Se tem uma série de filmes que demora para com suas continuações é Bridget Jones, pois já se passaram 24 anos desde o primeiro filme, e pasmem, 9 anos desde o último longa, que ainda continuará sendo o melhor dos quatro filmes, e já adianto isso na primeira linha do texto, pois diferente de "O Bebê de Bridget Jones" que tudo era muito fluído, leve, gostoso, cheio de dinâmicas e graciosidades, aqui em "Bridget Jones: Louca Pelo Garoto" temos desde sessões quase fúnebres, passando por situações existencialistas, até termos explosões e pegadas cômicas dinâmicas, ou seja, uma verdadeira montanha-russa de emoções, aonde ficou parecendo mais uma "homenagem" de encerramento do que um filme realmente pensado para existir dentro dos planos. Claro que não estou falando que seja uma trama ruim, muito pelo contrário, aonde vemos coisas que pregam bem uma maturidade maior da personagem, e claro da protagonista também, mas talvez não sendo tão oscilante chamaria mais atenção e envolveria melhor, pois no mesmo minuto que estamos rindo felizes de algo, logo a depressão bate e quase afunda, e isso não é tão bacana de ver em uma trama, mas ainda assim o resultado final funciona, e é isso o que importa, afinal tivemos um fechamento bem marcado e que acaba agradando na tela.
No longa acompanhamos a vida de mãe solteira e viúva de Bridget depois que seu marido Mark faleceu. Quatro anos se passaram e Bridget passa os dias cuidando de seus dois filhos Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4 anos. Vivendo nesse limbo entre o luto e a vontade de seguir em frente, Bridget pensa em voltar a namorar, encorajada por seus amigos fiéis, sua ginecologista Dra. Rawlings e até mesmo seu antigo amor, e agora amigo, Daniel Cleaver. De volta na pista, Bridget entra nos aplicativos de namoro e precisa conciliar seu trabalho, vida amorosa e obrigações domésticas e maternas, enquanto também enfrenta a legião de mães perfeitas da escola, lida com a saudade que Billy sente do pai e vive situações constrangedores (e potencialmente atraentes) com o professor de ciências das crianças Mr. Wallaker.
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No longa acompanhamos a vida de mãe solteira e viúva de Bridget depois que seu marido Mark faleceu. Quatro anos se passaram e Bridget passa os dias cuidando de seus dois filhos Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4 anos. Vivendo nesse limbo entre o luto e a vontade de seguir em frente, Bridget pensa em voltar a namorar, encorajada por seus amigos fiéis, sua ginecologista Dra. Rawlings e até mesmo seu antigo amor, e agora amigo, Daniel Cleaver. De volta na pista, Bridget entra nos aplicativos de namoro e precisa conciliar seu trabalho, vida amorosa e obrigações domésticas e maternas, enquanto também enfrenta a legião de mães perfeitas da escola, lida com a saudade que Billy sente do pai e vive situações constrangedores (e potencialmente atraentes) com o professor de ciências das crianças Mr. Wallaker.
Por incrível que pareça, o livro da escritora e roteirista Helen Field no qual o longa é baseado é o terceiro livro que vem antes do quarto livro que foi o do bebê, que é o terceiro filme, ou seja, certamente muita coisa foi adaptada para montada virar os dois filmes, e depois da diretora do original, Sharon Maguire, ter voltado para o terceiro filme, aqui tivemos o primeiro longa da série dirigido por um homem, no caso Michael Morris que soube entregar uma mão firme para seu trabalho, porém uma edição quebrada demais, que como disse no começo merecia algo mais amplo de sentimentos numa linearidade para que fosse mais além, e não um sobe e desce desenfreado. Claro que o estilo de Morris é bem mais seriado, e com isso vemos no filme diversos momentos soltos que talvez nas mãos de outro diretor mais de filmes realmente chamaria mais atenção, não sendo uma falha exclusivamente sua, afinal sabemos que diretores pegam roteiros e seguem, mas dava para abrilhantar mais para que o filme ficasse ainda mais gostoso de ver.
Quanto das atuações, Renée Zellweger começou fazendo a personagem Bridget Jones quando já tinha 32 anos, mas parecendo uma adolescente ainda, e agora com 56 ainda trabalha o papel com uma graciosidade única daquelas que você vê sua afeição, seu sentimento e presença, estando disposta a mais loucuras do que situações diretas, e preparando trejeitos para todo tipo de cena, afinal o diretor a colocou nas mais complexas ciladas possíveis para a trama, ou seja, ainda é uma atriz que sabe dominar o ambiente em si, e acaba agradando bastante com o esforço que o longa lhe exigiu. O jovem Leo Woodall entregou boas cenas junto da protagonista com seu Roxster, sendo bem galanteador e chamativo, mas também bem bobinho e sem a maturidade que a personagem pedia de alguém para ela, de forma que o papel pedia isso, mas talvez pudesse ter passado ao menos uma presença maior, pois a todo momento eu estava esperando que ele viesse com uma decepção maior, o que acabou não acontecendo. Chiwetel Ejiofor já indicava desde a primeira cena com seu Mr. Wallaker que acabaria tendo o final que teve na trama, de modo que como sempre traz boas dinâmicas e emoções para seus personagens, foi sutil e envolvente para que fôssemos gostando dele aos poucos, e acabou acertando com o que fez. Talvez tenha faltado usar mais Hugh Grant com seu Daniel, Colin Firth com seu Mark, e até Emma Thompson com sua Dra. Rawlings, mas como o longa pedia outros rumos que não tanto o passado, fizeram bem as cenas que foram colocados.
Visualmente o longa tem uma entrega menos movimentada que os demais longas da série, focando mais na casa de Bridget, o programa que vai trabalhar, a escola das crianças, um acampamento e alguns passeios por bares, sendo bem o clássico filme de orçamento não muito luxuoso, mas que funciona para simbolizar as dinâmicas, e sendo assim tem seu gracejo na tela.
Enfim, é um filme gostoso de ver, que permeia boas discussões reflexivas sobre a vida após os 50, sobre família, sobre ter alguém para passar o tempo junto e muito mais, que talvez com poucos ajustes na edição para algo sem tantas subidas e descidas de ânimo agradasse bem mais, mas ainda assim emociona e envolve, então vale bastante para os fãs da personagem, e assim fica a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.