O Palhaço

10/30/2011 11:07:00 PM |

Filmes brasileiros tem melhorado constantemente, isso é um fato, mas uma coisa que viviam pecando ultimamente era no quesito fotografia, e hoje em "O Palhaço", vi uma das mais belas obras de arte nesse quesito. Não foi o filme brasileiro que mais me agradou no ano, com toda a certeza, mas ainda assim conseguiu transmitir todo o sofrimento da transmissão de problemas de pai para filho numa empresa em forte deterioramento, no caso em questão: um circo mambembe.

A sinopse do longa nos apresenta Benjamim e Valdemar que formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Eles vivem pelas estradas na companhia da divertida trupe do Circo Esperança. Mas Benjamim acha que perdeu a graça e parte em uma aventura atrás de um sonho. Venha rir e se emocionar com este grande espetáculo.

Li em tantos lugares a palavra mambembe quando se referia ao filme que fiquei curioso para saber o significado, então vou postar aqui para todos verem e aqueles assim como eu que não conhecia a palavra, tenha uma boa idéia do motivo de usá-la para as denominações:
adj. De má qualidade; imprestável, ordinário. (Diz-se principalmente dos espetáculos ou grupos teatrais de baixa categoria: circo mambembe.)
S.m. Lugar afastado, sem recursos nem conforto, desagradável.
Grupo de atores ambulantes que dão espetáculos de baixa categoria.


Com isso em mente, fica mais fácil interpretar a ideologia usada para criar e dirigir que Selton Mello escolheu, pois o que é retratado no longa bem resumido de apenas 90 minutos, é exatamente isso. Sabe aqueles circos que você vê acampado em pequenas cidades, ou nas periferias das grandes, todo destruído com personagens simplórios onde todos fazem tudo (desde apresentar seu número, até controlar luzes e vender doces)? Essa é a visão retratada pelo diretor e de forma perfeita. A paranóia da crise de graça do personagem principal, também no caso o próprio diretor foi muito bem transmitida pelo ator. Porém o longa ficou no meio termo da risada e da emoção e apenas piadas contadas não fizeram esse Coelho ranzinza aqui jogar nem pra um lado nem para o outro.

Selton, que já era um grande ator do cinema, faz uma atuação primorosa e bem interpretada, e acompanhado de Paulo José fazem um bom espetáculo no picadeiro. Todos os atores estão bem dirigidos em cena e não vemos defasagens costumeiras dos filmes brasileiros, de atores perdidos em cena. E isso é um grande ponto positivo do longa. Só ficou devendo pra minha pessoa sair de cima do muro, ou fazer rir mais ou emocionar mais, pois o meio termo todos os atores fizeram.

Como já falei no início, na minha opinião, o melhor do longa é a fotografia de Adrian Teijido que com planos, as vezes bem abertos conseguem dar a dimensão dos lugares remotos que o circo se instala, e outras vezes com detalhes sutis nos personagens consegue nos demonstrar a emoção passada por cada personagem integrante da trupe. Aliado a uma direção de arte bem colocada com elementos cênicos, altamente estudados dos circos do mesmo estilo que estão espalhados por todo Brasil, temos o glamour aos inversos exposto na tela do cinema. Perfeito.

Da parte musical, achei bacana, mas com certeza mais as originais colocadas do que as escolhidas para fundo musical cantado, claro representa a época que é passado o longa, mas achei não bem escolhidas. Mas a imersão escolhida caiu bem de sempre serem utilizadas com função dramática. A dupla tocando no circo fazendo o acompanhamento da trupe também muito bem usada.

Pra resumir, é um bom roteiro, bem dirigido e bem atuado, só fiquei ainda ressentido de não ter saído do muro e com isso eu nem ri exageradamente como alguns na sala que assisti, nem me emocionei tanto como diz no cartaz, mas nem por isso deixa de ser um bom longa e que Selton está rumando bem para o lado de direção e claro no cinema, o qual eu o prefiro mais do que na TV. Deve dar um bom público no circuito comercial, e principalmente na semana que vem nos Cinemark com o filme estando entre um dos que estarão sendo exibidos por R$2,00 no dia 07/11 no Projeta Brasil. Veremos as bilheterias ao final do período de exibição. Encerro hoje aqui, mas amanhã tem mais, abraços pessoal.


Leia Mais

Incêndios

10/29/2011 08:01:00 PM |

Alguns filmes de arte são mau vistos no circuito comercial, principalmente pelo quesito velocidade, pois costumam ser bem mais lentos que os blockbusters, mas uma coisa é inegável, no quesito roteiro sempre nos surpreendemos com finais completamente não esperados. O que vi em "Incêndios", candidato canadense ao Oscar de Filme Estrangeiro 2011, que apareceu por aqui somente agora no CineCult foi exatamente isso, e olha se não estava me interessando por ele na primeira hora de duração, nos 70 minutos finais foi algo de ficar vidrado e a cada momento se interessar mais ainda por como iria acabar.

O filme mostra os gêmeos Simon e Jeanne ao descobrirem na leitura do testamento de sua mãe, que têm um irmão desconhecido e um pai, o qual os dois achavam que havia falecido, mas esta vivo. Dentre muitos pedidos, a maioria desconfortantes, o último e mais importante vinha com duas cartas seladas: encontrar os dois e entregar-lhes.

Como falei no início, o maior problema do filme é sua velocidade que é extremamente devagar e com acontecimentos bem estranhos do comum de serem visto em filmes tradicionais, e com isso a primeira metade do filme cansa de passar e é até um pouco confusa, principalmente por ser bem recortado com cenas do passado e atuais, e a filha e mãe serem bem parecidas. Mas ao entrar na segunda metade o filme desanda com muitas revelações fortes e agrada em cheio com o final.

Outro ponto favorável, mas estranho de associar, principalmente por não fazer parte do nosso cotidiano, é a questão das guerras pela diferença ideológica Islamismo versus Cristianismo, mas nada que você já não tenha visto nos telejornais passado para a linguagem cinematográfica. E o diretor conseguiu transmitir muito bem a essência para as telas com frases bem fortes até de serem ouvidas.

No quesito de atuação, ainda acho que mesmo a mãe mostrando todo seu sofrimento, as cenas iniciais, que vamos descobrir no final o motivo do choque, ela faz interpretações muito leves, o que não é condizente com a ideologia completa do longa. Porém a garota que faz a filha soube emocionar principalmente no ponto de virada. Da parte masculina não gostei da atuação de nenhum em particular, mas não decepcionam não.

A fotografia escolhida achei particularmente exagerada em tons escuros, o que dificulta um pouco visualizar onde a pessoa está e com isso confunde como falei mãe e filha, mas as locações escolhidas foram muito bem colocadas no longa e mostra a essência que é essa guerra ideológica/religiosa. Existem muitos travelings e panorâmicas que achei desnecessárias mas não estragam o longa não.

Bom, é um filme artístico, então com muita certeza mais da metade que assisti-lo não irá gostar do que vai ver. Porém tem seus valores e com um final surpreendente conseguiu me agradar no final, se continuasse os 138 minutos da mesma forma que iniciou era garantido uma nota baixíssima, Enfim, recomendo como filme de arte, mas garanto que não agradará a todos não. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços.

Leia Mais

Contágio

10/29/2011 02:27:00 AM |

Advertência para começar, se você tem qualquer tipo de TOC(Transtorno Obsessivo Compulsivo) cuidado ao ver esse filme, a chance de você querer se levantar da poltrona sem nem relar a mão nela é altíssima. "Contágio" é um longa denso, altamente documental (uma ficção quase realística), com muitos termos técnicos explicativos (o que dificulta um pouco o entendimento) e que muitos vão dizer "Que Filme Chato", mas o teor de tensão que o diretor conseguiu transmitir ao delinear do longa é de sair pensando: "E se isso acontecer mesmo daqui a alguns dias?", pois se você chegar na sua casa e ler a matéria sobre o filme na Isto É, verá o quadro em destaque onde pesquisadores reais afirmam ser algo possível de acontecer o que é mostrado no longa.

