As Vantagens de Ser Invisível

2/27/2013 12:04:00 AM |

Uma coisa é certa sobre "As Vantagens de Ser Invisível", que foi o maior boicote que uma distribuidora pode ter feito com um filme, principalmente por ele ser excelente e acabar engavetado em meia dúzia de salas apenas, aparecendo no interior apenas 135 dias após a estréia, e claro a maioria já preferiu baixar o filme para ver em casa, fazendo com que as sessões acabem sendo quase vazias. Como esse Coelho que vos fala é maluco, preferiu esperar sair no cinema e graças a equipe do Cinecult conseguiu finalmente ver esse longa que possuiu todo um sentimento capturado com alma pelo diretor, que é o próprio autor do livro, de forma a sairmos do cinema com tantos pensamentos que a única coisa que queremos falar é parabéns ao elenco por conseguir segurar uma bola pesada com tanta sutileza.

O filme nos mostra que Charlie é um jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Com os nervos à flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Seu professor de Literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si até o dia em que dois amigos, Patrick e Sam, passam a andar com ele.

A história em si que aparentava ser bem leve e boba quando assistimos o trailer ou lemos a sinopse vai crescendo com o decorrer do filme de uma forma mais forte que uma avalanche e quando conseguimos parar para raciocinar tudo que vimos, estamos rodando junto com a bola de neve gigante no meio de um turbilhão de ideias e isso faz com que o filme mude completamente de bobinho para algo magnífico de emoções. Porém tudo isso poderia ter sido jogado fora se caísse nas mãos erradas, e o grande mérito do filme tenho certeza de ser do autor do livro Stephen Chbosky ao não entregar o roteiro para nenhum outro diretor e fazer ele próprio com suas mãos e mais ainda com seus sentimentos que teve ao escrever o livro. Isso é completamente notável, pois existem pontos chaves na tela que qualquer pessoa que já tenha visto milhares de filmes do gênero sabe que qualquer diretor removeria diversas cenas notáveis que incrementam o sentimento do protagonista no filme deixando aparecer ao invés de apenas ficar no imaginário do espectador/leitor. Claro que esse mérito todo ele dividiu ao entregar a bomba completa na mão de três atores que até então só haviam recebido críticas negativas em seus filmes anteriores e soube junto com eles construir algo digno de dizer uma obra perfeita.

Como falei, não acho que os três atores falharam anteriormente, mas haviam sido muito criticados pelo que fizeram e isso acabou que só aumentava a expectativa por esse longa quando falaram da junção dos três, e como disse acabou saindo um show. Logan Lerman tem ao mesmo tempo o carisma que o personagem pede e deixa no ar todas as dúvidas e preocupações do mesmo de uma forma que do mesmo jeito que estamos alguns minutos o chamando de bobo, logo em seguida estamos torcendo para que faça algo e dê um jeito em tudo, é perfeito para o personagem e não consigo ver nenhum outro ator fácil em mente que tivesse feito melhor do que ele. Ezra Miller mal saiu de um projeto difícil, o qual acabei não vendo pois também foi boicotado pela mesma distribuidora deste filme que sempre esquece o interior do país, mas soube que mesmo ele fazendo um puta personagem ainda muitos reclamaram de sua atuação, e aqui ele se redime com um personagem divertido e ao mesmo tempo muito complexo de fazer, saindo melhor do que o esperado. Emma Watson consegue expurgar sua |Hermione com honra de forma a vermos agora sim como uma atriz e não mais como uma menina que tinha apenas a astúcia para dar boas sacadas no meio de outros atores, seu personagem aqui ao mesmo tempo em que é complicado acaba saindo suave pela sua atuação. Os demais personagens, pelo menos os que têm momentos a mais de tela, até conseguem cativar algum carisma, mas como o filme foca muito nos protagonistas acabam sendo esquecidos bem rapidamente.

Por ser um longa com um roteiro bem embasado de diálogos e sentimentos, o quesito visual acaba sendo quase apagado e o que temos em cena acaba sendo até simples se compararmos com outros filmes, mas essa simplicidade aqui até tem um bom efeito para que não tirássemos os olhos do que realmente vale a pena ver que é a forma de vida desses adolescentes, seus problemas e diálogos. Alguns pontos chaves são usados mais pela fotografia como a neve e as cores fortes sempre contrastando para dar clima ao filme e isso é de um agrado maravilhoso, ficando faltando apenas uma chuva para que o longa se completasse nos sentidos do clima.

A trilha sonora repleta de ótimas músicas antigas é outro ponto que chama bem a atenção do filme e como já falei algumas vezes, ela é bem usada como linguagem visual, visto que os protagonistas e até os coadjuvantes fazem mixagem em fitas K7, uma coisa que fiz muito no meu passado sombrio, e acaba sendo muito interessantes suas escolhas.

Enfim, um filmaço que recomendo à todos que assistam assim que possível, quem for de Ribeirão Preto, está passando no Cinemark às terças/quintas 19:40, e quem não for assim que sair em DVD já que estreou faz 135 dias e deve estar praticamente na boca das locadoras, vejam e reflitam sobre como tão belo um filme triste (muitos se segurarão para não chorar), já que ele até tenta nos transmitir uma certa alegria mas por dentro ficamos meio em choque como algumas coisas podem acontecer, pode ser tão bom. Fico por aqui nessa semana cinematográfica, e volto na sexta com mais filmes por aqui. Abraços e até mais pessoal.

PS: Poderia até dar uma nota maior, mas como a distribuidora Paris Filmes amarrou o filme apenas para capitais, é completamente diferente você ver um filme depois da estréia por já ter ouvido falarem mil coisas sobre ele, então irei tirar 1 coelho da nota.


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A Negociação

2/24/2013 08:20:00 PM |

Alguns filmes podem causar indignação no público que assiste, outros mostram o quanto algumas situações podem funcionar em qualquer lugar no mundo mesmo indignando a população. O que ocorre em "A Negociação" é algo que estamos completamente acostumados a ver na vida real, que é gente rica se livrando das leis somente utilizando das falhas que podem existir por linhas tortas dos próprios códigos ou usando de bons advogados apenas. Não diria que é um filmaço, mas é bem intrigante tudo que se passa no longa. Mas fica aqui minha queixa para quem for fazer um filme: nunca termine com um corte seco com o ator principal de costa, isso irrita completamente o público e faz parecer que o projecionista do cinema errou na montagem. Já é o segundo filme que vejo isso acontecer e vejo as pessoas saindo reclamando da sala pensando que teve erro.

O filme nos mostra que Robert Miller é um magnata que está fora de si e ansioso para vender seu império, antes que suas fraudes sejam descobertas. Mas as coisas não saem exatamente como planejou e ele agora terá de buscar ajuda em lugares inusitados.

O bacana da história e claro da montagem que o diretor optou está na ideologia de que tudo pode piorar, mas como temos dinheiro damos um jeito. E aliado à tudo isso, acabaram entrando num fato gigantesco de preconceito que o diretor e roteirista estreante em longas Nicholas Jareck poderia ter até sanado com algumas das cenas finais, mas preferiu deixar claro sua opinião. Por ser seu primeiro filme acredito que ele pode melhorar e muito ainda sua mão crítica, deixando ela ou mais suave ou menos explícita, pois não tivemos meio termo na sua opinião. Isso é bom? Sim, mas num filme de drama policial poderia deixar questões mais abertas para que o próprio público julgasse o que é correto ou não.

Nas atuações temos um brilhantismo de Richard Geere tanto que lhe rendeu a indicação ao Globo de Ouro, não diria que é sua melhor atuação, mas faz um papel difícil de manter a linha tênue que consegue do início ao fim sem perder nem a pose nem a classe que um executivo magnata deve ter, seus atos são sempre bem colocados e medidos friamente. Susan Sarandon embora apareça pouco, nos momentos que está em tela faz bem seu papel de mulher traída que claro desconfia do marido, mas sem demonstrar, poderia ter feito a sua cena final de forma mais impactante. Brit Marling é uma atriz que desconhecia, mas gostei de sua feição e imposição nas cenas que tem diálogos fortes e acredito ter potencial para mostrar em mais filmes como fez aqui. Agora muitos irão contra minha opinião, mas o grande nome do filme é Nate Parker, pois consegue mostrar toda a interpretação em pouquíssimas cenas como nunca e faz seu fechamento de forma impressionante que lhe deram.

O visual do longa não é muito trabalhado, mas consegue passar as sensações necessárias para retratar restaurantes e lugares que pessoas de alta grana frequentam, poderiam ter valorizado um pouco mais o tribunal pelo qual o personagem de Nate passa que ficou extremamente pobre, nem parecendo um julgamento, mas como não conheço a mecânica jurídica pode ser que tenha algum lugar daquele jeito. A fotografia do filme soube trabalhar bem com a iluminação técnica para drama, mas poderiam ter colocado mais tons puxados para o vermelho para focar ainda mais problema para o personagem do Geere que fica sempre com tons negros ou brancos.

Enfim, é um filme que poderia pegar um pouco mais pesado por tudo que foi sendo levado do início até o fim, e acaba brando demais. Mas por ser o primeiro filme que o diretor escreve e põe suas mãos, acredito que saiu bem até demais. Recomendo o filme principalmente para quem gosta desse gênero de acusações e tramas que acabam fazendo você julgar algum estilo de crime, mas como disse o diretor deixa bem marcada a opinião dele. Fico por aqui hoje, com esse filme que atrasou bastante para aparecer aqui pelo interior, mas essa semana ainda tem um mais atrasado ainda (praticamente o dobro do tempo) que é "As Vantagens de Ser Invisível" na terça-feira. Então abraços e até terça pessoal.


