Não lembro qual foi a última animação alemã que conferi, mas posso dizer que baseando na modelagem de "Amigos Alienígenas", eles estão a um pequeno passo de serem memoráveis, se colocarem uma história mais focada num público mais jovem e adulto, como acaba acontecendo com as grandes animações americanas, mas talvez não seja bem essa a intenção, e sendo assim, o resultado proposto para os menores acaba sendo engraçadinho e bem colocado, divertindo com as bagunças dos alienígenas, e tentando cativar/emocionar o público com a história do jovem que o pai praticamente nem nota em casa. Diria que é uma trama gostosa que passa bem rápido, mas que falta um pouco para conseguir atingir um algo a mais.
O longa nos mostra que a vida de Léo, um menino de doze anos, muda completamente quando a nave espacial de três alienígenas cai nos fundos do quintal de sua casa. Seu pai, um ufologista famoso, congelaria os novos amigos na primeira oportunidade, por isso ele precisa protegê-los e ajudá-los a descobrir o paradeiro da nave mãe, para que só assim eles consigam voltar para casa.
É engraçado observar que a trama brinca com dois vértices bem opostos, a alegria/consumismo dos alienígenas com a simplicidade/tristeza do garoto, e ainda complementa com a paranoia por limpeza/organização dos vizinhos, de tal maneira que os diretores acabam deixando no ar ainda diversas outras situações para serem complementadas, com altas referências em cima de "MIB" também, ou seja, eles fazem algo cheio de referências a diversos longas famosos de alienígenas, mas sem se prender a nenhum, afinal aqui é o deles, e sendo bem graciosos na modelagem, todos os personagens foram construídos com formatos bem gordinhos para não necessitar de nenhuma tecnologia 3D para entregar algo bem tridimensional, cheio de formas, e principalmente com sombras bem colocadas, agradando pelo resultado geral para um público que exige ver uma certa qualidade nas telonas, ou seja, vemos tudo bem dinâmico e interessante na tela, com boas texturas, e ainda uma história que agrada, mas que ainda é deveras infantil, e poderia ter sido melhor trabalhada.
Dentre os personagens, conseguiram moldar bem um carisma bacana nos alienígenas, principalmente no conceito de assumirem as formas de outras formas comendo cabelo de outros personagens, e isso deu uma graça incrível para o longa. O jovem Léo (que foi abrasileirado na versão dublada, pois no original chama Luis) conseguiu transmitir bem sua fragilidade e tristeza por não ter mais a mãe, e ter um pai omisso, mas faltou emoção no personagem para comover mais o público. O pai ufologista é bagunçado como todos malucos desse meio, mas ficou sem sal demais seu modo sempre dormindo, então poderiam ter dado um gás a mais nele. E quanto dos vilões, temos dois vértices, primeiro os vizinhos extremamente organizados, com o filho rebelde (que do nada fica bonzinho demais!), e temos a dona do orfanato que coleta lágrimas de crianças abandonadas, que terá uma surpresinha mais para o final, que acredito que poderia ter ocorrido até um pouco antes para a emoção ficar maior, mas foi bem trabalhada ao menos.
O visual do longa é bem colorido, cheio de bons lugares, com objetos trabalhados para dar dinâmica e como já disse no começo, uma modelagem de primeira linha, com traços arredondados, mas tendo boas texturas para não ficar nem realista demais, nem bidimensional demais, formatando tudo e agradando na medida. Juntou a isso um ritmo bem dinâmico, que nem necessitou inventarem moda de lançar o longa em 3D para funcionar, e assim o resultado visual acabou soando agradável e bem feito.
Enfim, temos um longa interessante, que poderia ser muito melhor se brincasse mais com alguns elementos mais originais, e principalmente tivesse uma história mais determinada, não sendo apenas uma diversão na telona, mas ainda assim está longe de ser algo ruim, e assim quem for levar as crianças para conferir é capaz de não sair decepcionado com o que verá. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais um texto, então abraços e até logo mais.
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O longa nos mostra que a vida de Léo, um menino de doze anos, muda completamente quando a nave espacial de três alienígenas cai nos fundos do quintal de sua casa. Seu pai, um ufologista famoso, congelaria os novos amigos na primeira oportunidade, por isso ele precisa protegê-los e ajudá-los a descobrir o paradeiro da nave mãe, para que só assim eles consigam voltar para casa.
É engraçado observar que a trama brinca com dois vértices bem opostos, a alegria/consumismo dos alienígenas com a simplicidade/tristeza do garoto, e ainda complementa com a paranoia por limpeza/organização dos vizinhos, de tal maneira que os diretores acabam deixando no ar ainda diversas outras situações para serem complementadas, com altas referências em cima de "MIB" também, ou seja, eles fazem algo cheio de referências a diversos longas famosos de alienígenas, mas sem se prender a nenhum, afinal aqui é o deles, e sendo bem graciosos na modelagem, todos os personagens foram construídos com formatos bem gordinhos para não necessitar de nenhuma tecnologia 3D para entregar algo bem tridimensional, cheio de formas, e principalmente com sombras bem colocadas, agradando pelo resultado geral para um público que exige ver uma certa qualidade nas telonas, ou seja, vemos tudo bem dinâmico e interessante na tela, com boas texturas, e ainda uma história que agrada, mas que ainda é deveras infantil, e poderia ter sido melhor trabalhada.
Dentre os personagens, conseguiram moldar bem um carisma bacana nos alienígenas, principalmente no conceito de assumirem as formas de outras formas comendo cabelo de outros personagens, e isso deu uma graça incrível para o longa. O jovem Léo (que foi abrasileirado na versão dublada, pois no original chama Luis) conseguiu transmitir bem sua fragilidade e tristeza por não ter mais a mãe, e ter um pai omisso, mas faltou emoção no personagem para comover mais o público. O pai ufologista é bagunçado como todos malucos desse meio, mas ficou sem sal demais seu modo sempre dormindo, então poderiam ter dado um gás a mais nele. E quanto dos vilões, temos dois vértices, primeiro os vizinhos extremamente organizados, com o filho rebelde (que do nada fica bonzinho demais!), e temos a dona do orfanato que coleta lágrimas de crianças abandonadas, que terá uma surpresinha mais para o final, que acredito que poderia ter ocorrido até um pouco antes para a emoção ficar maior, mas foi bem trabalhada ao menos.
O visual do longa é bem colorido, cheio de bons lugares, com objetos trabalhados para dar dinâmica e como já disse no começo, uma modelagem de primeira linha, com traços arredondados, mas tendo boas texturas para não ficar nem realista demais, nem bidimensional demais, formatando tudo e agradando na medida. Juntou a isso um ritmo bem dinâmico, que nem necessitou inventarem moda de lançar o longa em 3D para funcionar, e assim o resultado visual acabou soando agradável e bem feito.
Enfim, temos um longa interessante, que poderia ser muito melhor se brincasse mais com alguns elementos mais originais, e principalmente tivesse uma história mais determinada, não sendo apenas uma diversão na telona, mas ainda assim está longe de ser algo ruim, e assim quem for levar as crianças para conferir é capaz de não sair decepcionado com o que verá. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais um texto, então abraços e até logo mais.