Bridget Jones: Louca Pelo Garoto (Bridget Jones: Mad About The Boy)

2/16/2025 02:34:00 AM |

Se tem uma série de filmes que demora para com suas continuações é Bridget Jones, pois já se passaram 24 anos desde o primeiro filme, e pasmem, 9 anos desde o último longa, que ainda continuará sendo o melhor dos quatro filmes, e já adianto isso na primeira linha do texto, pois diferente de "O Bebê de Bridget Jones" que tudo era muito fluído, leve, gostoso, cheio de dinâmicas e graciosidades, aqui em "Bridget Jones: Louca Pelo Garoto" temos desde sessões quase fúnebres, passando por situações existencialistas, até termos explosões e pegadas cômicas dinâmicas, ou seja, uma verdadeira montanha-russa de emoções, aonde ficou parecendo mais uma "homenagem" de encerramento do que um filme realmente pensado para existir dentro dos planos. Claro que não estou falando que seja uma trama ruim, muito pelo contrário, aonde vemos coisas que pregam bem uma maturidade maior da personagem, e claro da protagonista também, mas talvez não sendo tão oscilante chamaria mais atenção e envolveria melhor, pois no mesmo minuto que estamos rindo felizes de algo, logo a depressão bate e quase afunda, e isso não é tão bacana de ver em uma trama, mas ainda assim o resultado final funciona, e é isso o que importa, afinal tivemos um fechamento bem marcado e que acaba agradando na tela.

No longa acompanhamos a vida de mãe solteira e viúva de Bridget depois que seu marido Mark faleceu. Quatro anos se passaram e Bridget passa os dias cuidando de seus dois filhos Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4 anos. Vivendo nesse limbo entre o luto e a vontade de seguir em frente, Bridget pensa em voltar a namorar, encorajada por seus amigos fiéis, sua ginecologista Dra. Rawlings e até mesmo seu antigo amor, e agora amigo, Daniel Cleaver. De volta na pista, Bridget entra nos aplicativos de namoro e precisa conciliar seu trabalho, vida amorosa e obrigações domésticas e maternas, enquanto também enfrenta a legião de mães perfeitas da escola, lida com a saudade que Billy sente do pai e vive situações constrangedores (e potencialmente atraentes) com o professor de ciências das crianças Mr. Wallaker.

Por incrível que pareça, o livro da escritora e roteirista Helen Field no qual o longa é baseado é o terceiro livro que vem antes do quarto livro que foi o do bebê, que é o terceiro filme, ou seja, certamente muita coisa foi adaptada para montada virar os dois filmes, e depois da diretora do original, Sharon Maguire, ter voltado para o terceiro filme, aqui tivemos o primeiro longa da série dirigido por um homem, no caso Michael Morris que soube entregar uma mão firme para seu trabalho, porém uma edição quebrada demais, que como disse no começo merecia algo mais amplo de sentimentos numa linearidade para que fosse mais além, e não um sobe e desce desenfreado. Claro que o estilo de Morris é bem mais seriado, e com isso vemos no filme diversos momentos soltos que talvez nas mãos de outro diretor mais de filmes realmente chamaria mais atenção, não sendo uma falha exclusivamente sua, afinal sabemos que diretores pegam roteiros e seguem, mas dava para abrilhantar mais para que o filme ficasse ainda mais gostoso de ver.

Quanto das atuações, Renée Zellweger começou fazendo a personagem Bridget Jones quando já tinha 32 anos, mas parecendo uma adolescente ainda, e agora com 56 ainda trabalha o papel com uma graciosidade única daquelas que você vê sua afeição, seu sentimento e presença, estando disposta a mais loucuras do que situações diretas, e preparando trejeitos para todo tipo de cena, afinal o diretor a colocou nas mais complexas ciladas possíveis para a trama, ou seja, ainda é uma atriz que sabe dominar o ambiente em si, e acaba agradando bastante com o esforço que o longa lhe exigiu. O jovem Leo Woodall entregou boas cenas junto da protagonista com seu Roxster, sendo bem galanteador e chamativo, mas também bem bobinho e sem a maturidade que a personagem pedia de alguém para ela, de forma que o papel pedia isso, mas talvez pudesse ter passado ao menos uma presença maior, pois a todo momento eu estava esperando que ele viesse com uma decepção maior, o que acabou não acontecendo. Chiwetel Ejiofor já indicava desde a primeira cena com seu Mr. Wallaker que acabaria tendo o final que teve na trama, de modo que como sempre traz boas dinâmicas e emoções para seus personagens, foi sutil e envolvente para que fôssemos gostando dele aos poucos, e acabou acertando com o que fez. Talvez tenha faltado usar mais Hugh Grant com seu Daniel, Colin Firth com seu Mark, e até Emma Thompson com sua Dra. Rawlings, mas como o longa pedia outros rumos que não tanto o passado, fizeram bem as cenas que foram colocados. 

Visualmente o longa tem uma entrega menos movimentada que os demais longas da série, focando mais na casa de Bridget, o programa que vai trabalhar, a escola das crianças, um acampamento e alguns passeios por bares, sendo bem o clássico filme de orçamento não muito luxuoso, mas que funciona para simbolizar as dinâmicas, e sendo assim tem seu gracejo na tela.

Enfim, é um filme gostoso de ver, que permeia boas discussões reflexivas sobre a vida após os 50, sobre família, sobre ter alguém para passar o tempo junto e muito mais, que talvez com poucos ajustes na edição para algo sem tantas subidas e descidas de ânimo agradasse bem mais, mas ainda assim emociona e envolve, então vale bastante para os fãs da personagem, e assim fica a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Flow

2/15/2025 05:01:00 PM |

É tão bacana quando vemos um filme que sem dizer uma palavra sequer consegue nos envolver e sentir tudo o que é passado na tela, ao ponto que mesmo a animação não sendo cheio de texturas como estamos acostumados a ver nos últimos anos, o resultado acaba superando todas as expectativas e emociona na medida certa para que você torça pelo personagem principal. E sem dúvida um filme que consegue tudo isso que falei e tem ganhado premiações por todo os lugares que passa é "Flow", uma animação da Letônia que ao mesmo tempo que é simples de visual, passa uma sensibilidade tão complexa na tela, tão cheia de elementos e vivências, que a cada situação que vemos os personagens passar na tela conseguimos ir além e sentir a presença deles, ou seja, é tudo tão bonito que quando acaba apenas fazemos aquele olhar de queríamos mais, e assim sendo vale cada recomendação e cada prêmio que tem levado mundo afora, e que estreando na próxima quinta 20/02 deve emocionar tanto os pequenos quanto os adultos que forem conferir.

A sinopse nos conta que o gato é um animal solitário, mas quando seu lar é destruído por uma grande inundação, ele encontra refúgio em um barco habitado por diversas espécies, tendo que se juntar a elas apesar das diferenças.

Diria que o diretor e roteirista Gints Zilbalodis soube passar tanto sentimento na tela que vemos quase que uma pintura em movimento sendo desenvolvida durante os 85 minutos de seu filme, pois a entrega dos personagens na tela não fica apenas como algo duro, mas também não fica como algo realista, e isso ao mesmo tempo que parece estranho, encanta, e a sensação de tudo o que o gatinho vai passando com seu olhar no meio dos demais animais é algo que sabemos bem que um gato faria, tirando claro o tempo exagerado embaixo da água, que temos de levar como liberdade poética e de todos os animais saberem controlar um barco com perfeição, mas o restante é basicamente o sentimento da natureza agindo, e da necessidade de conexão entre todos ali para um bem maior. E isso tudo você enxerga na tela vendo o resultado de um bom texto e também de uma direção primorosa, pois com exatamente as mesmas situações poderíamos observar inúmeros filmes diferentes, e a opção de ser singelo por parte dele certamente foi a melhor trabalhada.

Quanto aos personagens o que posso dizer é que vemos um gato exatamente como todos os gatos que conhecemos curiosos e desconfiados, um cachorro que ao mesmo tempo que está brincando também é espalhafatoso, uma capivara que parece estar sempre dormindo, mas está atenta a tudo, um lêmure guardando tudo o que vê pelo caminho, e uma garça que ao defender o gatinho acaba sendo banida do bando. Tudo muito simples de desenhos, mas perfeito de movimentos e também de sons, afinal a equipe gravou os sons dos animais reais, com exceção da capivara que acabou não combinando com o personagem e acabaram colocando o som de um camelo.

Visualmente a trama trabalhou muitos ambientes devastados pela inundação, a beleza dos cardumes de peixes passando por todos os lados, e tudo sendo bem simbólico na tela para mostrar desde barcos, árvores e elementos de cidades e montanhas, ao ponto que da mesma forma que os animais, também parecem pinturas na tela, mas com perspectivas e desenvolturas bem encaixadas.

Enfim, é um filme que certamente vai emocionar e envolver todos que forem conferir, e que com muita simplicidade está conquistando as diversas premiações merecidamente, então vá aos cinemas a partir do dia 20/02, e eu fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Marés Filmes pela cabine de imprensa, então abraços e até logo mais.

PS: Só não dei a nota máxima pelas liberdades artísticas que falei no começo, mas ainda assim é um filmaço!!