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O Reino Gelado em 3D

2/23/2013 06:13:00 PM |

E novamente tomamos um soco no estômago ao ver que uma animação não americana pode sim ser muito bonita e agradar de forma impressionante tanto na história quando na modelagem. O que a animação russa "O Reino Gelado" mais consegue surpreender está na modelagem dos personagens que possui um retoque muito bonito e com isso eles interagem na história de forma a divertir principalmente as crianças, afinal o toque que os diretores dão a trama embora tenha um fundo humano difícil das crianças assimilar, é no geral bem infantil. Mas isso não vai impedir que os pais que forem levar os filhos e adultos que forem conferir não curta a história toda.

A sinopse nos mostra que ao desejar criar um novo mundo no qual o vento polar esfrie as almas humanas, a Rainha da Neve cobre o planeta com gelo e ordena a destruição de todas as artes. De acordo com as previsões de um espelho mágico, a última ameaça aos seus planos está no mestre vidreiro Vegard, cujos espelhos refletem não apenas a aparência, mas também as almas das pessoas. Então, o vento polar sequestra Vegard e sua esposa Una, deixando seus filhos Kai e Gerda para trás. O tempo passa e os servos da Rainha acabam capturando também Kai, acreditando que o garoto seja o sucessor de seu pai. Mas sua irmã Gerda, agora uma garota muito corajosa, não vai deixar isso barato e encara todos os obstáculos ao lado de seus novos amigos para salvar o irmão e voltar a aquecer os corações das pessoas.

Assim como nas histórias animadas que estamos acostumados a ver, aqui temos diversos personagens secundários por aonde a protagonista vai passando na sua saga para chegar ao castelo gelado e com isso essas historinhas menores que a protagonista acaba tendo com eles tendem a ser bem interessantes também, só é uma pena que como são muitas, para não alongar o filme, os diretores estreantes acabam fazendo alguns cortes secos deixando algumas histórias sem terminar acabando apenas com a saída da protagonista da cena que estão contidos. Não digo que isso tenha atrapalhado o decorrer do filme, mas poderia ter sido mais rico se os personagens tivesse tido um pouco mais de vida na história e não apenas voltassem em animação 2D ao final do longa. Porém tirando isso, o que eles conseguiram fazer é algo que diria impressionante de se ver tanto na concepção visual dos personagens e dos cenários quanto da história principal em si, mostrando que os russos embora morando num país muito frio, possuem uma alma quente bem interessante.

Como disse os personagens são bem modelados e possuem até um carisma bacana, divertindo na medida certa. Poderiam até ser um pouco mais divertidos em alguns momentos, mas não são também rudes demais. Os personagens animais Troll e a gatinha até tentam fazer as trapalhadas divertidas, mas poderiam ter engajado um pouco mais, ou colocar algum tipo de canção para ficar melhor ainda. A protagonista Gerda tem um jeito bacana de falar e agrada também bastante. A rainha gelada poderia ser um pouco mais malvada, mas como sabemos é um filme infantil então não podemos apelar tanto né.

Os cenários por onde passam o filme é de um feitio tão bonito que os olhos se perdem tanto na imensidão de neve e gelo quanto no maravilhoso jardim de rosas que aparece em determinada cena. E com isso a parte visual do longa podemos considerar impecável. O 3D também está bem colocado, não diria perfeito, pois boa parte do filme pode se retirar o óculos quase sem problemas, mas nas cenas que contém a tecnologia, a empregabilidade está boa. Existem algumas cenas que são 2D desenhado que poderiam ter sido feitas modeladas também, mas foi uma opção do longa que não atrapalha muito também não o contexto do filme.

Enfim, é um bom filme para levar a garotada, não diria que foi o melhor filme de animação que já vi, mas agrada bem no geral. Como disse faltou um pouco mais de canções para que o longa tivesse um ritmo mais bacana e cativasse mais o público, mas acabou mostrando que a Rússia também entra para brigar com o mercado de filmes animados e pode ser bem representada, principalmente sendo o filme de estréia dos dois diretores. É isso pessoal, fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais posts aqui no blog. Abraços e até mais.


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Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer

2/23/2013 01:30:00 AM |

O bacana de assistir filmes que já teve várias edições anteriores é que você já vai ao cinema sabendo o que vai ver, só não esperava a quantidade alta de adolescentes barulhentos na sessão que fui, mas fazer o que. Em "Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer", se espera muitas explosões, carros e prédios destruídos, tiros pra todo lado, e isso o longa cumpre com muito louvor, só não diria que foi a melhor atuação de Willis num filme da série, pois com 58 anos aparenta um bom cansaço para um filme de muita ação.

O filme nos mostra que John McClane vai para a Rússia resgatar o filho Jack da prisão. Com um relacionamento complicado, John e Jack terão de trabalhar juntos para se manter vivos e evitar que uma parte sombria de Moscou consiga controlar armas nucleares.

A sinopse não poderia ser mais curta, visto que o filme é curto(96 minutos) e não tem muito o que explicar, pois a trama mostra apenas mais do mesmo, a ida atrás de terroristas que vão tendo até alguns momentos interessantes de mudança, muitas explosões, muita destruição(seria um filme interessante para uma pergunta num quiz de quantos carros foram destruídos somente no início do filme) e praticamente nenhum diálogo interessante. Não digo que John Moore fez um filme ruim, apenas acho que ele exagerou em explosões e esqueceu de pedir para os atores interpretarem algum diálogo que pudesse ter sido escrito no roteiro de Skip Woods, se é que ele se lembrou de escrever algo bom além de colocar no texto: "carro explodindo", "helicóptero explodindo", "canos caindo", "tiros sem rumo".

No quesito atuação como falei no início do texto, Bruce Willis não parece o mesmo ator que saia pulando para todo canto com a cara de durão de sempre, aqui ele continua saltando, correndo, etc., mas sempre aparentando cansaço físico, fora a quantidade de diálogos bobos colocados para seu personagem que é nítida sua cara de "porque estou falando essa merda?". Jai Courtney está começando praticamente no cinema, sendo esse seu 3° longa e se depender de atitude o rapaz parece estar mostrando um bom serviço, dependendo claro de que caia um bom roteiro em suas mãos, pois fazer cara de filhinho fugitivo de casa um longa inteiro não tem como. Mary Elizabeth Winstead deve estar apenas curtindo seu cachê, pois as duas cenas em que aparece fala 3 frases e mais nada, literalmente uma figurante. Sebastian Koch está bem diferente do que já vimos em outros filmes, tanto quanto fisicamente quanto na interpretação, aparentou não saber o que está fazendo em quase 90% do filme para depois terminar de forma mais ridícula ainda. O elenco de desconhecidos é grande então vamos falar de alguns também: Radivoje Bukvic tem cenas até que razoáveis, mas ao mesmo tempo faz uma interpretação de vilão que acho que nem um bebê de 3 meses ficaria com medo dele. Yuliya Snigir é revelada muito rapidamente e mesmo tendo uma pequena mudança de personagem em alguns momentos soa falsa demais, poderia ter se empenhado um pouco mais(pra não dizer outra coisa) e nos convenceria mais. Da equipe de figuração vou preferir não falar, pois a cada três que passavam pelas câmeras, quatro pareciam não saber para onde ir, então já dá para imaginar a lambança que a direção de atores fez.

Falar da parte visual de filme de ação é praticamente falar que você não assistiu ao filme para reparar em algo que não seja explosões, pois não se vê cenários nesse tipo de filme se vê tudo correndo, voando ou explodindo e só. O que posso falar com muita certeza é que o orçamento foi alto pela quantidade de destruição que não aparentou ser computação gráfica, estão dizendo apenas US$92 milhões, mas a não ser que rodar um filme na Rússia seja mais em conta, eu duvido desses valores. A fotografia praticamente não teve muito que fazer, afinal num filme de tiros não temos preocupação com sombras ou afins, claro que se formos ficar olhando somente defeitos vamos achar aos montes, mas prefiro aproveitar assistindo e curtindo já sabendo que vai ter.

Na parte musical, achei falta de aproveitar mais a música tema da série, uma vez que ela é marcante, embora tenham usado praticamente a mesma trilha do início ao fim, ficou faltando algo que mostrasse ser a série. Fora que já estamos cientes que em qualquer elevador no mundo todo, a música que irá tocar ao fundo sempre será "Garota de Ipanema".

Enfim, dizer que o filme é péssimo seria exagero, diria que é algo que se consegue assistir apenas por diversão, sem nenhum precedente. Se você gosta de filme lotado de explosões, esse é seu filme, senão se estiver esperando um filme com história envolvente e bons diálogos, pode esquecer completamente. Como disse vale para ver numa Tela Quente da vida. Fico por aqui hoje, mas ainda teremos muitos filmes nessa semana. Abraços e até breve pessoal.


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Cirque du Soleil: Outros Mundos em 3D

2/22/2013 09:23:00 PM |

É impressionante o poder que a magia do circo consegue nos transmitir seja ela ao vivo ou passada através de uma história no cinema. O que vemos em "Cirque du Soleil: Outros Mundos" é algo que somente como diz no poster dois visionários conseguiriam retratar nas telas do cinema, filmando apenas algumas partes novas e juntando outros espetáculos tão maravilhosos quanto que ainda não haviam sido lançados no formato de filme. E essa magnitude aliada à tecnologia 3D e as câmeras muito bem posicionadas, acabam nos colocando praticamente dentro do espetáculo de forma que podemos ver detalhes de cada número que é exibido costurando a história. Assim como ver uma apresentação de dança ou até mesmo um filme, o que nos é apresentado é algo que temos de degustar e não apenas assistir.