O filme narra a disseminação veloz de um vírus transmissível pelo ar que mata em poucos dias. Enquanto a epidemia se espalha cada vez mais rapidamente, médicos de todo o mundo correm contra o tempo para encontrar a cura e controlar o pânico que se espalha mais rápido do que o próprio vírus. Ao mesmo tempo, pessoas comuns lutam para sobreviver diante do desmoronamento da sociedade.

O interessante da história é que por ter grandes atores, souberam dimensionar cada um para o seu lado, envolvendo múltiplas facetas de tudo que pode rolar desde um pai de família que quer cuidar da filha adolescente que não quer ficar em casa, até a médica de alto escalão que quer descobrir a cura, passando por todos os demais, inclusive um vlogeiro famoso (ao melhor estilo PC Siqueira que conhecemos, mas dignamente interpretado por Jude Law) . E com isso temos um cinema de qualidade, pois não está nas mãos de qualquer um e sim de 5 ganhadores de Oscar além de outros grandes atores, colocaria inúmeros spoilers contando sobre cada ator, mas vou preferir deixar que confiram.

Outro fato bacana, é que o diretor exagera em totalidade nos planos detalhe, nunca vi um filme com tantos closes em mãos, barras, vidros, cartões de crédito, botões, telefones, e por aí vai para mostrar realmente a forma de transmissão, todos que viram o que rolou com o H1N1 ano passado vai se lembrar claramente como os noticiários falavam tanto. E assim o diretor cria a camada chamada tensão de espectador, o qual chega a dar nervoso com o povo tossindo na sua cara, ou logo após passando a mão em algo público, e um dado do filme que chega a ser desesperador que tocamos a mão de 3000 a 5000 vezes por dia no corpo.

Um ponto que ao mesmo tempo é positivo, mas pode cansar é que como o longa se passa em muitas cidades, o que foi um ótimo trabalho da produção/direção de arte (afinal não sei se gravaram realmente nas várias cidades), então a todo momento aparecem as legendas embaixo identificando a cidade e a população, chega a ficar enumerado demais pro meu gosto. Porém consegue mostrar que se vai atingir vai com tudo. Outro ponto favorável da arte foi ter gravado cenas em lugares oficiais como alguns Centros de Controle, o que deu mais fidelidade ainda pro longa.

As trilhas, achei um pouco fora de colocação, mas não atrapalham, porém a sonoridade nas cenas em que fica sem trilha nenhuma é de dar desespero, ainda mais por serem cenas de tensão extrema, na qual o público da sala também está agonizante, então não se ouve um barulho mínimo na sala nem no filme, apenas acompanhando as imagens, de tirar o chapéu na escolha disso.

Enfim, como falei no início terá muita gente que não irá gostar do filme, principalmente por ter a característica realística, mesmo sendo uma ficção, o público acaba não gostando muito de ver algo possível e até meio que jornalístico, mas é um filme de uma excelência ímpar a qual o diretor soube aliar história (fatos recentes reais e ao mesmo tempo incorporar um bom tanto de ficção possível de acontecer) com grandes nomes de Hollywood. É bem interessante de assistir e refletir com amigos depois, não é perfeito, mas eu recomendo sim. Encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.


Leia Mais

Gigantes de Aço

10/27/2011 01:30:00 AM |

Existem filmes que nos ganham na emoção, e esses tem sobrenome de produção denominado Spielberg, desculpe o palavreado mas o miserável (pra não por algo pior aqui) sabe onde por seus milhões e recuperá-los facilmente. E em "Gigantes de Aço" não é diferente, o longa começou morninho, com cara de que ia ser algo custoso a passar os 130 minutos de duração, mas ao final o que eu via na sala era eu e mais metade do público  desferindo golpes no ar de empolgação, ou seja as palavras que podem mais do que defini-lo é Emoção + Superação + Empolgação que resulta em algo sensacional.

O filme mostra Charlie Kenton, um pugilista decadente que perdeu sua chance de ganhar um título quando robôs de quase uma tonelada e 2,5 metros de altura assumiram o ringue. Agora, como um insignificante promotor de lutas, Charlie ganha o suficiente para sobreviver juntando sucata de robôs entre as lutas clandestinas de boxe. Quando Charlie chega ao fundo do poço, ele reluta em formar uma equipe com seu filho Max para construir e treinar um lutador para o campeonato. Conforme os riscos se tornam cada vez mais brutais na arena, Charlie e Max, contra todas as probabilidades, têm uma última chance de dar a volta por cima.

Confesso, o trailer não me empolgou a ver o filme, tanto que deixei ele por último na semana, e se hoje tivesse uma máquina para voltar no tempo, com certeza teria sido o primeiro, pois sem dúvidas é um dos filmes que mais me empolgou nesse ano. Assim como vocês já devem ter lido em todos os sites, que temos uma mistura de Rocky com Transformers, eu concordo apenas em partes, se analisarmos os robôs, neste temos vários tipos e aqui eles se partem de forma tão real de uma luta que vemos o ringue encaixado de Rocky unido a emoção que o longa das antigas nos trouxe.

Uma das coisas que li por aí e me deixou extremamente feliz de ver nas telas, é que para dar movimento aos robôs e treinar Hugh Jackman colocaram nada menos que Sugar Ray Leonard, grande pugilista que soube através de captação de movimentos mostrar uma fidelidade de luta aos robôs que impressiona. E soube ensinar bem os movimentos para mais uma impressionante atuação de Jackman. O garoto Dakota Goyo também merece ser bem citado, esse consegue nos emocionar com sua atuação digna de um Oscar Mirim, caso existisse essa categoria.

Outro ponto interessante do longa é os diálogos, que não estão soltos, e em momento algum ouvimos besteiras comuns de filmes de ação, pelo contrário citam lutadores épicos da nossa atualidade(que pra eles é passado, afinal o filme se passa em 2020) e até citam as coisas que os brasileiros gostam de inventar moda.

Bem, da parte de produção, o mestre Steven Spielberg está apenas no executivo, mas tenho certeza de que não pôs apenas grana no longa, é nítido seu dedo impresso em algumas cenas, e com isso temos uma super produção com tudo que é possível ver, grandes cenários, inúmeros figurantes, tecnologia de ponta e tudo mais para impactar e nos mostrar as maravilhas que só o cinema pode proporcionar.

O diretor Shawn Levy consegue conduzir do início ao final uma trama, claro cheia de referências(iria citar a cena final, mas daria um spoiler imenso, então melhor deixar vocês conferirem) e muitos falarão em clichés, que fez esse Coelho que vos fala vibrar em diversos momentos, se emocionar em alguns e até torcer para o personagem, e isso faz com que eu tire o chapéu pra ele, pois se tem uma coisa que mais me irrita ao assistir um longa é que você saia de uma sala de cinema inerte ao filme, e nesse caso se você sair sem ter torcido ao menos os 15 minutos finais, faço uma recomendação vá assistir novela e não apareça mais no cinema.

Outro espetáculo do longa está nos efeitos sonoros de latas retorcendo, que caso assista em salas de som forte demais é garantia de dor de cabeça assim como estou agora, mas temos fidelidade sonora, isso é algo extremamente importante, ao chegar na sua casa bata 2 panelas e verá que é o mesmo som que você ouve durante todo o filme. As trilhas também muito bem escolhidas caem como uma luva durante toda a sua duração.

Enfim, o longa já está entre os meus favoritos do ano, quiça de todos que vi, caso alguém queira me presentear esse com certeza é um dos títulos que quero ter em minha prateleira para ver e rever, e mais do que recomendo esse ótimo filme futurista(estamos perto de 2020, será que acertarão o futuro dessa vez?) que emociona e fez esse Coelho aqui ficar muito contente ao encerrar a semana cinematográfica. Como já falei a nota muitas vezes será dada pela sensação que o longa me trás, então nem reparei tanto em defeitos técnicos que possam ter aparecido. Eu fico por aqui, e na sexta tem mais. Abraços pessoal.


