Reboot do reboot do original, que já era baseado em um livro, ou seja, o novo longa da Netflix, "Shaft" é quase que a reinvenção de algo que já foi reinventado outras duas vezes, e não que isso tenha pesado algo em cima dos protagonistas, e claro do diretor, mas usaram bem a base, e trabalharam a ideia para jogar tudo em cima do jovem que foi abandonado pelo pai, o motivo fica claro na tela, mas o jovem não sabe, e ao investigar a morte do amigo, resolve pedir ajuda para o pai, que tem seu estilo, e como bem conhecemos, Samuel L. Jackson não desaponta, criando bons vértices, muitas cenas com sacadas incríveis, e um filme que digamos tem seu gingado, mas que não é muito a cara de muitos, pois se você não curtir longas policiais, ou intervenções machistas, a chance de reclamar de muita coisa do longa é bem alta, mas se não ligar, a chance de diversão é maior ainda, pois tudo vai sendo bem moldado, e até mesmo as cenas mais jogadas acabam divertidas, com claro, a junção da trilogia de atores em cena no final.
A sinopse é bem simples e conta que após a misteriosa morte de seu melhor amigo, o perito em segurança cibernética JJ Shaft une forças com seu pai, o lendário detetive particular John Shaft, para descobrir o que aconteceu.
O diretor Tim Story tem em seu histórico filmes policiais bem malucos, e aqui ele usou essa mesma base para não criar nada muito ousado, mas que tivesse uma formatação bem colocada, trabalhando desde lembranças do filme de 1971 como do reboot de 2000, e usando sacadas bem engenhosas, ele trabalhou o roteiro para mostrar bem o estilo dos homens modernos que não possuem mais o mesmo gingado clássico dos antigos, e com isso fez algumas críticas no ar, ou seja, é um filme que diverte e entrega uma boa proposta cheia de sagacidade, que quem gosta do estilo acabará curtindo, e quem se incomoda com algumas formatações mais agressivas certamente irá reclamar muito, ou seja, o diretor não se deixou levar por opiniões, e montou algo do seu jeito, que acaba fluindo bem, e diverte dentro do que se propõe, que é um longa com base policial, com uma história "familiar", mas que não se enquadra dentro dos longas comuns, usando bem um estilo mais descolado que entrega um filme simples de fechamentos, mas que joga em prol da trama.
Sobre as interpretações, sempre é fato que Samuel L. Jackson consegue chamar a atenção, e aqui seu John Shaft é cheio de marra, tem estilo, tem personalidade, e se entrega até mais do que no filme dos anos 2000, trabalhando desenvoltura, e sendo bem coerente com cada um dos momentos, o que é sua característica marcante, além de ousar bem com diálogos fortes e bem colocados. Jessie T. Usher acabou entregando um JJ Shaft meio estiloso demais, debochando até do estilo milenials, mas foi bem colocado, e rapidamente pegou o estilão do pai, já encontrando virtudes para talvez comandar o quarto filme. E mesmo fazendo uma leve participação no final, Richard Roundtree voltou ao seu primeiro papel nos cinemas nos anos 70, que rendeu até outras continuações, e que de uma forma bem trabalhada acaba agrando com bons atos, mesmo já estando bem velhinho. Quanto das mulheres, tanto Regina Hall com seus tradicionais chiliques foi bem como Maya, quanto Alexandra Shipp colocou desenvoltura nos olhares de sua Sasha, mas nada que impressionasse muito. E dos vilões, é melhor deixar quieto, pois foram bem fajutos.
O clima de ação policial foi bem moldado pela equipe de arte, trabalhando cenas rápidas com muitos tiros, diversos personagens com trejeitos e figurinos marcados, passando por diversas épocas e funcionamentos bem colocados, o que acaba agradando pela síntese entregue, que não soa nem exagerada demais, nem simples demais, e com essa proposta, a trama funciona, mas certamente poderiam ter trabalhado um pouco mais do passado dos demais filmes, para que a conexão funcionasse melhor, que aí sim o resultado soaria incrível.
