O Bom Bandido (Roofman)

10/17/2025 12:57:00 AM |

Já diria uma galerinha aí, que bandido bom é bandido... burro, segundo a história real de Jeffrey Manchester que chega sendo contada nos cinemas agora com o filme "O Bom Bandido", pois é uma comédia tão gostosa, tão bem trabalhada na tela, que chegamos a ficar com dó da burrice final do personagem, e claro do verdadeiro ladrão, pois podem até ter romanceado um pouco para ficar mais fofo na tela, mas vendo os depoimentos verdadeiros durante os créditos, dá até para acreditar que o cara era gente boa, mas que vai ficar preso ainda muitos anos. Claro que dei um spoiler do final do longa, mas toda a desenvoltura entregue tanto pela história em si, quanto pela atuação de Chaning Tatum é tão bacana e que sabendo ser uma história real já ficamos esperando pelo pior, que no final apenas estamos torcendo para o melhor do protagonista que com seu carisma consegue divertir e entregar tudo da melhor forma possível durante os 126 minutos de projeção que felizmente não cansam em momento algum o espectador.

O longa se inspira na história real e inesperada de um assaltante chamado Jeffrey Manchester, que ficou conhecido como o “ladrão do telhado”, e seus esforços criativos de fugir da prisão. Jeffrey é um ex-oficial da Reserva do Exército dos EUA com dificuldades de se sustentar. Quando ele é pego roubando um McDonald’s para alimentar seus filhos, ele é pego, sentenciado e preso, mas rapidamente consegue escapar. Enquanto foge das autoridades, Manchester se abriga numa loja de brinquedos, onde se esconde atrás de uma parede. O tempo passa e a caça por ele se apazigua, o que deixa o caminho aberto para Jeffrey se aproximar da vendedora Leigh (Kirsten Dunst), por quem se apaixona e começa um romance. Uma série de dilemas se apresentam então para Jeffrey, enquanto Leigh permanece alheia à moradia improvisada do namorado na loja onde trabalha e ao histórico criminal do fugitivo.

Faz tanto tempo desde o último filme do diretor Derek Cianfrance que nem lembrava direito do seu estilo descontraído para segurar elos dramáticos, ao ponto que seu novo filme está sendo vendido como uma comédia de humor negro, mas passa bem longe disso, sendo algo cômico pela desenvoltura que deram para o protagonista vivendo dentro de uma loja de brinquedos e se divertindo com tudo o que faz ali durante alguns meses, mas a base dramática e romântica sobrepõe isso, com um resultado gostoso de conferir, e que "infelizmente" acabamos criando um carisma e afeição pelo criminoso, algo que não deveria acontecer nunca, mas o diretor soube brincar tão bem com a situação toda, que não tem como não se envolver com o resultado final, e assim sendo podemos dizer que mesmo sendo vendido erroneamente como uma comédia, acabamos nos divertindo com toda a entrega, e essa é uma das bases cômicas funcionais.

No quesito das atuações já falei que criamos um grande carisma pelo protagonista, e boa parte disso se deve à desenvoltura que Channing Tatum encontrou para fazer seu Jeffrey, de tal forma que ele se joga literalmente no papel, fazendo atos pastelões e muitas bobeiras em cena, mas esse estilão dele acaba agradando e dando uma personalidade diferenciada para o papel, pois pelas fotos do verdadeiro que é mostrado no final, aparentou ser alguém mais sério que não faria tanta bagunça assim, mas para o resultado do filme acabou valendo. Uma atriz que também é cheia de facetas, fazendo papeis bem diferentes, e ao mesmo tempo muito parecidos, é Kirsten Dunst, de modo que aqui sua Leight tem um estilo simples e até meio triste em alguns momentos, sempre com um pé mais atrás com o protagonista, porém entregou boas dinâmicas na tela, e assim até foi "aparentemente" mais simpática que a verdadeira que dá entrevista no final. Quanto aos demais, vale leves destaques para Peter Dinklage com seu Mitch rabugento demais, fazendo algumas ações que vão deixar os espectadores bravos com ele, mas bem encaixado dentro da proposta, e também para LaKeith Stanfield com seu Steve, que de cara vemos não ser alguém muito certinho, mas que poderiam ter usado mais sua entrega na tela.

Visualmente o longa teve locações bem trabalhadas, com inicialmente mostrando a casa simples do protagonista separado, fazendo uma festa bem singela para a filha e dando um presente usado, vemos o um dos assaltos ao McDonalds com toda a astúcia e jeitão simpático para com os funcionários, logo em seguida já vamos para uma casa grande e uma festa já contando até com músicos, e claro a prisão aonde trabalhando vê as possibilidades de fuga dali, e depois o foco fica na loja de brinquedos com todas as múltiplas possibilidades que o protagonista usa da sua criatividade para viver ali, uma igreja simples e a casa da protagonista aonde passa a ir mais frequentemente, ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante e conseguiu dar o tom de época sem precisar forçar tanto, e quase sem precisar de maquiagens marcantes, os protagonistas acabaram ficando semelhantes aos verdadeiros.

Enfim, é daqueles filmes que tudo é tão maluco que nem parece real, mas vendo os depoimentos no final de vários personagens secundários no longa, mas importante nos assaltos e dinâmicas, acabamos vendo que desde muito tempo atrás as loucuras já eram comuns, então acaba valendo a conferida pela diversão entregue na tela, mas também aprender que ser um ladrão bonzinho não vale a pena. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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