Leia Mais

Atividade Paranormal 3

10/24/2011 11:32:00 PM |

É interessante como eu sempre falo, ver um filme no cinema é uma experiência completamente diferente que ver um filme em casa, e isso pode ser sentido com muita certeza na franquia "Atividade Paranormal" que chega na sua terceira versão, 2ª prequência(o que quer dizer que o 2º acontece antes do 1º, e agora o 3º ocorre antes do 2°), pois todos os anteriores já vi eles tanto no cinema quanto em casa e não dá o mesmo medo,  ou aquela diversão de ver as pessoas apavoradas com algo que está ocorrendo. Então mais do que nunca recomendo, que veja o filme nos cinemas.

O terceiro longa da franquia contará a origem dos acontecimentos dos primeiros filmes, quando as irmãs Katie e Kristi ainda eram crianças. Os pais das meninas são perseguidos por um espírito maligno em sua própria casa, onde eles vivem com suas filhas. Em uma tentativa de desvendar esse mistério, eles instalam câmeras por toda a casa para capturar as ocorrências dessas atividades estranhas.

Basicamente na história não temos nada de novo, e sim todos vão mantendo a origem criada por Oren Peli lá atrás em 2007, agora apenas como produtor dessa terceira etapa, e o mais interessante, diferente das demais franquias é que se mantém a mesma linha do primeiro, claro vindo explicando de onde é proveniente toda a maldição e acredito que não vá mais para trás numa 4ª versão.

Um dos lances mais interessantes que curti nessa versão além da recriação de época(tais como bichos de pelúcia de 88 e a gravação em fitas VHS com mesa de edição das antigas) foi a idéia criativa de ter uma câmera panorâmica usando a base de um ventilador(idéia genial hein amigos filmmakers???) o que possibilitou boas cenas misturando o que ocorria na sala e na cozinha da casa, tendo a cena quebrada sempre por uma espécie de lareira. Achei fascinante e os maiores lances foram pegos ali nessa passagem.

Agora, embora tenha reconstituído tudo e criado uma boa dose de suspense no longa, pra mim esse foi o que menos me deu susto(não sei se já estava psicologicamente preparado para tudo, depois dos sustos que levei no 2°) e mais me fez rir, pelos acontecimentos na própria sala de cinema com as pessoas levando sustos e ficando bravos com os personagens(no melhor estilo de minha avó brigando com as novelas). O mais incomum foi que isso pelo contrário ao invés de me deixar nervoso, me deixou feliz com o longa, pois ele passa a ser algo desmistificado de que o filme fique apenas na tensão(que é muito bem mostrada nos seus últimos minutos), ainda que tenha deixado mais coisas abertas para um próximo longa.

Da parte de atuação, assim como nos anteriores, não temos grandes expressões, mas aqui temos até um pouco mais de falas, pois cada ano que passa temos um pouco mais de história para contar/descobrir, então consequentemente mais diálogos, felizmente não legendaram como no trailer(Bloody Mary -> Maria Sangrenta) a famosa história conhecida no Brasil como Loira do Banheiro.

Enfim, é um bom suspense, manteve as origens e deve ainda ter mais versões, acredito que não mais prequências senão daqui a pouco estaremos utilizando as câmeras dos irmãos Lumiere mas enquanto forem honrando com o original sem estragá-lo que continuem, pois é um longa barato e que rende bem. Como falei no início recomendo que se veja no cinema, pois vale o ingresso sim. Ainda na minha opinião o 2° é melhor que esse, mas não deixou a desejar nos sustos não. Encerro por aqui, mas essa semana ainda tem mais. Abraços.


Leia Mais

Contra O Tempo

10/22/2011 02:13:00 AM |

Hoje vou falar de "Contra O Tempo" que usa do mesmo artifício de um antigo filme que empolgou esse Coelho, a alguns anos atrás, "Déjà Vu", a famosa parábola do tempo. Para aqueles doidos que assim como eu estudou um bom bocado de física na faculdade (praqueles que não sabem ainda fiz 4 anos de Matemática antes de parar e ir estudar AudioVisual), e acham que isso possa talvez ser possível de fazer, o filme empolga um pouco mais, mas a grande sacada aqui nesse novo que assisti hoje, a jogada foi melhor pois consegue empolgar mais o público sem a necessidade de explicar exageradamente o funcionamento físico da coisa, que é altamente explicada no filme de 2006. E essa sacada se dá um nome de concisão, fazer um longa curto, 83 minutos apenas, mas não deixar a velocidade dele cair em nenhum momento. Claro galera isso é ficção ok, então considerações físicas reais devem ser eliminadas.

A história começa quando o capitão Stevens acorda e se vê na pele de um homem que ele não conhece, e descobre que está fazendo parte de um experimento criado pelo governo americano chamado de Código Fonte. O programa possibilita que Stevens assuma a identidade de um outro homem em seus últimos 8 minutos de vida. Agora sua missão é encontrar os responsáveis por um atentado que deixou milhares de vítimas.

Como falei, o diretor soube medir o espaço do filme e não ficar entupindo de besteiras para que o filme ficasse longo e chato, ele se mantem do início ao final na mesma velocidade, sem dar tempo para pensar, apesar de um detalhe do filme ser descoberto rapidamente, e com isso agrada a todos, mesmo ao final ficando um pouco romântico demais, e até explicável demais, porém com isso ele fecha o longa de uma forma interessante para todos, não apenas para os que querem sair pensando, mas também para aqueles que vão ver apenas como diversão. Teria diversos pontos para falar que gostei, mas entupiria o texto de spoilers, então apenas falo que tem muita coisa interessante, preste atenção em detalhes,  principalmente da metade do filme final.

Da parte de efeitos especiais, gostei bastante, mas confesso que no começo o efeito usado para o time-lapse do personagem do Código Fonte para o Trem, aquele azul estava um pouco estranho e me incomodando, ficando com um ar exageradamente falso, mas conforme vai decorrendo vai melhorando a performance do efeito. Boas explosões e uma cena em congelamento impressionante(linda de se ver realmente, parabéns para o fotógrafo que capturou daquela forma, claro junto da edição que soube fazer de forma que não estragasse a perfeição da tomada).

No quesito de atuação, Jake Gyllenhaal tem de ficar nessa linha aventura para ação, até gostei dele em  "Amor e Outras Drogas", mas ele encaixa perfeitamente em personagens dinâmicos não nos cômicos. Michelle Monaghan eu a colocaria como uma figurante de luxo, pois seu semblante repetitivo (o filme pede isso), não acrescenta nem reduz nada no contexto do filme. Agora Vera Farmiga, sem palavras, as vezes que aparece domina o filme, e as cenas derradeiras mostra que sabe atuar por demais, um show de interpretação e a revelação final maravilhosa.

A direção de arte não é algo que seja tão explorado aqui, mas tem seus méritos pelos bons cenários envolvidos e pequenos detalhes que aparecem em vários momentos. Foi inteligente. Quanto das trilhas se eu falar que prestei atenção eu estarei mentindo, apenas alguns sons de suspense em alguns momentos me remeteram, pois o diretor faz com que você fique preso na tela e não tenha ouvidos para mais nada além do que o ator vai falar.

Você deve estar lendo e falando "Nossa o Coelho vai dar 10 e chamar de o melhor filme do ano", até poderia mas como todos sabem o meu forte se chama divulgação e distribuição e esse foi o pior filme do ano nesse quesito, deveria ter sido lançado em Maio, 1 mês após a estréia nos EUA, depois foi empurrado pra Junho, depois novamente jogado para Julho, quando a Imagem Filmes(responsável pela distribuição nacional) fez o maior vexame da história de um filme no Brasil, ao passar o longa para a imprensa na quarta-feira(dia comum das cabines) véspera da estréia na sexta pela manhã e no mesmo dia a tarde resolver que o filme só seria lançado no Brasil em 30 de setembro. Lindo isso não, porém em Setembro ainda vieram com pouquíssimas cópias o que fez com que um ótimo filme fosse passar aqui somente hoje. E por isso o filme até vale 10, mas toda essa espera fez com que o Coelho não desse a nota máxima para o longa no geral.

Enfim, se na sua cidade já passou e você não viu, perdeu a chance de ver um ótimo filme, e assim que aparecer na locadora, alugue imediatamente, no caso de ainda estar passando, mais que recomendo que assista, pois vale demais; e caso não esteja passando nem passou por aí, brigue com a Imagem Filmes pelo site deles, twitter, facebook e por mais onde você ache algum contato deles, pedindo para assistir. É um filme que recomendo demais, agrada em cheio e trás bons lances de ação para uma ficção científica. É isso, encerro por aqui, mas segunda tem mais. Abraços.