A história por trás do filme é a de um jovem casal que está separado tendo de viajar através de mundos surpreendentes e repletos de sonhos do Cirque du Soleil para se encontrar, enquanto as plateias experimentam a imersiva tecnologia 3D que lhes permitirá saltar, sobrevoar, nadar e dançar com os artistas.

Não digo que ver um espetáculo ao vivo do Cirque seja algo maravilhoso também, pois podemos talvez sentir a emoção da plateia, mas o que o diretor Andrew Adamson("As Crônicas de Nárnia","Shrek", entre outros) escreveu para unir todos os espetáculos novos do grupo:"O","KÀ", "Mystère", "Viva ELVIS", "CRISS ANGEL Believe", "Zumanity" e "The Beatles LOVE", aliado à tecnologia e produção do maluco James Cameron é algo de encher os olhos e viajar com tanta beleza, fazendo com que saiamos do cinema maravilhados com o que vimos querendo viajar muito mais por tudo que foi mostrado. Os voos dos artistas, diferentemente do que acontece numa apresentação ao vivo, parecem estar acontecendo diante dos nossos olhos e quem já assistiu a pelo menos um espetáculo do Cirque, seja ao vivo ou via DVD sabe que o que eles fazem é totalmente impressionante, ainda mais com a câmera colocada rente aos artistas. Alguns dos espetáculos são facilmente identificados pelos personagens e pelas canções, mas acaba sendo tão dinâmico a intercalação que o diretor soube fazer que podemos dizer que "Outros Mundos" é um novo espetáculo completo do Cirque du Soleil.

Os dois protagonistas Erica Linz e Igor Zaripov não são carismáticos, durante a maior parte do espetáculo, o que se não fosse a beleza de tudo que ocorre poderia atrapalhar e muito o longa, porém sua cena final ocorre de uma forma tão linda com o cenário do espetáculo "O" ao fundo que esquecemos tudo de ruim que fizeram no quesito atuação para se maravilhar com a sua performance de cordas aéreas. Outros pontos bem bonitos e emocionantes de se ver está na roda da morte e nas danças coreografadas na água, além claro de todos os demais números aéreos que sempre nos impressionam.

Falar da cenografia que o longa possui é praticamente ficar babando ovo para tudo, pois conseguem aliar minuciosos figurinos com cenários imensos que se movem para cima e para baixo, juntando água, luz, fogos de artifício, fumaça e tudo mais que não se espera para ficarmos admirando e até muitas vezes nos perdendo por ele e esquecendo do número que está ocorrendo na frente dos nossos olhos.

A trilha sonora dos espetáculos é outro ponto que agrada e muito,  ela ajuda a entrar tanto no clima que o circo quer passar quanto no contexto visual do filme, além claro de nos remeter principalmente aos dois espetáculos "Viva Elvis" e "The Beatles Love" com suas canções tradicionais. A música composta especialmente para o filme é outro deslumbre que com certeza quero ter em minha playlist para ficar ouvindo inúmeras vezes.

Enfim, poderia passar horas falando sobre o longa e recomendando cada parte, mas prefiro recomendar que vocês assistam e se deslumbrem também com tudo. Quem não for muito fã de espetáculos de dança, circo ou musicais, talvez ache o longa um pouco monótono e lento, mas como temos de observar o contexto por trás de cada ato, tudo acaba nos encantando. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas daqui a pouco tem mais aqui no blog, pois já estou indo para outra sessão. Abraços e até daqui a pouco.


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As Sessões

2/22/2013 01:08:00 AM |

É interessante como filmes baseados em histórias reais podem realmente nos tocar de uma forma que não tem como explicar. O longa "As Sessões" poderia ser mais um filme apenas que contaria a história de alguém com uma doença mas a forma tocante que o diretor soube escolher para retratar o artigo escrito pelo personagem principal é de uma maestria que poucos poderiam fazer. Além disso, soube trabalhar com um time de primeira linha de atores que encarnaram os personagens sublimemente  Faltando apenas para o longa ser perfeito, talvez ser um pouquinho maior na duração para contar mais algumas histórias que passaram batido.

O filme nos conta a história de Mark O'Brien, um homem que viveu a maior parte de sua vida em um pulmão de ferro e está determinado - aos 38 anos - a perder sua virgindade. Com a ajuda de seu terapeuta e a orientação de seu padre Brendan, ele se propõe a tornar seu sonho uma realidade.

A sinopse em si pode ser vista de forma bem simples para tudo que o longa pode nos submeter, pois a força dos atos ocorrem de uma maneira tão natural que nos vemos ao mesmo tempo que emocionados com algumas expressões, também nos vemos divertindo com situações que poderiam ser vistas como simples, mas devido à deficiência do personagem principal fica até incoerente o que poderia ocorrer. O diretor e roteirista Ben Lewin soube mixar bem os pontos cômicos com os de apelo mais dramático para que o filme mesmo tratando de algo delicado envolvendo sexo com deficientes ficasse de forma leve e conciso sem que traumatizasse o público que vá assistir, e isso acaba deixando o longa interessantíssimo que como disse apenas pecou por não ter sido até um pouco mais longo (possuindo apenas 97 minutos), pois poderia ter contado mais sobre o último relacionamento do protagonista que ficou apenas remetido por um único encontro. Mas ainda assim consegue nos tocar com os diálogos muito bem escolhidos e interpretados pelos atores.

O que temos nesse longa mais uma vez é um filme onde a atuação mostra um nível acima da média, mostrando que todos poderiam ter sido facilmente indicados à qualquer prêmio. John Hawkes simplesmente detona em cena, seu físico, sua voz, sua interpretação nos remete de uma forma que com toda certeza diríamos que ele é um deficiente e sabe o que é passar por aquilo, chega a ser algo até pesado o que faz, mas ao mesmo tempo pelo personagem ser um poeta, o texto consegue suavizar os sentimentos de uma forma bem poética. Helen Hunt tem sua volta à grandes papéis de maneira triunfal, ousando até em nu frontal por mais de uma vez e mostrando que aos 50 anos está uma coroa bem enxuta; e claro além disso faz uma atuação que lhe rendeu várias indicações à prêmios merecidamente, pois o que faz em cena é de uma perfeita atuação pra cima. William H. Macy é daqueles atores que você com certeza já viu fazendo ponta em algum outro filme, pois seu rosto é muito fácil de ser lembrado, mas aqui ele domina bem a postura de um padre, que mais poderia ser chamado de psicólogo visto que suas cenas são mais como um divã de confissões do protagonista, porém seus trejeitos e conselhos bem dialogados acabam saindo de uma forma suave e bacana de ser vista. Uma atriz que acaba sempre estando em cena e merece um bom respeito pelo que faz é Moon Bloodgood que faz a acompanhante do protagonista e suas falas encaixaram muito bem com suas expressões de forma que numa primeira olhada achamos que seu personagem seria jogado fora, mas no final acabamos nos afeiçoando com ela.

O quesito visual do longa poderia ter sido um pouco mais trabalhado, pois mesmo falando que sua casa só tinha o pulmão de aço, poderiam ter incrementado com algo mais, além dos demais locais por onde a trama se passa ficar sempre no simples demais. Essa é uma opção que a direção costuma fazer, mas poderia ter ficado com cenas mais ricas não deixando apenas nas mãos dos atores e do roteiro o longa inteiro. A fotografia soube trabalhar bem principalmente nas cenas onde tivemos pouca iluminação e o ar dramático que foi preenchido pelas técnicas empregadas acabam sempre nos fazendo emocionar com tudo que conseguiram passar para as câmeras.

Enfim, um ótimo filme que poderia ter sido indicado à muitas outras categorias do Oscar e não apenas para Helen Hunt, mas infelizmente é assim que Hollywood funciona nem sempre escolhendo os melhores. Também fomos boicotados com esse maravilhoso filme pelo interior, visto que a Fox Searchlite trouxe pouquíssimas cópias para o país, por sorte nossos amigos dos Estúdios Kaiser de Cinema conseguiram junto com o Rubens Ewald Filho liberação com a distribuidora para estar fazendo uma cabine especial nas suas dependências para convidados. Torço para que venha logo para DVD para que os amigos e leitores do blog possam conferir, visto que nos cinemas do interior dificilmente irá estrear, pois recomendo demais o filme. Bem é isso o que tinha para falar dele sem dar muitos spoilers, fico por aqui, mas essa semana será bem recheada, então abraços e até mais tarde pessoal.


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Monstros SA em 3D

2/20/2013 11:51:00 PM |

Como a maioria sabe, gosto bastante de animações. Porém antigamente, antes de me viciar em filmes, não costumava ir tão frequentemente aos cinemas. Então só havia assistido "Monstros SA" em casa e não havia comprovado a magnitude dos detalhes desse lindo filme que a Disney/Pixar criou, onde a história primorosa por trás é apenas um pedaço de tanto visual bem criado que temos numa animação perfeita.

A história nos mostra que em Monstrópolis, uma próspera cidade-empresa habitada por monstros de todos os tipos e tamanhos, o adorável Sullivan e seu desastrado melhor amigo Mike Wazowski formam a melhor equipe de sustos da Monstros S. A., a maior fábrica de processamento de gritos. A principal fonte de energia no mundo dos monstros são os gritos de crianças humanas - e a Monstros S. A.conta com uma equipe de elite responsável por conseguir estes preciosos recursos naturais. Consideradas tóxicas pelos monstros, as crianças são proibidas de entrar em Monstrópolis. Porém, quando uma garotinha chamada Bu segue Sullivan sem querer até o mundo dele, acaba arriscando a carreira do monstro e transforma a vida dele em uma grande confusão. Os amigos Mike e Sullivan tentam de tudo para reparar o erro e levar Bu de volta para casa. Mas, quando os três encontram uma série de inesperadas complicações, eles acabam se envolvendo em uma trama que os coloca frente a mistérios que nunca tinham imaginado.

