A trama conta sobre Carla e Gabriel, um casal que decidem fazer um simples churrasco para receber os amigos como uma inauguração de casa nova. No entanto, o que era para ser um encontro casual e sem grandes emoções, serve como palco para mudar a vida toda do casal quando a filha deles, Alice, uma adolescente cheia de opinião e influencer das redes sociais, confronta sua mãe. O motivo do embate é causado pelo falo de Carla querer se intrometer na vida da filha e espionar o seu celular. Revoltada com a situação e tentando provar para sua mãe que ela não faz nada de errado, Alice sugere que todos joguem um jogo onde o celular dos participantes devem ficar na mesa e todos precisam ler em voz alta cada mensagem que for chegando. Dessa forma o caos na família foi instaurado, pouco a pouco os segredos vão sendo revelados e todos ali na casa acabam se expondo mais do que gostariam.
Quem me acompanha sabe que geralmente vou de voadora em diretores estreantes, por exagerarem demais, ou até se perderem com o famoso "encher linguiça", mas aqui tenho de parabenizar a estreia de Júlia Pacheco Jordão em longas, pois ela soube pegar o tema do longa italiano de Paolo Genovese que já teve adaptações em todas as línguas, e colocar as situações que andam rondando nas mesas de amigos no Brasil (que claro não vou enumerar aqui para não dar spoilers), e mesmo tendo uma ou outra derrapada nas situações, o resultado da trama mostra uma direção consistente, dinâmica e que diverte, o que para uma comédia é o básico, mas que foi bem feito. Ou seja, é o famoso simples bem feitinho que funciona, e principalmente refaz de forma diferente o pensar que problemas traria se alguém lesse suas mensagens durante um bom churrasco.
Quanto das atuações, diria que cada um entregou um pouco para que o filme fosse numa crescente do caos todo, aonde vemos Danton Mello com seu Gabriel, um médico todo certinho, mas que tem alguns problemas grandes para entregar para os amigos, e seu jeito calmo e sem grandes explosões acabou dando um bom tom como anfitrião, sendo simples, mas bem feito na tela. Já Sheron Menezzes fez com que sua Carla, uma terapeuta, fosse bem mais explosiva do que a maioria da profissão, tendo alguns TOCs com seus móveis, farelos e tudo mais, e além disso a personagem tinha alguns segredos meio que grandiosos que foram explodindo juntamente com o semblante da atriz se fechando, o que foi bem divertido de ver. Fabrício Boliveira foi bem sacado com seu João, tendo uma entrega bacana sem grandes explosões, mas com diversos segredos que vão aparecer no final. Tivemos Giselle Itié com sua Luciana bem solta, mas virando uma fera no fechamento, fazendo par com Débora Lamm que deu para sua Paula um estilo mais fechado, mas com algumas boas nuances expressivas. E ainda tivemos Madu Almeida com sua Alice completamente desenvolta como toda boa influencer, mas bem estourada em diversos momentos. E para finalizar tivemos Luigi Montez com seu Renato completamente fora do eixo, afinal ir vestido de cosplayer para um primeiro almoço na casa dos sogros é loucura total.
Visualmente o longa é todo numa mansão bem bacana, mais precisamente na área de churrasco da casa, saindo dali apenas para algumas cenas no banheiro e no quarto da garota, focando a piscina por vezes e a mesa com os vários celulares, tendo toda a dinâmica bem em cima dos diálogos e das situações que vão ocorrendo, então a equipe de arte só precisou mesmo locar uma boa casa e deixar que tudo fluísse.
Enfim, não é um filme perfeito, mas me fez rir bastante com vários atos, então cumpriu com o dever de toda boa comédia, e assim sendo vale a recomendação para quem gosta do estilo talvez se espelhar com o que aconteceria. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.







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