Leia Mais

Final Promoção 1 Ano do Blog "Tem Coelho No Cinema"

10/20/2011 10:30:00 AM |

Olá Pessoal,

É com muito prazer que acabamos aqui hoje a promoção iniciada no twitter no dia 06/10. Espero que todos tenham gostado e se divertido com minhas dicas. Essa foi apenas a primeira de muitas promoções que espero fazer por aqui, pois vocês só tem me dado orgulho de manter o blog e essa minha vida dupla de trabalhador e semi-crítico.

Bom, mas vamos ao que interessa, nesse post que vocês deverão comentar a resposta correta que chegaram ao final dos 10 dias. Lembrando que o primeiro leva o livro "1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer" e dentre todos que acertarem irei sortear um DVD ou Blu-Ray, no valor de 2000 dotz pelo site www.dotz.com.br e darei o resultado após a última dica apenas, se já tiver algum ganhador,  e o sorteio farei às 22:00 dando o resultado também em seguida tanto aqui quanto pelo twitter.

Lembrando é para responder nos comentários aqui embaixo hein.

Boa sorte pra todos, até o resultado.

Abraços do Coelho.
Leia Mais

O Filme dos Espíritos

10/17/2011 11:24:00 PM |

Escrever sobre filmes ideológicos é complicado, pois ou você aceita/acredita no que lhe é imposto e gosta ou você discorda completamente da ideologia e sai xingando tudo, raramente se vê o meio termo. Hoje tentarei me posicionar em cima do muro para escrever sobre "O Filme dos Espíritos" em que nos é passada um pouco da ideologia de Alan Kardec, principalmente na questão que envolve o aborto.

O filme conta a história de um homem, Bruno Alves, que, por volta dos 40 anos, perde a mulher e se vê completamente abalado. A perda do emprego se soma à sua profunda tristeza e o suicídio lhe parece a única saída. Nesse momento, ele entra em contato com O Livro dos Espíritos, obra basilar da doutrina espírita. Há também uma dedicatória no exemplar: `esta obra salvou-me a vida´. A partir daí, o protagonista da história começa uma jornada de transformação interior rumo aos mistérios da vida espiritual. O filme trata ainda de aborto e suas consequências, e exemplifica a lei de ação e reação através da reencarnação. Outro objetivo da obra é mostrar que as relações humanas, sejam fundamentadas em amor ou ódio não se rompem com a morte.

Diferentemente do último filme do gênero que tivemos esse ano, "As Mães de Chico" em que as histórias são soltas e acabam muito mal ligadas, aqui os personagens mesmo tendo histórias avulsas estão bem conectados e mesmo sendo num formato até considerado novelesco não achei que atrapalhasse a narrativa no formato de filme. Só que já estão gastando demais as fichas no gênero e o público começa a ficar um pouco cansado do que anda vendo, mesmo a sala estando "lotada" numa segunda semana de exibição, muitos saíram não com caras de que tivessem gostado do que viu.

Quanto das atuações, o batido do gênero também Nelson Xavier volta não como o médium Chico, mas agora como um médico psiquiatra das Casa André Luis(patrocinadora do filme e que fazem referência em vários momentos no longa, o que é uma faca de dois gumes, ao mesmo tempo que mostra o serviço assistencial da empresa, a repetição das cenas pode estranhar um pouco), mas incrivelmente sempre consegue fazer uma interpretação primorosa e diferenciada para cada filme. E tirando as meninas que estão num bar numa conversa absurdamente horrível (mas isso nem cabe ser discutido na atuação e sim nos diálogos), os demais atores até fazem bem seu papel, nada que dê uma honra ao mérito, mas agrada.

Como já iniciei no parágrafo anterior, pra mim o grande problema do longa está nos diálogos, que além de focados na ideologia, transformando-se muitas vezes em institucional da religião, os que fogem um pouco são jogados sem se importar com nada, daí que nas conversas soltas que fogem da ideologia do longa, vemos algo lastimável que chega a doer os ouvidos e me fez perguntar, porque a pessoa está falando isso?

A arte é bacana (principalmente nas cenas de praia), bem desenvolvida e aliada a uma fotografia diferenciada(mas novelesca) e planos até um pouco incomuns para o gênero, o longa fica interessante de se assistir. Nada muito evoluído, mas muito melhor que o outro visto esse ano.

Não é algo que eu vá recomendar, mesmo porque como disse no início, é um filme ideológico e somente pessoas que estiverem aptas a comprar a idéia irão gostar, então se você é desse tipo vá, que vale, agora se você não é favorável, evite pois além de reclamar da ideologia vendida, vai reclamar de todo o restante. É isso, encerro essa semana de pouquíssimas estréias por aqui e voltamos na sexta-feira. Abraços.


Leia Mais

Não Tenha Medo do Escuro

10/17/2011 12:15:00 AM |

Tem filmes que não devemos chamar de terror, e em hipótese alguma podemos falar isso de "Não Tenha Medo Do Escuro", um filme que deixa o espectador preso da primeira cena até a última e com muita tensão e cenas tensas de se apreciar de um bom filme onde seja um pouco confuso, mas é assombradamente bom de assistir.

Na história, nos é mostrado Sally Hurst, uma criança solitária e introvertida, que acaba de chegar a Rhode Island para morar com o pai, Alex, e a nova namorada dele, Kim, na mansão do século 19 que eles estão reformando. Enquanto explora a ampla propriedade, a menina descobre um porão oculto, intocado desde o estranho desaparecimento do construtor da mansão um século antes. Quando Sally, inadvertidamente, liberta uma raça antiga e obscura de criaturas que conspiram para dragá-la para as profundezas infinitas da misteriosa casa, ela precisa convencer Alex e Kim que não se trata de uma fantasia, antes que o mal que espreita na escuridão os consuma.

Só lendo a sinopse já temos a idéia completa que Guilhermo Del Toro escreveu com minúcias, e entregou para o estreante Troy Nixey dirigir e nos mostrar mais um terror dos bons. O começo do longa pelo andor escuro que rolou, e as coisas que as criaturas falavam sem aparecer, me deu a nítida impressão que Del Toro estava fazendo uma versão terror de "O Labirinto do Fauno", e já fiquei meio apreensivo, pois não havia lido nem visto nada sobre o longa então apenas curti e me arrepiei com as coisas tensas que ocorrem.

A arte do filme embora quase nem vista, pois ele é realmente muito escuro na sua totalidade, se reparada vemos peças muito ricas de conteúdo, e tudo tem algum porque mesmo que seja simples, mas é bem colocado ou usado. Agradou bastante quando conseguimos ver. E toda a ideologia que foi criada para os seres que habitam a casa existirem, conseguiu ainda mais deixar tudo apavorador na cena da biblioteca onde é mostrado tudo isso. As criaturas são meio puxadas pro lado dos Gremlins do mal e não assustam pelo visual, é mais pelo lado do terror psicológico mesmo.

Como falei, foi optado pelo diretor uma fotografia extremamente escura, o que ao final do longa mesmo sendo um bom filme, pode cansar um pouco a vista e até termos várias reclamações a fazer, mas não podemos negar que essa opção fez com que o suspense e mistério, além claro do terrorzão ficasse mantido e assustasse mais.

Da parte da atuação, o que vemos são razoáveis interpretações, e assim como na maioria dos filmes de terror, o que vemos são pessoas indo para lugares que qualquer pessoa em sã consciência não iria, e coisas que também ninguém nunca faria. Tirando esse contraponto, os atores até que fazem bem seus papéis e agradam, a garotinha Bailee Madson é um pouco irritante, mas sabe fazer boas caras. Guy Pearce e Katie Holmes estão razoáveis, mas como são apenas meros coadjuvantes que custam a acreditar na pobre criança, até é aceitável.

