Fúria de Titãs 2 em 3D

3/30/2012 10:01:00 PM |

Antes de mais nada, o primeiro filme embora nem se compare com a versão original de 1981, eu gostei da história e da ação proposta, afinal é um blockbuster e não se pode esperar grandes roteiros e sim grandes aventuras. Partindo dessa premissa, "Fúria de Titãs 2" na minha opinião, é bem melhor que o primeiro de 2010, pois corrigiu diversos defeitos na ação e principalmente nas reclamações do 3D, e claro por ser uma história completamente nova não haverá comparações com nenhum antigo.

O filme nos mostra que uma década após ter derrotado heroicamente o monstro Kraken, Perseu tenta levar uma vida mais tranquila como pescador e pai de Helio. Enquanto isso, uma luta pela supremacia surge entre os deuses e os Titãs. Perigosamente enfraquecidos pela falta de devoção dos humanos, os deuses estão perdendo o controle sobre os Titãs encarcerados e sobre seu feroz líder, Cronos, pai dos irmãos Zeus, Hades e Poseidon, há muito no poder.

A sinopse resume bem a nova história e por ser tudo novo, não sabíamos como iria decorrer o filme. O diretor soube usar bem o orçamento para criar as batalhas, mas aí que cai um grande defeito, esqueceu de contratar um bom continuísta ou se sentar mais próximo do editor na finalização do filme, pois os maiores erros acontecem nas cenas de batalha, com posições de atores mudando a todo momento nos planos e contra-planos. Mas como disse, se trata de um blockbuster, então a maioria que vai no cinema está preocupado com a ação e não com esses defeitos que somente poucos conseguirão ver, então tirando eles o que vemos em tela são grandiosas cenas de ação com tudo que se puder pensar voando para fora da tela nas sessões em 3D, ou seja mais um filme recomendado para assistir na tecnologia.

Os atores embora tenham grandiosos textos, na minha opinião poderiam ser menos tolos, mas isso é um problema de diálogos mau feitos no roteiro, pois são deuses e não falam palavreados chulos nem coisas do tipo "Vamos nos divertir". Mas analisando as atuações, o que vemos com certeza são bons personagens na tela. Os destaques de interpretação ficam para Liam Neeson que dessa vez tem uma participação bem maior do que no primeiro filme e claro para Sam Worthington que dessa vez se suja e sangra a valer, embora muita das cenas em que apanhe se mostrem muito fakes, pois qualquer um que levasse as pancadas que levou com certeza quebraria alguns ossos no mínimo em cena. Os demais personagens até fazem bem seus papéis, com exceção do exagero cômico Agenor, o qual fazem até piada "Alguns semi-deuses são tão inúteis que desconhecemos".

Embora alguns efeitos pareçam bem falsos, outros são magníficos e conseguem dar um ar na trama de tudo que faltou no primeiro filme. Claro que a maioria dos críticos só irão apontar os defeitos, mas pra mim o filme não deixou a desejar nem em ação, nem em efeitos. Muito pelo contrário, tem efeitos até demais, o que justifica o excesso de salas dubladas pelo país para aqueles que reclamam que não conseguem ler e acompanhar um filme de ação, eu ainda defendo sempre que se assista legendado para ver as vozes e entonações reais dos atores.

Como é um filme onde 90% é digital nem tenho muito do que falar da equipe de arte e de fotografia, afinal o trabalho todo está mais na equipe de efeitos visuais. Porém tenho de destacar que os cenários criados virtualmente estão muito bem feitos e grandiosos, por exemplo a prisão de Tártaro e os locais onde ocorrem as cenas finais de batalha. Os planos escolhidos também agradam bastante e tentam mascarar alguns defeitos do filme.

A trilha sonora é bem envolvente e sonora, que aliada aos bons efeitos de explosões agradam bastante. Mas aí ela entra no maior problema do filme, a falta de empolgação no roteiro é tão fraca que nem a boa música é suficiente para que os espectadores entrem no clima do filme.

Enfim, nesse último parágrafo eu já resumo bem o filme, pois ele é grandioso sim, tem boa ação sim, mas faltou algum elo maior para empolgar e corrigir todos os defeitos de roteiro do filme. Vale ver apenas como uma boa sessão pipoca e nada mais, pois não irá incrementar em nada de conteúdo e assim como o primeiro será lembrado apenas pelos defeitos e não pela saga. Com toda certeza lotará salas, afinal é um blockbuster, mas daqui alguns meses nenhuma pessoa normal lembrará de ter assistido ele. Recomendo ver apenas para se divertir com o 3D que tantos reclamam da falta de coisas voando para fora da tela e nada mais. É isso, encerro aqui essa semana de poucos filmes, tendo apenas uma pré na terça-feira, então até mais pessoal. Abraços a todos.


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Os Nomes do Amor

3/30/2012 06:27:00 PM |


Uma coisa notável de filmes franceses, é a preocupação que os cineastas têm de passar a sua visão política, e com isso algumas vezes acabam estragando um filme que poderia ser bom. O que aconteceu em "Os Nomes do Amor"é exatamente isso, pois o filme fica tão preso nas bases do preconceito que existe com os imigrantes no país e com a política que o que poderia se tornar divertido pela forma de abordagem do diretor, acaba se tornando um martírio de assistir.

O filme nos apresenta a Bahia Benmahmoud, uma jovem tão comprometida com seus ideais que não se importa nem um pouco de transar com seus opositores, no intuito de convertê-los à sua visão. Ela costuma ser bem sucedida em suas investidas, até o dia em que conhece Arthur Martin.

A sinopse não explicita o quão vulgar acaba se tornando o filme com as investidas de Bahia às pessoas que são de direita na França para fazer com que se convertam e tudo no filme acaba sendo motivo para se falar de fascismo.Até aí tudo bem, o problema é se utilizar de um ato de abuso infantil para usar isso como princípio, o que é amplamente explicado no início do filme com toda a história genealógica passada pela família dos dois protagonistas, o que se faz parecer um micro-documentário.

Os dois atores principais Sara Forestier e Jacques Gamblin até têm bons diálogos, mas a trama em si é pobre e acaba se enroscando. Nem mesmo a nudez da protagonista se vê como algo necessário que para justificar seus atos no filme. Os demais atores também se fazem de bons momentos, mas acabam sempre entrando na mesma furada pois seus papéis são pequenos.

Outro problema do filme está na fotografia, pois aparenta ter sido filmado com duas câmeras diferentes visto que a cada cena diferente, temos coloração da imagem diferente, e com isso acaba não passando se é a idéia do diretor ou um problema técnico, na minha opinião está mais para a segunda opção. A arte do filme em si agrada, mas como o foco do filme está na preconceito e na política, acaba sendo neutralizado.

Enfim, o filme poderia ser melhor se não focasse tanto nessa questão, quem sabe agradaria mais, é interessante assistir apenas para que fique claro a forma que a França é tão preconceituosa com os estrangeiros e que caso exista realmente pessoas como os protagonistas, esses estão tentando mudar isso, mas recomendo ver em casa e economizar o cinema, pois como filme ele não agrada. É isso, encerro por aqui, mas daqui a pouco tem a grande estréia da semana aqui no blog. Então até mais tarde. Abraços pessoal.


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Drive

3/26/2012 11:27:00 PM |

Tem coisas no Brasil que realmente são inexplicáveis: como a censura de "Drive" é 16 anos e "Projeto X" é 18? Tudo bem que o segundo pode haver uma certa insanidade por meio de sexo e drogas, mas "Drive" é violentíssimo ao ponto de focar o cidadão esmagando a cabeça de outro no melhor estilo GTA de ser. Não estou falando que o filme é ruim, muitíssimo pelo contrário, tirando filmes de terror, fazia anos que não assistia um bom filme de ação com tanta violência e sangue juntos.

O filme nos mostra um piloto profissional que trabalha em cenas de perseguição de carros em Hollywood. E que além disso, usa sua habilidade e precisão no volante como motorista em assaltos. Dentro do seu mundo solitário ele conhece Irene, cujo marido sairá da prisão em poucos dias. Disposto a ajudar essa família a pagar uma antiga dívida, ele se dividirá entre usar todas as suas habilidades para salva-lá ou embarcar em uma fulminante paixão.