O clima que a história consegue nos mostrar por trás da singeleza que Bu enxerga nos monstros é algo que nos transforma, mostrando que quando tínhamos mais pureza em acreditar em monstros e não termos sido tão deturpados por crueldades da sociedade que nem ligamos mais para coisas sobrenaturais, era uma época excelente que quando crescemos acabamos apagando de nossas mentes. E tudo isso que o roteiro pode nos mostrar aliado sempre a uma alegria impar que os filmes animados possuem, o filme desmancha de uma maneira tão gostosa que nem me lembrava de como esse filme era tão maravilhoso. Além disso, o trabalho de composição dos personagens e texturas que temos em cada um, principalmente em Sullivan é impressionante e acaba que na tela grande mesmo sendo um 3D não muito potente acaba nos dando vontade de alisar os pelos do "gatinho" como a garotinha costuma chamar nosso mostrengo.

A dublagem dos personagens é outro ponto bem bacana de se ver, pois colocaram tantos trejeitos brasileiros neles que acredito que vendo os personagens na versão original não me convenceria. Como falei acima, os personagens acabam tendo tantas características bem desenhadas que cada movimento na tela grande nos impressiona, e as brincadeiras nos créditos acabam divertindo ainda mais fazendo parecer que os próprios monstros gravaram o filme. Os protagonistas claro são os que mais marcam presença, e eles possuem tanto carisma que acabamos interagindo mais do que imaginamos com Mike, Sullivan, Bu e até mesmo com o vilão Randal.

A criação cênica é outro ponto muito interessante de se observar nesse filme, pois na época em que foi lançado originalmente, não tínhamos tantos detalhes em animações, e aqui tudo já tinha profundidade, ambientação e características de cada lugar que estão, fazendo com que saibamos de tudo sem precisar que nos seja dito, ou seja, escrito em legendas na tela. A cena que se passa nas portas é a que acabou tendo mais relevância para o recurso de 3D, pois tirando ela, o filme anteriormente já possuía uma boa tridimensionalidade e não necessitaria tanto do recurso tecnológico atual.

Enfim, o filme valeu ser revisto, principalmente por ser agora numa telona grande, já que está numa das maiores salas daqui, mas o preço do 3D pode pesar um pouco visto que o recurso foi muito pouco usado nessa versão. Como não tivemos estreias nessa semana por aqui, foi o que sobrou para conferirmos e acaba sendo uma opção para levar a criançada, apesar de que duvido que exista alguma criança que não tenha já assistido o longa na TV ou em vídeo. Como filme valeria a nota 10 por tudo que apresenta, mas assim como estou usando de rigor nas versões tridimensionais que estão lançando dos filmes da Disney, vou retirar alguns pontos por não cumprirem com a propaganda de um monstruoso 3D e ficamos no aguardo do "Universidade Monstros" em Junho. Fico por aqui hoje, mas já recebi a programação para a próxima semana e teremos muitos posts por aqui, já começando nessa quinta, então aguardem. Então abraços e até mais pessoal.


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Curvas da Vida

2/14/2013 01:08:00 AM |

Que Clint Eastwood está bem velho todos já sabemos, mas que um papel de fim de carreira lhe cairia bem isso é uma novidade e tanto. Em "Curvas da Vida" temos o ator/diretor de uma forma que poucas vezes o vimos num filme cabisbaixo e mais rabugento do que nunca, tudo bem que seu personagem pedia, mas pode estar assim como o velho personagem Gus, mesmo sabendo de tudo sobre sua profissão, estar chegando ao final de carreira. Embora isso seja um ponto que não venha ao caso nesse momento, a forma que o longa é conduzido podemos ver de duas formas: ou você sabe tudo de beisebol e vê o longa como um filme bem esportivo que lhe trará recordações ótimas sobre jogos(o que não é o meu caso), ou o assiste como um bom drama familiar que pode servir para ajudar a fluir pensamentos sobre como lidar com algumas situações mesmo sabendo tudo sobre o assunto(o que eu preferi fazer e acho bem mais válido).

A história nos mostra que Gus Lobel tem sido um dos melhores olheiros de beisebol durante décadas, mas, apesar de seus esforços para esconder isso, a idade está começando a afetá-lo. No entanto, Gus recusa-se a se aposentar. A coisa se complica quando a diretoria do Atlanta Braves começa a questionar seus critérios, especialmente com a mais disputada seleção de promissores rebatedores se aproximando. A única pessoa que pode ajudá-lo é também a única pessoa a quem Gus nunca pediria: sua filha Mickey, de quem nunca fora próximo. Contra sua vontade, e apesar das objeções de Gus, Mickey une-se a ele em sua última viagem para descobrir talentos na Carolina do Norte, colocando em risco a própria carreira para salvar a dele. Forçados a passar mais tempo juntos pela primeira vez em anos, cada um faz descobertas que podem mudar o futuro.

O filme não diria ser um primor, mas acaba sendo entregue como disse acima de duas formas, e se você for assistir o longa como um filme esportivo sem conhecer nada de beisebol talvez se decepcione mais do que o normal, porém mesmo assistindo-o como um drama familiar, ele peca em alguns pontos chaves principalmente no que diz respeito à falta de química entre os atores. Isso pode ser uma falha grande por ser o primeiro filme em que o sempre assistente de Eastwood assume a câmera e não soube ligar pontos bons dos três protagonistas, que parecem a todo momento estarem atuando sem que um conectasse ao outro, o que era extremamente preciso. Mas também pode ter um pouco de culpa o roteirista iniciante Randy Brown que deve ter deixado arestas muito abertas para que o diretor ousasse e acabou deixando a história superficial. Não digo que o resultado final seja ruim, apenas poderia ter sido muito melhor se o roteiro de um iniciante caísse nas mãos de alguém mais genial, ou que o inverso fosse feito e o roteiro passasse por mãos melhores para aparar essas arestas antes de cair na mão de um diretor "estreante".

As atuações individuais estão bem interessantes, pois conseguimos analisar o perfil de cada um na história, claro tirando o personagem de Justin Timberlake, que mesmo estando bem diante das câmeras e contando sua história rapidamente para a personagem de Amy Adams, aparenta ser apenas um par romântico jogado na história e que não sabe nem o que está fazendo ali, sempre que surge na tela ficamos com a nítida sensação de perguntarmos o porquê dele estar ali, mas como já disse ainda acredito muito no ator e vou preferir acreditar que o problema está na direção/roteiro. O personagem de Amy Adams tinha tudo para ser sensacional no longa mas ele acaba nem tendo tanta conexão com Eastwood nem com Timberlake, e isso dificulta para a atriz, que acaba até fazendo boas expressões em alguns momentos mais dramáticos, mas acaba ficando mesmo é apagada na trama, tirando as cenas finais que é colocada à frente de tudo num ato de tentar arrumar algumas pontas do roteiro, mas já não dá mais tempo de salvar tudo. Como falei no começo do texto, Clint Eastwood com seus quase 83 anos completos está chegando no fim de sua carreira e já dá sinais de aposentadoria, pois não encara um bom personagem há bastante tempo, e embora isso pudesse ser ruim, para o que o filme pedia acabou caindo bem, claro que não é a sua melhor atuação nem de longe, mas a velhice e seus trejeitos rabugentos acabaram dando um ar bom para o personagem Gus, claro se não fosse as cenas finais que não condizem em momento algum com tudo que foi feito no longa inteiro. O personagem de John Goodman é um pouco apagado da trama, mas mesmo assim o ator consegue nos poucos momentos de tela mostrar sua tradicional expressão feliz que sempre consegue nos contagiar, poderia ter tido uma participação maior no longa e quem sabe melhorar um pouco a trama.

O visual da trama embora passe 90% dentro de campos de beisebol, assim como é dito em uma das cenas iniciais mostra belas paisagens da Carolina do Sul que deva ser um dos estados mais rurais dos EUA, e isso agrada um pouco nos momentos que saem do campo de jogo, claro que temos cenas clichés de bares country e etc., mas isso acaba ficando em segundo plano para a história, sendo alguns momentos que poderiam ser limados do filme. A fotografia embora pareça bem agradável não posso afirmar muito sobre se foram erros de filtros do filme ou o rolo muito gasto, visto que o filme só está passando aqui quase 3 meses após sua estreia no Brasil.

Um ponto interessante do longa está nas trilhas sonoras escolhidas, que realçam o bom gosto de Marco Beltrami, que acabei nem citando tanto no filme de ontem("Meu Namorado é um Zumbi"), mas que dá show sempre onde põe suas mãos. Aqui seu trabalho nem é muito forte, mas as boas escolhas embora pareçam simples, encaixam perfeitamente com o que o longa quis trabalhar.

Enfim, não diria que é um filme daqueles que você vai se emocionar com algo ou ficar extremamente feliz por ter visto uma obra prima, mas também não é nenhum daqueles que você fica pensando o motivo de ter pagado para assistir. No geral ele agrada, mas que poderia ser muitíssimo melhor se tivesse em mãos mais experientes com toda certeza seria. Vale a pena como uma escolha para uma sessão de filme em casa, afinal já deve estar para ser lançado em home-vídeo, mas mesmo assim agradeço o pessoal do Cinecult por enviar para cá esse filme já que a distribuidora Warner não quis passar na época da estreia. Fico por aqui hoje encerrando a semana cinematográfica rezando para que venham estreias no fim de semana. Abraços e até mais pessoal.


