O longa acompanha uma história radical em busca da liberdade, mais especificamente sobre um fotógrafo, que no auge de sua carreira, decidiu largar todo o seu sucesso profissional e se dedicar totalmente a sua verdadeira paixão: a escrita. Enfrentando problemas relacionados à sua vida financeira e aos seus problemas pessoais, ele precisa persistir no seu objetivo para finalmente, ser feliz, mesmo que isso custe muito caro.
É interessante que a diretora e roteirista Valérie Donzelli escolheu um formato que pouquíssimos diretores escolheriam para trabalhar na tela, pois o estilo semi documental com uma pegada quase intimista acaba tendo que segurar demais o espectador para não perder tempo, e para isso acontecer o personagem precisa ser muito bom e o ator se entregar ao máximo para convencer o público do que está vendo, e ela não teve na maior parte do tempo nenhuma das duas coisas, resultando em um miolo que você raspa de dormir ou desistir do longa, porém foi bem feliz na escolha de como fechar o longa, pois praticamente esquecemos os defeitos e entramos na mesma onda emocional da trama toda. Ou seja, é um filme que ela poderia ter feito de inúmeras maneiras mais fáceis tanto para as filmagens quanto para o envolvimento do público, mas não foi essa a escolha, então acabamos sofrendo um pouco com todo o resultado que vemos.
Basicamente o filme é de Bastien Bouillon com seu Paul, de tal forma que como disse acima, ele precisava ter pego o personagem e assinado seu nome com seu sangue, mas foi apenas simbólico em suas entregas, desenvolvendo uma pessoa pronta para fazer diversos trabalhos, mas não tendo a força necessária para que nos apaixonássemos por ele, ou seja, ficou morno demais na tela, entregando dinâmicas mais simples que até agradam, porém pedia bem mais. Quanto aos demais, acredito que usaram até pessoas reais para a maioria dos papéis, apenas pedindo autorização para aparecerem na tela, então não temos nada demais que chamasse atenção.
Visualmente a trama também não foi muito ousada nos ambientes, pois como falei até parece que colocaram realmente o ator para fazer os diversos serviços e foram filmando, tendo um porão/estúdio bem bagunçado, um ato com um cervo e uma livraria como cernes fora dos trabalhos, é assim não tivemos nada muito chamativo.
Enfim, é um filme com uma proposta e um roteiro bem chamativo, mas que não foi além quanto poderia, sendo interessante de conferir, desde que não esteja com sono, pois o miolo é cansativo demais. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas como é sexta vou encarar mais um longa no cinema, então abraços e até logo mais.







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