Leia Mais

Sing Sing

2/15/2025 01:16:00 AM |

Muitas vezes alguns longas trazem ares marcantes dentro de uma proposta, e se o diretor souber desenvolver os personagens para que saiam do básico e emocionem, o resultado costuma fluir tão bem que algo singelo se transforma em algo brilhante. E a base do longa "Sing Sing" brinca com essa história real de um preso que injustamente encarcerado entra para o programa de reabilitação pelas artes da cadeia enquanto tenta provar sua inocência nos tribunais, dando voz e noção para outros presos conseguirem também esses benefícios lá dentro, e o que marca o longa é que o diretor não quis colocar diversos atores conhecidos na tela, tendo apenas três atores famosos, e todo o restante como os verdadeiros presos que passaram pelo sistema teatral da cadeia e alguns que ainda até estão por lá, tendo muito mais presença e envolvimento, e mais do que isso, remunerando todos por igual, ou seja, reabilitando realmente pessoas que já cumpriram suas sentenças. Claro que a base principal por cair nas mãos de um grande ator deu uma fluidez bem imponente para a trama, mas o resultado sensível foi tão bem arquitetado que acabamos nos envolvendo com tudo na tela, e a síntese acaba funcionando do começo ao fim.

No longa acompanhamos Divine G, um homem preso injustamente que encontra um novo propósito ao se unir a um grupo de teatro na prisão. Ao lado de outros detentos, ele embarca em um projeto artístico que vai além das grades, descobrindo na arte uma poderosa ferramenta de transformação e resiliência. A chegada de um novo integrante, cauteloso e desconfiado, desafia o grupo a superar suas próprias barreiras emocionais e a explorar a comédia como meio de expressão. Juntos, os homens decidem encenar sua primeira peça cômica, e o processo criativo se torna um caminho para reconciliação consigo mesmos e com suas histórias.

O diretor e roteirista Greg Kwedar descobriu o programa de atores da prisão por mero acaso ao ajudar um amigo em um curta-metragem dentro de um centro prisional e ficando bem interessado soube escolher bem as dinâmicas e conversas com os atores do projeto para o que poderia ampliar a ideia, e sabiamente conseguiu moldar tudo para que o filme tivesse um conteúdo extra tela, usando claro os testes dos atores para a peça e por consequência para o filme, e fazendo com que a história do rapaz fosse aquele algo diferenciado, afinal estar preso inocentemente por anos é algo que pesa na cabeça de uma pessoa, e o diretor soube brincar com o longa de um modo bem sutil, pois dava para até ter ousado mais, criado maiores conflitos, mas ao optar pela leveza conseguiu ser simbólico e emocional na medida certa, o que acabou chamando muita atenção mundial.

Quanto das atuações, gosto muito do estilo de Colman Domingo atuar, mas aqui ele brilhou incorporando Divine G, aonde trabalhou leveza e sinceridade no olhar, na forma de conduzir a voz e até mesmo se expressando como um ator dentro de sua atuação, fora tudo o que pode ensinar para os jovens atores não profissionais com quem trabalhou em cena, dando conselhos que não ficaram apenas nos bastidores, mas em cena com a profundidade, com personificação, ao ponto de que mostrou muito mais do que apenas um simples papel, acertando em cheio em uma de suas melhores interpretações, tanto que vem sendo indicado aos montes em várias premiações, e ganhando algumas também. Quanto aos demais, diria que todos se entregaram bem aos seus papeis reais e desenvolveram na tela quase que a preparação para a real peça, mas se conectando com o protagonista e também com Paul Raci que faz o diretor da programa Brent, mas evidentemente o destaque fica para Clarence Maclin com seu Divine Eye e Sean San Jose com seu Mike Mike trabalhando dinâmicas e se envolvendo bem mais com o personagem principal, que aliás, o verdadeiro Divine G aparece pedindo autógrafo para o protagonista na tela, ou seja, tudo foi muito bem conectado na tela.

Visualmente o longa também é bem simples, se passando na maior parte numa grande sala de ensaios, tendo também o palco e alguns atos no refeitório da prisão e nas minúsculas celas individuais, além de alguns atos no pátio, mas tudo de maneira bem subjetiva para não precisar complicar a trama, deixando que o texto em si falasse bem sozinho, ou seja, vemos claro todas as devidas alegorias, mas a grande base é o foco da peça sendo montada nos ensaios, e claro o simbolismo que tudo traz em seguir o processo da vida, da prisão, da técnica de atuar e tudo mais.

Enfim, é um filme que muitos podem até não se conectar, mas que vale pela mensagem, vale pela ideia de mostrar como é esse processo de ressocialização dos presos através da arte, e claro vale pelas ótimas atuações, fazendo com que o simples fosse muito mais além na tela, então fica a dica, e embora o nome seja "Sing Sing" não é musical, sendo o nome do presídio apenas, então podem ir tranquilamente. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.

Leia Mais

Capitão América: Admirável Mundo Novo em 3D (Captain America: Brave New World)

2/14/2025 01:39:00 AM |

Já cansei de falar isso, mas a Marvel e a Disney+ precisa entender que cinema é uma coisa e série é outra coisa, juntar as duas partes vem cada dia destruindo mais a companhia, e nem mesmo os fãs das HQs andam com a mesma felicidade de ir conferir os longas da companhia, pois hoje em plena estreia, com um horário bom, a sala não tinha nem metade da lotação para conferir "Capitão América: Admirável Mundo Novo", e claro que vendo o longa sem ter visto as milhões de séries que foram feitas nesse meio do caminho com os personagens, demorei um bom tempo para pegar as referências de quem era quem na tela, e mesmo depois envolvido com tudo, o resultado ainda assim não vai muito além. Claro que conseguiram resolver alguns problemas técnicos dos demais longas pós "Vingadores: Ultimato", que apenas introduziam coisas, mas não as desenvolviam tanto, mas faltou algo mais expressivo na tela para que o filme funcionasse e empolgasse realmente. Ou seja, é daqueles filmes que os fãs da Marvel (não todos) irão conferir nas telonas para somar mais um longa conferido, mas que a maioria vai achar mais do mesmo, e que mesmo não sendo uma trama de ideologias lacradoras como alguns vinham criticando, é esquecível pela essência toda, não abre portas para um bom rumo na companhia, e na hora realmente que o pau quebra, a forma que o grandalhão é dominado é algo tão fajuto quanto o famoso "Marta" de "Batman vs Superman".

A sinopse nos conta que após se encontrar com o recém-eleito presidente dos EUA, Thaddeus Ross, Sam se vê no meio de um incidente internacional. Ele deve descobrir o motivo por trás de uma conspiração global nefasta antes que o verdadeiro gênio faça o mundo inteiro ser dominado pelo vermelho.

Diria que o diretor e roteirista Julius Onah pegou uma trama que precisava de um desenvolvimento muito maior do que o entregue e fez até milagre, pois como já venho dizendo e sempre reclamo, um filme tem de funcionar 100% na sala do cinema, podendo ter referências a outros longas, séries, HQs ou qualquer outra coisa, mas deve ter um começo, um meio e um final durante sua duração seja ela qual for de 70 minutos que já é considerado longa lá nos EUA até o quanto ele quiser, afinal teremos ainda nesse ano algo com pasmem 270 minutos de tela que está concorrendo ao Oscar, então o diretor até tentou salvar o que tinha, criando alguns momentos icônicos e duas boas cenas de lutas (aliás, valeria ter mais, pois foi aonde o 3D funcionou, a história ficou boa e agradaria muito mais), mas nada do que acontece nesses 120 minutos de tela pareceram ser dali, e sim apenas algo estendido da série da Disney+. Ou seja, é um filme que você não vai se conectar com o personagem ali na tela, não vai torcer por ele, e acabará a sessão e ficará esperando quando ele voltar se algo vai ser interessante, e isso é culpa do roteiro, e claro da opção da companhia de vender mil séries dos personagens.

Quanto das atuações, Anthony Mackie até tem uma certa simpatia para com seu Sam Wilson/Capitão América, mas parecia estar sempre acelerado demais nos seus atos, não tendo um carisma próprio para que o público gostasse do que estava fazendo na tela, meio que sentindo o peso da obrigação ainda do escudo, e claro sendo político demais em suas conversas, ou seja, faltou se soltar mais para que o filme fosse realmente seu. Harrison Ford já fez de tudo nas telonas, mas faltava ainda ser colocado numa trama de heróis e vilões de HQ, ao ponto que seu presidente Thaddeus Ross até tem uma boa entrega meio que afobada por tudo o que acontece na trama, mas seu Hulk vermelho (que claro sabemos que não foi ele ali) foi bem expressivo, e as lutas imponentes no final valeriam muito mais tempo de tela, pois o personagem em si é interessante, mas não foi além. O mais engraçado de ver Tim Blake Nelson esverdeado com seu Samuel Sterns é que não usou praticamente muitas próteses faciais, ficando meio que ele apenas pintado, e o ator deu um tom bem vilanesco, com frases mais marcadas e chamativas, conseguindo segurar bem o papel nos atos que apareceu, mas volto a frisar o mesmo que estou até repetitivo, faltou desenvolver o personagem na tela, e isso acabou pecando um pouco. Quanto aos demais, acredito que tenham desenvolvido bem mais Danny Ramirez na série, pois aqui ficou um bonachão cheio de sacadinhas e até tendo uma boa entrega para seu Joaquin Torres ou novo-Falcão, e até que dentro do filme teve bons momentos para chamar a atenção, então veremos o que vai rolar mais para frente; e da mesma forma Carl Lumbly acabou meio que jogado aqui com seu Isaiah Bradley, também proveniente da série, mas fez trejeitos fortes e até chamou atenção com o que fez; agora a pequenina Shira Haas não me convenceu como um mini-projeto de Viúva Negra para com sua Ruth, sendo algo até meio estranho de impor como uma segurança de presidente.

