É interessante como o público fã de longas de terror gosta dos famosos longas de "scary jumps", ou filmes feitos para pular da poltrona com sustos premeditados e/ou inesperados, e "Cadáver" é praticamente uma coletânea de cenas desse estilo, com até um pano de fundo razoável, mas que mais vale pelos sustos do que pela história em si, e com atuações digamos meio estranhas o resultado trabalha bem a dinâmica, e consegue ao menos fazer o trabalho de longas desse estilo, que é assustar o público ao ponto de escutamos pessoas gritando, pulando e até batendo as mãos nas cenas mais tensas, ou seja, funciona para quem gosta disso, e certamente irá lotar as salas de jovens dispostos a sentir os sustos. Não diria que ele é perfeito por entregar muitos absurdos técnicos, mas a ideia é boa, e consegue deixar preparado até talvez uma continuação bem colocada com o final que entregam, ou seja, funcional dentro da proposta.
A trama nos mostra que Megan Reed é uma policial reformada que tem lutado contra os vícios. Ela está prestando serviços comunitários em um hospital, como um pagamento para o tratamento que a deixou sóbria. Tudo, entretanto, torna a história muito mais macabra depois que um cadáver misterioso é encontrado no local.
O diretor holandês Diederik Van Rooijen soube provocar o espectador com algo que muitos fogem tanto na vida real, quanto em filmes de terror, que é ficar a maior parte de sua trama dentro de um necrotério, e esse foi o seu grande acerto, pois com isso qualquer luz piscando (e aqui entra outra grande sacada com luzes automáticas no ambiente) e/ou movimento estranho consegue pegar o público desprevenido, e fazer com que pulem da poltrona, e muitos até podem reclamar que não gostam de terror desse estilo, mas certamente é o que mais prende e chama a atenção dos jovens no cinema, funcionando sempre com pouca criatividade, mas causando ao menos. E sendo assim, diria que a trama é até bem colocada, mas simples e com alguns momentos estranhos e mal alocados, mas que vai causar bons pulos na sessão até mesmo no mais machão, funcionando como foi proposto.
Quanto das atuações, posso falar que faltou um pouco mais de medo na protagonista, que mesmo alterada psicologicamente pelo que ocorreu em seu passado, a jovem Shay Mitchell conseguiu deixar sua Megan descrente e acelerada demais, de modo que poderia ter partido para olhares mais entregues, mas mostrando ainda atitudes policiais ela consegue incorporar bem seus momentos, e não decepciona ao menos. Kirby Johnson foi bem expressiva em todos os momentos tensos de sua Hannah, conseguindo fazer todos pularem com seus pulos e arrepiarem com seu corpo estralando, ou seja, tem futuro como morta-viva. Grey Damon apareceu pouco como Andrew, caindo um pouco na ideia de passado amoroso da protagonista, mas até que agradou nas cenas finais. Louis Herthum conseguiu ser bem coerente nas cenas como um homem misterioso, e quase no final até ficamos sabendo quem é ele, e diria que entregou bem seus atos, causando bastante. E para finalizar diria que o elenco secundário foi bem posto tanto nos momentos de conversa com a protagonista quanto nas cenas frente a frente com a morta, causando bons atos, de modo que o destaque claro fica com o Randy de Nick Thune.
No conceito cênico, o resultado de um filme de terror em um necrotério bem tecnológico não poderia ser melhor, de modo que a equipe de arte não economizou em cenas cheias de cenografias, objetos prontos para caírem no chão, e claro muita maquiagem para causar, de modo que cada ação escura, cada luz piscando, ou sirene berrando pega certamente o público despreparado, é o susto é garantido, além claro de como foi dito no filme de ontem do Danilo Gentili, nada é mais preocupante do que corredores vazios sem nada acontecendo, e isso o longa aqui também valorizou muito. A fotografia brincou bastante com o escuro e com as luzes piscando para termos efeitos interessantes, e claro pegar o espectador de jeito, mas felizmente não temos o total preto para não se ver nada, e assim sendo o acerto é bem agradável de ver.