Enfim, a volta às telas de um terror sem apelar para muito sangue voando e escorrendo pela tela(o qual eu adoro e não reclamo quando tem) mais envolvido no psicológico e que pode trazer alguma noite de tensão para as pessoas dormirem após assistir o longa. Eu recomendo com certeza como terror, pois a função principal que é deixar as pessoas com medo de algo, é passada perfeitamente. É isso, fico por aqui com a única estréia da semana daqui da região (os outros já vi em pré-estréia) e apenas vou ver um atrasado amanhã. Abraços pessoal, e até mais.


Leia Mais

Os Três Mosqueteiros em 3D

10/12/2011 11:51:00 PM |

Tem filmes que já foram feitos tantas vezes que já nem sei opinar qual versão que gosto mais, agora temos a mais moderna e cheia de efeitos que já foi lançada de "Os Três Mosqueteiros", que aliada a toda modernidade tal qual a filmagem utilizando as câmeras 3D, ainda conta com grandes atores no elenco que além de atrair público sabem fazer um bom uso da expressão dos diálogos com boas interpretações.

No longa é mostrado o jovem D´Artagnan que se une a três destemidos mosqueteiros nessa nova versão da clássica história de Alexandre Dumas. Entre lutas de espadas e perseguições alucinantes, eles precisam deter os avanços do vilão Richelieu, e defender-se das artimanhas da bela Milady.

O diretor Paul W. S. Anderson praticamente refez a história clássica que estávamos habituados a ver, e com isso terá milhões de pessoas a favor e a mesma quantidade de pessoas contra essa versão. O que mais pesa no caso aqui da minha opinião é que sempre sou a favor de grandes produções sem estragar a essência do longa, e pra mim a história dos mosqueteiros, pra que eles servem e o que faziam foi contada, então palmas para a super produção colocada, que modernizou a versão clássica, claro que muitos falarão sobre as dissidências históricas, mas não acho que pese tanto.

Outro ponto que cabe falar bem do longa é quanto a direção de arte, que está primorosa, com cenografias imensas e figurinos que até servem de momento de piada cômica inserido na própria trama. O orçamento estimado de US$ 100 milhões foi bem usado em cenografia, coisa que andam economizando ultimamente. Ainda quero saber se os dirigíveis foram feitos ou é CG, quem souber fale nos comentários e se eu achar algo falo também. Os efeitos, explosões e pirotecnia foram muito bem colocados no filme e são um show a parte a visualizar, destaque para as cenas nos dirigíveis.

Da parte de atuação não tenho nem o que falar, todos estão perfeitos em cena e até mesmo não estando em evidencia Cristoph Waltz consegue fazer bons papéis. É interessante isso colocar um time de estrelas e todas terem seus bons momentos em cena, e aqui o diretor soube dosar na medida exata para que não ficasse nenhuma sem brilho. Quando todos estão bem, inclusive a equipe de coadjuvantes e figuração, é difícil destacar alguém, mas colocaria mesmo aparecendo em poucas cenas Orlando Bloom, que consegue nas cenas que aparece chamar toda atenção para o que vai falar.

As trilhas em alguns momentos achei que destoaram do foco da cena, pois o visual estava todo focado em algo sério vinha uma trilha alegre. Mas tirando isso todas as músicas escolhidas foram bem agradáveis de se ouvir.

Quanto do 3D, embora tenha sido filmado e não convertido como vem aparecendo na maioria, em parte eu achei dispensável. A profundidade está muito boa, com várias camadas para se ver, porém é a velha briga da necessidade, o longa em si não pedia algo 3D, é um clássico, algo de época. Então salvo algumas poucas cenas que o diretor ou abriu o campo de visão imenso ou pôs o ator em foco completo com o público, o resto se quiser economizar, acredito que não vai  fazer falta alguma.

Enfim, é uma mega produção, bem feita e dirigida, não tem nada a ver com o livro nem com qualquer outra versão anterior, mas eu gostei e recomendo, poderia ser melhor talvez, mas faz valer o ingresso pago e até tem um pequeno epílogo após o escurecimento final completo, que quem sabe vem mais por aí. Fico por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços.


Leia Mais

Winter, O Golfinho em 3D

10/12/2011 04:25:00 PM |

O pessoal tá aproveitando uma boa leva de histórias reais interessantes que vem surgindo na mídia para roteirizar filmes baseados nelas e o pessoal que produziu e emocionou com a história real do jogador de futebol americano em "Um Sonho Possível", volta agora com a história do golfinho que perdeu a cauda em "Winter, O Golfinho", uma bonita história que emociona e é bem contada nos cinemas com bons efeitos e uma boa profundidade em 3D.

A história do longa é inspirado na emocionante história real de um golfinho fêmea chamado Winter, que perdeu a cauda em um acidente, mas conseguiu sobreviver graças a compaixão das pessoas.

A história embora infantil, e estreando na maioria das salas na versão dublada no Dia das Crianças, não considero algo gostoso de ver para a criançada, pois o tema é mais emocionante para adultos ao mostrar a questão de superação do que para aqueles que estão começando suas vidas agora, mas enfim algumas crianças saíram comentando que gostaram, então veremos a repercussão mais pra frente.

As atuações estão agradáveis e mesmo Morgan Freeman tendo aparecido apenas nas últimas cenas, ele sabe como deixar um filme com um bom tino. As crianças Nathan Gable e Cozi Zuehlsdorff souberam mostrar-se bem dinâmicas, mas a menina chega a ser um pouco irritante com seus pulinhos constantes, mas por ser seu primeiro filme, ainda pode melhorar. Harry Connick Jr. também está interessante e faz um doutor bem preocupado.

Quanto do 3D, muito bem usado tanto no começo dando uma boa imersão no fundo do mar, ao melhor estilo do documentário "Fundo do Mar 3D", durante o longa não é algo tão necessário, e volta com tudo nas cenas de construção da prótese com efeitos bem interessantes tridimensionais. Não é algo 100% necessário, mas aqui só veio nessa versão então, não é algo desperdiçável.

Enfim, como falei o longa é uma lição de vida para todos, principalmente para mostrar que perder uma perna, um braço ou até mesmo uma cauda, não é perder a vida, e juntamente com isso mostrar que é possível superar essas perdas. Assim como fizeram em "Um Sonho Possível", ao final são mostradas cenas reais de como foi o processo de salvamento da Winter real.

Eu gostei e recomendo, não é um longa que vá agradar a todos, pois muitos preferem uma ficção mais forçada do que uma história real bem contada, é interessante de se assistir apenas e emociona um pouco em alguns momentos. Fico por aqui, mas de noite tem mais um post aqui, então até mais. Abraços.


Leia Mais

Eu Queria Ter A Sua Vida

10/11/2011 10:52:00 PM |

Tem comédias que vou preparado para rir exatamente no inverso do que as pessoas rirem. E no "Eu Queria Ter A Sua Vida", não foi diferente. Não que seja ruim, mas é estranho, muitas vezes vemos o inverso, em um filme nacional vermos características de algum filme americano, e aqui vemos num filme americano o que vimos anos atrás em "Se Eu Fosse Você". A diferença que a troca de corpos ao invés de ser entre um homem e uma mulher, temos aqui dois homens, um solteiro e um casado, que irão mostrar para ambos as vantagens e desvantagens das vidas de cada um.

O longa mostra a história de como crescendo juntos, Mitch e Dave eram melhores e inseparáveis amigos, mas conforme os anos se passaram eles foram lentamente se afastando. Enquanto Dave virou um advogado bastante ocupado, marido e pai de três filhos, Mitch continuou solteiro, semi-empregado, um crianção que nunca achou uma responsabilidade da qual gostasse. Para Mitch, Dave tem de tudo: a linda esposa Jamie, filhos que o adoram e um trabalho altamente rentável em uma firma de advocacia de prestígio. Para Dave, viver a vida sem stress de Mitch, livre de obrigações ou consequências seria um sonho realizado. Após uma noite de bebedeira juntos, os mundos de Mitch e Dave viram de cabeça para baixo quando acordam um no corpo do outro e surtam completamente. Apesar de livres de suas rotinas e hábitos normais, eles logo descobrem que a vida do outro está longe de ser o mar de rosas que pensavam.

