Frankie e os Monstros (Stitch Head)

10/27/2025 12:45:00 AM |

Um estilo que gosto muito de assistir são as animações, de modo que é o único estilo que não ligo de ver dublado, uma pelos dubladores profissionais sempre mandarem muito bem, outra que é um personagem, então qualquer ator pode dar a sua voz para ele, diferente de um ator que tem sua própria voz, estilo e tudo mais, porém uma coisa que já falei várias e várias vezes é que se o diretor não souber escolher o público alvo, achando que vai agradar todo mundo com seu filme, ele vai errar feio, e o resultado acaba sendo algo que não entretém os adultos que vão levar as crianças ou aqueles que gostam apenas de uma boa animação, e vai fazer o cinema virar um caos com a criançada pedindo para ir embora, sair andando pela sala e tudo mais, pois não prende a atenção delas. E comecei a falar assim do longa "Frankie e os Monstros" por ser uma trama até que bonitinha, com canções bacanas e uma história até engraçadinha, mas que não conectou em nada com a garotada que já na metade do filme estava perguntando para as mães se o filme já tinha acabado a cada fade black que tem entre as cenas (meio desnecessário, mas quiseram usar aos montes), e mais próximo ao fim mesmo todas começaram a querer ir comer, ou seja, não conectou em nada com os pequenos, e os adultos também não viram muita coisa emocional ou divertida ali para rir ou chorar com algo, sendo algo básico que errou em não reimaginar tudo o que poderia.

O longa acompanha um Professor Maluco que dá vida (ou tenta) a diferentes criaturas monstruosas. Em seu laboratório no topo do castelo Grotesco, o louco cientista faz testes para criar o seu mais novo monstro. Sempre na espreita, olhando e se escondendo nas sombras, está Frankie, sua primeira e esquecida criação, um pequeno sujeito de aparência estranha e cabeça careca feito de pedaços e partes humanas. Frankie obedece a todas as ordens de seu mestre, mas é sempre rejeitado e pouco reconhecido, nunca recebendo carinho. O jovem divide seu tempo entre cuidar e manter o castelo seguro e deixar os outros monstros escondidos. Amedrontado com a menor possibilidade dos moradores da cidade ficarem sabendo da existência das criaturas, Frankie faz seu trabalha com muito cuidado e precisão. Tudo muda, porém, quando um Show de Horrores chega à cidade, desesperado por novas atrações. Quando o dono do espetáculo conhece o honesto e humilde Frankie, acredita ter encontrado sua próxima estrela e promete ao rapaz tudo o que ele sempre sonhou: amor e fama.

Diria que o diretor e roteirista Steve Hudson fez bem nas escolhas de personagens, pois todos ali possuíram um carisma bem encontrado que deu um tom gostoso para a trama, porém faltou o detalhe máximo de uma boa animação que era a definição de público, pois se trabalhou como uma trama voltada para o Halloween com uma pegada de terror leve para a criançada, funcionaria ir mais além e não tão musical, mas se quisesse ir para o rumo de desenvolver algo realmente para os pequenos, deveria ter fantasiado mais tudo e jogado para algo mais cômico, que aí sim valeriam as músicas, os personagens ficarem mais bobinhos e tudo mais. Mas entre o saldo dessa não escolha, posso dizer que o tom funcionou, e as dinâmicas ficaram interessantes, de modo que passa bem o tempo de tela, principalmente no ato final, então acaba sendo ao menos um trabalho simples e com boas formatações na tela.

Um ponto que achei bem bacana foram as texturas e como já disse os personagens carismáticos, de modo que desde o protagonista Frankie, passando pelo monstrão Criação e a garotinha Arabela todos brincaram bem com as facetas, e tiveram seus momentos, além da trama ser bem colorida, cheia de nuances entre o escuro da vila e do castelo com todo o misticismo do circo diferenciado, tendo um tom mais puxado para o vermelho para criar o caos, fora as dinâmicas bem cheias de velocidade na invasão e toda a brincadeira das cenografia das apresentações do circo com o protagonista.

Enfim, é um filme bem simples, que até poderia ir mais além, mas que tem uma proposta bacana que apenas foi mal desenvolvida para tentar atingir todos os públicos e acabou não acertando ninguém, então diria que recomendo ele com tantas ressalvas que pode até parecer contraditório, mas vale como algo mediano bem feitinho. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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