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Meu Namorado é um Zumbi

2/12/2013 11:13:00 PM |

Que os malucos por livros devem estar super reclamando eu já imagino, mas falar que "Meu Namorado é um Zumbi" é um filme ruim por ter virado uma comédia romântica, é uma das maiores besteiras que alguém pode dizer. O longa possui o timing necessário para agradar tanto no quesito cômico quanto na questão de romantismo, e claro ainda manter o lado ficção com aventura por trás de tudo. Sim, não estou ficando louco por dizer que o longa tramita por todos esses gêneros, pois ele é um pouquinho de cada coisa de forma a agradar todos que quiserem uma boa diversão sem muito compromisso.

O filme nos mostra que em um mundo pós-apocalíptico, o zumbi R. faz amizade com a humana Julie, a namorada de uma de suas vítimas. O envolvimento dos dois acaba despertando uma reação em cadeia que o transformará, assim como outros mortos-vivos, perseguidos pelo general Grigio.

O interessante é que o diretor e roteirista Jonathan Levine conseguiu adaptar para o cinema uma forma de romance que em alguns momentos nos remete a "Romeu e Julieta", mas a condução da história possui mais pitadas de comédia do que de romance, e isso acaba fazendo com que o filme tenha um ritmo divertido de se acompanhar até mesmo nas sequências que temos todo o abobamento que o amor é capaz de fazer nos casais. Abusando de câmeras em movimentos intercalando com planos bem fechados, temos uma dinâmica bem bacana, que joga o espírito do longa num astral bem legal de ver e se divertir. Outro ponto que chama bem atenção no roteiro é as críticas à sociedade que vivemos, tendo grande destaque na cena dos celulares que achei genial.

No quesito atuação temos personagens bem integrados à história e os atores escolhidos condizem bem com seus papéis. Nicholas Hoult ficou perfeito de zumbi, diria até que foi um papel perfeito para o ator, pois seus movimentos, seus atos, tudo acaba encaixando com o que imaginamos de um zumbi "bonzinho", se é que existe isso, e com isso ele acaba conquistando o público que acaba torcendo pra que dê tudo certo para ele. Teresa Palmer ainda vejo ela melhor em "Eu Sou o Número Quatro", mas seus atos aqui até que estão dentro de um conforme, tirando as bobagens que o seu personagem faz que nenhuma pessoa normal faria, mas isso vem de roteiro, então não podemos acusar muito a atriz, só esperava um pouco mais de interpretação facial. Rob Corddry faz um personagem que aparece pouco no geral, mas sua expressão é muito bacana e convincente. John Malkovich acredito que poderia mostrar muito mais do ator que é, e acaba ficando do mediano pro ruim seus atos tanto que em alguns momentos parece ser mais um bobão do que o militar responsável por cuidar dos humanos. Preferi analisar gestuais e personagens mais do que as interpretações das falas visto que a distribuidora Paris Filmes boicotou novamente o interior mandando apenas cópias dubladas, então não poderei falar se alguma gafe de voz está boa ou não.

O grande ponto forte do longa está no cenário apocalíptico criado pela direção de arte que acerta muito bem a mão, pois vemos um aeroporto completamente destruído com zumbis vagando para todos os lados no melhor estilo de "O Terminal". E quando você pensa que é só isso, o gosto de acumular coisas do personagem principal é outro ponto que fez a arte trabalhar muito bem ao nos mostrar vinis de ótimo bom gosto e objetos perfeitos para ilustrar seu lado interessante de um "morto" diferenciado.  A fotografia soube trabalhar com pouquíssima luz, deixando algumas cenas bem próximas da tensão que poderia nos assustar, mas como sabemos que estamos diante de um filme que não é terror, podemos relaxar um pouco. E esse conjunto fotografia/arte mostra completamente uma boa integração que agrada bastante.

Sendo R um bom colecionador de vinis, não podíamos esperar nada menos do que uma trilha sonora da melhor qualidade, contando com Guns 'n Roses, Jimmy Cliff, Scorpions e até mesmo temas conhecidos como a música tema de "Uma Linda Mulher". E esse acerto na trilha sonora faz mais ainda com que o longa tenha um ritmo gostoso de assistir.

Enfim, é um filme que vale a pena conferir, e claro se estiver passando legendado em sua cidade vale mais ainda. Não digo que é um filmaço, mas é algo bem divertido e gostoso de assistir. Confesso que esperava algo bem pior e saí até satisfeito demais com o filme, então recomendo para todos. Até poderia dar uma nota melhor, mas como o interior foi boicotado com 2 cinemas recebendo somente cópias dubladas vou retirar um pouco da nota. Bem é isso, amanhã é dia de conferir um super atrasado que não passou por aqui e chega ao Cinecult: "Curvas da Vida", então abraços e até breve com mais posts.



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Tainá 3 - A Origem

2/11/2013 10:05:00 PM |

Quando uma boa produção está indo por um caminho certo, acabamos ficando pensando o porquê de precisarem fazer algumas coisas que podem jogar tudo pelo caminho afora. Não digo isso falando mal de "Tainá 3 - A Origem", mas sim como um conselho, pois o filme em si é muito bacana, principalmente para as crianças que saem encantadas, rindo e dançando com tudo que nos é mostrado, mas alguns pontos colocados no longa, principalmente no quesito efeitos especiais, quase jogam água em tudo de bom que o longa possui. Mas esquecendo desse detalhe que aparecem em algumas cenas, o restante é só alegria, num visual de cair o queixo que conseguiram capturar na Amazônia, com direito a dancinha no final acompanhada da letra no melhor estilo karaokê indígena possível.

A história nos mostra que Tainá fica órfã ainda bebê. Ela é criada pelo pajé Tigê e sonha em ser a primeira guerreira menina da aldeia. Ela conhece Laurinha e é grande amiga do índio Gobi. Juntos, eles buscam informações da origem de Tainá e lutam contra Vitor, um contrabandista de madeira que está por trás do desmatamento da floresta.

Você deve estar falando: "O Coelho ficou maluco em gostar de uma história dessas", e o que posso responder é que realmente fui assistir o longa com o maior dos preconceitos possíveis, pois antes mesmo de ver qualquer um dos outros 2 filmes, já imaginava que a história seria fraquíssima. Não que ela seja um primor vendo pelo lado técnico, mas olhando como a concepção total que a diretora Rosane Svartman conseguiu captar para mostrar uma visão ecológica de forma divertida e cheia de elementos animais para as crianças, é algo que se tem de dar valor para o trabalho final, pois diferente de muitos filmes que assisti numa sala lotada de crianças, todas ficam paradas com os olhinhos presos em tudo que aparece na tela e depois dançam com as canções do longa. A produção do longa sofreu e muito para conseguir fazer todo o filme ser rodado em plena selva amazônica, mas o resultado final valeu muito a pena para ser visto.

O elenco infantil é o que mais surpreende sob as mãos da diretora, pois todos demonstram um enorme carisma frente às câmeras e com isso acabam conectando mais ainda com as crianças que forem assistir. A indiazinha Wiranú Tembé consegue nos encantar com seus atos de uma forma que faz parecer até que é uma atriz nata mesmo, e quem sabe isso não se torne mais pra frente. Beatriz Noskoski traz em seu semblante toda a inocência infantil aliado a claro as atitudes de crianças mimadas que não saem de seus apartamentos para nada, e isso acaba ligando bem ela também às crianças, pois muitos vão se imaginar como ela na floresta, e seus atos acabam agradando. Igor Ozzy poderia ter ficado um pouco mais caracterizado como índio, pois suas atitudes são bacanas, mas acabam parecendo mais um garoto comum vestido de índio do que um índio que faz coisas mais tecnológicas. Dos adultos todos tem apenas pontas, algumas maiores, outras menores e todos estão dentro de um padrão meio bobo demais que acabam caindo mais para o lado divertido que tudo, por exemplo Nuno Leal Maia e Leon Gomes. O vilão Guilherme Berenguer com seus olhos cheio de efeitos até tenta assustar, mas acaba fazendo mais o papel de vilão fácil de lidar. Gracindo Junior até tenta ser bacana nas suas facetas, mas acaba fazendo poucas cenas que não corresponde tanto ao papel que poderia ser mais enfático.

O grande ponto chave do filme é o visual da fotografia que Dudu Miranda conseguiu captar nos cenários escolhidos por José Joaquim Salles. É algo indescritível o visual que a floresta pode trazer para o longa, aliado ao céu sempre sendo exibindo um sol maravilhoso. Os animais bem adestrados estão bem encaixados para a trama fazendo nos rir e satisfazer com bichos lindos. No quesito visual também temos o grande problema, claro para os mais técnicos, que está nos efeitos especiais, pois o voo da flecha e o machado brilhante do vilão não ficaram muito bem feitos e acabam um pouco estragando tudo que está lindo no longa.

A trilha sonora interpretada pelo genial Carlinhos Brown é muito gostosa de ouvir e impregna na nossa mente de tal forma que saímos da sala cantarolando por mais um bom tempo. A música das crianças é bem infantil mas também não deixa de ser bonitinha e depois mostrada em formato de karaokê com as crianças dançando ficou bem bacana, mesmo eu pessoalmente não gostar de danças finais.