A semelhança no roteiro com a versão brasileira é inevitável e a maioria irá comparar, a diferença é que temos aqui os roteiristas de "Se Beber Não Case", ou seja temos exageradamente sexo, escatologias e tudo que você já viu no filme dos amigos bêbados. Inclusive não sei como está com censura 14 anos, pois existem diálogos que muitos pais não gostariam que seus filhos ouvissem. Não falo que não ri durante o filme, apenas achei absurdas e forçadas algumas cenas que a maioria da sala riu, tal qual aconteceu com "Se Beber Não Case".

Quanto da atuação dos protagonistas, ainda prefiro Ryan Reynolds no "Enterrado Vivo" (fazendo seu melhor papel que já vi até hoje), mas ele consegue ser engraçado em algumas cenas. Jason Bateman pra mim ainda continua o mesmo desconhecido que foi em "Quero Matar Meu Chefe", e não tem relevância. O pessoal reclama que a grande maioria dos filmes estão clichés pelas interpretações dos atores de comédia conhecidos, mas essa nova leva não anda me agradando não. Estão de forma light em cena ambos e os coadjuvantes não cooperam para elevar o longa não.

O mais interessante do longa está sim no conceito da história, que o diretor soube mostrar na parte conclusiva do filme, ao colocar que as divergências na vida de solteiro e casado, podem ser qualitativas para ambos os lados. E isso sim agradou, mas é um choque a forma que é lançado no filme que não ficou naturalmente inserido no contexto da história. Poderia ser melhor aproveitado.

Enfim, é uma comédia interessante mas com pinta mais para um drama cômico (poderia se verter para qualquer um dos lados que o diretor quisesse), do que para a comédia escrachada que eu esperava ver. Muitos irão rir com certeza mais do que eu, pois gostam desse estilo de comédia, então se você quer ver uma comédia forçada eu recomendo, caso contrário a chance de você se decepcionar é alta, como eu que achei apenas mediano. Fico por aqui, e amanhã tem muito mais aqui. Abraços.


Leia Mais

O Zelador Animal

10/11/2011 01:08:00 AM |

Alguns filmes são feitos basicamente pela diversão, pois não vão trazer nenhum conteúdo expressivo, salvo algumas morais típicas a serem vendidas para as crianças. Esse é o caso de "O Zelador Animal", que é bem divertido, tem boas sacadas e uma história básica, mas que faz a platéia se divertir do começo ao final.

O filme mostra a história de como a fim de ajudar o seu querido tratador Griffin a reconquistar a mulher dos seus sonhos, os animais do Franklin Park vão tentar ensinar a ele os seus métodos de namoro e acasalamento fazendo o impossível - mostrando que podem falar, um segredo que jamais haviam revelado aos seres humanos!

Lendo a sinopse, você irá dizer, a não bichos que falam novamente, não aguento mais ver isso. Mas eu respondo rapidamente, dá público, e principalmente no Brasil sendo escolhido a semana do Dia das Crianças para estrear, pois a sala que eu fui cabiam cerca de 300 lugares e estava praticamente lotada. Então na visão de um produtor, que se façam mais um monte nesse estilo, pois vende. Claro, além das sessões lotadas, infelizmente todas dubladas(mas com piadas abrasileiradas bem colocadas) em breve estará passando umas mil vezes na telinha em diversos horários, pois é livre de qualquer censura e garante boas risadas.

Da parte de atuação, nem posso avaliar tanto dessa vez, pois como disse só vieram cópias dubladas para minha cidade, e claro os dubladores até tentam fazer os mesmos trejeitos dos atores originais, mas sabemos que com certeza não é aquilo que estão falando. O ponto forte nesse caso se cai sobre os animais que estão divertidos e cada um com sua personalidade bem dublados pelo múltiplo Marcelo Adnet que faz nada menos que as vozes de cinco animais (o Gorila Bernie, o Leão Joe, o Macaco Donald, o Elefante Barry e o Urso Bruce).

Outro ponto positivo para o longa é a direção de arte com as cenografias usadas, com um zoológico minucioso, uma concessionária de carros caríssimos, e até uma bela festa de casamento com muitos figurantes, além de claros os animais que se não me engano são os mesmos usados nos dois filmes "O Todo Poderoso". Enfim tendo Adam Sandler como produtor, não teria como dar errado, ele vem se firmando cada vez mais e investindo em boas comédias tanto escrachadas quanto para crianças.

Pra variar o Coelho aqui, foi do contra de toda a crítica em geral, que odiou o filme e falou que não serve para nada. Mas depois dos conflitos que tive com aqueles que adoram filmes filosóficos que não levam a lugar nenhum, apenas falo, quer se divertir vá ao cinema ver algo que você goste, não quer fique em casa e reveja seus filmes que você gosta antes de ir ao cinema esperando ver algo que você não irá ver.

Enfim, um bom filme para levar a criançada nessa semana do saco cheio, em que a maioria está em casa azucrinando a vida dos pais, e claro para os pais também rirem. Recomendo como diversão, não esperem sair da sala do cinema com alguma filosofia de vida, ou algo esplendoroso. É o cinema para se divertir, rir e toda a família assistir junta. Fico por aqui hoje, mas essa semana temos muitas atualizações por aqui. Abraços e até mais pessoal.




Leia Mais

Meu País

10/07/2011 10:50:00 AM |

É interessante quando um filme o qual você não tem idéia nem da existência dele, pois o trailer começou a passar nos cinemas uma semana antes de sua estréia, e você vai assistí-lo sem acreditar que possa ser bom, é exibido e você gosta do filme. Isso aconteceu com "Meu País", longa-metragem de estréia de André Ristum como diretor. Um drama leve, bonito, que não lhe entrega a trama mastigada e é resolvido de uma forma comum, mas agradável.

O longa mostra a história de Marcos, brasileiro que há muito tempo deixou o país para viver na Itália, é um empresário bem-sucedido e casado com Giulia. Ao receber um telefonema de seu irmão Tiago, dizendo que o seu pai havia falecido, Marcos se vê obrigado a voltar para o Brasil e encarar a vida que deixou para trás quando se mudou para Roma. O que parecia ser uma viagem curta, acaba se prolongando ao descobrir a existência de Manuela, uma meia-irmã que vive numa clínica psiquiátrica, portadora de uma deficiência intelectual. Apesar disto, a condição de Manuela não requer cuidados de médicos e especialistas, e sim de afeto e estrutura familiar, que só poderão ser construídos através da relação com Marcos e Tiago. Tiago, diante de problemas com a administração da empresa e dívidas decorrentes de seu vício em jogo, não aceita a chegada de Manuela, e Marcos diante de tal impasse vai ter de tomar uma difícil, porém inevitável decisão.

Pela sinopse, extraída do site oficial, já nos é mostrado bem o que o filme irá passar, claro tendo toda a arte dramática por trás, mas ela é passada com leveza, não é algo jogado e atirado na cara do espectador, e sim dosado em doses leves, algumas frases fortes como as proferidas por Cauã Reymond, que todos na sala deram risada, mas se tinha algum pai ou parente de alguém que tem o problema da menina, por dentro acredito que deva estar querendo matar o ator até agora.

Das atuações, eu sempre falo uma coisa, não quer correr risco faz arroz com feijão, todos gostam e saem felizes. Não temos nenhuma expressão que se fala memorável, mas todos os 3 protagonistas estão envolvidos com seus personagens. Rodrigo Santoro como o sério irmão executivo bem sucedido e que manda bem no italiano(pelo menos pra mim não pareceu forçado a interpretação). Cauã Reymond como o irmão mais novo e bon vivant. Débora Falabella fazendo uma doente mental muito bem interpretada(ainda estou em desespero da bolsa de zíper se fosse eu no set não suportaria e daria uma bolsa de botão para ela). Paulo José faz uma participação especial comovente, e como sempre bem interpretada.

Em questão de direção de arte e produção temos lugares bem bonitos, não exageradamente rebuscados, pois como o longa pede são detalhes familiares de uma infância então nada pode ser exagerado, as locações foram bem escolhidas, tudo bem leve e claro, sem a necessidade de explicações faladas ou closes chamando a atenção para o objeto. Tudo está ali.

