Muita gente fechou a cara quando a Netflix comprou os direitos da franquia "Knives Out", mas é inegável que ela conseguiu manter o estilo de mistério, e claro o tamanho da produção com muitos personagens e dinâmicas, além de crimes mais complexos para nos deixar confusos e a explicação precisar ser convincente ao final, ou seja, conseguiram fazer com que a franquia fosse sua, sem desrespeitar o enredo original. Claro que quando se precisa explicar demais uma obra ou um mistério, há uma pontinha de erro do roteirista, mas posso afirmar que o resultado final do longa "Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out" ficou bem interessante, e principalmente não entregou logo de cara toda a ideia, deixando que nós fôssemos pegando as pistas e imaginasse algo, mas com tudo bem marcante e bem colocado para que nem o próprio detetive conseguisse (ou quisesse) revelar diretamente.
O longa nos mostra que o detetive Benoit Blanc retorna para desvendar o que talvez seja o maior e mais perigoso mistério de sua carreira. Depois de um assassinato súbito e inexplicável colocar uma cidade de cabeça para baixo, a chefe de polícia local une forças com o perspicaz detetive para encontrar o culpado e a verdade que desafia toda e qualquer lógica. Quando um padre é assassinado à vista de todos na igreja onde dava um sermão, sua morte, aos olhos de Benoit, parece ser fruto de um esquema grandioso e complexo.
Quanto das atuações, foi até engraçado ver Daniel Craig com tanto cabelo para seu Benoit Blanc, pois acostumamos a ver ele sempre com o corte mais baixo, que aqui parecia até outra pessoa, e como ele já pegou o jeitão do personagem, suas entregas acabam ficando entre o lado mais bobo e o investigativo, mas sempre com boas sacadas e seu famoso xeque-mate final, que dá o tom na tela. Josh O'Connor trabalhou o seu Padre Jud Duplenticy com uma entrega tão chamativa, com personalidade marcante e botando banca como protagonista do começo ao fim, ou seja, soube segurar demais tudo para que o filme ficasse dependente dele, mas sem soar chato com sua entrega. Agora fazia tempo que Glenn Close não pegava uma personagem tão intensa, e aqui com sua Martha Delacroix soube voltar aos seus tempos áureos e encarar uma personagem perfeita e cheia das nuances, com bons momentos e intensidades. Esse ano Hollywood abusou das heresias, pois colocar Josh Brolin com seu Monsenhor Jefferson Wicks foi algo marcante, chamativo e cheio das nuances, com o ator sendo bem cheio das imposições e contradições, trabalhando cenas fortes e fora do comum para um padre, e assim conseguiu chamar muita atenção na tela. Ainda tivemos outros bons personagens, mas não vou ficar falando muito para não entregar nada, de modo que desde Mila Kunis com sua Geraldine, passando por Jeremy Renner com seu Dr. Nat, tendo também Kerry Washington com sua Vera e Andrew Scott com seu Lee, além de Daryl McCormack com seu Cy e Thomas Haden Church com seu Samson, todos bem encaixados e chamativos dentro das devidas nuances que o longa pedia.
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O longa nos mostra que o detetive Benoit Blanc retorna para desvendar o que talvez seja o maior e mais perigoso mistério de sua carreira. Depois de um assassinato súbito e inexplicável colocar uma cidade de cabeça para baixo, a chefe de polícia local une forças com o perspicaz detetive para encontrar o culpado e a verdade que desafia toda e qualquer lógica. Quando um padre é assassinado à vista de todos na igreja onde dava um sermão, sua morte, aos olhos de Benoit, parece ser fruto de um esquema grandioso e complexo.
Uma coisa que sempre vai me deixar feliz em qualquer continuação, ou no caso aqui em manter o estilo, é segurar o diretor e roteirista Rian Jonhson desde o original no comando, pois ele sabe bem como a franquia funciona, tem tido boas ideias para que tudo fluísse da melhor maneira possível, e claro, tem ganhado dinheiro e carta branca para escolher vários atores para trabalhar em suas tramas, de tal forma que só o elenco de peso já faz você querer dar play no longa, e com ideias cada vez mais complexas. Ou seja, o diretor trabalhou um mistério tão bem amarrado que você fica pensando no começo como tudo pode ter rolado, e que mesmo mostrando depois toda a armação ainda fica tentando achar possíveis furos na dinâmica que não pegamos de cara, mas que davam para ser imaginados rapidamente. Se não me engando o contrato da Netflix é de 7 filmes, então veremos se a franquia terá fôlego para mais 5, mas o mais bacana de tudo é que não diminuíram a qualidade da produção, e muito menos forçaram o público a precisar ficar lembrando dos demais, sendo tudo bem independente, tendo apenas o detetive como elo participativo de toda a franquia, e assim o resultado funciona.
Quanto das atuações, foi até engraçado ver Daniel Craig com tanto cabelo para seu Benoit Blanc, pois acostumamos a ver ele sempre com o corte mais baixo, que aqui parecia até outra pessoa, e como ele já pegou o jeitão do personagem, suas entregas acabam ficando entre o lado mais bobo e o investigativo, mas sempre com boas sacadas e seu famoso xeque-mate final, que dá o tom na tela. Josh O'Connor trabalhou o seu Padre Jud Duplenticy com uma entrega tão chamativa, com personalidade marcante e botando banca como protagonista do começo ao fim, ou seja, soube segurar demais tudo para que o filme ficasse dependente dele, mas sem soar chato com sua entrega. Agora fazia tempo que Glenn Close não pegava uma personagem tão intensa, e aqui com sua Martha Delacroix soube voltar aos seus tempos áureos e encarar uma personagem perfeita e cheia das nuances, com bons momentos e intensidades. Esse ano Hollywood abusou das heresias, pois colocar Josh Brolin com seu Monsenhor Jefferson Wicks foi algo marcante, chamativo e cheio das nuances, com o ator sendo bem cheio das imposições e contradições, trabalhando cenas fortes e fora do comum para um padre, e assim conseguiu chamar muita atenção na tela. Ainda tivemos outros bons personagens, mas não vou ficar falando muito para não entregar nada, de modo que desde Mila Kunis com sua Geraldine, passando por Jeremy Renner com seu Dr. Nat, tendo também Kerry Washington com sua Vera e Andrew Scott com seu Lee, além de Daryl McCormack com seu Cy e Thomas Haden Church com seu Samson, todos bem encaixados e chamativos dentro das devidas nuances que o longa pedia.
Visualmente o longa foi bem montado para mostrar uma pequena cidade, mas praticamente nem temos muitos ambientes, focando mais nas cenas da Igreja antiga, a casa do zelador, a cripta e as salas de reuniões, indo rapidamente para algumas das casas dos personagens e para um bar diferenciado, com tudo sendo bem dinâmico e tendo poucos elementos cênicos para não jogar tantas pistas para o público, algo diferente do usual no estilo, mas que funcionou bem dentro da proposta.
Enfim, é um longa bacana, que diverte e entretém bastante, e que como todo bom longa de mistério faz com que brincássemos de tentar adivinhar as coisas, o que vai ser um pouco difícil, mas que dará para matar algumas coisas logo de cara, então fica a dica para o play, e eu fico por aqui hoje, já que está um dilúvio lá fora para ir na última sessão dos cinemas, então abraços e até amanhã com mais dicas.


