Visualmente volto a frisar que o longa tem algumas boas cenas de lutas, já começando de forma intensa com escudo voando para todo lado acertando diversos capangas, muita luta de mãos, depois tivemos muitos atos com voos dos personagens lutando contra mísseis japoneses, e antes de tudo um bom comício de triunfo, que talvez poderia ser melhor explicado o motivo de tanto vidro sempre protegendo as declarações do presidente (talvez tenha na série!), e claro depois quando o presidente vira o Hulk vermelho lutando e destruindo a Casa Branca e todas as ruas ao seu entorno ficou bem interessante, cheio de elementos bem colocados na tela. Quanto ao 3D do longa, nos atos de luta tivemos muito do escudo saindo para fora da tela, tivemos muita perspectiva de personagem, meio com uma certa lateralidade para que alguém estivesse do nosso lado conversando, mas isso incomodou um pouco com as legendas ficando opacas e até atrapalhando, mas de um certo modo diria que usaram bem a tecnologia nas cenas, não tendo no longa inteiro, mas sendo ao menos funcional.

Enfim, fui conferir sabendo que me incomodaria demais ver algo quase que totalmente derivado da série que não assisti, mas esperava ao menos um desenvolvimento na tela e não um episódio extra de 2 horas da série, então não posso dizer que recomendo ele, mas diria que os fãs irão olhar de outra forma para o longa, e assim talvez faça alguma boa bilheteria. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais. 

PS: A nota ainda foi mediana, pois as cenas de lutas me entreteram, e o 3D ficou legal ao menos de ver, mas a história, dispensável.


Leia Mais

Amazon Prime Video - The Dry 2: Força da Natureza (Force of Nature: The Dry 2)

2/11/2025 12:41:00 AM |

Se tem uma coisa que me irrita é quando vejo que um filme é continuação de outro que eu já vi, mas que não lembro absolutamente nada, que minha mente fica pensando o quão ruim foi para esquecer tudo por completo, mas não, na época que "Segredos do Passado" em 20/09/2022 gostei muito do que vi na tela, mas jamais esperava uma continuação, e aqui basicamente só temos o protagonista do primeiro filme, em um novo caso, aonde tudo tem diversas possibilidades de ter acontecido, e que a cada nova confissão das pessoas envolvidas chegamos junto do investigador a uma ideia completamente diferente de tudo o que possa ter acontecido, sendo o final bem impactante pela essência, aonde as várias conexões misteriosas levam tudo para uma fluidez ainda mais pesada. Ou seja, é daqueles filmes aonde muito acontece, que você acaba apostando em diversas frentes, mas que muito do que ocorre na tela passa despercebido, e assim tudo funciona muito bem para quem curte o estilo, mesmo não sabendo de nada do passado dos personagens, pois felizmente a trama funciona bem sozinha, e nem deveria ter o número 2 no título.

A sinopse nos conta que quando cinco mulheres participam de um retiro corporativo de caminhada e apenas quatro conseguem sair do outro lado, os agentes federais Aaron Falk e Carmen Cooper vão até as profundezas das cadeias de montanhas vitorianas para investigar na esperança de encontrar sua informante, Alice Russell, viva.

Diria que o diretor e roteirista Robert Connolly foi bem ciente do que desejava entregar na tela, pois facilmente a trama poderia virar uma novelona, e mais fácil ainda poderia se perder por completo ao ponto de ninguém entender todos os detalhes da história, que tem seus furos, mas que ele corrige ao ir desenvolvendo os diversos depoimentos como se fosse a montagem da investigação na cabeça do protagonista. Ou seja, é o famoso estilo de filme que quando chegamos ao final tudo era muito mais simples do que imaginávamos, mas que brincaram conosco para irmos criando teorias e que nem precisava de tanto tempo para nos enganar, e assim sendo funciona bem um filme de suspense investigativo. Claro que ao alongar demais a trama, muitos irão cansar e mais reclamar do que gostar, mas esse formato pede isso, então diria que ele acertou no que fez, só errou em tentar vender como uma continuação, o que não é de forma alguma.

Quanto das atuações, diria que Eric Bana poderia ter se jogado mais na trama com seu Aaron Falk, pois ele ficou denso demais, apenas interrogando e não colocando tanta atitude em jogo, de forma que quando ataca realmente nos atos finais se mostra como um bom detetive de campo, e isso mudaria completamente a trama, ou seja, fez o seu papel, mas poderia ter feito muito mais. O mais engraçado é que todas as mulheres da trama entregaram personalidades duplas durante todo o longa, e isso pesa para o estilo de filme, de modo que Anna Torv trabalhou sua Alice meio que explosiva demais, mas tendo muitos problemas para esconder, e assim poderia ter acontecido qualquer coisa com ela; da mesma forma a Deborra-Lee Furness trabalhou sua Jill misteriosa, meio que sabendo dos rolos do marido, e talvez tenha faltado um pouco mais de atitude para ser a personagem que pediam, mas fez bem suas cenas; as jovens irmãs vividas por Sisi Stringer e Lucy Ansel ficaram sempre em segundo plano, mas parecendo saber de tudo o que estava rolando ali, trabalhando trejeitos desconfiados, mas sem se impor, o que acabou faltando para chamar mais atenção; e por fim Robin McLeavy trabalhou sua Lauren com um estilo meio que passada de tudo o que aconteceu, meio perdida entre saber da amiga ou não, criando uma personagem tão insossa quanto interessante de acompanhar, mas que não entrega nada na tela.

Visualmente a trama brincou com três momentos bem distintos, mostrando um pouco da infância do protagonista de como foi sua aventura trágica na mesma floresta/montanha, vemos o momento presente da investigação e como foi o "passeio" problemático das mulheres na caminhada cheia de desenvolturas, de modo que cenograficamente só tivemos a floresta bem fechada, um hotel até que requintado aonde o protagonista colhe depoimentos das que conseguiram sair da floresta, uma cabana de um assassino do passado que faltou desenvolver, e alguns policiais fazendo buscas aleatórias, tendo como elementos cênicos as barracas, bússolas, mapas, lanternas e mochilas, mas sem grandes chamarizes.

Enfim, não diria que é um filme imponente e extremamente chamativo, mas que funciona bem dentro da proposta, e que consegue brincar com quem gosta de ficar tentando acertar o que ocorreu antes do fechamento, e dessa forma vale a indicação, mesmo que seja um pouco alongado. Sendo assim fica a dica e eu também fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Blindado (Armor)

2/09/2025 11:03:00 PM |

Muitas vezes me pego analisando o quanto alguns agentes exploram seus artistas agenciados, pois grandes nomes do cinema que ganharam muito dinheiro no passado acabam entrando em umas frias tão claras que você fica refletindo o pra que? E já de cara dava para saber que o longa "Blindado" era meio que uma fria de se entrar, pois a base do longa não diz muita coisa, fica só ali na tentativa de assalto ao carro blindado, mas com algumas desenvolturas que até poderiam ir mais para algum lado, mas que acabam apenas jogando alguns flashbacks, algumas conexões, e no final mais aberto impossível você sai da sessão sem saber realmente o que acabou vendo. Ou seja, é daqueles filmes que parecem ser derivados de algum outro pela falta de explicações, mas que se você for a fundo verá que realmente foram apenas cortes mal feitos que acabaram deixando o longa picotado e sem rumo, tanto para o público, quanto para os personagens, e assim sendo daqui alguns dias nem devo lembrar que vi ele.

O longa nos conta que um experiente guarda de segurança blindado, James Broody, e seu filho, Casey Broody, realizam uma rotina aparentemente comum: transportar valiosos carregamentos entre bancos. No entanto, essa missão se transforma em um pesadelo quando uma gangue de assaltantes implacáveis, liderada pelo astuto Rook, quer de todas as formas a fortuna que eles transportam. Após uma perseguição frenética e violenta pelas ruas da cidade, James e Casey se veem encurralados em uma ponte. Com o caminhão à beira do abismo, a dupla percebe a imensa quantia em dinheiro que está sob sua guarda. A partir desse momento, a luta pela sobrevivência se intensifica. Enquanto Rook e seus aliados se preparam para o ataque final, James precisa usar toda a sua experiência e astúcia para proteger a vida de seu filho e impedir que a fortuna caia nas mãos erradas. Com o tempo se esgotando e a ponte prestes a ceder, pai e filho se unem em uma batalha desesperada contra os assaltantes.

Diria que o diretor Justin Routt tentou criar uma cena de ação imponente com o roteiro que lhe foi vendido como longa metragem, pois a trama até tem seus atos intensos, tem uma boa introdução e um miolo razoável, mas se perde completamente com o desfecho final, de tal forma que você fica pensando aonde o diretor queria chegar com as conexões abertas, se era para quem sabe trabalhar alguma continuação, ou então de algo que já veio pré-moldado com base em algum outro filme, mas ao pesquisar um pouco mais vemos que não, que era somente isso mesmo que desejavam passar, e assim sendo o resultado não vai muito além, principalmente pelo final completamente jogado e acelerado sem rumo algum.