Enfim, é uma boa opção para levar as crianças para aprender um pouco mais sobre a preservação da natureza, e acredito que os adultos que levarem os pequenos também curtirão tudo, pois é um longa que passa bem rápido de forma divertida e bonita. Bem é isso pessoal, como já disse algumas vezes, o que mais nos assusta e temos preconceito geralmente é o que mais pode nos surpreender a favor ou contra, e dessa vez ainda bem foi bem a favor. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços e até amanhã então.


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Para Maiores - Movie 43

2/09/2013 09:31:00 PM |

Já vi muitos filmes ruins em minha vida, mas até hoje não tinha visto um com um elenco tão bom. Com essa frase já posso definir mais de 90% do que achei de "Para Maiores" ou ficando melhor no nome em inglês que tem mais sentido "Movie 43". O que temos no longa cheio de pequenos filmes é algo do estilo que Jean Dujardin tentou no ano passado com "Os Infiéis", porém aqui ao invés de apenas um ator fazendo vários papéis em cada mini filme, aqui temos o elenco mais completo de Hollywood fazendo bizarrices de todo tipo possível. Não digo que a forma que uniram os filmes seja ruim, pois no contexto geral a história que se passa de pano de fundo para irem caçando os demais filmes até que é bacaninha, embora nesse os atores sejam os piores, mas é tanta besteira junta nos demais filmes, que passamos o tempo todo pensando "Meu Deus!!! Como arranjaram dinheiro para pagar tanta gente boa para fazer isso?"

O filme nos mostra que um adolescente de 15 anos tenta a todo custo encontrar um filme proibido, chamado "Movie 43". Para tanto ele conta com a ajuda de seu irmão caçula, um gênio da informática apesar de ter apenas 11 anos. Logo eles descobrem que Movie 43 é na verdade a composição de 14 curta-metragens, sendo que alguns deles são paródias dos super-heróis mais famosos da atualidade, como Super-Homem, Batman e Mulher-Maravilha.

Falar da história de cada um dos curtas passaria muito tempo aqui e estragaria, se é que dá para estragar mais, as piadas que pelo menos são interessantes. Com várias histórias, cada uma dirigida por um diretor diferente, as tramas são bem variadas, mas sempre puxadas para algum tipo de escatologia. A única coisa que recomendo é que esperem, mesmo que acendam as luzes do cinema, subir os créditos iniciais com alguns erros de cena, pois logo depois tem mais um curtinha contando com um gato em animação gráfica, que esse sim me fez rir bastante e valeu a pena ter gasto o ingresso, então os parabéns na direção vai para James Gunn.

No quesito atuação, como já disse o elenco é super grande e todos são estrelas em Hollywood, o que deve ter dado um caché monstruoso no orçamento do filme. Porém como as histórias em si não ajudam, e também quase nenhum deles é comediante mesmo, pois a maioria de seus filmes são dramas ou aventuras, o que vemos são várias sequências que acabamos por rir mais das besteiras que fazem do que da trama em si. Não vou destacar nenhum ator, pois nem esse mega elenco foi capaz de salvar o filme, e você deve estar falando que estou olhando com um olhar crítico para o filme, mas não a sala inteira estava em choque com o que viam na tela e até adolescentes que teoricamente adoram esse estilo de filme, saíram da sala ao final falando "Nossa, que filme ruim!", então já dá para imaginar o que verá. Como destaque negativo acho que poderia dar para todos, mas o prêmio vai para Halle Berry que faz caras e bocas num jogo da verdade ridículo.

O visual das várias tramas também é bacana, com cenografias representando bem os lugares por onde passa cada uma, embora sejam simples sempre contém vários elementos visuais interessantes. Mas como o contexto geral é tão ruim, não dá para podermos avaliar e ficarmos felizes com tudo, então a cena que se passa num pós-apocalipse devido não terem feito algo lá, o cenário parece mais um jogo de videogame do que um filme mesmo.

Enfim, se ainda assim você quiser rir bem forçadamente de escatologias, vá ao cinema por sua conta e risco, afinal está passando nas salas muitos outros filmes melhores. O que não consigo entender desse mundo do cinema são duas coisas: como os atores toparam fazer isso e a Imagem Filmes que sempre boicota filmes bons pelo interior ter distribuído tantas cópias desse lixo. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais por aqui. Abraços e até mais pessoal.


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O Voo

2/09/2013 03:59:00 PM |

Alguns filmes seguem uma linha de tensão tão forte e intimista, que em alguns momentos conseguem nos por quase como personagens dele fazendo com que ficássemos torcendo ou reclamando de algum personagem do longa fazer algo. Isso que descrevi, acontece muito em novelas e séries, mas em "O Voo" temos algo bem semelhante que nos faz quase virar o manche do avião junto com Denzel Washington e torcer contra certos atos desfavoráveis ao personagem em quase toda a duração do filme.

A história nos mostra que Whip Whitaker é um experiente piloto de avião, que por milagre aterrissa sua aeronave depois de uma catástrofe em pleno ar, salvando quase todos os passageiros a bordo. Depois do acidente, Whip é considerado um herói, porém, na medida em que mais fatos se tornam conhecidos, mais perguntas do que respostas surgem sobre quem ou o quê realmente estava errado e o que, na verdade, aconteceu naquele avião.

O que John Gatins("Gigantes de Aço") escreveu para esse longa é algo em que tudo pode ser contraditório de forma a deixar furos ou pontas soltas, mas que ao cair nas mãos de Robert Zemeckis("Náufrago","Forrest Gump", entre outros) soube dirigir de forma perfeita a nos colocar não apenas como espectadores, mas sim como opinadores das decisões que o protagonista toma, pois muitas vezes nos é posto a pensar que mentir sobre algo pode ser bom, mas acarreta outros problemas, e com isso vamos cada vez mais ficando quase amigos íntimos de Denzel querendo que ele faça determinadas coisas e não outras. Claro que tudo isso é apenas um dos pontos do excelente filme, pois toda a trama está colocada para que o filme caminhe sozinho sendo contado até o grande deslanchar final que é muito interessante.

A atuação de Denzel Washington que lhe rendeu mais uma indicação ao Oscar é 100% válida, visto que seu personagem possui momentos estão todos no limite do certo e do errado, e a interpretação que ele soube colocar na trama como disse acima nos faz parecer que já conhecemos Whip Whitaker, que poderíamos estender a mão para ele e ajudar, mas embora ele nos convença a isso, ele termina o longa com uma frase que nos diz realmente o inverso e fecha com chave de ouro o que quis mostrar. Kelly Reilly tem momentos bons na trama, mas não diria que está perfeita, pois como seu personagem é apenas uma chamada para que o protagonista tente ajuda e tenha o final que tem, ela nos conduz de uma forma forte no início e vai caminhando levemente para um personagem bem secundário na tela, mas o que vemos ao final é que seu personagem tinha um grande valor para a trama toda e claro se o filme fosse brasileiro e virasse uma série daqui três meses, com certeza teríamos um personagem bem mais trabalhado na série do que no filme. Don Cheadle e Bruce Greenwood são pontas interessantes de ver trabalhando, mas como suas falas são sempre envolvidas com sindicato e advocacia, acabam tornando um pouco monótonas suas participações em tela, sempre ficando bem abaixo do que Denzel faz quando está junto com eles. Melissa Leo também é outra que aparece bem pouco no filme, mas seu momento final é daqueles que todos param para ver o que está acontecendo. Agora outro grande nome do longa é John Goodman que já pode ser considerado o carisma do ano no cinema, e se tivéssemos no Oscar o prêmio igual tem nos concursos de Miss Simpatia, o prêmio com certeza seria dele, pois nas duas aparições que vi(irei conferir "Curvas da Vida" essa semana para saber se na terceira também) tanto em "Argo" quanto aqui ele mostra todo o carisma que pode colocar num personagem secundário e arrasar, aqui ele tem até música própria que entra em alto volume toda vez que aparece, fazendo do seu personagem Harling Mays uma lenda totalmente perfeita.

O visual do longa é bem trabalhado, e mesmo estando sempre em locais fechados a direção de arte se preocupou bastante em retratar tudo com minúcias, claro que em vários momentos mostrou exageradamente marcas que devem ter patrocinado o longa, mas diferente do que costuma acontecer quando isso é feito, aqui não incomodou tanto. O que a direção de arte nos retratou de forma bem correta é a intimidade do personagem, nos levando para casas caindo assim como ele e seu avião, e isso pode ser considerado uma boa metáfora para o longa. A fotografia do longa está bacana, mas poderia ter trabalhado um pouco mais em alguns momentos que forçassem mais o lado dramático do personagem, pois vemos iluminação demais em certas cenas que se ficassem mais na penumbra instigaria um pouco mais.

Um ponto bem interessante do longa está nas canções escolhidas para ilustrar cada momento da trama e até mesmo alguns personagens como disse acima, tendo uma variedade gostosa para dar ritmo ao filme e ainda assim dar identidade dramática. Além disso, os momentos de tensão ficaram bem intrigantes com a trilha composta por Alan Silvestrini que é outro que já mostrou ser muito bom em "Os Vingadores".

Enfim, um filmaço bem dirigido e atuado, que na minha opinião poderia ter roubado com certeza a vaga de algum outro indicado à melhor filme no Oscar. Vale muito a pena assistir ao longa e recomendo para todos que gostem de uma boa tensão tanto no chão quanto nas alturas. Espero não ter dado muitos spoilers no que escrevi e fico por aqui, mas logo mais teremos muitos filmes nesse final de semana prolongado. Abraços e até mais tarde pessoal.