O filme embora esteja classificado como ação, existe uma certa falta dela, pois o diretor optou por envolver a tensão em vários momentos de um silêncio de expressões quase que mortal e nesse quesito ele pôs um dos melhores atores da nova geração para expressar tudo que queria. As cenas de perseguição mostra também a frieza do diretor ao escolher momentos chave para mudar de câmera e com isso sempre estar amarrando a tensão que ele deseja manter em todo o longa.

Ryan Gosling já vem sendo muito expressivo em seus filmes e dessa vez pôs à prova que é bom tanto nas cenas de ação quanto nas cenas que necessitaram de uma maior frieza. Albert Brooks consegue fazer um personagem que embora você não dê nada pra ele no começo do longa, logo começa a ver que o cara tem tudo e se mostra assim como todos os personagens do longa bem frio nos momentos de violência, perfeito. Carey Mulligan está num papel fraco e tem pouquíssimos diálogos para se mostrar, então acaba sendo quase um objeto de cena que faz apenas a ligação entre o protagonista e o problema que se envolve. Os demais personagens assim como o personagem de Carey sempre estão presentes com uma ou outra falas apenas para ligar com o protagonista, destaque desses apenas para Bryan Cranston que tem uma boa ligação com Ryan e faz bem seu papel.

Com uma fotografia praticamente totalitária de cenas noturnas, o filme fica com uma densidade dramática alta devido aos faróis dos carros e alternando entre planos de tirar o fôlego com planos estupidamente parados, o diretor consegue fazer um ótimo filme. A única coisa que achei falta foi de um figurino mais elaborado para o personagem principal, sempre usando da mesma roupa vai acumulando toda a sujeira e sangue por onde passa, não sei se era a intenção, mas achei um pouco pobre. Tirando esse detalhe do figurino, a equipe de arte se sai bem com boas locações e cenários onde o filme foi rodado contando com bons elementos cênicos presentes.

Outro problema do filme é a indefinição da época que se passa, mas pela escolha musical imagino ser da década de 70/80, mas pelos carros em cena já pode ser datado de mais atual apenas tendo uma má escolha das músicas.

Enfim, é um filme muito bom, com uma trama bem amarrada e com boas interpretações e cenas interessantes, porém novamente estou aqui para reclamar da distribuidora Imagem Filmes que mudou tanto as datas de estréia e depois veio com uma quantidade vergonhosa de cópias que só agora aparece pelo interior, mas é a vida no Brasil que não valoriza os bons filmes, então fazer o que. Fico por aqui, nessa semana de poucos filmes e até sexta com mais críticas. Abraços pessoal.


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O Lorax 3D: Em Busca da Trúfula Perdida

3/26/2012 02:06:00 AM |

Algumas animações, ultimamente, já estão vindo com contexto social de ensinar o cuidado com o meio ambiente para a criançada. E "O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida" é um exemplo claríssimo desse tema. Mas com boas canções, que vieram dubladas também para o Brasil, e personagens divertidíssimos, o longa consegue cativar até os adultos que forem levar os pequenos ao cinema.

O filme nos mostra que o menino Ted descobriu que o sonho de sua paixão, a bela Audrey, é ver uma árvore de verdade, algo em extinção. Disposto a realizar este desejo, ele embarca numa aventura por uma terra desconhecida, cheia de cor, natureza e árvores. É lá que conhece também o simpático e ao mesmo tempo rabugento Lorax, uma criatura curiosa preocupada com o futuro de seu próprio mundo.

A história é simples e sem relances de grande espetáculo, o que chama atenção mesmo é a idéia musical da trama toda, sempre executada por todos da cidade, e com isso na dublagem ficou bem interessante de se ver, relembrando os velhos filmes da Disney, onde as músicas dubladas algumas vezes era mais legal que a original.

Os personagens são de cores vibrantes e tem um senso de humor bem bacana, que vai contagiar a criançada nos cinemas, o exemplo já foi visto lá pelos EUA que ficou com o filme 2 semanas na liderança das bilheterias. Os destaques na minha opinião não são os protagonistas, pois eles falam muito, o que não é algo extremamente necessário, principalmente em filmes feito para crianças que é o caso dessa produção. Na minha opinião os ursos, a vó de Ted e os peixes cantantes são os melhores personagens e fazem um show quando estão em cena.

O 3D do filme está interessante, mas já vi melhores, por ter várias cores, fica bonito o cenário e alguns elementos até saem da tela, mas caso prefira pode economizar vendo em 2D caso vá para sua cidade.

Como falei, um dos pontos fortes estão nas músicas originais, que vieram bem dubladas e ficam na cabeça um bom tempo após a sessão, ou seja, se prepare para sair cantarolando todas as músicas.

Enfim, o longa vale o ingresso por ser divertido e com certeza agradará pais e crianças que forem assistir, mas principalmente se faz valer na conscientização ambiental que é o foco do filme e faz bem o serviço ao mostrar boas idéias de preservação da natureza. Recomendo por esses motivos e claro por ser mais um belo trabalho da Illumination que já tinha mostrado ser boa em animações com "Meu Malvado Favorito" e agora chega pegando espaço. Fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.


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Tão Forte e Tão Perto

3/26/2012 02:05:00 AM |

Passados quase um mês do Oscar, finalmente consegui ver “Tão Forte e Tão Perto”, e realmente se faz valer da indicação a qual foi colocado, pois realmente é um filme muito bonito pelo contexto a que se foi proposto, porém poderia causar um pouco mais de impacto caso o diretor optasse por uma velocidade maior dos acontecimentos e aprofundasse mais nos dramas pessoais das pessoas ao redor do garoto e não tanto nele, embora seja o protagonista.

O filme nos mostra Oskar Schell, uma criança excepcional: inventor amador, admirador da cultura francesa, pacifista. Aos 11 anos de idade, ele encontra uma misteriosa chave que pertencia a seu pai, que morreu no atentado às Torres Gêmeas no dia 11 de setembro de 2011, e embarca em uma jornada secreta pelas cinco regiões de Nova York. Enquanto vaga pela "Grande Maçã", Oskar encontra pessoas de todos os tipos.

A história poderia comover mais se enfatizasse nos dramas das pessoas que Oskar visita, pois só nas cenas finais que contam um pouco como era cada pessoa que ele se envolveu que temos todo o âmbito de carga emocional que acredito estar bem presente no livro em que foi baseado. Claro, por opção do diretor ele focou nos problemas do garoto que aparenta ser autista ou caso não seja, algo do tipo anti-social. E o garoto corresponde bem, mas acredito que se focasse nas pessoas agradaria bem mais, tanto que as partes que passa com “O Inquilino” são as que mais comovem. A forma dramática escolhida cai bem por não fazer um filme linear e com isso acredito que foi o que mais agradou e fez jus à sua indicação.

Dos atores, o garoto Thomas Horn é bem expressivo, e como disse Max von Sydow que faz o papel do Inquilino em sua entrevista para o Fantástico, foi impressionante trabalhar com ele. E assim temos mais um bom ator para crescer nas tramas hollywoodianas. Tom Hanks faz quase uma participação, mas agrada nos momentos presentes como sempre, afinal é um excelente ator. Sandra Bullock embora seja utilizada mesmo apenas nas cenas finais, consegue comover, mas acredito que poderia ser melhor aproveitada. Agora o grande destaque mesmo do filme fica para Max von Sydow ao interpretar uma pessoa que decidiu parar de falar devido aos seus problemas pessoais no passado, e com isso, a inexpressividade da sua voz fica toda concentrada na emoção que passa somente com o olhar e com as palavras escritas, definitivamente lindo demais. Viola Davis também agrada embora seja um personagem secundário, dos quais o garoto visita em sua saga atrás da fechadura de sua chave, e tem um papel bem importante para a trama. Como disse os demais personagens apenas passam pela vida do garoto e poderiam ser melhor aproveitados, mas enfim são bons e não atrapalham a trama.

Com diversas locações, a equipe de arte consegue eximir uma Nova York abalada pós 11 de setembro que em uma certa cena, o garoto consegue explodir com todas as suas fobias que não só eles tem como toda a população dos EUA acabou ficando. E com isso tem cenas bem amplas para mostrar tudo de forma sonora e diferenciada. Com câmeras diferentes em alguns momentos o diretor aliado ao diretor de fotografia consegue eximir essas fobias de forma interessante.

A trilha sonora tenta fazer com que nos emocionemos, mas não atinge profundamente o coração dos espectadores a não ser que se tenha perdido alguém recentemente. Não que seja ruim, mas poderia comover mais.