Quanto das atuações, Jason Patric até trabalhou seu James de um modo sincero, dosando ares simples com expressões mais fortes, mas em momento algum mostrou estar alcoolizado, bebendo aos montes, e dirigindo com sua garrafinha cheia de vodca, de modo que entregou até tranquilidade demais em fronte ao combate dos assaltantes, fazendo poucos trejeitos, mas não desapontando ao menos. Josh Wiggins fez seu Casey de modo bem simples também, sem grandes ensejos ou desenvolturas, ao ponto que talvez pudesse entregar alguns atos mais explosivos, por querer tanto a ação como segurança, mas fez o básico na tela, e não chamou o longa para si em momento algum. Ainda estou tentando saber qual a relação completa de Sylvester Stallone com seu Rook no filme, pois aparenta ser o líder da gangue, mas não desenvolve nenhuma grande imposição, faz as ligações, mas não se alonga com a agente, ou seja, um personagem morno sem grandes chamarizes, aonde fez seus tradicionais traquejos expressivos, que acabaram nem impondo nada na tela. Quanto aos demais, vale um leve destaque para o estilão explosivo de Dash Mihok com seu Smoke, mas talvez precisassem ter colocado ele mais forte antes de tudo, não apenas no final, e assim talvez o filme teria uma presença maior.

Visualmente o longa é mais básico ainda, tendo um grupo de recuperação dentro de uma igreja, o protagonista escondendo vodca em uma garrafa de suco e depois em sua garrafinha de água e dando conselhos na igreja, um carro forte bem velho e sem muito o que entregar, o grupo de assaltantes com muitas armas e preparações, mas sem ir a fundo, e uma ponte aonde tudo se desenvolve, tendo alguns atos em bancos separando as caixas com a maior tranquilidade e "segurança" do mundo no meio da rua, isso claro tendo também uma cena do passado do protagonista com o filho jovem em um grande acidente, mas sem algo imponente realmente, ou seja, a equipe de arte foi bem econômica.

Enfim, é um filme que se ajustado melhor talvez fosse mais além, mas que não conseguiu encaixar nada que impactasse, e com isso o resultado ficou abaixo do básico que seria criar bons atos de ação, então nem dá para recomendar muito o longa, sendo abaixo até de um passatempo razoável. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Amazon Prime Video - A Ordem (The Order)

2/08/2025 10:18:00 PM |

Costumo dizer que a Terra é bem mais redonda do que imaginamos, ao ponto que coisas que já ocorreram no passado acabam sempre voltando em outros moldes, que por vezes podem até serem piores já que os responsáveis pelos atos acabam sabendo aonde deu errado no passado. E o longa da Amazon Prime Video, "A Ordem", trabalha bem algo que aconteceu em 1984 quando o FBI investigando grupos de Supremacia Branca acaba indo parar em um grupo que anda roubando bancos e carros fortes para montar um exército se baseando em um livro de ficção infantil, mas com propostas ousadas e bem densas. Diria que o filme tem uma pegada interessante que talvez pudesse ir mais além, mas a trama foi bem representativa dos dois lados, e a entrega cênica funciona para dimensionar bem tudo na tela, chamando a responsabilidade para os atores principais.

O longa apresenta a trama que se passa em 1983, onde uma série de crimes violentos, incluindo assaltos a bancos, operações de falsificação e roubos de carros blindados, aterrorizou o noroeste do Pacífico. Enquanto os agentes da lei buscavam respostas, um agente do FBI em Coeur d'Alene, Idaho, suspeitou que os crimes eram obra de um grupo de terroristas domésticos, não de criminosos comuns, aonde o grupo supremacista branco liderado por um líder carismático, planejando uma guerra contra o governo federal dos EUA.

Diria que o diretor Justin Kurzel soube desenvolver bem a história do livro de Kevin Flynn e Gary Gerhardt, usando o estilo policial sem se aprofundar tanto nos personagens, o que talvez valesse um pouco mais, pois algumas situações acabam ficando jogadas (como por exemplo o que rolou com a família do policial, ou a história da babá que ele conta seria a da família?), mas tirando esse detalhe, a entrega cênica foi bem precisa por parte da direção, mostrando o que algumas seitas são capazes, e que quando mais carismático o líder, mais pessoas tendem a seguí-lo, e isso é um perigo gigantesco, pois ideologias podem não estar presentes logo de cara, e tudo desandar para rumos sem limites. Claro que o diretor apenas demonstrou no final que o mesmo livrinho "infantil" foi usado nas últimas invasões e crimes nos EUA, mas a pegada fica muito clara em ser lançada agora que estamos vendo algo muito semelhante acontecer com um líder global, e sendo assim não quiseram atacar tanto, deixando apenas subjetivo.

Quanto das atuações, Jude Law é daqueles atores que entregam muito em seus papeis, fazendo trejeitos e jogando os diálogos para bem longe deles, ao ponto que você acaba se conectando demais com tudo o que vê na tela ao seu redor, e aqui seu Terry é amplo no sentido de saber conduzir uma investigação, mas explosivo demais para se controlar, de tal forma que ficamos esperando algo muito maior do que ele apenas está mostrando, e talvez isso tenha sido algo falho de ver na tela, ou seja, ele fez seu papel ficar muito maior do que deveria, e isso fez com que o filme não fosse muito além, o que é uma pena, pois sabemos do potencial do ator, e ele faria muito mais se lhe deixassem. Já Tye Sheridan meio que na primeira cena mostrou que seu Jamie seria importante em cena, quase que pulando da mesa dos policiais para falar para o protagonista: "eu estou aqui, vamos lá!", e o mais engraçado de ver no ator é que sua personalidade é muito limpa para um policial ousado que foi colocado na tela, parecendo sempre estar tão calmo que até seu ato explosivo acaba sendo calmo, ou seja faltou imposição e presença para chamar mais atenção. Falando do lado dos bandidos, é claro que os olhões azuis de Nicholas Hoult podem ser vistos como alguém que você deve seguir, e isso faz com que muitos tenham suas vidas mudadas pela ideologia maluca de Bob Mathews, e o ator é convincente em seus atos, tem estilo e personalidade, e sabe segurar toda a dramaticidade do papel, que claro também poderia ser melhor desenvolvido, mas faltou isso no roteiro e na direção, de forma que o ator não pode fazer nada.

Visualmente o longa tem uma boa cenografia, mostrando um pouco das pequenas cidades da época, com assaltos e explosões em cinemas e lojas para distração enquanto roubavam bancos, vemos figurinos bem colocados, casas simples e igrejas da seita supremacista, com bandeiras nazistas e americanas misturadas, muito armamento e mensagens racistas, ou seja, tudo muito elaborado para chamar atenção na tela, além de carros e tudo mais sendo bem representativo.

Enfim, é um filme bem interessante pela proposta e pelo desenvolvimento na tela, além claro da reflexão em cima do que aconteceu, e como isso pode voltar a acontecer no atual momento, então fica como sendo uma boa dica de drama em cima de um fato, mas como disse dava para ter sido melhor desenvolvido com os personagens, e assim sendo veja sem esperar muito desembaraço na tela. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Acompanhante Perfeita (Companion)

2/07/2025 01:15:00 AM |

É muito engraçado quando vou ao cinema sem saber absolutamente nada, nem ter lido sinopse, nem visto trailer do filme, pois chego na sessão e apenas vou conferindo e surpreendendo com cada momento entregue, e o que posso falar de "Acompanhante Perfeita" é que realmente o longa beira a perfeição, sendo daqueles que você entra no clima com a entrega, e quando vê tudo já está explodindo e não temos nem como saber aonde vai parar toda a situação, ao ponto que a entrega acaba sendo icônica, cheia de dinâmicas bem divertidas e bem sacadas, de forma que mesmo tendo a pegada de terror, recai para algo bem montado e escolhido para algo que tudo possa parecer bem crível num futuro insano. Ou seja, vá conferir e se jogue, pois o longa não permite ficar pensando muito, e o resultado funciona como algo "novo", mas que não chega a soar tosco como a maioria dos terrores do estilo.

No longa vemos que Iris e Josh vivem um romance digno de cinema. Após se conhecerem em um mercado, os dois rapidamente se apaixonam e embarcam em um relacionamento intenso. Para aproveitar um fim de semana especial, eles viajam para uma luxuosa casa de campo com amigos, buscando descanso e diversão. No entanto, o que deveria ser um retiro tranquilo se transforma em um verdadeiro pesadelo quando uma revelação inesperada muda tudo: Iris é, na verdade, um robô. A descoberta desencadeia uma série de eventos caóticos, com perseguições, violência e segredos vindo à tona. Em meio ao terror, Iris, uma máquina altamente sofisticada, precisa lutar para sobreviver e entender sua própria existência.

O mais bacana de tudo é que o diretor e roteirista Drew Hancock é estreante nessas funções em longas, mas por ter trabalhado muito com séries e curtas já tinha uma boa noção do espaço e do que desejava mostrar, afinal anda muito na moda toda essa pegada de tramas envolvendo robôs, inteligências e tudo mais do estilo, de forma que daqui alguns anos pode até ser algo que vire uma realidade de cada pessoa ter seu robô para satisfazer sua carência, e aqui a ideia foi muito bem elaborada, não ficando algo seco e artificial de se ver, mostrando que a pesquisa foi bem marcante e o resultado fluiu bem para a loucura de você quebrar a regra máxima de um robô, infringindo sua programação 100% segura para os humanos. Ou seja, por mais maluco e cheio de nuances que o diretor quis trabalhar seu filme, ele deu um tom realista, e principalmente colocou tudo para surpreender o espectador que sequer imagina para onde o longa vai (claro que quem der play no outro trailer do longa praticamente saberá tudo, então recomendo ficar com o teaser abaixo).

