A sinopse nos conta que na acidentada ilha de Berk, onde vikings e dragões convivem em constante conflito, vive Soluço, um jovem imaginativo e subestimado pelo pai, o Chefe Stoico. Diferente de seus conterrâneos, Soluço não possui habilidade para caçar dragões, mas busca provar seu valor. Tudo muda quando ele derruba um temido Fúria da Noite, mas, em vez de matá-lo, forma uma improvável amizade com o dragão, a quem chama de Banguela. Esse laço revela a verdadeira natureza dos dragões, desafiando séculos de tradições e crenças da sociedade viking. Com a corajosa Astrid e o excêntrico ferreiro Bocão Bonarroto, Soluço lidera uma jornada de transformação, questionando o medo que separa os dois mundos. Quando uma antiga ameaça ressurge, colocando em risco tanto os vikings quanto os dragões, a amizade de Soluço e Banguela se torna a única esperança de unir os dois lados.
Embora muitos não saibam, o primeiro filme dirigido por Dean DeBlois foi junto de Chris Sanders e se chama "Lilo & Stitch" que foi feito em 2002, mas basicamente quem levou todos os louros foi Chris, e 8 anos depois ele veio com esse projeto maravilhoso que tinha lido os livros de Cressida Cowell e havia se encantando, ou seja, fez os três belos trabalhos, encantou o mundo e só não levou premiações pelas datas erradas junto de grandes nomes na mesma época. Pois bem, quando o estúdio levantou a fala dizendo que seu primeiro projeto de live-action seria "Como Treinar Seu Dragão", não pensou duas vezes e falou que só liberaria o projeto se fosse ele a seguir com a direção, e o estúdio que não é besta, não pensou duas vezes, e pronto, podemos afirmar que depois de tantas adaptações mal-feitas para o estilo de animação com atores, aqui ele deu uma aula de como não estragar a essência e encantar ainda mais, usando personalidade e bons personagens, sem inventar a roda, fazendo o básico bem elaborado e botando o carisma e essência emocional em níveis fora do imaginário, tanto que o estúdio já lhe deu carta branca para começar o projeto da continuação antes mesmo do lançamento, pois sabem que o dinheiro vai vir, e o exemplo foi dado hoje, quase uma semana antes da sessão de estreia oficial com sessões praticamente esgotadas, combos sendo levados quase que na briga, e 2027 está pertinho para vermos a continuação, e ainda com uma área de parque completamente inteira para chamar de sua (o qual pretendo visitar o quanto antes, e certamente se emocionar por lá também!).
Quanto das atuações, vou falar pela expressividade em si de cada ator, afinal como já disse optei em ver dublado para me remeter as vozes que conhecia da animação, e sim foram exatamente todos os mesmos dubladores da animação de 2010 que voltaram aqui como Gustavo Pereira, Mauro Ramos, Luisa Palomanes e Claudio Galvão nos papeis principais; mas principalmente por gostar mais de Soluço e Banguela do que a forma que soa Hiccup e Toothless, que não são os nomes da leitura no livro. Dito isso, aonde esse garoto Mason Thames esteve escondido todo esse tempo, pois sei que foi muito bem e detonou em "O Telefone Preto" e já virá bem demais na continuação ainda nesse ano, mas ele ficou muito semelhante ao personagem original, possuindo até os mesmos traquejos faciais expressivos do desenho, sendo dominante nas dinâmicas e claro nos colocando passando a mão no dragão mais fofo que existe no mundo. É difícil reclamar de Gerard Butler quando ele pega um personagem para se jogar por completo, e aqui seu Stoico chega a ser um chefe até mais imponente que o da animação, com dinâmicas que chegam a assustar pela expressividade do ator, mas foi simbólico como um grande viking, e não desapontou de forma alguma com o que fez. O que tem de fã atacando Nico Parker por não entregar uma Astrid loirinha como muitos esperavam igual a da animação não está escrito, mas a jovem foi muito bem pensada antes da criação final, afinal nos livros ela tem essa fisionomia de guerreira, e não é algo muito comum de vermos mulheres angelicais no mundo viking, e assim contando com um semblante mais forte e menos doce, e a atriz trabalhou isso muito bem, soube ser explosiva e cheia de entrega e agradou demais nos momentos chaves. Ainda tivemos outros atores muito bem colocados, destacando todos os jovens muito bem representados, mas não vou me alongar no texto, apenas dizendo que fui surpreendido com tudo o que vi na tela, e nenhum ator ficou jogado de lado, o que mostra uma direção segura e bem certeira nesse sentido também.
Agora visualmente o longa ficou perfeito, ao ponto que estava com um certo receio que abusassem de semblantes muito fortes para que os dragões ficassem malvados e imponentes, mas souberam trabalhar algo que muito se vê no livro, os tamanhos de cada um, pois o Fúria da Noite, Banguela, bem longe do ser gigantesco que é na animação, aqui tem quase o mesmo tamanho de Soluço, e outros dragões também tiveram seus "poderes" mais bem exemplificados como lemos nos livros, então a equipe de arte computacional brincou com o público e deu as devidas nuances na tela para que tudo ficasse bem próximo de algo real, porém fantasioso como deveria ser, a ilha de Berk está com um primor visual incrível e as cenas de batalha com fogo ficaram realmente impressionantes, ou seja, pegaram quem trabalhou bem nas animações e falaram transporte isso para o realismo, sem ter de inventar muito, corrija os excessos, e pronto. Agora falando para os amigos que amam a tecnologia 3D, prepare-se para voar com Banguela, pois é lindo no mesmo estilo que James Cameron brincou com "Avatar", usando de tecnologia de imersão, de proximidade e tudo mais, ao ponto de você querer passar a mão nos dragões, fora que em todas as cenas de voo somos imergidos quase que em primeira pessoa, ou seja, são raros filmes que isso funciona na telona, e aqui foi perfeito.
Enfim, junto das mesmas trilhas sonoras de John Powell que seguraram o tom da animação, aqui vemos algo muito presente e envolvente com praticamente as mesmas canções, ou seja, um grande acerto na telona. Ou seja, falei a palavra perfeito diversas vezes aqui, e dar qualquer nota menor que a máxima seria uma loucura completa, pois certamente se eu rever, até acharei alguns defeitos, mas nessa noite eu sei que sonharei feliz com o que vi na telona, pois me emocionou como deveria, cumpriu com a missão de não estragar o que vi 15 anos atrás (justamente quando comecei as críticas, e infelizmente foi em Março que ainda não tinha o site), ou seja, que a briga entre o dragão fofo e o alienígena azul seja um grande sucesso para que os cinemas voltem a lotar, pois o acerto foi grandioso, e 2027 está logo aí para a continuação, com mesmo elenco, direção e tudo mais, então foco em não falhar caro Deblois. E é isso meus amigos, o texto ficou imenso, mas estou feliz demais com o que escrevi, então abraços e até amanhã com mais textos.
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