Enfim, é um longa bem descontraído que acaba agradando bastante quem gosta desse estilo, pois foi feito somente para isso, pois muitos já aguardavam uma continuação do longa de 2000 desde o lançamento, mas não um recomeço, e aqui tentando trabalhar numa mistura das duas coisas, acabou que o resultado ficou bom para os dois lados. Não diria que é um filme perfeito, pois força muito, mas como essa é a proposta do estilo, acabamos relevando um pouco e até recomendando para quem quer passar um tempo com uma trama bacana na Netflix. Bem fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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A sinopse é bem simples e conta que após a misteriosa morte de seu melhor amigo, o perito em segurança cibernética JJ Shaft une forças com seu pai, o lendário detetive particular John Shaft, para descobrir o que aconteceu.
O diretor Tim Story tem em seu histórico filmes policiais bem malucos, e aqui ele usou essa mesma base para não criar nada muito ousado, mas que tivesse uma formatação bem colocada, trabalhando desde lembranças do filme de 1971 como do reboot de 2000, e usando sacadas bem engenhosas, ele trabalhou o roteiro para mostrar bem o estilo dos homens modernos que não possuem mais o mesmo gingado clássico dos antigos, e com isso fez algumas críticas no ar, ou seja, é um filme que diverte e entrega uma boa proposta cheia de sagacidade, que quem gosta do estilo acabará curtindo, e quem se incomoda com algumas formatações mais agressivas certamente irá reclamar muito, ou seja, o diretor não se deixou levar por opiniões, e montou algo do seu jeito, que acaba fluindo bem, e diverte dentro do que se propõe, que é um longa com base policial, com uma história "familiar", mas que não se enquadra dentro dos longas comuns, usando bem um estilo mais descolado que entrega um filme simples de fechamentos, mas que joga em prol da trama.
Sobre as interpretações, sempre é fato que Samuel L. Jackson consegue chamar a atenção, e aqui seu John Shaft é cheio de marra, tem estilo, tem personalidade, e se entrega até mais do que no filme dos anos 2000, trabalhando desenvoltura, e sendo bem coerente com cada um dos momentos, o que é sua característica marcante, além de ousar bem com diálogos fortes e bem colocados. Jessie T. Usher acabou entregando um JJ Shaft meio estiloso demais, debochando até do estilo milenials, mas foi bem colocado, e rapidamente pegou o estilão do pai, já encontrando virtudes para talvez comandar o quarto filme. E mesmo fazendo uma leve participação no final, Richard Roundtree voltou ao seu primeiro papel nos cinemas nos anos 70, que rendeu até outras continuações, e que de uma forma bem trabalhada acaba agrando com bons atos, mesmo já estando bem velhinho. Quanto das mulheres, tanto Regina Hall com seus tradicionais chiliques foi bem como Maya, quanto Alexandra Shipp colocou desenvoltura nos olhares de sua Sasha, mas nada que impressionasse muito. E dos vilões, é melhor deixar quieto, pois foram bem fajutos.
O clima de ação policial foi bem moldado pela equipe de arte, trabalhando cenas rápidas com muitos tiros, diversos personagens com trejeitos e figurinos marcados, passando por diversas épocas e funcionamentos bem colocados, o que acaba agradando pela síntese entregue, que não soa nem exagerada demais, nem simples demais, e com essa proposta, a trama funciona, mas certamente poderiam ter trabalhado um pouco mais do passado dos demais filmes, para que a conexão funcionasse melhor, que aí sim o resultado soaria incrível.
Enfim, é um longa bem descontraído que acaba agradando bastante quem gosta desse estilo, pois foi feito somente para isso, pois muitos já aguardavam uma continuação do longa de 2000 desde o lançamento, mas não um recomeço, e aqui tentando trabalhar numa mistura das duas coisas, acabou que o resultado ficou bom para os dois lados. Não diria que é um filme perfeito, pois força muito, mas como essa é a proposta do estilo, acabamos relevando um pouco e até recomendando para quem quer passar um tempo com uma trama bacana na Netflix. Bem fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.