A trilha sonora também com músicas boas e de alto repertório, que tem desde Cazuza a Ana Carolina e agrada aos ouvidos as escolhas feitas, não são tão pontuadas, mas bem usada por exemplo na cena em que Marcos está com Manuela no carro.

Em resumo, para um primeiro trabalho como diretor, André Ristum inicia bem com planos não muito longos, na medida que pedia a história. Trabalhando com um elenco de globais bons, ou seja não tem como  não chamar público para as salas, e com isso deve dar um bom retorno financeiro.

Enfim, gostei bastante do que vi na sala de cinema, é agradável de ver, recomendo e creio que todos que virem não sairão com dúvidas do cinema mesmo o diretor não entregando tudo de mão beijada. Dessa vez tive a oportunidade de estar na avant-premiére do filme juntamente com o diretor, produtores, diretora de arte e o ator, pois tanto diretor, quanto produtores são aqui da região de Ribeirão, onde puderam estar falando mais do longa como foi fazer, e todas aquelas coisas tradicionais de agradecimentos. E é isso, no dia do aniversário do blog tive um bom presente de aniversário. Fico por aqui, mas essa semana de feriado teremos muitas atualizações, com muitos filmes, aguardo todos por aqui. Abraços.


Leia Mais

Família Vende Tudo

10/05/2011 11:43:00 PM |

Alguns filmes brasileiros, já conseguem se depredar apenas pelo cartaz e pelo trailer, "Família Vende Tudo" é um exemplo clássico disso, mas tem Globo Filmes, quarta-feira dia mais barato, falei vai ta lotada a sala, e pra minha surpresa, o Coelho chato aqui fez o projecionista passar o filme apenas para mim. E ao acabar o longa senti que não foi só o cartaz e o trailer que são ruins, o filme é de mediano pra baixo, mas vale por boas atuações.

O filme mostra a história de uma família com dificuldades financeiras que tem uma brilhante idéia: fazer com a filha Lindinha engravide do famoso cantor Ivan Cláudio para herdar uma bolada e tirar todos do sufoco. Eles planejam certinho o dia em que a garota deve sair com o astro e passam acompanhar sua agenda de shows. Eles só não contavam com um detalhe: a ciumenta Jennifer, mulher de Ivan, que não vai deixar esta história barata.

A história é um pouco novelesca, mas a edição, foge um pouco do tradicional das novelas, e aliada às boas atuações de Lima Duarte e Vera Holtz, que encarnaram num corpo perfeito para seus personagens, deixa o longa com uma certa comicidade interessante, mas na minha opinião a maior destruição do longa está num corte mau solucionado, que a história que andava num rumo, todos mudam de opinião do nada, simplesmente estamos atacando de uma forma, passa um fade black(tela preta), estamos fazendo completamente o avesso. Por favor comentem abaixo se isso ocorreu apenas na minha sessão(má montagem no cinema, ou é loucura do editor junto com o diretor mesmo).

Como já falei, o melhor do filme está nas atuações de Lima Duarte e Vera Holtz. Caco Ciocler, até incorporou o personagem no início, mas depois ao decorrer da história, parece que seu personagem foi jogado fora e assumiu uma personalidade diferente que não agradou e nem convenceu. Marissol Ribeiro faz uma coitadinha que não parece coitadinha. Luana Piovani, mesmo todos sempre odiando ela, consegue se mostrar como ela mesma(apenas estou colocando o que amigos de set já me contaram, não a conheço pessoalmente para julgá-la), então não precisou de interpretação e faz a mulher arrogante, chifruda e aproveitadora. Enfim elenco bom não bem aproveitado.

Das trilhas sonoras, praticamente todas originais, e várias com letras do próprio diretor e roteirista, grudam mais que funk ruim no cérebro, ainda estou cantando Chic Chic Chic e vou dormir com isso na mente. Então a função dramática delas, que é o apelo do brega ou melhor do Chic como estilo musical existente no filme está perfeito.

Em resumo, pois não tenho muito o que falar do longa, pois não me agradou, até estava rindo bastante no começo com as situações lastimáveis que a família se mete para conseguir dar o famoso golpe da barriga, mas esse corte destrutivo que falei de mudar da água pro vinho em segundos, me decepcionou. Não é um filme que vá recomendar de jeito maneira, mas você insistentemente acabará vendo daqui uns dias na Tv, afinal é um Globo Filmes, então eles passam. Fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços.


Leia Mais

Pronta Para Amar

10/03/2011 11:52:00 PM |

Fazia tempo, muito tempo que um longa me fizesse emocionar tanto a ponto de escorrer algumas lágrimas do olho(pra não falar que chorei, fica mais bonito assim) como "Pronta Para Amar" fez hoje, definitivamente um filme lindo no qual posso comparar, claro colocando um pouco de comicidade e palavrões com "Cidade dos Anjos". Tá, só com isso já entupi o texto de spoilers em apenas um parágrafo, mas é o que estou com vontade de escrever sobre ele.

O filme nos mostra Marley que é uma mulher bem sucedida, independente e alegre. Mas para ela a idéia de apaixonar-se e viver feliz para sempre é uma grande mentira. Tudo muda quando ela é surpreendida por uma grave doença e por seu charmoso e tímido médico Julian. Contando com uma ajudinha de Deus, ela tem a chance de fazer certo e finalmente estar pronta para amar.

A história é básica e por isso é comovente não quiseram lotar de possibilidades, nem de enfeites, é o que está mostrado no trailer, mas de forma bem colocada, estou tentando evitar ao máximo entupir aqui de spoilers, por isso se você não sabe do que se trata, evite ver até o trailer, pois toda a história basicamente está ali. E é linda. Confesso que pelo trailer eu imaginava que iria rir, que seria mais uma comédia romântica da qual ou faltaria açúcar ou colocariam açúcar demais e eu estaria aqui reclamando, mas colocou uma filosofia de vida, da qual eu faço parte(da essência completa de tudo pelo trabalho contra nada de amor) e o como lidar quando tudo desaba com uma notícia ruim. E com isso esse Coelho aqui que vos fala, desabou junto.

Dos atores, todos souberam andar no trilho e fazer boas interpretações, Gael está um médico tímido até demais e passa bem esse papel, Kate Hudson soube conduzir desde a mulher atirada(para não colocar palavras pesadas aqui) até a sua fase mais aguda da doença(que ai derruba qualquer pessoa, nota mil pra ela), Kathy Bates como mãe, faz o papel perfeitamente e Whoopi Goldberg, até fazendo uma ponta de 3 cenas de 5 minutos é um show a parte.

A cenografia usada, caiu bem pro longa, não passa bem uma idéia de cidade que seja, mas todos os cenários estão na medida para as cenas, o plano que começa chover, se você ainda não usou seu lenço é uma boa hora pra deixá-lo a mão. Cores suaves bem escolhidas, não poluem e deixa o longa bem tênue para não cansar visualmente.

Outro ponto interessante são as músicas, que não são poucas e todas legendadas aparecem na história como parte integrante da narrativa(leia todas), isso também fazia muito tempo que não via nos filmes, a trilha integrando a história, muito bem escolhidas por sinal.

Enfim, nesse gênero(colocaria ele mais para romance com pitadas cômicas do que para comédia romântica)  foi o grande nome do ano, e recomendo demais, claro se você não gosta de romances evite, mas vale muito a pena, e leve um lenço que é garantido de chorar. Ainda estou emocionado com ele e vai ser um nome de referência para mim, para variar nossos amigos críticos odiaram e eu odiei, se sou do contra comentem aqui depois. Encerro hoje por aqui, amanhã folgo, mas quarta to de volta. Abraços pessoal.

PS: Se eu não desse essa nota eu estaria mentindo para a minha pessoa. O filme tem defeitos, sim, mas bem leves que não relevaram em tudo que o longa me tocou. Então vai a nota máxima mesmo.


Leia Mais

Trabalhar Cansa

10/03/2011 12:03:00 AM |

Já estou começando a ficar com medo de filmes que vão pra Cannes, pois está difícil gostar de algum 100%. Hoje assistir "Trabalhar Cansa", cansou também, o filme de 2 horas durou quase 3 no mínimo, não por ser uma história ruim, até estava esperançoso pois filmes de suspense no Brasil, são quase inexistentes, daí na metade do longa veio um arrepio interessante, mas ao acabar não só eu, mas quase todos presentes na sala saíram nervosos.