Enfim, é um bom filme tocante, mas que poderia ser melhor e emocionar mais. Como disse faz jus à indicação ao prêmio, mas se focasse nas pessoas e no acontecimento daria uma história bem mais comovente e emocionante. Recomendo sim, a todos quando chegar em suas cidades, pois está com uma distribuição bem precária da Warner, tanto que só consegui assistir em outra cidade. É isso, encerro por aqui. Abraços e até mais pessoal.


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Jogos Vorazes

3/23/2012 07:13:00 PM |

Imagine toda a manipulação que sabemos que existem nos realities shows, agora junte isso com a real briga pelo prêmio, sendo que não são os espectadores que eliminam os participantes, e sim os próprios matando os oponentes. Esse é o enredo de "Jogos Vorazes". Claro que se você já leu o livro sabe até muito mais do que o filme, mas para alguém assim como eu que não sabia nem do que se tratava, a idéia é bem essa. Confesso que quando me falaram sobre o filme, imaginava que pudesse ser algo mais forte, mas quando vi a classificação etária é 14 anos e me li em alguns lugares como "Novo Crepúsculo", já vi que a temática era 100% adolescente. Confirmado ao chegar na sessão das 14:50 e ter na sala nada menos que 47 adolescentes(tive a capacidade de contar) mais o tiozão aqui. O filme não é ruim, mas acho que poderia ser bem melhor caso apelasse pro real sentido da coisa e não ficasse preso ao público que quer atingir, mas isso pensando com um lado não produtor, pensando como um produtor: "Vai fazer rios de dinheiro!!!"

O filme nos mostra, Katniss Everdeen, uma garota que vive em um mundo pós-apocalíptico no país de Panem, onde costumava ser a América do Norte e onde poderosos governantes detém o poder em uma cidade central chamada de Capital. Os Jogos Vorazes são um evento anual na televisão, onde a Capital escolhe uma garota e um garoto de 12 a 18 anos de cada distrito para lutar até a morte. Os Jogos Vorazes existem para demonstrar que ninguém está acima do poder da Capital.

Com essa sinopse mais o que falei sobre a minha visão da idéia do filme, o roteiro é bem esse, tirando que não é mostrado tanto a forma que é a cidade, deixando isso apenas como um ponto sem explicação necessária, mas que cairia bem, apenas mostra que na Capital, diferente do povo do campo que são pessoas normais ao nosso modo de enxergar, vivem as pessoas mais bizarras possíveis(seria isso uma auto-crítica as capitais do mundo??). Tirando isso praticamente nem se fala mais nada das cidades e o foco já fica no jogo em si, sua preparação, manipulação e claro tudo que vemos em realities, mas podendo assistir as manipulações dos próprios produtores do programa.

O diretor Gary Ross, poderia ter se engrandecido mais e claro passar a ser melhor reconhecido, já que tem poucos filmes em sua carreira, mas preferiu ficar seguro e fazer o tradicional, usando uma ou duas câmeras e abordagens diferentes do costume. Não que seja ruim, manter os pés no chão, mas o filme pedia algo mais profundo.

As atuações diferente da direção, estão muito bem colocadas, e por serem jovens todos mostram estar com gás para muitos filmes que virão. Jennifer Lawrence que já havia sido elogiada em "Inverno da Alma" e "X-men: Primeira Classe" se mostra novamente com as boas facetas de interpretação que vimos no primeiro filme citado e dinamicidade/ação que vimos no segundo. Josh Hutcherson mostra que cada ano melhora mais, já estava bacana sua atuação em "Viagem 2: A Ilha Misteriosa", agora está digna de bons trabalhos aparecerem e não precisar mais cair em emboscadas. Stanley Tucci é um Pedro Bial idêntico, apenas com um cabelo azul, mas comete as mesmas gafes do apresentador conhecido, ou seja é bom mas irrita. Wes Bentley e sua barba que ainda irei copiar, é o famoso todo poderoso que faz tudo para o show ficar melhor para os espectadores e se mostra bem em cena. Donald Sutherland tem uma participação pequena no filme como o presidente da capital, mas pelo que ficou indicado no final deve ter uma boa participação no segundo filme/livro. Mas os melhores diálogos do filme estão por incrível que pareça na belíssima interpretação de Lenny Kravitz. Os demais personagens acabam por estar em contato pouco com os atores principais então nem convém falar, mas todos estão bem frente a câmera sem cometer gafes.

Bons efeitos, boa maquiagem, e como falei figurinos estranhíssimos para as pessoas que moram na Capital, mas tudo muito bem feito, acredito que deva ser descrito assim no livro. A equipe de arte também faz o seu dever com a cenografia, embora seja quase 100% rodado o filme numa floresta, mas as cenas iniciais e a da própria Capital, mostra algo bem feito. Como disse a câmera nem foi tão diferenciada, mas a fotografia está agradável principalmente nas cenas de ação e nos momentos de uso do efeito vertigem.

Enfim, o filme agrada, poderia ser bem melhor, mas também poderia ser bem pior caso tivesse seguido o lado meloso que aparentemente existia a tendência. Deve lotar os cinemas, pois pelo que andei vendo o livro é um sucesso de vendas. E recomendo sim como um bom filme, apenas por tudo que ouvi antes achava que poderia ser algo mais evoluído. É isso, fico por aqui, mas essa semana teremos mais dois filmes que atrasaram bem para aparecer aqui no blog e estrearam agora por aqui na região e mais uma pré-estréia, então abraços e até breve pessoal.


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Pequenos Espiões 4 em 3D

3/22/2012 08:18:00 PM |

Após 9 anos longe das telas do cinema, eis que voltam os "Pequenos Espiões 4", com praticamente a mesma forma de "humor" infantil e boas cenas de ação. O problema está aí no lance de ser infantil, pois só vieram cópias dubladas para as crianças e por sinal muito mal dublado, onde as vozes e "trejeitos" chegam a irritar. Pontos positivos, o uso dos mesmos atores envelhecidos e um 3D de arremesso de objetos pra fora da tela perfeito.

Em Pequenos Espiões 4, os irmãos Rebecca e Cecil descobrem que a sua madrasta Marissa, é na verdade, uma agente super secreta! Que está em uma missão para derrotar "Time Keeper". Diante de uma missão tão incrível como esta, estes dois irmãos contarão com as armas mais fantásticas do mundo! Jatos supersônicos, luvas mega poderosas e até um cão-robô! E você não fica de fora desta aventura! A sua missão aqui é acomode-se na poltrona e embarque nesta fantástica viagem.

Com essa sinopse empolgante dos sites dos cinemas, até parece algo sobrenatural o filme, mas é bem simples, claro deve agradar o público alvo que são as crianças, mas para os adultos que vão acompanha-las podem ir preparados para ver coisas absurdas na tela, além de alguns probleminhas devido ao filme ter sido lançado nos EUA como 4D, ou seja viria umas cartelinhas de cheiro, porém como desistiram de lançar aqui com isso, o que fizeram??? Cortes secos, ou seja, o rapaz fala nossa isso cheira tal coisa, ele vai cheirar, não mostra ele cheirando e já está fazendo outra coisa. Algo bem bizarro.

As atuações, aparentemente estão legais, falo aparentemente, pois como só vieram cópias dubladas não dá para ter noção de entonações de vozes. A grande sacada foi colocar os mesmos atores que eram pequenos espiões de 2003 como espiões jovens já trabalhando, gostei muito da idéia e até fez uma boa ligação no filme. Os demais como tudo envolve computação gráfica pra tudo, inclusive em algumas vozes, melhor nem analisar.

Como já é o segundo filme que utilizam da tecnologia 3D, e no primeiro já havia sido consideravelmente bom, agora tudo voa pra fora da tela, então a garotada na sala faz a festa querendo pegar tudo, fui em uma sessão que pra ajudar tinha uma escola inteira de crianças, já sabem como tio Coelho ficou feliz com a gritaria. Os efeitos também estão bem colocados na história e agradam.

Enfim, tirando a dublagem péssima, e a história 100% infantil(afinal o filme foi feito pra elas), Robert Rodriguez consegue mostrar um bom filme para crianças e só. Recomendo deixar as crianças no cinema e ir dar uma volta no shopping. Fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.