Enfim, é um longa que acerta no que se propôs, e até poderia ter ido mais a fundo, mas ao menos assustou, causou, e fez algo até inédito em um longa de terror, de eu ver o público aplaudindo após se assustar com algo nas últimas cenas, ou seja, funcionou muito, e recomendo para quem gosta de pular bastante em filmes de terror, mesmo que com uma história razoavelmente fraca que poderia ter sido melhor desenvolvida. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas vou para mais uma sessão, então abraços e até logo mais.
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A trama nos mostra que Megan Reed é uma policial reformada que tem lutado contra os vícios. Ela está prestando serviços comunitários em um hospital, como um pagamento para o tratamento que a deixou sóbria. Tudo, entretanto, torna a história muito mais macabra depois que um cadáver misterioso é encontrado no local.
O diretor holandês Diederik Van Rooijen soube provocar o espectador com algo que muitos fogem tanto na vida real, quanto em filmes de terror, que é ficar a maior parte de sua trama dentro de um necrotério, e esse foi o seu grande acerto, pois com isso qualquer luz piscando (e aqui entra outra grande sacada com luzes automáticas no ambiente) e/ou movimento estranho consegue pegar o público desprevenido, e fazer com que pulem da poltrona, e muitos até podem reclamar que não gostam de terror desse estilo, mas certamente é o que mais prende e chama a atenção dos jovens no cinema, funcionando sempre com pouca criatividade, mas causando ao menos. E sendo assim, diria que a trama é até bem colocada, mas simples e com alguns momentos estranhos e mal alocados, mas que vai causar bons pulos na sessão até mesmo no mais machão, funcionando como foi proposto.
Quanto das atuações, posso falar que faltou um pouco mais de medo na protagonista, que mesmo alterada psicologicamente pelo que ocorreu em seu passado, a jovem Shay Mitchell conseguiu deixar sua Megan descrente e acelerada demais, de modo que poderia ter partido para olhares mais entregues, mas mostrando ainda atitudes policiais ela consegue incorporar bem seus momentos, e não decepciona ao menos. Kirby Johnson foi bem expressiva em todos os momentos tensos de sua Hannah, conseguindo fazer todos pularem com seus pulos e arrepiarem com seu corpo estralando, ou seja, tem futuro como morta-viva. Grey Damon apareceu pouco como Andrew, caindo um pouco na ideia de passado amoroso da protagonista, mas até que agradou nas cenas finais. Louis Herthum conseguiu ser bem coerente nas cenas como um homem misterioso, e quase no final até ficamos sabendo quem é ele, e diria que entregou bem seus atos, causando bastante. E para finalizar diria que o elenco secundário foi bem posto tanto nos momentos de conversa com a protagonista quanto nas cenas frente a frente com a morta, causando bons atos, de modo que o destaque claro fica com o Randy de Nick Thune.
No conceito cênico, o resultado de um filme de terror em um necrotério bem tecnológico não poderia ser melhor, de modo que a equipe de arte não economizou em cenas cheias de cenografias, objetos prontos para caírem no chão, e claro muita maquiagem para causar, de modo que cada ação escura, cada luz piscando, ou sirene berrando pega certamente o público despreparado, é o susto é garantido, além claro de como foi dito no filme de ontem do Danilo Gentili, nada é mais preocupante do que corredores vazios sem nada acontecendo, e isso o longa aqui também valorizou muito. A fotografia brincou bastante com o escuro e com as luzes piscando para termos efeitos interessantes, e claro pegar o espectador de jeito, mas felizmente não temos o total preto para não se ver nada, e assim sendo o acerto é bem agradável de ver.
Enfim, é um longa que acerta no que se propôs, e até poderia ter ido mais a fundo, mas ao menos assustou, causou, e fez algo até inédito em um longa de terror, de eu ver o público aplaudindo após se assustar com algo nas últimas cenas, ou seja, funcionou muito, e recomendo para quem gosta de pular bastante em filmes de terror, mesmo que com uma história razoavelmente fraca que poderia ter sido melhor desenvolvida. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas vou para mais uma sessão, então abraços e até logo mais.