Quanto das atuações, Sophie Thatcher tem ficado bem famosa dentro dos longas de terror, estando presente em muitos bons filmes do gênero, e sempre dando personalidade para seus papeis, de modo que aqui sua Iris tem uma meiguice bem encaixada no começo, parece ser singela, mas conforme o longa explode a atriz não fica insegura, pelo contrário demonstra emoções e desenvolturas tão marcantes e bem colocadas que ao mesmo tempo que ficamos querendo uma Iris para nós, também ficamos com medo do que se torna, e assim a atriz entregou tudo o que podia e agradou com o que fez. Jack Quaid trabalhou seu Josh com muita imposição e com trejeitos rápidos para que seu personagem fosse bem além, de modo que tudo acaba fluindo na tela e ao mesmo tempo que inicialmente gostamos dele, no final estamos torcendo contra, e isso fez dele um personagem marcante e bem colocado na tela. Quanto aos demais, diria que todos entregaram o que precisavam em cena, mas Lukas Gage com seu Patrick conseguiu ser expressivo e mudar completamente os ângulos de tudo, chamando muita atenção nos atos finais.

Visualmente o longa se passa quase que inteiro numa mansão na beira de um lago, com a maioria das cenas numa sala mista com cozinha, e alguns atos em um quarto, além claro do apartamento do protagonista para vermos como foi a entrega da robô, e também um mercado e uma festa para mostrar os sonhos dos robôs, mas tendo elementos chaves como carros elétricos, celulares, facas, revólver e claro uma floresta para as devidas fugas, mostrando que a equipe soube usar bem o sangue cenográfico para funcionar a ideia na tela, e dar uma ambientação simples, porém efetiva dentro do mundo tecnológico.

Enfim, fui assistir sem saber o que esperar e acabei muito surpreendido com toda a entrega, trabalhando o gênero terror de uma forma cômica bem encaixada, mas não forçando a barra para que o riso e a tensão acontecessem, ao ponto que vale demais toda a conferida mesmo se não for muito fã do gênero, pois vai acabar se envolvendo com tudo e o resultado vai funcionar também para todos. Então fica a dica, e eu fico por aqui pessoal, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Mubi - Queer

2/06/2025 01:07:00 AM |

Sendo bem sincero com vocês que me leem, eu não sei se entendi o que assisti hoje vendo o longa "Queer", pois a trama que é dividida em capítulos, tem um primeiro bem interessante, apresentando a vida homossexual do protagonista no México, indo de bares em bares que o público do mesmo tipo frequenta, e se relacionando com alguns até ter uma paixão platônica por um jovem que frequenta os mesmos lugares, mas que não sabe se é ou não gay, até aí ok, bacana e interessante de ver as propostas ousadas e bem colocadas dos protagonistas; aí vamos para o segundo capítulo aonde partem numa viagem pela América do Sul, com o protagonista sofrendo os efeitos de estar longe de suas drogas tradicionais, vemos uma parceria bem alocada entre os personagens, mas sem grandes desenvolturas; então chegamos no terceiro capítulo aonde o protagonista vai entrar na selva realmente em busca da droga que tanto deseja experimentar, e aí meus amigos, a viagem não é apenas dos personagens, mas sim do diretor que coloca algo tão maluco na tela, que nem dá para explicar com palavras, e eis que ao acabar a brisa, praticamente a relação acaba também; e vamos para um epílogo ainda mais insano ainda, ao ponto que não se entende mais nada aonde o personagem nem o diretor desejava a chegar. Ou seja, é o famoso filme aonde nada leva a lugar algum, aonde os atores até fazem grandes atuações, mas como bem sabemos que a maioria dos filmes não são filmados sequencialmente, é capaz deles ainda estarem sem entender nada do que gravaram, assim como quem for conferir o longa que chegou na plataforma do Mubi também não irá entender o que assistiu, não sendo algo ruim de ver, mas diria que faltou erva aqui do outro lado para poder compreender!

A trama segue a vida de Lee, um expatriado americano que se encontra na Cidade do México após ser dispensado da Marinha. Lee vive entre estudantes universitários americanos e donos de bares que, como ele, sobrevivem com empregos de meio período e benefícios do GI Bill, uma lei que auxiliou veteranos da Segunda Guerra Mundial. Em meio à vida boêmia da cidade, Lee conhece Allerton, um jovem por quem desenvolve uma intensa paixão.

Claro que fui conferir o longa sabendo que era uma obra de Luca Guadagnino, e só seu nome já é fator para assistir a obra esperando algo completamente maluco e fora da casinha, mas embora seja baseado em um livro biográfico, diria que dava para não precisar capitular, e talvez não forçar tanto para algo meio que tão fora da casinha no final, pois a trama tinha tudo para ter um desenvolvimento de época, um estilo mais pesado e denso, porém o diretor quis ousar com coisas meio que sem base e o filme ficou mais bizarro do que ousado, e assim começou bem, teve um miolo interessante e desandou por completo em uma loucura que talvez com uma boa dose de bebida e algumas drogas chegue em algum lugar, mas não recomendo usar nada e apenas aceitar a insanidade.

Quanto das atuações, realmente Daniel Craig encarou o personagem mais complexo de sua carreira com o seu Lee, de modo que teve cenas bem marcantes e intensas, e traquejos expressivos meio que fora do seu estilão que estávamos acostumados a ver, fazendo um homossexual sem ser afeminado em demasia, como ocorre em muitos filmes, mas brincando com a essência do personagem para chamar a atenção, e assim acabou agradando com o que fez. Já Drew Starkey fez de seu Eugene Allerton um personagem seco de expressões demais, ao ponto que acaba sendo até um incômodo suas cenas que precisariam fluir mais, que claro deve ter sido uma solicitação da direção, mas dava para abrir mais o papel. Dentre os demais, muitos foram apenas conexões para os protagonistas, valendo um leve destaque para Lesley Manville como a Dra. Cotter completamente maluca na selva.

Visualmente o longa fez uma recriação da Cidade do México dos anos 50 que ficou muito bonita de se ver, cheia de nuances dos bares, figurinos marcantes, fora durante a viagem passando por consultas médicas e farmácias simples de vilas, ônibus e claro a selva com todos os seus perigos, aonde as cenas na cama foram meros e casuais momentos bem feitos em ângulos certos para que o filme não ficasse tão picante. E ainda teve toda a loucura em cima da droga no chá que sabe-se lá se o diretor não tomou também um pouco para fazer o que vemos na tela.

Um ponto incrível do longa foi a escolha da trilha sonora, com canções conhecidas em diversos arranjos bem diferenciados, além de uma trilha orquestrada belíssima e envolvente, que claro deixo o link aqui para quem quiser curtir.

Enfim, não sei o que eu esperava do longa, mas com muita sinceridade não era isso o que vi na tela hoje, pois até teve um começo muito bacana, que mesmo tendo pegadas e tudo mais não chega a incomodar, mas o terceiro e o quarto capítulos foram para um nível que não tinha como sequer pensar em nada do que acontece, virando uma completa bagunça desconexa, e sendo assim não dá para recomendar muito ele. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Telecine - Tudo Que Imaginamos Como Luz (All We Imagine as Light)

2/05/2025 01:17:00 AM |

Acostumei a ver filmes indianos tão agitados, cheios de reviravoltas, com personalidades explosivas e dinâmicas, que quando pego um mais introspectivo e com nuances mais sutis, acabo ficando meio com dúvidas do que realmente vi na tela. E um filme que estava muito curioso pela estreia, que nem tinha data de lançamento no país, e do nada surgiu no Telecine é o indiano "Tudo Que Imaginamos Como Luz", que ganhou o Gran Prix de Cannes no passado, e traz bem uma pegada intimista tão sutil que acaba envolvendo mais pela entrega cênica das atrizes do que pela história em si, e assim acaba agradando ao mesmo tempo que deprime um pouco. Ou seja, é daqueles que você tem de mergulhar e sentir tudo junto com ele, senão a chance de não entrar no clima é bem alta, e não é assim que deve ser visto, pois é tão bonito e leve que vale o play com certeza!

A sinopse nos conta que em Mumbai, a rotina da enfermeira Prabha fica problemática quando ela recebe um presente inesperado de seu ex-marido. Sua colega de quarto mais jovem, Anu, tenta em vão encontrar um lugar na cidade para ter intimidade com seu namorado. Uma viagem a uma cidade praiana permite que elas encontrem um espaço para seus desejos se manifestarem.

Diria que a diretora e roteirista Payal Kapadia soube segurar seu filme na ponta dos dedos para que ele não saísse uma vírgula fora do caminho, de modo que cada elo entregue funcionasse e envolvesse o público, que cada dinâmica passasse algum sentimento, e principalmente que seu filme fosse introspectivo, mas não ficasse monótono, ao ponto que como disse no começo se você se conectar com a ideia toda no final nem precisaria ter o escrito da dedicatória, mas sim todos saberiam que o longa foi feito para todas as enfermeiras que muitas vezes pensam mais nos seus pacientes do que em si mesmas, e a direção diz muito isso em cada um dos atos da trama, além de colocar em pauta todo o método cultural, mas bizarro de casamentos arranjados sem envolvimentos das pessoas principais. Ou seja, são duas discussões paralelas que funcionam tão bem dentro da proposta, que felizmente vi um longa indiano que facilmente poderia se passar em muitos outros locais, mas que o sentimento funciona na tela.