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Pina 3D

3/22/2012 04:11:00 PM |

Já ouviram o ditado que uma imagem vale mais que mil palavras? Essa pode ser mais do que a definição de "Pina 3D", pois não temos imagens e sim a dança onde o próprio corpo fala sozinho. O documentário que Wim Wenders faz para homenagear Pina Bausch é assim, uma maravilha de imagens corporais numa dança belíssima onde nem os depoimentos são necessários de pessoas falando para as câmeras.

Considerado o primeiro filme de arte filmado com a tecnologia 3D, “PINA” é um filme de Wim Wenders para Pina Bausch, coreografa alemã que faleceu em 2009. A obra convida o espectador a uma incrível viagem da descoberta de uma nova dimensão no palco da legendária companhia de dança. O documentário foi filmado com o todo o grupo Tanztheater Wuppertal para mostrar a arte singular da coreografa. Primeiro em cena, com as coreografias, depois nas ruas da cidade e seus arredores onde Pina Bausch viveu toda a sua força criativa. 

Há muito tempo Wim Wenders sonhava em filmar com Pina Bausch. Somente em 2007, depois de ver um show do U2 filmado em 3D, ele percebeu que “o espaço havia se expandido e tive a intuição de que filmar com Pina era finalmente possível”. A morte da coreografa em 2009, pouco antes do início da filmagem mudou o tom do filme. O que era um filme “com Pina” virou um filme “para Pina”. Um tributo a essa artista que marcou para sempre a dança contemporânea através da introdução de seu estilo único, uma teatralidade misturada a um refinado senso de humor.

A profundidade do 3D é algo tão maravilhoso que incorpora a arte e nos põe no meio do palco junto com os artistas, são coisas tão lindas de se ver que como falei dispensa qualquer diálogo ou depoimento. É arte no seu conceito básico e aliado a boas canções e dançarinos de uma qualidade incrível, o longa mostra que o trabalho de Pina vai muito além e pode ser representado tanto num palco quanto em situações perfeitas do cotidiano. É realmente algo fora do comum todo o expressionismo obtido na tela.

Não apenas o recomendo para todos, mas para os amantes da dança é uma obrigação assistir e conhecer mais desse magnifico trabalho. Quero agradecer ao diretor Wim Wenders por fazer esse filme onde todos que nunca foram à um espetáculo de dança podem ter uma das melhores experiências de sua vida, e claro também a Imovision por distribuir o filme em todo o país sem esquecer do interior como muitas distribuidoras costumam fazer. Corra e compre seu ingresso já para a estréia nessa sexta 23. Encerro por aqui e até mais tarde pessoal. Abraços.


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Anderson Silva: Como Água

3/19/2012 10:23:00 PM |

Se você, assim como eu estava, esta com medo de assistir "Anderson Silva: Como Água" pensando nos moldes de documentário que muitas vezes cansa, pode ir com toda certeza ao cinema sem pensar duas vezes, a forma escolhida pelo diretor me lembrou mais estar assistindo ao filme "Rocky" do que a qualquer outro documentário.

O documentário mostra que no esporte mais brutal e muitas vezes incompreendido pelo mundo, tornar-se um campeão leva mais do que apenas sangue, suor e lágrimas. O filme mostra Anderson Silva no UFC, enquanto se prepara para coroar sua corrida de quatro anos como o rei invicto do esporte e com um recorde de 12 vitórias. Com o acesso íntimo à Silva e seu treinamento, emerge o homem surpreendente e inspirador por trás de um dos maiores artistas marciais de todos os tempos.

Por ser um documentário "encomendado", não foi usado tantas imagens de arquivos e isso na minha opinião é muito bom, pois evita imagens detonadas e de diferentes padrões na tela. O mix feito com as imagens de treinos e detalhes da vida do lutador também é um bom diferencial, que atrelado à uma boa escolha de músicas fez o filme mais dinâmico e gostoso de se assistir.

Outro ponto interessante, pelo menos para o público que estava na sala e não parava de comentar(me senti num estádio onde aqueles tiozinhos velhos ficam falando o tempo inteiro sobre a vida do jogador), é que foram colocados muitas informações na tela, das quais alguns nem sabiam e isso incrementou bem o produto.

Enfim, é um bom documentário que mostra todas as provocações à que Anderson Silva foi exposto pelo adversário e mostra bem o treinamento desse esporte violento, onde mostra a pessoa humana que é o lutador principalmente em sua frase que diz "que a fama, o dinheiro, o cinturão não importa, o que vale pra ele numa luta é poder voltar inteiro para a família". Recomendo assistir sim, e poderia até dar uma nota máxima, mas o excesso de conversa de rádios me incomodou demais, pois não se entende a conversa. Fico por aqui, mas essa semana ainda tem mais por aqui, abraços pessoal.


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Guerra é Guerra

3/18/2012 09:32:00 PM |

Há filmes que você acha que será uma comédia fraca e se surpreende, o inverso também existe em grandes quantidades. "Guerra é Guerra" felizmente é um exemplar da primeira hipótese, pelo trailer estava esperando o de praxe, que é as melhores piadas já estarem presentes no trailer, algumas estão, mas na minha opinião o filme consegue mostrar muitas outras boas, além de divertir com todo o aparato preparado por ambos os espiões para vigiar um ao outro.

O filme mostra dois amigos inseparáveis que se apaixonam pela mesma garota e acabam entrando em uma guerra cheia de ação para conquistá-la. Como ambos são veteranos espiões, a batalha pelo coração da garota toma grandes proporções.

O bacana do roteiro que por ser uma comédia romântica, o tradicional existe e já sabemos como vai acabar, afinal são raros os filmes que fogem do tradicional cliché do gênero, mas como temos dois amigos brigando pela mesma mulher, nunca se sabe com qual ela vai ficar, aí que entra a boa dose de humor que o diretor soube utilizar bem e tirar o máximo dos atores. Temos também bons diálogos ao longo do filme, com destaque para a cena na locadora.

O trio de atores consegue fazer piadas com tudo, desde filmes antigos, uma ótima sacada para os cinéfilos de plantão na cena da videolocadora, até com a tradicional rixa americanos versus britânicos. Reese Witherspoon estava devendo uma boa comédia desde o fraco "Como Você Sabe" e consegue dessa vez fazer uma boa atuação cômica. Chris Pine vem crescendo e vem fazendo bons papéis, e aqui cai bem na interpretação do papel. Tom Hardy nunca imaginei que tivesse tino para comédia, mas consegue fazer boas sacadas sem necessitar fazer palhaçada para que o público ria. Mas as grandes piadas estão mesmo nas conversas de Witherspoon com Chelsea Handler, onde as piadas de discurso feminista caem muito bem para as personagens. Tirando esses, os demais são apenas figurantes espiões bem orquestrados que são usados para dar as ajudas aos protagonistas, e como sempre só alguns tem poucos diálogos.

A equipe de arte conseguiu usar bons elementos de cena para agregar os valores da protagonista e fazer com que os atores tentassem conquistá-la, e com isso temos vários cenários recheados de elementos para agradar a todos. A fotografia dinâmica de ação que é apenas um ponto que poderia ser melhorado, visto que alguns efeitos especiais ficaram estranhos nas explosões, e como já julguei em outro filme isso poderia ser melhor resolvido na forma de se fotografar a cena.

A trilha sonora também é envolvente e não desaponta em nenhum momento, mantendo o ritmo necessário e claro também sendo utilizada nas piadas, vide a feita com a música de Sade.

Enfim, o filme faz por valer o ingresso, afinal ri bastante e a sala onde estava também riu bastante durante toda a projeção, ou seja é uma boa comédia "romântica", que não fica na melação comum que vinha sendo apresentado sempre. Recomendo para todos e claro tem toda a cara de ser um filme que veremos repetidas vezes na televisão. Encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais, então abraços pessoal.


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Protegendo o Inimigo

3/17/2012 08:16:00 PM |

Sabe aqueles filmes em que você vai ver o filme por gostar dos atores e acaba ficando numa tensão gigantesca a ponto de roer as unhas? "Protegendo o Inimigo" é um desses filmes, com dos dos nomes mais fortes das antigas(Denzel Wahsington) e da nova geração(Ryan Reynolds), o filme parecia ser apenas um policial simples, mas acaba sendo um filme com uma trama de ação e perseguição da melhor forma possível daquelas onde você espera um final sensacional. Pena que faltou o final sensacional.