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Caça aos Gângsteres

2/05/2013 11:45:00 PM |

Quais são os pontos-chave de um bom filme de máfia: muito tiro, personagens mal encarados e um roteiro bem amarrado de modo que não tenhamos dúvidas de que a maioria precise morrer para termos um final satisfatório. Tirando que o roteiro de "Caça aos Gângsteres" poderia ser um pouquinho mais afinado, o longa possui todos outros elementos de sobra para divertir o espectador e fazer com que torçamos muito para que os vilões sejam pegos.

O filme nos apresenta Los Angeles, em 1949. Impiedoso, o rei do crime Mickey Cohen, nascido no Brooklyn, comanda a cidade recebendo os lucros desonestos das drogas, armas e prostituição e, se tudo ocorrer conforme ele deseja, de todas as apostas feitas a oeste de Chicago. E faz tudo isso não apenas com a proteção de seus capangas, mas também de policiais e políticos sob o seu controle. É o suficiente para intimidar até mesmo o mais corajoso e durão dos tiras... a não ser que ele faça parte da pequena equipe secreta de policiais alheia ao Departamento de Polícia de Los Angeles, liderada pelos sargentos John O'Mara e Jerry Wooters, que se unem para tentar acabar com Cohen.

A história do filme é até bem convincente tirando que sendo baseada em fatos reais, o que o protagonista diz ao final do filme é meio improvável (que nunca ninguém ficou sabendo da existência de tal esquadrão). Outro problema do roteiro ou quem sabe até da direção para cima de Sean Penn é que além de ter algumas cenas rápidas demais que mereciam ser longas e outras longas demais que mereciam ser rápidas é que acho que faltou um pouco mais de crueldade e afins para o vilão, pois ele não faz muito por merecer sofrer, apesar da cena inicial bem cruel, no restante parece ser apenas um mafioso que quer tudo para ele e mais nada. Tirando esses detalhes, o que vemos no filme é o tradicional que estamos acostumados com filmes sobre a máfia, feito de uma forma bem redonda, com visual bem montado também (aliás falando nisso gangsteres só usam as mesmas roupas em todos os filmes?), e claro vários clichés de outros filmes, tendo inclusive cenas idênticas. As opções de ângulos e movimentos que o diretor do excelente "Zumbilândia", Ruben Fleischer, faz aqui até relembraram um pouco seu filme anterior, pois temos muitos movimentos em slow-motion e acelerações com a câmera olhando de todos os modos possíveis. E isso é bacana, pois nos deixa sempre querendo ver mais, apesar de o slow cansar um pouco em determinados momentos.

No quesito atuação, temos um elenco muito bom, que nos envolve com dinamismo e garra para com seus personagens. Rezo para que Josh Brolin não vire comediante, pois com a face sempre brava que possui, iria fazer o que fez em MIB3 que é ser um ponto não cômico da trama, aqui seu jeito cai perfeitamente para o personagem, pois um policial ex-combatente de guerra tem de estar sempre com a cara amarrada procurando salvar o planeta, e ele faz com toda a garra possível, somente a cena final que é um caso que não me conformo em filme algum você estar com uma arma apontada para a pessoa querer partir para o braço, mas convenhamos que os diretores adoram isso. Sean Penn começa todo no ódio e maldade, mas vai amenizando de uma forma que ao final se não tivesse dado alguns tiros poderíamos falar que é quase um político que só faz maldades, mas não parte pra crueldade, seus trejeitos colocados no personagem ficaram interessantes principalmente por ser um ex-lutador, belo trabalho de composição que ele fez. Ryan Gosling poderia ter composto melhor já que diz ser um ex-combatente de guerra, algumas cenas suas são bem colocadas, mas no geral parece estar deslocado no filme. Emma Stone está bem no papel, mas como a história não está tanto encaixada para ela, e seus pares fica entre Sean Penn e Ryan Gosling, acaba sumindo um pouco sua atuação. Anthony Mackie mostra bem suas expressões, mas como é um personagem secundário não tem tanta ação. E até Michael Penã está bacana na história, mesmo tendo poucas falas, tem momentos bem interessantes de se ver. E no geral também temos personagens secundários bacanas que dão liga para a mistura mesmo sem aparecer muito na história, apenas fazendo pontas.

O visual do longa tentou puxar para a época em que se passa o filme, mas não me convenceu estar em 49, se não fossem os carros e a forma que a polícia agiu, aparentava algo mais próximo dos anos 60-70, mas como não sou um especialista em moda para dizer, apenas achei esquisito alguns visuais. Agora se teve um fator marcante no longa é a fotografia imposta, pois com muitas sombras sempre muito bem encaixadas com uma iluminação sempre puxada para o tom amarelado caiu como uma luva para que a tensão do filme ficasse sempre nos milésimos anteriores da cena que viria, sem que nada fosse revelado antes, e esse pode ser considerado um ponto chave do longa.

Enfim, é um filme bem bacana, com escritos dizendo ser baseado em fatos reais, não posso confirmar nada visto que nasci bem pra frente, e que traz um pouco de saudosismo de filmes do gênero policial que costumavam pintar mais nas telas e andam um pouco em falta principalmente pro público que adora esse estilo e não anda vendo muitos exemplares pelas telonas. Ah e Recomendo para todos o longa que conta com muitos tiros pra tudo quanto é lado e fico por aqui nessa semana, mas na sexta já temos muitos novos filmes pintando por aqui, então abraços e até breve pessoal. Ah e a lista do Oscar está atualizada ok?? Não deixem de conferir o que achei de cada candidato ao grande prêmio do cinema: temumcoelhonocinema.blogspot.com.br/p/oscar.html


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Inatividade Paranormal

2/03/2013 11:12:00 PM |

Não consigo entender as pessoas que vão ao cinema ver uma sátira de filmes de terror, de preferência os mais fracos de terror que são os mais zoados, e ainda espera alguma coisa. Esse estilo de filme só vai ver realmente quem quer rir de desgraça alheia sem ligar para que vai ver besteiras, sexo, sujeiras e palavrões. Então se você estiver consciente de tudo isso "Inatividade Paranormal" acaba sendo "divertido" pela quantidade de bizarrices que ocorrem claro de maneira extremamente forçada para tentar arrancar o riso do espectador, e contando o tanto de pessoas que riram na sala que estive podemos considerar que o resultado do filme foi aceitável.

O filme nos mostra que o casal Malcolm e Kisha muda para a casa dos seus sonhos, mas não demora até que ambos descubram que há mais alguém morando por lá. Trata-se, no caso, de um demônio que possui a esposa de Malcolm e transforma a vida sexual deles num inferno. Entra em cena, então, um grupo de caçadores de fantasmas para limpar o ambiente.

A história assim como em qualquer outra sátira do cinema é feita somente para azucrinar os filmes de terror que fizeram ou não sucesso e dessa vez usaram para todos os filmes de câmera como "Atividade Paranormal", "A Entidade", "O Último Exorcismo", entre outros. Porém como todos já conhecem a mão de Marlon Wayans para escrever sabem que ele não é nada limpinho e coloca o sexo a frente de todos os textos, então quem for ao cinema já vai sabendo o que vai ver, o que me deixa irritado na maioria dos textos que vi pela internet todos criticando o filme é que parecem que queriam ver um filme santo de comedinha limpa vindo dele e não tem como, então quem ainda for ver saiba disso, o filme força bastante no quesito sexo com tudo. Mas você que já deve ter lido uns 20 textos todos acusando o filme de misoginia, pornografia gratuita, etc. deve estar perguntando porque eu defenderia o longa, a resposta é simples, pois se você já vai sabendo o que vai encontrar por conhecer o que o cara sempre fez, mesmo fazendo as maiores bizarrices do planeta, acaba sendo engraçado, mesmo que seja extremamente forçado tudo que faz para que ríamos, mas quem gostar do estilo com certeza sairá satisfeito de ter visto uma comédia que tira o sarro mesmo dos filmes citados acima.

A atuação do próprio Wayans é que não anda a mesma que o consagrou nos primeiros "Todo Mundo em Pânico" e em "As Branquelas", mas suas caras estranhas ainda são bacanas de se ver na tela, seus atos poderiam ser um pouco mais controlados, mas esse não é mais seu estilo mesmo, então é o jeito ver assim mesmo. Essence Atkins vive mais nas séries que nas telonas, mas suas caras quando está possuída são bem estranhas e quem sabe logo mais poderá estar trabalhando no próximo elevador do Silvio Santos. Dos personagens secundários, praticamente todos têm péssimas atuações e raramente nos divertem, alguns até têm momentos constrangedores demais por exemplo Nick Swardson, o qual até hoje não vi um filme que não tenha feito péssimos personagens("será que não cansou?") que fica nu em cena para nada, e Andrew Daly que a todo momento só fica falando da mesma coisa nas 3 cenas que aparece.

O visual do longa, assim como nos filmes originais não têm muito o que oferecer, é sempre uma casa e seus cômodos sendo assombrados pelo fantasma e consideraria como a mais efetiva representação a cena da cozinha onde tudo vai acontecendo que ficou divertida pela ação dos protagonistas, e é onde a equipe de arte teve um pouquinho mais de trabalho para encher de elementos cênicos, mas tirando isso é apenas o básico. A fotografia também não tem nada demais, afinal como acontece nos originais que são satirizados, o que temos são várias imagens de câmeras em movimento sem se preocupar com iluminação nenhuma.

Enfim, é um filme básico que satiriza outros e ponto. Não posso falar que é o filme mais divertido que vi, mas também está muito longe de ser o que menos me fez rir. Claro que avaliando quesitos técnicos o filme é péssimo, mas olhando no quesito fazer divertir quem foi ver o filme sabendo de tudo o que é, o longa cumpre com o prometido. A nota como sempre faço, vou pesar pros dois lados da moeda, então ficamos com um filme mediano que tem péssima técnica, mas que diverte mesmo forçando. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas ainda essa semana tem mais 1 filme por aqui na terça, então abraços e até breve.