Quanto das atuações, mesmo sendo protagonista acredito que faltou uma imposição maior por parte de Kani Kusruti para sua Prabha, pois a atriz ficou com um ar inseguro demais durante toda a produção, que mesmo o papel pedindo algo do estilo, poderia ter ido mais além nos trejeitos, parecendo por vezes que sua personagem era apática demais, e certamente não era essa a ideia, ou seja, faltou abraçar melhor o papel. Divya Prabha trabalhou sua Anu já bem mais solta que a protagonista, tendo um ar claro bem mais jovial e praticamente vivendo uma outra época na Índia, mas que ainda tenta seguir as dinâmicas do passado, e dessa forma a atriz criou uma desenvoltura bem encaixada e soube chamar muita atenção na tela. Quanto aos demais, Chhaya Kadam trabalhou sua Parvaty de uma forma muito idosa, o que não era tão bem alocado para o papel, e Hridhu Haroon foi muito seguro com seu Shiaz para um personagem que recaia mais para o lado muçulmano da trama. 

No conceito visual a trama trabalhou um pouco o ambiente dos hospitais no país, mas sem se aprofundar muito em tudo, mostrou também um apartamento bem simples das garotas, o prédio da amiga que precisa abandonar a cidade mais importante do país, aonde tudo acontece para voltar para seu vilarejo, e lá vemos a simplicidade ainda maior litorânea, mas bem diferente do costumeiro e badalado centro do país. Ou seja, a equipe não tentou ir muito longe nesse conceito, mas foi representativo no que precisava fazer.

Enfim, é um longa ousado dentro de um país aonde estamos acostumados a ver tramas mais enérgicas e cheias de dinâmicas, pois sutilezas não é bem algo comum por lá, e ousando trabalhar um ar mais introspectivo posso afirmar que muitos não irão entrar muito no clima, mas vale ao menos a conferida para ver algumas diferenças marcantes nessa profissão tão importante no mundo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Os Sapos

2/03/2025 01:58:00 AM |

Como bem sabemos hoje muitos relacionamentos vivem no limite entre o agradável e o desesperador, bastando apenas uma vírgula para tudo estourar, e claro muitos diálogos precisam vir a tona para que não seja engolido um sapo toda vez que algo fora dos padrões acontece. E é bem essa a dinâmica do longa "Os Sapos", que estreia na próxima quinta 06/02, aonde muitas vezes o diálogo de um lado não é o mesmo que ocorre do outro, e que pensamentos de casais precisam bater para que tudo role bem, principalmente quando vem alguém de fora movimentar tudo. Ou seja, o longa tem personalidade e dinâmicas bem rápidas e práticas, que até funcionam muito bem, mas que precisaria talvez um pouco mais de intensidade no desenvolvimento para que o filme fosse ainda mais além, porém sendo bem direto acaba agradando e passando bem a mensagem logo de cara, valendo para a reflexão dos relacionamentos se estão bem saudáveis ou apenas achamos que está.

A sinopse nos conta que Paula, 40 anos, chega numa casa isolada no mato para um reencontro de amigos de colégio a convite de Marcelo. A confraternização foi cancelada e ela só poderá ir embora no dia seguinte pois neste lugar só passa um ônibus por dia. Paula decide aproveitar o passeio e curtir a natureza. Mas sua presença incomoda Luciana, namorada que Marcelo não assume. Um casal de vizinhos, Claudio e Fabiana, vão se juntar a eles. A presença de Paula propicia uma tomada de consciência das mulheres e revela as neuroses dos dois casais provocando tempestades afetivas.

Uma diretora que vem crescendo muito no cinema nacional, e que já falei que tem um estilo técnico impecável é Clara Linhart, e aqui ela soube trabalhar as famosas DRs (discussões de relação) de uma maneira ampla, simples e direta, aonde o engolir sapo não estava liberado, e com isso vemos dinâmicas tão bem encaixadas no aparecer do elemento inesperado que acaba tudo fluindo muito bem na tela. Claro que volto a frisar que o filme é curto demais para um tema que daria para ficar mais amplo, a coisa poderia esquentar muito mais, ter alguns rumos diferentes e tudo mais, porém a escolha dela foi bem colocada na tela, e sem soar falso com nada, o roteiro de Renata Mizrahi acabou funcionando, então foi o simples muito bem feito que ninguém se incomoda e acaba concordando com o que vê na tela.

Quanto das atuações, ao mesmo tempo que não gosto nem um pouco de alguns trabalhos de Thalita Carauta, amo outros papeis de paixão, e aqui com sua Paula, ela soube segurar as pontas de tantos lados que se ela foi para a possível festa animada para espairecer, saiu de lá surtada com tudo, e esse é o estilo que gosto de ver a atriz fazendo, pois fazendo drama ela entrega muito mais verdades do que quando tenta puxar para o lado mais cômico, e assim posso dizer que ela passou emoção em poucos atos na tela. Karina Ramil e Verônica Reis foram pelos vértices mais abertos possíveis para que suas Luciana e Fabiana tivessem encaixes e problemas para resolver que só com um elo de fora poderia quebrar, e ambos oscilaram demais nos trejeitos sem ir a fundo com o que o papel pedia, parecendo que faltou um algo a mais para que os papeis se abrissem, não sendo interpretações falsas, mas a pegada explosiva quando estava pronta para ocorrer, a diretora optou por cortar, e aí faltou aquele algo a mais para chamar atenção realmente. Da mesma forma, Pierre Santos com seu Marcelo e Paulo Hamilton com seu Cláudio trabalharam como os famosos homens garanhões, daqueles que acham que podem tudo e querem todas, sendo exagerado até em cena o que fazem, mas que o papel pedia, porém dava para tomarem rumos mais diferentes com tudo, e assim faltou soar mais secos. 

Visualmente a trama não ousou muito também, tendo uma casa numa área rural bem simples, porém com figurinos não muito condizentes com o ambiente, parecendo que as moças estavam indo mais para uma balada do que para o campo, tendo tudo muito certinho e limpo, o que destoou um pouco, mas até que agrada, porém dava para colocar um ar mais rústico e pegado para que tudo tivesse uma fluidez diferente.

Enfim, é um longa interessante, rápido e bem direto na proposta, não floreando muito a dinâmica, mas também não explodindo como deveria, sendo o básico bem feito que quem gosta do estilo assiste e sai interessado em discutir a situação, e dessa forma vale a indicação para conferida a partir da próxima quinta. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Livres Filmes e da Atti Comunicação pela cabine, e volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Covil de Ladrões 2 (Den of Thieves 2: Pantera)

2/02/2025 02:57:00 AM |

É engraçado ver a sequência de um filme de ação depois de tantos anos, pois geralmente colocam quase que em linha de produção para que o público não se esqueça de nada e ainda esteja no clima, porém a maturidade de 7 anos fez muito bem para "Covil de Ladrões 2", pois se no primeiro a grande queixa que fiz foi de defeitos técnicos, aqui praticamente desapareceram, e o melhor, com uma história tão cheia de nuances e estilos, que arrisco a dizer que essa franquia seria a sucessora da já desgastada "Velozes e Furiosos", pois gostamos de ver ladrões em ação (desde que não seja conosco) nos cinemas, arquitetando seus planos ambiciosos e desenvolvendo tudo para conseguir o objetivo, e a entrega dos protagonistas foi tão bem elaborada que acabamos nos envolvendo com tudo, tanto que fazia tempo que não via uma sala de cinema tão em silêncio durante toda a exibição, sem ninguém saindo e entrando, ou fazendo as devidas conversinhas paralelas (o que é ótimo e não estou reclamando), e assim sendo posso dizer que o longa funcionou demais, e já quero ver que rumos irão tomar na sequência, que espero que não demore novamente 7 anos.

No longa vemos que Big Nick está à procura de Donnie, que escapou da Europa e está planejando seu próximo plano: roubar uma carga de diamantes que equivale a mais de 800 milhões de euros do Centro de Diamantes, o prédio mais seguro da Europa Continental. Dessa vez, porém, Big Nick não está atrás de capturá-lo, mas sim está determinado a fazer parte do elaborado assalto organizado por Donnie e seu grupo, Os Panteras, deixando para trás seus dias de policial e xerife. O que ninguém imaginava era que, mergulhados no mundo complexo e imprevisível dos ladrões de pedras preciosas, o esquema deles envolveria os diamantes de outra máfia. Agora, é preciso escapar com vida de uma caçada letal com outros criminosos enquanto organizam o maior plano de suas carreiras.