O filme nos mostra Tobin Frost, o mais perigoso agente renegado da CIA, está de volta depois de uma década como fugitivo. Quando o esconderijo na África do Sul onde ele está detido é atacado por mercenários, o inexperiente oficial Matt Weston foge com ele. Agora, os mais improváveis aliados têm de permanecer vivos o maior tempo possível para descobrirem quem os quer mortos.

O roteiro é bom, a trama é bem amarrada, as cenas de ação são bem feitas e dinâmicas, e com isso tudo o diretor tinha tudo na mão para fazer um filmaço, mas preferiu um final tradicional e simples onde toda a empolgação que havia criado é deixada para algo tradicional que todos já vimos em milhões de filmes.

A atuação de Washington e Reynolds é algo que em poucos filmes do gênero se conseguiria uma química perfeita, onde ambos parecem cada vez querer dar mais do que conseguem, é visto seus suores e sangues escorrerem de tanta adrenalina na tela. O visual de Denzel quase engana no começo lembrando até um pouco seu amigo Morgan Freeman, mas após a cena onde se transforma(uma das picaretagens do filme, pois onde se viu um fugitivo que estava preso conseguir todo o aparato que tem na cena) e volta a ser o velho Denzel que já vimos em vários filmes. Ryan continua o bom ator que vimos em "Enterrado Vivo" e não o palerma de "Lanterna Verde". Os demais atores até estão bem em cena e tentam puxar em alguns momentos a atenção, mas o filme é apenas da dupla mesmo.

A iteração cenográfica da equipe de arte que arrumou boas locações com o dinamismo da equipe de fotografia consegue seguir no mesmo tino que os atores estão, então o que vemos em cena são boas cenas de perseguição, e porque não dizer destruição de carros e cenários por onde quer que a dupla esteja passando. Muito bem feita e escolhidas as tomadas de todo o filme. E claro bons efeitos de explosão.

Enfim, é um bom filme que poderia terminar de forma melhor, digo diferente dos panos tradicionais e agradar mais do que agradou, tirando isso e a cena que citei de Denzel, o filme não decepciona nem um pouco todos que forem assistir, então posso recomendá-lo a todos que gostam do estilo policial. É isso, encerro aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.


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Projeto X - Uma Festa Fora de Controle

3/16/2012 06:58:00 PM |

O texto que a Warner coloca no início do filme pedindo desculpas à cidade pela confusão que causou junto do subtítulo do filme já diz tudo e "Projeto X - Uma Festa Fora de Controle" é literalmente uma super festa "filmada" pelos protagonistas onde TUDO (com letras maiúsculas mesmo) pode acontecer. E incrivelmente essa super mistura ficou muito boa, confesso que ao ver o trailer já fui com 10 pedras na mão para atirar, e saí da sala do cinema com uma empolgação que faz parecer que os produtores colocaram algum tipo de substância na sala de cinema para sairmos felizes com o resultado do longa.

Nem teria uma sinopse para por já que o título e subtítulo já dizem tudo, mas apenas para constar, o filme acompanha a vida de três estudantes, aparentemente anônimos, do último ano do colegial, quando eles finalmente decidem entrar para a história. Eles têm uma ideia genial: fazer uma festa que ninguém nunca vai esquecer.

A premissa de filmes com câmera na mão dos protagonistas já vem sendo usada há algum tempo pelos filmes de terror, mas agora a idéia caiu numa "comédia" que nem deveria estar classificado assim, mas já que não existe o gênero festa filmada, podemos usar ele, pois em diversos momentos nos faz rir de situações tão absurdas. A idéia de documentar o aniversário do protagonista e com isso colocar um "amigo" deles que sabe filmar bem, caiu como uma luva, pois diferentemente de outros filmes que utilizam do recurso não temos cabeças cortadas e planos malucos, e sim um bom filme que literalmente surta nos momentos finais, nunca imaginei que pudesse gostar de algo assim, mas ficou realmente bom.

Os atores conseguem transmitir a impressão necessária de não serem atores e sim pessoas comuns dando uma festa muito louca, e esse é o objetivo da produção, então tudo que se vê em cena não parece premeditado. Então não espere ver bons diálogos em cena, apenas aproveite como uma festa mesmo.

A fotografia embora tentasse passar como um home-made, está muito bem feita e aliada a uma produção de festa espetacular feita por Todd Philips(de "Se Beber Não Case") temos a visão de uma rave completa e bem harmonizada com os planos escolhidos, as câmeras finais da TV foram bem incrementadas e couberam bem na idéia.

Enfim, é um filme para se ver de forma despretensiosa, e com isso irá aproveitar muito a idéia, dar boas risadas de cenas absurdas de acontecer e como disse no início, sair bem feliz com o que vai ver na tela do cinema. Recomendo claro se você tiver mais de 18 anos, pois é a censura do filme e se não estiver de mau-humor como alguns críticos devem estar se remoendo por aí. Não é uma comédia, repito, então aproveite a festa-balada. É isso, apenas começou a semana cinematográfica, abraços e até amanhã pessoal.


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O Pacto

3/13/2012 01:11:00 AM |

Alguns filmes já entram em cartaz sendo alvo da mira cruel dos críticos, e todos que contém a figura do senhor endividado que faz 10 filmes por ano estão entre os preferidos da mira. Que "O Pacto" tem vários problemas/furos no roteiro e na edição isso é um fato, mas que o filme é ruim, isto está completamente longe de ser, a execução de um policial que prende o espectador é bem feito de modo a ver todos que estavam na sessão saírem elogiando e falando bem de vários pontos que concordo. Mas pena que tem esses pequenos defeitos que os críticos que vão armados à sessão já saem prontos para destruir o filme.

O filme nos apresenta o professor colegial Will Gerard que leva sua vida tranquilamente com a esposa Laura, até o dia em que ela foi atacada na rua e terminou gravemente feriada em um hospital. Mas o que ele nunca iria imaginar era que ao conhecer um homem misterioso, que ofereceu ajuda para encontrar o bandido responsável pelo crime e se vingar dele, passaria a se tornar alvo de uma cobrança descabida: matar alguém como forma de pagamento. Agora, ele e a esposa precisam arrumar uma maneira de escapar deste homem e seu grupo de vigilantes, dispostos a tudo para receber seu pagamento.

A idéia do roteiro é boa, e a trama até consegue prender o espectador durante todo o filme, tendo boas e interessantes amarras no decorrer do filme, o problema na minha opinião está na edição do filme, onde o diretor não soube passar a concisão final necessária, e com isso o filme acaba tendo diversas pontas soltas que se resolvem numa mudança de cena, sem ao menos concluir a anterior, e isso embora possa ajudar a deixar a trama confusa para não facilitar as coisas, acaba ficando boba em certos momentos.

A atuação de Nicolas Cage, eu já cansei de discutir aqui, pois ele é um ser que com a mesma cara que está se divertindo com a esposa, na cena seguinte onde está com ela no hospital é a mesma e logo depois quando está fugindo da polícia desesperado mantém a mesma cara, a diferença é que por fazer 10 filmes por ano praticamente o público sempre o vê nas telas e acaba tendo um carisma por ele. Acho que ele poderia melhorar, mas aqui no filme, o que temos é o tradicional dele mesmo. Guy Pearce como "vilão" ou anti-herói está bem e chega a nos deixar com raiva dele em certos momentos, que é o necessário para um bom filme. January Jones é violentada e só, mais nada importa dela, pois entra por uma porta e fala textos sem expressão alguma.

A direção de fotografia acaba ficando perdida com a quantidade de cortes que o diretor faz no longa, mas se vê um bom dinamismo de planos que até agrada, deixando o filme bem interessante como um "policial" de ação. Com locações bem sujas e quase nada gravado em estúdio, a direção de arte teve seu trabalho facilitado.

Enfim, não é um filmaço, mas é um filme interessante de se ver, principalmente para aqueles que vão apenas para se divertir e não atirar pedras. Que o filme tem defeitos, com certeza, mas não é tão ruim quanto o povo anda falando por aí. Em breve você verá ele nas telinhas, pois tem toda a cara e quebras para intervalos possíveis. Só um detalhe, no trailer está o filme inteiro, veja e saiba tudo 100%. Fico por aqui nessa semana curta, com talvez mais uma pré, então se não vier até sexta pessoal. Abraços.


