A sinopse nos conta que ela o amava mais do que tudo, ele a amava mais do que todas as outras. Simone Signoret e Yves Montand foram o casal mais famoso de seu tempo. Assombrada pelo caso de seu marido com Marilyn Monroe e ferida por todos os que vieram depois, Signoret sempre recusou o papel de vítima.
Diria que a diretora e roteirista Diane Kurys fez bem a homenagem para os personagens, os retratando bem em suas épocas, porém faltou para ela ser mais sucinta com a entrega ou então trabalhar mais a essência direta dos casos e dos problemas, pois como disse no primeiro parágrafo, se você desconhecer por completo qualquer um que apareça na tela acabará sendo apenas mais um na vida deles, e isso infelizmente acaba sendo apenas uma enrolação maior. Claro que estou falando isso como alguém que já conferiu muitos longas franceses, então imagino quem viu menos ainda que certamente não conhecerá nem os protagonistas, ou seja, é um resultado bonito de se ver na tela, mas com uma história falha nesse sentido para um público mais amplo. Aliás, acredito que até mesmo na França atual, muitos nem saberiam nomear 10% de todos os personagens que aparecem na tela.
Quanto das atuações, já tinha falado muito bem de Roschdy Zem nessa semana com seu outro filme no Festival, e agora com seu Yves Montand posso dizer de cara que foi muito bom mostrar a transformação do ator no personagem com a maquiagem, pois em um primeiro momento ele ficou irreconhecível, mas depois conforme vai atuando vemos seu estilo tradicional, e sabemos como o ator entrega seus diálogos e trejeitos, então foi bem desenvolvido e soube segurar bem suas cenas com um traquejo mais galanteador. Outra também que ficou irreconhecível com a maquiagem foi Marina Foïs com sua Simone Signoret, de modo que sua entrega foi intensa e marcante, cheia de nuances para que a protagonista tivesse um ar emocional, mas sem ser uma vítima dos galanteios do marido, e essa essência que a atriz conseguiu botar nos seus atos foi tão bonita de ver que até esquecemos dos demais ao seu redor. Como disse, não conheço os demais personagens, então diria apenas que Cécile Brune trabalhou bem com muito carinho de sua Marcelle, a empregada da casa para com a protagonista, e tivemos muitas cenas com Thierry de Peretti com seu Serge Reggiani, mas sem ir muito além na tela.
Visualmente o longa teve um estilo bem clássico, mostrando a casa da família em Paris e a casa de campo, com algumas reuniões na área externa e alguns atos dentro delas, além de alguns restaurantes, spas e até atos de algumas gravações, tendo claro um ar de época bem trabalhado, figurinos marcantes e uma maquiagem de envelhecimento que por vezes falhou bastante na tela, mas isso é algo que não chega a ser um grande incomodo.
Enfim, é um longa bem interessante pela proposta em si, mas que talvez vá funcionar mais em sessões com fãs realmente do cinema francês mais antigo, que conheçam bem os personagens para ver as devidas interações, mas que fique preparado para algo mais lento na tela, pois a trama é alongada, e sendo assim recomendo com algumas ressalvas. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.







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