Outro ponto que gosto muito é quando nas sequências não mudam a equipe técnica principal, de forma que o diretor e roteirista Christian Gudegast voltou para o seu grandioso projeto com muito mais dinheiro para não cometer os mesmos erros anteriores, e com um roubo muito mais ousado, ao ponto que vemos um filme redondo, sem abusos ou situações que nos envergonhe do que estamos vendo na tela, e dessa forma o diretor soube segurar tensões, desenvolver bem os personagens novos, e até não necessitar tanto que soubéssemos do que ocorreu no primeiro (o que é muito bom, afinal alguns atos ajudam a entender tudo melhor). Ou seja, é daqueles filmes que empolgam pela essência em si, que quem gosta de uma boa trama de ação pipoca, sem precisar pensar em nada entra no clima que o diretor propõe e vai até o final curtindo ótimas jogadas que ocorrem (e olha que apostei isso logo na primeira cena, fiquei em dúvida em alguns atos, voltei a acreditar na minha teoria, acertei no final, e fui levemente surpreendido com o desfecho - o que é sensacional nesse estilo, mostrando que o diretor evoluiu também).

Quanto das atuações, diria que Gerard Butler já está um pouco "velho" para longas desse estilo, mas que se souber encarar bem como um líder talvez, possa ainda voltar na sequência com seu Nicholas 'Big Nick' O'Brien, pois tem os trejeitos sacanas de policiais, mas também tem boa desenvoltura como ladrão, e ousando se jogar em cena acabou agradando com tudo o que fez na maioria dos momentos da trama. Já O'Shea Jackson Jr. trouxe ainda mais personalidade para seu com seu Donnie Wilson codinome 'Jean Jacques' na nova trama, sendo bem sagaz nos trejeitos, brincando com as facetas que o seu personagem precisava demonstrar, e com um jeito marrento, mas cheio de banca conseguiu chamar muita atenção por onde passou. A jovem Evin Ahmad fez de sua Jovanna 'Cleopatra' uma mente bem cheia de intenções, criando bem os planos e orquestrando tudo nos bastidores, sabendo jogar com a sedução e também com a esperteza, aonde a atriz trabalhou bem cheia de facetas. Ainda tivemos outros bons personagens, mas como a base ficou em cima desses, optei por não dar destaque para os demais, pois todos foram bem no que precisavam, mas tudo em segundo plano.

Visualmente a trama teve entregas de grande porte, com alguns carros chamativos, muitos diamantes de diversos quilates e cores, todo um ambiente bancário cheio de nuances e colocações (nem sei se existe realmente esse banco na França, mas ficou bem legal toda a estrutura da bolsa de diamantes), um cofre imenso e pesado, muitas preparações para enganar as câmeras, e claro como sempre um bom jogo de futebol para acabar com os seguranças, além de inserção de máfia italiana, assalto a aviões e tudo mais, gastando todas as balas possíveis numa grandiosa perseguição, ou seja, será que sobrou algo para uma continuação ou a equipe de arte usou até o último dólar?

Enfim, é um filme que sabemos bem aonde vai chegar, sem grandes surpresas ou situações que impactem, mas que acaba sendo divertido e interessante de entrar no clima, sendo daqueles bons passatempos que gostamos de ver sem precisar pensar em nada, sem ter de refletir ou sair da sessão tentando entender o que nos mostraram, então fica a dica, pois é o famoso bem feito aonde a continuação agrada até mais que o original. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, depois dessa maratona de filmes, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

Viva a Vida

2/01/2025 09:37:00 PM |

A diretora Cris D'Amato tem dois estilos bem presentes em seus longas, que ou ela acaba exagerando demais forçando a barra, ou entrega dramas cômicos familiares para se viajar bastante e rir de algumas situações bem colocadas, e felizmente "Viva a Vida" é um exemplar desse segundo estilo, aonde praticamente embarcamos junto dos personagens para Israel para encontrar os avós desconhecidos de uma garota somente pelas informações que juntou de alguns colares que apareceram no antiquário que ela trabalhava, e que usando claro de uma comicidade simples, porém emotiva vai conhecendo tudo deles sem falar de cara que é a neta, na busca da avó que fugiu do avô que mudou sua personalidade. Ou seja, é daqueles filmes simples e bem colocados na tela que nem sabíamos da existência, mas que acaba sendo gostoso de ver, pois sem precisar forçar o riso, acaba entregando desenvolturas e sintonias bem encaixadas na tela.

O longa segue a trajetória de Jessica, uma jovem dedicada ao trabalho e às responsabilidades, que leva uma vida regrada e cheia de contas a pagar. Ela trabalha em uma loja de antiguidades e parece não ter tempo para si mesma, sempre colocando suas obrigações à frente de seus desejos e sonhos. No entanto, sua rotina monótona sofre uma reviravolta quando, um dia, no trabalho, ela encontra um medalhão idêntico à joia deixada para ela por sua mãe, que faleceu quando ela era ainda muito jovem. Com o coração acelerado pela descoberta, Jessica vê o medalhão como um sinal do passado que finalmente se conecta com seu presente. Determinada a desvendar o mistério, ela se junta a Gabriel, um homem que afirma ser seu primo, mas cuja identidade e relação com ela permanecem incertas. Juntos, partem para Israel, onde começam uma jornada em busca das origens do medalhão e das pistas que ele pode revelar sobre sua família e sua história. À medida que exploram a terra cheia de mistérios e memórias, Jessica vai se deparando com mais surpresas do que imaginava: ela encontra parentes perdidos, descobre segredos de família guardados por gerações e, no meio dessa aventura, acaba se apaixonando. O que começa como uma busca por respostas sobre seu passado, acaba sendo uma jornada de autodescoberta, onde Jessica encontra não só suas raízes, mas também um lugar onde se sente completa e feliz.

Diria que o longa lembrou um pouco um dos primeiros trabalhos da diretora Cris D'Amato, "SOS Mulheres ao Mar", com uma pitada um pouco mais dramatizada e emotiva, aonde ela consegue nos transportar para os pontos turísticos de uma Israel lúdica aonde os avós aventureiros foram quando fugiram do país, tendo a trama uma pegada bem simples e claro cômica com a protagonista não chegando diretamente e falando que era a neta do dono da companhia turística, mas vivenciando a vida do avô pelos momentos e lembranças em casa parada da excursão, sendo algo bonito e bem dimensionado que funciona para a proposta da roteirista Natalia Klein, numa mistura de sensibilidade e conexão com o passado. Claro que o longa não é daqueles memoráveis, mas tem uma boa entrega na tela e acaba funcionando bastante com o que é colocado, ao ponto que os protagonistas não precisaram se esforçar muito para que o texto envolvesse, mas foram divertidos e funcionais ao menos.

Quanto das atuações, não sou o maior fã de Thati Lopes, mas aqui sua Jessica combinou bem com ela, entregando uma boa dinâmica, tendo atos interessantes sem precisar forçar, desenvolvendo trejeitos simples de forma a divertir de uma maneira leve e correta na tela. Rodrigo Simas foi bem com seu Gabriel, nao tentando ser engraçado, nem se jogando para um par romântico direto, ao ponto que funcionou bem, e teve uma boa química com a protagonista. Agora para falar de Jonas Bloch com seu Ben, preciso fazer uma enorme ressalva para a equipe de maquiagem e figurino, pois a cabeleira e a tentativa de rejuvenescer ele ficou muito estranha, ao ponto que merecia ter optado por um segundo ator para as cenas do passado, mas nos atos do presente o ator soube ser bem aproveitado e agradou com o que fez. Regina Braga foi utilizada meio como elo subjetivo, mas fez a história de sua Hava ficar interessante e com um boa entrega acabou agradando com o que fez. Quanto aos demais Diego Martins fez de seu Ramirez o famoso guia de excursão e Aline Dias nem teve chance de sua Stephanie aparecer muito, e sendo assim nem valem destacar muito.

Visualmente um ponto que gosto muito das produções da diretora é que ela leva sua equipe realmente para aonde a história se passa, não usando artifícios de locações semelhantes apenas maquiadas para parecer o local, e assim sendo acabamos passeando por uma Israel belíssima, com nuances de Tel Aviv, boiar no Mar Negro, ir nas minas do Rei Salomão, no muro das lamentações, tendo um batmitzva, entre outros lugares, usando de muitas fotografias com o sol ao fundo que acabaram agradando bastante na tela.

Enfim, esperava ver algo um pouco mais cômico, mas acabei saindo bem feliz com o resultado final que me foi entregue, sendo algo que vale a recomendação desde que saiba que verá uma trama simples, mas funcional, então fica a dica. E é isso meus amigos, não paro por aqui hoje, já que ainda vou conferir mais um longa hoje, então abraços e até logo mais.


Leia Mais

O Homem Do Saco (Bagman)

2/01/2025 05:54:00 PM |

Costumo falar que um bom longa de terror precisa causar algo no público, e não apenas criar a tensão para que demos alguns pulos com barulhos na tela, e o mito do "O Homem do Saco" é algo tão antigo que nossos avós já contavam e que em cada cultura tem uma desenvoltura diferente, de tal forma que realmente servia para assustar as crianças, e dessa forma o diretor poderia ter ousado mais na tela, ter criado cenas mais fortes e intensas para que o longa não ficasse apenas no básico, e claro que o ser tivesse algo mais marcante para impactar o público, pois as fraquezas do personagem até soaram bobas demais, mas a ideia em si foi boa e bem trabalhada.

