O longa nos conta que Andy Goodrich é surpreendido pela decisão da esposa Naomi de se internar numa clínica de reabilitação por 90 dias, deixando-o sozinho com a responsabilidade de cuidar dos gêmeos de nove anos do casal. Sem nenhum tato para a paternidade, a vida de Goodrich vira de cabeça para baixo, tendo que lidar ainda com uma dívida pendente em sua galeria de arte. No meio dessa bagunça, Andy recorre à sua primogênita Grace, fruto de seu primeiro casamento, para ajudá-lo com os desafios de cuidar de duas crianças. O que ele não imaginava era que antigas mágoas e velhos ressentimentos de Grace voltariam à tona, revelando para Andy o quanto ele foi ausente em sua infância. Na companhia um do outro, pai e filha vão descobrir uma maneira de ultrapassar barreiras do passado e reconstruir uma relação repleta de arestas não resolvidas.
Vou adiantar algo para vocês, que lendo a sinopse você assistiu ao filme inteiro, mas o que posso falar mais sobre ele é que a diretora Hallie Meyers-Shyer continuou bebendo na fonte da sua mãe Nancy Meyers como já havia dito no seu longa de estreia "De Volta Para Casa", ou seja seu estilo será esse, e sempre que seu nome estiver estampado no cartaz já saberemos o que iremos conferir, claro que isso não é algo ruim, muito pelo contrário, tem dias que o que mais queremos é um filme levinho sem nada para precisar pensar ou refletir, porém por vezes mesmo nos levinhos precisamos nos emocionar e envolver para que o longa ficasse marcado, pois se não tivesse escrito sobre o seu longa de estreia nem lembraria tanto do que vi, e digo até mais, é capaz de que no seu próximo filme eu lembre mais do primeiro do que desse, pois embora tenha uma lição bonita em cima da vida acelerada que temos que acabamos nem dando valor para alguns entes queridos e que precisamos desacelerar, o resultado acabou ficando morno demais, o que é uma pena, pois dava para ir mais além.
Quanto das atuações, posso dizer que Michael Keaton fez um papel bem colocado com seu Andy, não sendo nada surpreendente, mas demonstrando conhecimento de traquejos para lidar tanto com o desespero com o conhecimento dos filhos menores, do surto pela mulher ir embora se tratar de algo que ele desconhecia, e até mesmo do conflitivo caos que está sua galeria, a paixão de sua vida, e claro os problemas passados que sua filha mais velha já teve com sua falta quando menor, ou seja, ele precisou ter química com muitos personagens e sabendo passar bem essa sensação calma, o que acabou sendo fácil de ver, mas sem nada que o marcasse realmente. É engraçado ver como Mila Kunis parou no tempo parecendo ser ainda a mesma garota que vimos anos atrás em outros filmes, mas ainda fazendo papeis que fluem fácil, de modo que sua Grace é o retrato de muitas mulheres que precisam ajudar quem nunca lhe ajudou, que busca um sentimento a mais ali, mas que guarda muito para si, tendo claro sua cena maior na explosão literal na frente da clínica, mas também tendo belos olhares na cena da galeria, ou seja, foi bem no que fez. Ainda vale leves destaques para as crianças Vivien Lyra Blair e Jacob Kopera pelos inteligentes e sinceros Billie e Mose, que demonstraram uma mentalidade até mais velha do que 9 anos, mas foram bem demais no que fizeram, e só.
Visualmente a trama oscilou pela casa gigantesca e rica do protagonista, mostrando ser bem requintado, mas também preso ao valor das antiguidades que tem, não deixando os filhos tocar em nada, a galeria antiga, sem um grande chamariz moderno que precisaria para a época, a casa de Grace, e alguns bares e restaurantes, além do hospital e visita a lojas de Halloween, mas tudo simples e sem grandes marcas para a trama, parecendo um trabalho de baixíssimo orçamento.
Enfim, é um filme bacana, bem simples, com diálogos bem colocados, mas que leva nada a lugar algum, tudo muito certinho e bonitinho de ver, que talvez emocione mais quem já passou pelas experiências, mas nada que fosse realmente marcante. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.







0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...