Existem alguns filmes que entregam todas as piadas de cara no trailer, fazendo com que o público se interesse em ir conferir o longa completo, porém ao chegar lá, o que se vê é que só tinham aquilo para apresentar, e o restante acaba sendo enchimento de linguiça, que nos casos de alguns estilos acaba virando até pastelão e exagerado demais, ou seja, acaba ficando apelativo. A ideia em si do longa "Como Se Tornar Um Conquistador" já é exagerada e tosca, mas poderiam ter apelado menos e divertido mais, ou já ter jogado logo de cara a premissa "família" e trabalhar menos as tosquices para que o longa fluísse melhor. Ou seja, não digo que é um filme totalmente ruim, pois até diverte em alguns momentos, mas fica longe demais de ser algo agradável de assistir, e certamente daqui algumas semanas nem vamos lembrar de ter visto ele (ou melhor, vamos fugir quando passar na TV!).
O longa conta a história do sexy e sedutor Maximo (Eugenio Derbez) que tem o sonho de ser um milionário, mas sem levantar um dedo. Para isso, ele passa a conquistar mulheres muito ricas e glamurosas. Ele então se casa com uma mulher rica e 25 anos depois ele é trocado por um homem muito mais jovem e é forçado a morar com sua irmã Sara e seu sobrinho Hugo (Rafael Alejandro). À procura de uma vida de luxo, funcionários e carros, este filme expõe os valores que realmente importam: o poder do charme e acima de tudo o amor familiar.
É interessante observarmos que mesmo se tratando de um longa americano, a desenvoltura por ter atores mexicanos acabou sendo levada bem no estilo das produções mexicanas, com um estilo que começa dinâmico, desaba completamente no teor mais dramático e bagunçado no desenvolvimento, quase morre com um melodrama no clímax e até tenta sair bem no final, mas infelizmente o que o diretor Ken Marino fez em sua estreia derrubou tanto o miolo, que não teve muita solução para empolgar no final, e assim sendo o longa foi numa decaída tão grande e apelativa que soou até chato de acompanhar, de modo que nem os erros de gravação durante os créditos conseguem divertir sem apelar, ou seja, um filme que pode passar em branco tranquilamente.
Dentre as atuações, é mais divertido ver como o jovem garotinho Raphael Alejandro se saindo muito bem com sua ingenuidade na personalidade de Hugo, do que todas loucuras que os adultos fizeram para aparecer, pois o jovem fez bons olhares, e acabou agradando em quase todas suas cenas. Salma Hayek não é mais a mesma que fazia filmes divertidos e expressivos, claro que está velha, mas ainda possui um belo corpo (vide a cena que sai com um vestido preto) e até mostrou uma certa expressividade com sua Sara, porém longe de agradar como atriz de comédias. Eugenio Derbez possui um estilo próprio de comédia, e funciona quando o papel que lhe entregue possui certos detalhes como ocorreu em "Não Aceitamos Devoluções", porém aqui seu Maximo ficou deveras exagerado e até diverte com isso no começo, porém começa a cansar bem antes da metade com suas feições, e com isso acaba desgastado até o final, destaque para seu filho Vadhir Derbez fazendo Máximo quando jovem. Dos demais, é melhor nem entrar em detalhes pois foi um pior que o outro bagunçando mais do que aparecendo, destaque negativíssimo para Rob Riggle e Rob Huebel com seus Scott e Nick.
No conceito visual, a trama até que trabalhou bem para mostrar tanto o lado bom da vida com a riqueza, quanto também o lado bom da vida com a família, trabalhando bem os espaços, figurinos e até exagerando em alguns detalhes, mas como a trama optou por ser mais simbólica o resultado até chega a chamar atenção com a grande quantidade de cores que a equipe de arte junto da fotografia colocaram em cena, chegando a ser até impregnado demais, como na cena do aniversário da garotinha, além de completamente desnecessária a utilização de deficiências.