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Shame

3/11/2012 02:19:00 AM |

Muitos devem se perguntar, porque o filme se chama "Shame", e incrivelmente a resposta vem que a distribuidora não fez o usual, que é traduzir o nome e revelar exatamente o que acontece. Digo mais, o nome em inglês não só diz tudo como é se você analisar o filme com conceitos bem morais você irá se chocar. Por isso abra sua mente ao ir assistir, claro quem for pois não é um filme feito para agradar uma maioria, e se instigue após vê-lo se você está entre o conceito moral familiar ou embasado na outra teoria sem ter o conceito que a palavra significa realmente.

O filme nos apresenta Brandon que é um homem de 30 anos, vivendo em Nova York, que cultiva cuidadosamente sua vida privada, permitindo saciar seu vício sexual. Depois que sua irmã mais nova, a rebelde Sissy resolve mudar para seu apartamento o mundo de Brandon sai fora de controle.

Com essa sinopse em mente, o roteiro parece até simples, e realmente não tem grandes sobressaltos, mas a sacada está justamente no nome e na forma ética que cada pessoa irá tratar o filme, pois o diretor Steve McQueen não teve medo de polêmico e botou sal na ferida de uma das coisas que mais acontece hoje no mundo masculino moderno e que entre aspas contraria as ideologias morais da família. Na minha opinião esse contraponto é uma das boas sacadas do filme apesar de tudo que vai se ouvir falar por aí.

Michael Fassbender mostrou-se muito corajoso de aceitar o papel, onde passa os primeiros minutos em nu completo fora ao final muitas cenas de sexo bem feitas e outras coisas mais, além de claro bons diálogos falados com precisão e um minimalismo onde nem era necessário aparecer seu rosto apenas suas costas para sentir a facada culminando no peito da irmã. Carey Mulligan também está bem no papel e seu canto de "New York, New York" foi visceral de uma forma que eu nunca tinha visto antes, como o chefe de Fassbender diz em cena: "Fez até um marmanjo chorar". Os demais personagens acabam sendo meros coadjuvantes com falas e corpos, então nem é necessário ficar falando muito deles, apenas citar que estão bem em cena.

O diretor de fotografia soube ousar sem sair da proposta polêmica do diretor, focando no começo em cenas de sexo mais abertas e ao final já preferindo focar mais na expressão dos atores e não em cima do carnal mesmo. Mas ainda na minha opinião o plano inverso dele "conversando" duramente com a irmã mostrando um desenho infantil na TV ao fundo foi um dos melhores, onde mostrou a precisão de um bom roteiro dialogado, onde não precisamos ver os rostos e bocas falando para sentir o peso da emoção causada.

A trilha pontual chega a incomodar, mas essa era com certeza a idéia do diretor, então ela causa, não espere gostar da trilha de fundo, pois não é esse o objetivo então toda a sonoridade rolando causa nos momentos necessários a visceralidade que a cena pede.

Enfim, é um bom filme? Com certeza. Aberto para todos? Jamais. É um filme simples porém pesado dramaticamente. Recomendo assisti-lo sim, para confrontar as idéias de se ver como o homem moderno prefere sua privacidade às vezes esquecendo/tendo vergonha ou pudor do modo familiar que "fomos" ensinados por nossos pais, mas essa é a minha visão particular do filme, a qual cada um poderá julgar e ter a sua, os comentários abaixo estão abertos justamente pra isso. Encerro por aqui hoje nessa pré-estréia, mas segunda tem mais um pra encerrar a semana, então até lá pessoal. Abraços.


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John Carter em 3D

3/09/2012 07:56:00 PM |

Poucos filmes inspirados em quadrinhos conseguiram fazer bonito na tela do cinema, mas apague essa idéia da mente e corra pro cinema para assistir "John Carter", pois o filme é sensacional. Como primeiro live-action da Pixar o filme prima por tudo que mais eles sabem fazer bons roteiros e ótima computação gráfica. Apesar de "infantil" por ter o selo Disney, o longa não decepciona nas batalhas todas bem coreografadas, mas claro que com quase nenhum sangue.

O filme conta a história de John Carter, que é inexplicavelmente transportado para Marte onde se vê envolvido em um conflito de proporções épicas entre os habitantes do planeta, incluindo Tars Tarkas e a atraente Princesa Dejah Thoris. Em um mundo à beira do colapso, Carter descobre que a sobrevivência de Barsoom e de seu povo está em suas mãos.

Como disse, o roteiro apesar de conter um final previsível, a forma que foi feita para chegar nele foi muito bem feita. Muitos vão falar que o filme é bem longo, 132 minutos, mas dessa vez faz muito jus sem encher linguiça, pois tudo está bem explicado da história do personagem tanto na Terra quanto o que ocorre em Marte(ou Barsoom como dita no filme). O diretor Andrew Stanton(de "Wall-E" e "Procurando Nemo") fez um trabalho brilhante de direção e claro também ajudando no roteiro. O que se vê em cena são cenas tão bonitas e bem dirigidas que lembram uma mistura de "Avatar" com "Star Wars".

Quando um filme é bem dirigido, fica difícil falar das atuações, pois todos estão muito bem em cena. Taylor Kitsch que é o mais presente em cena sempre está dando seus saltos e com boas expressões consegue segurar bem no papel principal. Lynn Collins também agrada bastante no papel da princesa Dejah Thoris fora seu visual. Todos os personagens computadorizados também estão com boas expressões e falas, além da cena onde eu reclamaria de falarem inglês ter sido bem colocada para justificar eles falarem a mesma língua do personagem principal(ou vice versa).

O filme conta com cenários lindíssimos, claro a maioria computadorizado, mas que faz parecer que Marte é um planeta mais árido do que já ouvimos falar em livros, aliado a profundidade que só as câmeras usadas para captura de movimentos e toda tecnologia nova foi capaz, o filme fica mais bonito ainda de se assistir em 3D. Todos personagens computadorizados são bem moldados e carismáticos, mas o destaque fica para o cachorro marciano Woola, é muito fofo e sensacional as atitudes de carinho que mostra que até em Marte o cão é o melhor amigo do homem. Falando tudo isso só temos que parabenizar toda a equipe de arte e fotografia pelo trabalho feito, pois é que estamos muito no começo do ano, mas digno de ser lembrado no ano que vem no Oscar pelo menos com uma indicação.

Com a trilha empolgante de Michael Giacchino, sim o mesmo de "Super 8" e "Missão Impossível: Protocolo Fantasma", o longa tem um ritmo bem orquestrado com boas canções originais e em momento algum se perde, ficando da forma mais agradável impossível.

Como já falei na parte de cenografia, apenas incremento que vale a pena mesmo assistir em 3D onde estiver passando, claro de preferência legendado para não perder a originalidade das falas principalmente no primeiro encontro de John com os Tharks. O filme contém uma das melhores profundidades em 3D que já vi além de cenas com alguns elementos jogados para fora da tela bem bacana.

Enfim, um filmaço que recomendo com toda certeza para todas as idades, pois a censura é 12 anos e tirando um pouco de violência nas cenas de batalha, não tem nada que vá prejudicar a criançada, e como falei recomendo ver em 3D e clamo que vá mesmo ver pois a Disney/Pixar falou que se der lucro fará uma trilogia, e o filme se faz por valer uma continuação. Pena ser tão no começo do ano, pois seria um filme extremamente bacana de aparecer nas premiações. Como não vi nada que pudesse reclamar, tirando o sangue que não fez tanta falta,  não poderia ser outra nota, encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.


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A Saga Molusco: Anoitecer

3/07/2012 08:12:00 PM |

Que essas sátiras de filmes já cansaram, isso é um fato, mas incrivelmente sempre terá gente assistindo, pois mesmo indo a tarde hoje tinha uma boa quantidade de espectadores na sala. Diferente da primeira versão "Os Vampiros Que Se Mordam", "A Saga Molusco: Anoitecer" peca por exagerar sem tentar parecer com o original, pois o primeiro se via ainda bons gastos de produção e cuidados mesmo sendo exagerado, já o novo é destruição total.

O filme é uma sátira da saga Crepúsculo, que mostra Bella, o vampiro branquelo Edward e o lobisomem gorducho Jacob como você nunca viu antes. Bella está às voltas com o aguardado casamento com Edward, uma possível gravidez do primeiro filho e também com as trapalhadas de Jacob, o amigo de todas as horas, mas que não larga do pé dela.

