes elos, mas passou por muitas locações para representar tudo, além claro de ter muitos objetos e toda uma sacada para plantar as provas do crime de acordo com o plano final do protagonista.

Enfim, é um filme que não que tinha tudo para dar muito certo e se tornar um policial daqueles memoráveis, bastava ter um diretor melhor sem ser o protagonista, um coadjuvante melhor e um ritmo mais imponente, pois a história em si é bem boa e as sacadas com essas poucas mudanças acabariam ficando geniais, então diria que vale como um passatempo para quem curte o estilo, e nada mais do que isso. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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