No longa vemos que uma família vive um pesadelo após serem perseguidos por uma criatura mitológica maligna, o Homem do Saco. Patrick McKee acaba de retornar para sua cidade natal com seu filho Jake e sua mulher Karina. Quando era criança, o pai de Patrick costuma contar, para ele e seu irmão Liam, a história desse monstro que levava crianças inocentes numa sacola e as devorava. Convencido de que escapou de um encontro com o homem do saco na juventude, Patrick permanece com os traumas desse dia assombroso até os dias de hoje. Agora, a entidade parece estar de volta, ameaçando a paz e a segurança de sua família e com o menino Jake na sua mira.

Acredito que o diretor Colm McCarthy até usou bem o roteiro do estreante John Hulme, mas faltou por algumas coisas com um maior sentido para impactar o público com o que é mostrado na tela, pois ele criou alguns ambientes sem muita precisão, e desenvolveu pouco o drama do passado do garoto, de modo que o filme peca em criar o ser mítico na cabeça das pessoas, de modo que tudo tivesse uma formatação mais crível e tensa. Ou seja, não vemos um filme ruim, também na sendo algo muito bom, mas diria que o resultado tem até bons momentos que talvez em uma continuação pudesse ser melhorada.

Quanto das atuações, gosto do estilo de Sam Clafin, porém ele fez de seu Patrick McKee um personagem que já vemos ser perturbado antes mesmo do ser aparecer para ele, ou seja, ficou com cara de pânico do começo ao fim do longa, não trabalhando trejeitos ou interjeições que soassem marcantes na tela, e assim acabou faltando personalidade para que impactasse realmente. O garotinho Caréll Rhoden até trouxe um ar simpático para o seu Jake, porém a voz dublada que colocaram para ele beira o ridículo, e mais incomoda que agrada. Antonia Thomas demorou um pouco demais para que sua Karina demonstrasse tensão ou insegurança com tudo o que estava ocorrendo, de modo que ficou morna demais em cena. Já Adelle Leonce fez com que sua Anna ficasse bem desesperada quando tudo ocorre ao seu lado. Quanto aos demais, Will Davis apareceu um pouco como o Homem do Saco, mas não foi muito desenvolvido, valendo destacar o jovem Matthew Stag pelo que fez do protagonista quando criança com bons trejeitos ao menos.

Visualmente o longa é bem escuro, pois o ser apaga as luzes da rede elétrica para invadir as casas, mas foi bem sacado o elo dos pertences simbólicos de infância serem a proteção contra o ser, tendo uma casa comum, e as famosas babás eletrônica dando os devidos sustos no público. Ou seja, foram bem básicos com a cenografia e o resultado do que conseguimos ver na tela não impressiona como deveria, e falando do covil do Homem do Saco até que foi algo interessante de ver, que valeria mais cenas ali.

Enfim, é um filme que dava para ter ido muito mais além para impactar, mas que acabou não sendo tanta bomba quanto eu imaginava que fosse, ficando naquele limbo dos medianos que talvez lembremos algum dia quando sair continuação, isso se fizerem, já que não está dando muita bilheteria mundo agora. Fica assim sendo a recomendação com muitas ressalvas, e eu fico por aqui agora, mas logo mais volto com outros textos de hoje, então abraços e até breve.


Leia Mais

Emilia Pérez

2/01/2025 02:40:00 AM |

Com toda a sinceridade de quem escreve crítica a mais de 15 anos e que é viciado em filmes a mais de 30, já vi muitas injustiças nos vencedores dos Oscars, mas não lembro de nenhuma novela receber tantas indicações a mais chamativa das premiações, pois "Emilia Pérez" até tem suas qualidades musicais por ser diferenciado nesse sentido, o tema anda bem na moda, mas não é um filme nem aqui, nem na França por onde ele é indicado, muito menos no México que é aonde o "longa" se passa, sendo uma novelona mexicana musical com todas as letras possíveis, aonde a coadjuvante se joga por completo e chama atenção, aonde vemos a protagonista como um homem magrelo e raquítico minutos após a cirurgia todo enfaixado mais bem cheinho, e contando com muitas dinâmicas que não necessitavam serem musicalizadas. Ou seja, friso que não é algo ruim, mas tem tantos absurdos na tela que a todo momento me via com a mão na boca inconformado com o que estava vendo, e olha que esse que vos digita aqui adora musicais, então quem estiver pensando em conferir (afinal muitos brasileiros são bairristas e pretendem boicotar a trama já que é nosso principal concorrente) e não é adepto do estilo, nem passe pela porta que vai odiar do minuto 0 até o final.

A sinopse nos conta uma descontente e explorada, mas altamente qualificada, advogada chamada Rita trabalha numa firma focada em encobrir crimes ao invés de servir à justiça. Cansada dessa dinâmica e de estar desperdiçando seus talentos, Rita se depara um dia com uma proposta indispensável que pode tirá-la dessa vida: ajudar o chefe de um cartel, Manitas Del Monte, a se aposentar, sair de seu posto e desaparecer por definitivo. Juan, porém, tem aperfeiçoado esse plano em segredo há anos e envolve não só fugir das autoridades, mas afirmar sua verdadeira identidade: Emilia Pérez. Rita, então, ajuda-o em todo esse processo, garantindo que Emília possa finalmente viver seu mais autêntico e verdadeiro eu fora do radar.

Confesso não entender o motivo do diretor e roteirista Jacques Audiard trabalhar sua trama da forma musical completa, pois até alguns atos funcionaram bem no estilo, mas outros acaba sendo até um incômodo frases sem rimas serem encaixadas, começando logo de cara com "refrigerador", uma palavra grande que não combinando bem com as demais tentam ainda musicalizar num carro ao estilo de pamonha que temos por aqui, ou seja, até é bacana, mas irrita colocar tudo como música, além de dificultar a vida do elenco. Claro como disse temos alguns momentos perfeitos como o do jantar de arrecadação, pois ali aonde tem a canção que deve levar o Oscar, a atriz coadjuvante (que ao meu ver é principal, apenas sendo colocada como coadjuvante para levar mais prêmios) entrega algo incrível, mas o roteiro em si é muito novelesco, tendo a base principal no trio, mas sempre abrindo brechas para desenvolver um algo a mais que não necessitaria para a base completa da trama. Ou seja, é uma trama que mais incomoda do que agrada pelos atos bizarros mostrados, e com isso mesmo você indo preparado para gostar (como fiz questão de ir contra a maioria dos brasileiros que estavam torcendo muito contra e até boicotando as sessões - tinha apenas eu e mais um hoje na sessão) acaba ficando irritadiço com tudo o que vê na tela, e sendo assim acredito que o erro foi na escolha do desenvolvimento do diretor e não tanto no roteiro, mas quem conhece o diretor sabe que ele faz bons filmes, só não foi o caso aqui.

Quanto das atuações, já frisei acima e volto a dizer que é um dos melhores trabalhos de Zoe Saldana, entregando ritmo nas canções e desenvoltura nas movimentações cênicas e trejeitos, de modo que sua Rita tem muito mais atos importantes que a própria Emilia, e assim deveria se creditar como protagonista da trama, mas não é bem assim que os produtores decidem nas indicações, então como coadjuvante suas chances são muito maiores, e a atriz entregou muito, merecendo o sucesso que vem fazendo. Karla Sofía Gascón trabalhou muito bem tanto seu Manitas quanto sua Emilia, tendo claro no começo a falha gigante que falei de proporções logo após uma cirurgia, mas a atriz se mostrou cheia de expressividade e não falhou no que dependia dela, chamando muita atenção também. Já Selena Gomez fez de sua Jessi alguém para esquecermos amanhã, primeiro por parecer ainda jovem demais para o papel, depois por trejeitos estranhíssimos na maioria de seus atos, e por fim fazendo uma mistura gigantesca de espanhol com inglês que chega a dar nó na nossa cabeça, ou seja, o papel ali tinha de ser de outra pessoa. Quanto aos demais, a maioria fica bem em segundo plano, tendo Adriana Paz um pouco mais de cenas com sua Epifania e Edgar Ramírez com seu Gustavo, mas nada que impressionasse em seus atos na tela.

Visualmente a trama passeou por algumas cidades e foi bem representativa da cidade do México, mesmo não sendo gravado lá para baratear os custos de produção, tendo alguns atos gigantes com muitos figurantes, figurinos, danças, elementos cênicos e adereços de tudo quanto é tamanho e entrega, que até poderia chamar mais atenção, porém a todo momento temos quebras cênicas com fades-out (a famosa tela preta), que se resolverem lançar como novela ou série futuramente até funciona, mas aqui tirando a grandiosidade das mansões, projetos e tudo mais, não serviram para muita coisa.

Musicalmente, mesmo a trama não tendo a necessidade de ser inteiro cantada, acabou ocorrendo, e com isso, tivemos uma canção chiclete que fica em nossa mente chamada "El Mal" que provavelmente leve a premiação, e outras bem encaixadas na trama, mas volto a frisar que exageraram em cantar para tudo.

Enfim, é algo fora do padrão que muitos podem gostar e outros odiar, que recaiu demais para o estilo novelesco, e que até agora estou sem entender metade das 13 indicações ao Oscar e tantos outros prêmios, pois não é nem de perto o melhor filme do ano, então deixo a recomendação com tantas ressalvas que se eu falar que indico acabarei apanhando de muitos, e olha que repito que fui preparado para gostar do que iria ver ao contrário de muitos que já estão indo com pedras para tacar na tela, então resta ver o que acontecerá nas próximas premiações. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com muitos outros textos, afinal essa semana veio recheada, então abraços e até logo mais!


Leia Mais