Enfim, é um filme forçado demais, que acaba exagerando em tudo. Confesso que esperava bem mais dele, e até ri com algumas cenas, mas o resultado final decepciona demais, e com isso acabo nem recomendando ele. Portanto, vá em outros filmes que estrearam, que certamente o ingresso será melhor valorizado. Bem é isso pessoal, fico por aqui encerrando essa semana cinematográfica que foi bem recheada, e volto na próxima quinta com mais estreias, então abraços e até breve.
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O longa conta a história do sexy e sedutor Maximo (Eugenio Derbez) que tem o sonho de ser um milionário, mas sem levantar um dedo. Para isso, ele passa a conquistar mulheres muito ricas e glamurosas. Ele então se casa com uma mulher rica e 25 anos depois ele é trocado por um homem muito mais jovem e é forçado a morar com sua irmã Sara e seu sobrinho Hugo (Rafael Alejandro). À procura de uma vida de luxo, funcionários e carros, este filme expõe os valores que realmente importam: o poder do charme e acima de tudo o amor familiar.
É interessante observarmos que mesmo se tratando de um longa americano, a desenvoltura por ter atores mexicanos acabou sendo levada bem no estilo das produções mexicanas, com um estilo que começa dinâmico, desaba completamente no teor mais dramático e bagunçado no desenvolvimento, quase morre com um melodrama no clímax e até tenta sair bem no final, mas infelizmente o que o diretor Ken Marino fez em sua estreia derrubou tanto o miolo, que não teve muita solução para empolgar no final, e assim sendo o longa foi numa decaída tão grande e apelativa que soou até chato de acompanhar, de modo que nem os erros de gravação durante os créditos conseguem divertir sem apelar, ou seja, um filme que pode passar em branco tranquilamente.
Dentre as atuações, é mais divertido ver como o jovem garotinho Raphael Alejandro se saindo muito bem com sua ingenuidade na personalidade de Hugo, do que todas loucuras que os adultos fizeram para aparecer, pois o jovem fez bons olhares, e acabou agradando em quase todas suas cenas. Salma Hayek não é mais a mesma que fazia filmes divertidos e expressivos, claro que está velha, mas ainda possui um belo corpo (vide a cena que sai com um vestido preto) e até mostrou uma certa expressividade com sua Sara, porém longe de agradar como atriz de comédias. Eugenio Derbez possui um estilo próprio de comédia, e funciona quando o papel que lhe entregue possui certos detalhes como ocorreu em "Não Aceitamos Devoluções", porém aqui seu Maximo ficou deveras exagerado e até diverte com isso no começo, porém começa a cansar bem antes da metade com suas feições, e com isso acaba desgastado até o final, destaque para seu filho Vadhir Derbez fazendo Máximo quando jovem. Dos demais, é melhor nem entrar em detalhes pois foi um pior que o outro bagunçando mais do que aparecendo, destaque negativíssimo para Rob Riggle e Rob Huebel com seus Scott e Nick.
No conceito visual, a trama até que trabalhou bem para mostrar tanto o lado bom da vida com a riqueza, quanto também o lado bom da vida com a família, trabalhando bem os espaços, figurinos e até exagerando em alguns detalhes, mas como a trama optou por ser mais simbólica o resultado até chega a chamar atenção com a grande quantidade de cores que a equipe de arte junto da fotografia colocaram em cena, chegando a ser até impregnado demais, como na cena do aniversário da garotinha, além de completamente desnecessária a utilização de deficiências.
Enfim, é um filme forçado demais, que acaba exagerando em tudo. Confesso que esperava bem mais dele, e até ri com algumas cenas, mas o resultado final decepciona demais, e com isso acabo nem recomendando ele. Portanto, vá em outros filmes que estrearam, que certamente o ingresso será melhor valorizado. Bem é isso pessoal, fico por aqui encerrando essa semana cinematográfica que foi bem recheada, e volto na próxima quinta com mais estreias, então abraços e até breve.