O filme mostra a jovem dona-de-casa Helena que resolve realizar um desejo antigo e abrir seu primeiro empreendimento: um mini-mercado. Ela contrata a empregada doméstica Paula para tomar conta das tarefas do lar e de Vanessa, sua filha. Quando seu marido Otávio perde o emprego como gerente em uma grande corporação, as relações pessoais e de trabalho entre os três personagens sofrem uma inversão inesperada, ao mesmo tempo em que ocorrências perturbadoras passam a ameaçar os negócios de Helena.

Como falei, a história é interessante e até intrigante, e a entrada em Cannes já deixa o longa com um mérito maior para que dê público nas salas, porém a decepção vem logo depois dos primeiros minutos que o filme vai numa velocidade tão lento com diálogos tão soltos e cenas completamente desnecessárias que fui ficando nervoso com o longa, daí no meio deu uma melhorada e já imaginei fechando com chave de ouro, mas dando spoiler, o final é a quase uma castração total.

Da atuação, todos os atores sem exceção parecem estar faltando serem dirigidos em cena, muitas vezes estão com cara de estarem perdidos em cena, sem saber o que fazer. Fora como já disse diálogos soltos e cenas nada úteis em nada.

Enfim, odeio me decepcionar com filme brasileiro, mas tinha tudo para ser algum chamariz pro gênero não aproveitado no Brasil, o suspense, e ainda mais entrando num dos maiores festivais mundiais de cinema. Daí me vem com isso, se o filme fosse apenas fraco ok, acabasse de qualquer forma, menos do jeito que encerrou. Não recomendo de forma alguma o longa, a nota vai apenas para a história que achei boa e o pequenino suspense que vi no miolo. Encerro por aqui para não falar mais mal. Abraços.


Leia Mais

A Hora do Espanto em 3D

10/02/2011 03:38:00 AM |

Bom como de costume, filmes de terror da década de 80, sempre me fizeram mais rir do que assustar, e suas refilmagens não poderiam ficar atrás no quesito fazer rir. O novo "A Hora do Espanto" é interessante, mas 100% fake, se você assustar 1 ou 2 vezes será porque nunca viu um filme de terror que preze por te pegar desprevenido e só. Agora por ter sido filmado em 3D, e com uma equipe boa de efeitos especiais, aí sim vale o motivo pelo qual pagar o ingresso.

O longa mostra a história de Charley Brewster que está no último ano do ensino médio, é popular e namora com a garota mais sexy da escola. Na verdade, ele anda se achando tanto que tem desprezado até mesmo seu melhor amigo, Ed. Mas as coisas se complicam quando Jerry, um estranho fascinante, muda-se para a casa ao lado. À primeira vista ele até parece um cara legal, mas tem algo estranho, embora ninguém, inclusive a mãe de Charley pareça notar. Após presenciar algumas atividades bastante incomuns, Charley chega a uma conclusão: Jerry é um vampiro que está devorando a vizinhança. Incapaz de convencer os outros de que está falando a verdade, Charley precisa encontrar um jeito de se livrar sozinho do monstro.

Lendo a sinopse se você ainda dúvida de que é ficção, uma recomendação se interne que você está maluco. Brincadeiras à parte, o longa é divertido, e por isso não chega a ser algo perdido, não como terror claro, mas como um "terrir"(terror que faz rir). Os planos usados pelo diretor são bem usados para que o 3D fique evidente, que por sinal  foi bem usado. Ainda estou me perguntando como um produtor libera tanta grana para que um filme desse seja filmado em 3D, mas a resposta vem rápido quando uma pré-estréia da meia noite no interior se vê com grande público. Verei a bilheteria final depois.

Dos atores, falaria da seguinte forma, estão divertidos, altamente clichés com caras e bocas tradicionais mas a computação gráfica tenta salvar um pouco e consegue na minha opinião em deixar mais esquisito ainda as feições dos atores. Enfim, não assistimos um filme desse estilo para ver boas atuações não é, então o circo prossegue.

Como falei no início, o que salva o filme de não ser um dinheiro jogado fora ao comprar o ingresso, na minha opinião é o 3D sem dúvida alguma, filmado com a tecnologia, e sabendo usá-lo o diretor aproveita de tomadas bem abertas para que tenha profundidade e nas cenas mais fechadas, temos explosões visuais de efeitos tridimensionais como fagulhas voando pela tela e fumaça atrapalhando a visão.

As trilhas sonoras até agradam, e tentam segurar pro lado do terror com rock puro, mas não tem como segurar as risadas e aquela velha expressão que sempre dizemos: "Porque a anta está entrando ali?", e respondo rapidamente, porque é um filme de ficção, o ator está sendo pago e o diretor mandou!!!

Enfim, caso queira ver para rir, e divertir-se como num desses trem-fantasma de parque de diversões, incrementando-o de efeitos tridimensionais, é a forma que eu recomendo, mas caso queira ver um filme de terror mesmo fuja e vá assistir "Premonição 5" que o preço do ingresso é o mesmo. Fico por aqui, mas temos muito mais ainda essa semana, abraços pessoal.


Leia Mais

Em Um Mundo Melhor

10/01/2011 05:57:00 PM |

Alguns filmes são facílimos de comentar, outros pesam tanto em nossa mente que não sai quase palavras para redigir um texto. "Em um Mundo Melhor", vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2011, está bem encaixado nessa segunda opção, não por ser um filme ruim, muito pelo contrário, é um ótimo drama, bem forte e de uma densidade impar. Porém falar dele é basicamente entrar em questões etnológicas e até um pouco psicológicas e talvez com a visão de cada pessoa o longa seja extraído de formas diferentes.

O  longa mostra Anton, um médico que divide sua vida numa idílica cidade da Dinamarca com o trabalho num campo de refugiados africanos. Nesses dois mundos distintos, ele e sua família enfrentam conflitos que os levam à difícil escolha entre a vingança e o perdão.

A sinopse do filme, já diz basicamente a essência dele e é nisso que eu falei no primeiro parágrafo que muitos irão ter visões diferentes, alguns tenderiam a achar errado(e porque não frouxo como diz o filho de Anton) a atitude dele de perdoar tudo ao invés de ser impulsivo(e porque não vingativo) como é Christian, e outros já analisarão completamente o inverso. Com esse jogo de opostos o longa nos prende a atenção do do início ao fim e mais do que isso nos joga como diz na sinopse em dois mundos bem distintos e até num terceiro que seria até onde nossa imaginação(perdoável ou vingativa) pode fluir.

Da parte dos atores, todos estão perfeitos, mas os dois personagens principais, que pra mim são Anton(Mikael Perbandt) e Christian(William Jøhnk Nielsen) destroem em cena. Mikael faz as pessoas terem ao mesmo tempo dó de seus atos em cena na cidade e orgulho nas cenas que faz no campo de refugiados. E o garoto William faz qualquer outro protagonista infantil da atualidade se curvar para suas feições de ódio e de boa interpretação das falas.

Por serem dois mundos realmente distintos, a diretora Susanne Bier soube dosar o longa usando boas imagens extras sem a necessidade de interpretações para fluir a história e com isso apoiada por belas imagens do diretor de fotografia que agradam em cheio.

Da parte de trilha sonora, até temos bons momentos de tensão pontuados, mas em alguns momentos achei a trilha alegre demais destoando um pouco, não que prejudique a essência do longa, mas fica confuso de misturar emoções.

Enfim, é um longa que vai destoar completamente as opiniões, não vai ser um nem dois que vão odiar ele bem como não será a mesma quantidade que irá adorá-lo. Na minha opinião, mesmo que ainda não tenha visto todos os que concorreram ao título de melhor filme estrangeiro, eu gostei de forma que ele se fez por merecer ter levado. Recomendo por ser algo principalmente diferente do que estamos acostumados a assistir, a escola dinamarquesa de cinema não é tão incomum mas é agradável. É isso, fico por aqui hoje, mas volto mais  tarde com mais uma opinião por aqui. Abraços.


Leia Mais