As piadas ficam sempre entorno de sexo, obesidade e comida, e algumas vezes até se mistura com outros filmes(as cenas mais engraçadas na minha opinião, vide a cena com o Angry Birds), mas a priori poderia ser como o primeiro filme de sátira, onde até havia as piadas escatológicas, mas se via muito parecido com o original e não apenas gags jogadas.

Nem vou perder tempo analisando as atuações, mas comparado ao elenco original aqui se vê pelo menos um pouco mais de expressão dos protagonistas.

Enfim, é mais um apenas, não acrescenta em nada e nem vai fazer você rir horrores na sala, tem boas piadas apenas, mas claro sempre forçando pro lado pejorativo ou escatológico das coisas. Prefira assistir na TV quando passar ao gastar dinheiro indo ao cinema. Encerro aqui a semana cinematográfica, mas sexta já está aí para iniciarmos uma nova, então abraços e até lá pessoal.


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Poder Sem Limites

3/07/2012 02:07:00 PM |

É difícil quando você gosta de um filme, mas fica confuso do porque gostou. "Poder Sem Limites" fica bem nessa linha do "Gostei mesmo?" mas que em alguns dias nem devo lembrar da existência desse filme, pois ele é bem confuso e com a premissa da "forma documental" dos protagonistas saírem gravando com a câmera em mãos ficou algo bem estranho fora os planos pessimamente enquadrados.

O filme nos apresenta Andrew, Matt e Steve, três adolescentes comuns. Após terem contato com um objeto desconhecido, os amigos ganham algumas habilidades especiais, que se tornam superpoderes. Mas, como muitas mudanças repentinas na vida, eles não sabem a conduta correta para lidar com estes novos dotes. A princípio, quando se vêem capazes de fazer coisas incríveis, os jovens se divertem, mas quando passam a assumir tarefas mais difíceis, são obrigados a adquirir mais responsabilidade em seus atos. A partir daí, terão que avaliar e traçar um limite para o uso destas novas habilidades.

A história em si é boa e diria bem embasada em quadrinhos desses de como se vira um super-herói, mas a narrativa do filme em si é tão bagunçada, apesar de ser linear, que o filme acaba sendo muito mau aproveitado e acaba ficando mais nas mãos de atores, que são bem fracos, do que nas mãos do diretor mesmo que deveria comandar.

Os atores Dane DeHaan, Alex Russell e Michael B. Jordan até tentam se esforçar e fazer o melhor em cena, e nos divertem em alguns momentos, mas todos são atores de séries, ou seja, algo que precisa ser polido e com o passar dos episódios vão melhorando e cativando aos poucos o espectador, diferentemente de cinema, onde em 2 horas o personagem tem de aparecer cativando e já fazendo tudo.

Mas além da atuação fraca, o maior problema do longa como disse, foi passar o olhar da câmera para as mãos dos protagonistas, o diretor se perdeu total aí, pois sempre está com enquadramento completamente confuso, outras vezes se vê a mudança de cor estragando o filme, e não acrescentando como deveria ocorrer em filmes desse gênero(veja "Atividade Paranormal", "Cloverfield", "Bruxa de Blair"), onde o defeito das imagens é proposital, mas cai bem na proposta do longa, aqui se vê até a mudança de câmera dando uma tonalidade diferente para o filme justificável, mas como repito estranha.

Um ponto muito bacana são os efeitos especiais, isso sim souberam usar tanto que os vôos, explosões e afins do filme estão muito bem colocadas e não se percebe os artifícios, então nesse quesito considero o filme bem feito.

Enfim, como falei, não é um filme ruim, mas está muito longe de ser bom e com certeza daqui a uma semana quando sair de cartaz dos cinemas, nem irei lembrar da existência dele. Recomendo apenas pelos efeitos e por ser divertido, mas saiba que a chance de sair bravo do cinema com câmeras girando e rostos sempre cortados na tela é altíssima. Fico por aqui, mas daqui a pouco tem mais aqui no blog. Abraços pessoal.


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Billi Pig

3/05/2012 07:39:00 PM |

Vou tentar ser bem sucinto quanto o que achei de "Billi Pig": é lastimável que o Brasil ainda faça filmes sem nenhum propósito, apenas para serem lançados na grade dos cinemas e misturar de tudo um pouco de modo que não vire nada. O filme é uma grande bagunça de bizarrices com efeitos péssimos e roteiro pior ainda, e se tudo isso ainda fizesse rir seria pelo menos mediano, mas a sala que continha uma boa quantidade de pessoas, mal esboçou uma risada sequer.

O filme nos mostra que a aspirante a atriz Marivalda, seu marido Wanderley, um corretor de seguros falido e um falso padre fazem de tudo pra se dar bem na vida. Mas eles acabam nas mãos do chefe do tráfico, a quem prometeram salvar a vida de sua filha, atingida num tiroteio durante uma festa em São Cristóvão. Uma grande recompensa em dinheiro está em jogo e agora os três têm que correr atrás do milagre prometido.

Pela sinopse até pode se achar que vai ser algo divertido, cheio de desencontros, mas o que se vê em tela é algo mais próximo mesmo do trailer, ou seja uma bagunça  sem precedentes onde tudo é bizarro e nada funciona. Fora a mistura de piadas em inglês para tentar escrachar o jeito americanegro de falar, que só piorou e não fez ninguém na sala rir. A única coisa que o diretor não tentou, ainda bem, para misturar foi planos de câmeras malucos, pois foi a única coisa que faltou misturar.

No quesito atuação, nem convém ficar falando o quão ruim é cada personagem, pois é um vexame o que todos fazem em cena, mas para citar o menos pior, colocaria Preta Gil, veja só quem estou colocando como a menos pior, pois as duas cenas que aparece faz bem seu personagem, o qual nem tem quase muito fundamento para a história, mas dentre os mortos salva um ferido. E do conjunto principal, uma ou outra cena de Grazi Massafera, mas Selton Mello conseguiu o troféu framboesa plus do ano por esse papel.

Não sei se foi pedido isso para a equipe de efeitos especiais ou o que, mas as animações do porquinho são completamente ridículas, os efeitos dos fantasmas mortos ficam parados na tela, com o personagem saindo andando e o vulto ficando de onde ela saiu, e o pato pintado de azul turquesa acho que até um bebê com guache faria melhor que aquilo. Sem comentários.

Enfim, não sei se tinha como ser pior, mas conseguiram fazer algo pior que "Não Se Preocupe Nada Vai Dar Certo", que na minha opinião foi o pior filme brasileiro que assisti no ano passado, então você já pode imaginar minha frustração na sala do cinema. Não recomendo de forma alguma o filme, e pra variar como em todo filme ruim tem de ter a dancinha final dos protagonistas, ou seja, o que já estava ruim fica pior. Encerro por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.

PS: Como já falei não tenho 0 coelhos, então o 1 fica por empréstimo ao filme, pois por ser Globo Filmes, entupiu milhões de salas e vai enriquecer mais ainda com o povo vendo esse filme péssimo.


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A Separação

3/05/2012 01:23:00 AM |

Nunca pensei encontrar uma sala lotada pra um drama iraniano, tanto que ao chegar já nos trailers na sala, sai pra fora da sala e fui olhar se havia entrado no lugar certo. A única opção que vejo para "A Separação" estar desse jeito é por ter sido tão elogiado pela crítica e levado diversos prêmios que chamou a atenção pra si. E ao término do filme, só tive três palavras pra descrever o filme: "Faça seu questionamento", pois o filme é aberto para tudo julgar a religião impiedosa que se passa no país, quem estava certo e quem estava errado, e tudo mais. E o melhor de tudo é que o diretor/roteirista/produtor Asghar Farhadi, deixou 100% aberto para que você pense da sua forma.

O filme nos mostra que após se divorciar de sua esposa Simi, Nader é obrigado a contratar uma jovem para tomar conta de seu pai idoso que sofre de Alzheimer em estágio avançado. Porém a diarista está grávida, e trabalhando sem o consentimento de seu marido, condições que junto a um terrível incidente, levará as duas famílias a um julgamento de cunho moral e religioso.
Embora a sinopse pareça simples, o diretor pesa a mão e faz um drama com uma carga dramática como não via a tempos no cinema, de tal forma que no meio do filme eu já estava gesticulando com minhas mãos quase querendo mover o filme, "como se pudesse fazer algo". Uma palavra que define principalmente uma das cenas chaves do filme é essa mesmo: Inquietante. E com isso mais uma vez vejo que o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro dos festivais cada ano está mais certo do que nunca.