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As Aventuras de Tadeo em 3D

2/03/2013 06:55:00 PM |

Quando vi o trailer de "As Aventuras de Tadeo", já imaginei que seria uma animação interessante de ser assistida, só não imaginava que além disso seria muito divertida e que me remetesse à filmes e desenhos que vi em minha infância como "Indiana Jones" e "Em Busca do El Dorado". A concepção artística que o longa retrata além de animar a criançada presente na sessão, mostra uma aventura que vai fazer os pais que forem levar os pequenos ao cinema se divertirem juntos com uma saga em busca de uma cidade perdida, com vilões perseguindo toda sua turma, aliado a boas trilhas sonoras que foram colocadas na trama.

O pedreiro Tadeo sempre quis se tornar um famoso arqueólogo e aventureiro. No entanto, passa seus dias sonhando entre guindastes e cimento da obra onde trabalha. A oportunidade de realizar seus sonhos surge quando seu amigo, um arqueólogo de renome, recebe uma tabuleta de pedra misteriosa, a chave que leva à cidade perdida de Paititi e seu lendário tesouro. No momento da viagem, o famoso arqueólogo sofre um acidente e quem o substitui na expedição é Tadeo. Ao chegar no Peru, ele descobre que Oddyseus, uma grande corporação especializada em encontrar tesouros, também está atrás da cidade perdida de Paititi e disposta a fazer qualquer coisa para encontrá-la.

A história é bem tramada com dialogos que ao mesmo tempo são concisos e divertem quem foi assistir, dando a trama uma perspectiva mais aventuresca do que uma simples animação. E contando com personagens carismáticos e bem modelados, o longa flui de uma forma bastante interessante que nos deixa felizes de poder ver uma animação espanhola que está concorrendo em 5 categorias no Goya(o Oscar espanhol) com louvor, pois o que nos apresenta é completamente digno de concorrer a tudo mesmo. O que o diretor estreante em longas, Enrique Gato faz é algo que deva respeitar, pois transformou seus curtas metragens de animação numa aventura digna de ser apreciada e até de se esperar mais outro filme da turma toda que nos foi apresentada.

Os personagens como disse são todos bem carismáticos e cada um possui uma personalidade bem característica tanto que acabamos torcendo para que Tadeo, um pedreiro que sempre sonhou em ser um explorador consiga tudo que deseja e se dê bem com a mocinha Sara. O cachorrinho e o papagaio mudo, que mais lembra um personagem de Angry Birds, são responsáveis pelos atos cômicos do longa, juntamente com o vendedor de todo tipo de quinquilharia que se pode imaginar Freddy que nos faz rir a todo momento. Os vilões estão presentes de forma a dar aquele nervoso e nos fazem ficar bravos em alguns momentos, pois diferente do que acaba acontecendo no cinema americano, aqui eles não são tão bobos e fazem bem o seu papel que é correr atrás do que querem. Ah e claro a múmia das cenas finais é muito divertida também e agrada como mais um personagem carismático que poderia ter aparecido até mais no filme.

O visual da trama está bem colocado representando bem os países e cidades por onde passam toda a galera, com cenários bem retratados e modelados de forma a serem visualmente perfeitos. Só que o 3D achei um pouco fraquinho, principalmente por ser uma animação visual bem mais voltada para crianças poderiam ter abusado um pouco mais de coisas saindo da tela para agradar os pequeninos, mas no quesito profundidade ele até que atende bem.

Outro ponto interessante do longa está na trilha sonora tanto de músicas conhecidas que se encaixam perfeitamente na trama e faz as passagens de tempo de um local para o outro serem agradáveis de ir acompanhando e ouvindo, como nas composições originais que agradam e depois fecham o longa com ela na versão original que também está concorrendo ao Goya.

Enfim, é um filme bem divertido que vai agradar tanto a garotada que for assistir quanto os pais que forem os levar. Recomendo com certeza para todos assistirem semana que vem que é a estréia oficial no Brasil pois o longa bate muitos filmes de empresas de animação famosas. Fico por aqui agora, mas daqui a pouco tem mais um post aqui no blog com mais um filme que estou indo ver. Abraços e até mais tarde pessoal.


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O Lado Bom Da Vida

2/02/2013 11:50:00 PM |

Comédias românticas geralmente possuem uma fórmula pronta, e isso as vezes incomodam um pouco, principalmente por sabermos a que final iremos chegar. Porém o bacana de analisarmos é como chegar a esse final tradicional. O que vemos em "O Lado Bom Da Vida" é a tradicional fórmula de mostrar um problema e trabalhar ele entre os personagens principais, fazendo dele um filme bonitinho, mas que não vai incrementar a vida de ninguém. E tirando a magnífica atuação de Jennifer Lawrence numa cena que até Robert De Niro fica de boca aberta para atuação da novata, daqui 3 meses ninguém lembrará desse filme.

A trama gira em torno de Pat Solatano, um cara que perdeu tudo - sua casa, seu trabalho e sua esposa. Ele agora vive com sua mãe e o pai, depois de passar oito meses preso. O homem está determinado a reconstruir sua vida e voltar com sua esposa, apesar das circunstâncias difíceis de sua separação. Porém, quando Pat conhece Tiffany, uma misteriosa e problemática garota, as coisas se complicam. Tiffany se oferece para ajudar Pat a reconquistar sua esposa, mas somente, se ele fizer algo muito importante para ela em troca.

A história em si é bem simples e não surpreende em momento quase algum, e isso acaba incomodando um pouco, pois embora tenha ações cômicas, o foco do longa é sim no drama pessoal dos protagonistas, e claro por isso chamou tanto a atenção da academia para estar concorrendo à tantos prêmios, pois não é um filmaço que emocione sendo um drama ou nos faça rir de rolar como deve ser em uma comédia, ficando no meio termo de tudo. O drama pessoal passado pelos protagonistas é cativante e motivante ao mesmo tempo, e a forma dita no final é bem bonita de se ouvir, mas esperava algo a mais para um longa tão falado. O que o diretor e roteirista David Russell tenta fazer em alguns momentos é nos passar a mesma sensação dramática que fez no seu longa anterior, mas em alguns momentos ele abandona o peso da mão e sabendo que era comédia romântica acaba relaxando demais na dramaticidade e torna o filme leve demais. Alguns movimentos de câmera acelerada me deixaram pensando pra que isso, e ficaram esquisitos para a trama, mas no geral o filme unindo a leveza com as boas atuações acaba sendo gostosinho de ver numa noite sem muita coisa passando na TV.

Quanto da atuação, já expressei bem o que achei sobre Jennifer Lawrence, pois o que essa garota faz é de se impressionar demais, claro que já está virando carne de vaca aparecendo em mil filmes, mas cada vez mais mostra seu valor, na cena das apostas frente a De Niro não deixou pesar nem um pouco a experiência do grande ator e destrói na atuação, tenho 99,9% de certeza que sua indicação e prêmios que está levando provêem desta cena, pois é impressionante o que faz e se faz valer o filme somente por causa dela. Bradley Cooper também está bem em cena, mostrando um lado forte que a depressão pode causar, e seus surtos aparentam terem sido bem pesquisados para o que faz em cena, demonstrando um bom domínio do que faz, agrada no geral, mas assim como o filme tem alguns momentos de lapsos que nem parece estar no filme e em outros faz uma dramatização memorável, acabou ficando estranho. Robert De Niro já está meio passado para fazer graça, mas seu papel humano mostrando realmente a idade que tem coube perfeitamente para o longa, somente algumas cenas de briguinhas relevantes que acabaram ficando estranhas para seu personagem, mas acaba agradando. Jacki Weaver ainda estou me perguntando o motivo da indicação ao Oscar, pois acredito que outras atrizes coadjuvantes tenham se saído muito melhor que ela nesse filme, claro que tem momentos tocantes, mas não faz mais que o básico de uma mãe protetora para com seu filho surtado e seu marido apostador maluco. Um ator que embora faça apenas algumas pontas soltas no longa mas vale a pena destacar é Chris Tucker, pois ele é o fator comédia da trama e agrada demais nas cenas que está presente.

O desenrolar visual da trama é bacana, pois o diretor soube trabalhar junto com a equipe de arte, os ambientes separados de forma a dar amplitude para cada âmbito do filme, relacionando cada cenário com algo que possa dar algum sentido para os momentos que os protagonistas vivenciam. Só achei um pouco exagerado o local de competição de dança, parecendo mais uma festa do que um campeonato. A fotografia trabalhou de forma interessante, seguindo de forma tradicional, mas sem deixar de inovar com luzes e sombras em momentos chaves, valendo ressaltar a caminhada noturna dos protagonistas como uma cena bem interessante no quesito fotografia.

A trilha sonora do longa conta com boas canções, inclusive a música que faz o protagonista surtar em vários momentos é uma das boas antigonas que souberam resgatar para dar um charme para o filme, poderiam ter empolgado um pouco mais apenas, mas não decepciona no contexto final que quiseram atingir.

Enfim, como disse no início, não é um filme ruim, mas está muito longe de ser algo que daqui 3 meses seja lembrado, pois é mais uma historinha comum que teve a sorte de contar com um elenco excelente e ter uma história bacana para ser trabalhada tando o lance dramático como pontos cômicos. Vale assistir pela atuação de Jennifer e caso nada mais esteja passando de bom em sua cidade, senão opte por outros. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais por aqui. Abraços e até breve pessoal.


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