As atuações nem vou falar separadamente, pois os nomes e letrinhas dos créditos foram meio difíceis de ler, além de não serem atores tão conhecidos por aqui, então vamos no genérico. A forma de atuar dos atores parece ser tão natural que você não se sente assistindo um filme, parece estar numa dessas simulações que a polícia faz para desvendar um crime. Os atores parecem ser pessoas tão comuns que você acaba embarcando e se familiarizando e torcendo por algum personagem em si. Gostei bastante por parecer o mais natural possível e não uma atuação em si.

Da mesma forma que os atores não parecem atores, e isso é bom não estou negativando, a direção de arte e fotografia meio que embarcaram na realidade do País, ou seja, é como se a câmera estivesse grudada aonde eles vão pegando tudo na rua sem fazer nada em cenário, o que deixou o filme mais bacana ainda.

Enfim, poderia falar muito do filme, mas acabaria deixando minha opinião tirada pelo lado que preferi do diretor, mas são muitos os questionamentos que ele prefere deixar em aberto, e com isso daria inúmeros spoilers. É um filme forte, principalmente pra todos que acompanham a forma que o País é mostrado na mídia e sabe um pouquinho a forma que a religião pesa por aqueles lados, então haverá muito o choque de crença. Não é um filme feito para agradar a todos, então não vá esperando sair satisfeito da sala do cinema. Mas eu gostei bastante e recomendo, assim como já recomendei todos os outros ganhadores de Melhor Filme Estrangeiro, ainda sou apaixonado pelo "O Segredo dos Seus Olhos". Enfim é isso, agradeço mais uma vez a Imovision, por ser uma distribuidora pequena entre as grandes, mas acreditar no potencial do filme e distribuir bem ele pelo nosso País. Encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.


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Anjos da Noite: O Despertar em 3D

3/03/2012 11:36:00 PM |

A volta do tino da série, essa pode ser uma boa definição para "Anjos da Noite: O Despertar", pois após um terceiro filme completamente fora dos eixos tradicionais que conhecíamos da série, e com isso acredito que todos os fãs do primeiro e do segundo filme irão assistir e sair contentes da sala com o que verão, tendo bastante sangue e boas cenas de ação.

O filme nos mostra que após acordar de um coma de mais de 10 anos, Selene vê que o mundo mudou muito desde que "apagou". Os humanos descobriram a existência dos vampiros e lobisomens e passaram a caçar essas raças. No meio da eterna disputa, descobre que possui uma filha adolescente que é metade vampira e metade lobisomem, que precisará de sua ajuda.

Com um roteiro bem dinâmico e nos mesmos moldes dos primeiros filmes da série, o filme de apenas 89 minutos aparenta ser até menor, pois passa bem rápido, pois acaba deixando aberto para um quinto filme e assim ganhar um pouco mais de dinheiro. O diretor soube utilizar bem a câmera e fazendo sempre planos curtos e rápidos, consegue passar um pouco da mensagem do filme e claro sempre sem revelar muita coisa para que a atenção continuasse presa apenas na cena e não ao seu redor. Na minha opinião, o único problema desse filme é ser muito curto, pois poderia colocar toda a história que deve ter ficado para o próximo tudo em um filme só, mas mesmo assim esse está bem bacana.

Kate Beckinsale volta com garra ao seu personagem dando altos pulos e tiros pra todo lado sempre com seu ar frio tradicional que o longa pede. India Eiesley embora suas mutações mais pareçam estar vendo o Exorcista  não convence muito em seu personagem, quem sabe no próximo. Theo James consegue também fazer bem seu papel embora precisasse de um pouco mais de tempo para desenvolvê-lo e acaba passando bem rápido na tela.

Com uma fotografia bem escura e luzes sempre piscando, a profundidade do 3D que o longa foi filmado quase desaparece no meio do filme, mas as cenas que contém algum efeito fazem valer o valor pago a mais para assistir com a  tecnologia, pois fica bem interessante, destaque para as cenas onde explode as bombas de prata.

Com boas trilhas o longa passa desde as boas composições de Paul Haslinger até grandes clássicos de Linkin Park, The Cure e Evanescence e com isso o rock metálico envolve juntamente com a velocidade do longa.

Enfim, na minha opinião o filme é bem legal, só poderia ser um pouco maior e não deixar tanta coisa aberta para um quinto filme, mas a tecnologia caiu bem no longa, principalmente por não ser convertido e sim filmado em 3D. Recomendo principalmente para aqueles que curtam a ideologia do filme senão vai acabar saindo frustrado da sala. Fico por aqui, mas amanhã tem mais. Abraços pessoal.


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O Artista

3/02/2012 07:47:00 PM |

Enfim apareceu por aqui o grande ganhador do Oscar e de tantos outros festivais, e claro, já se vai assistir com toda a expectativa criada em cima de tantos prêmios. Pois bem, o filme é bem bonito, afinal a fotografia em preto e branco é realmente maravilhosa, a sacada do diretor em utilizar-se da ausência de falas é bem vista em 2 momentos, e é uma homenagem bonita aos filmes de antigamente só, mais nada, tanto que se o filme não fosse mudo seria uma daquelas comédias românticas que todos iriam meter o pau de ruim, portanto na minha visão é um bom filme? Sim, mas está anos-luz de ser o melhor filme do ano passado.

O filme nos mostra que na Hollywood dos anos 20, George Valentin é uma das maiores estrelas do cinema mudo, participando de dezenas de aventuras ao lado de seu cão da raça Jack Russel Terrier. Inveja de muitos homens, ele lentamente começa a se defrontar com o ostracismo após a invenção e chegada do cinema falado, que tem um desastroso efeito na vida do astro. Enquanto sua amiga Peppy Miller ganha notoriedade com essas mudanças, Valentin é cada vez mais relegado ao esquecimento.

O roteiro em si é super simples e lendo a sinopse e conhecendo um pouquinho do que acontece em qualquer filme de comédia romântica você pode esperar tudo que vai acontecer, mas como disse a sacada do diretor foi fazer o filme mudo, pois daí com a ausência de falas ele pode explorar como a personagem Peppy Miller diz em uma fala que no cinema mudo são velhos fazendo caretas apenas, e com isso pode explorar das interpretações dos atores e em duas geniais cenas se utilizar do "efeito sonoro" e de onomatopeias para mostrar a mudança das mídias.

Como disse acima, as atuações são brilhantes, pois por ser mudo exigiu em demasia dos atores para conseguir transmitir tudo apenas com gestos e o mínimo de textos escritos na tela, e eles conseguem. Jean Dujardin mostra porque mereceu o Oscar e mais todos os prêmios que competiu(tirando apenas o César francês, precisaremos ver o filme que ganhou para analisar), pois ele se mostra de uma expressão ímpar de se ver na tela. Bérénice Bejo também faz bem seu papel e consegue fazer com que sem ouvirmos um timbre da sua voz nos seja remetido a uma voz doce e aveludada. E não podemos nos esquecer de falar do cão Uggie que incrivelmente em todas as cenas está atrás de seu dono, é quase a sombra que o ator perde numa das cenas mais fortes do filme, ou o cachorro é realmente pertencente ao Dujardin ou foi muito bem adestrado pois passa o velho ditado de ser o melhor amigo do homem.

 A fotografia preto e branco é de um charme total e por saber que é uma das mais difíceis de fazer pois envolve todo o trabalho de luz e sombra pode com certeza classificá-la como impecável é notória toda a dimensão do ambiente e detalhes mínimos como a cena em que Valentin volta para sua casa incendiada o detalhe de queimado nos móveis. Um belo trabalho da equipe de arte juntamente com a equipe de fotografia.

Da trilha sonora é inquestionável o Oscar ganho, pois o que move um filme mudo é a trilha que consegue passar nos momentos de tensão, a tensão necessária, nos momentos românticos passar a doçura e nos momentos cômicos passar a alegria dos personagens para o público e isso Ludovic Bource fez com maestria.

Enfim, sem muita enrolação é um filme sim que vale a pena ser visto por ser bem bonitinho e pela genialidade de ser feito mudo, pois como falei se fosse falado seria um lixo daqueles que qualquer crítico falaria mal. É isso, fico por aqui hoje nesse início da semana cinematográfica onde teremos vários filmes. Abraços e até mais pessoal.


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