Avatar - Fogo e Cinzas em Imax 3D (Avatar: Fire and Ash)

12/19/2025 01:05:00 AM |

Já vamos ao cinema esperando o máximo que James Cameron pode nos entregar, pois não tem outra forma de ir conferir "Avatar - Fogo e Cinzas" com toda a tecnologia que o diretor já vem fazendo há anos, e que cada vez transforma a computação gráfica em algo tão realista que impressiona do começo ao fim, tendo imersão de campo com uma profundidade perfeita, água saindo da tela, personagens se movendo entre computadores, fora as cenas épicas de batalha, em um filme que funciona demais visualmente. Porém, o diretor esqueceu a tesoura na gaveta da casa dele e não a levou para o estúdio, pois a trama de 195 minutos ficaria incrível e funcionaria perfeitamente com 120 minutos no máximo, tendo sobras fáceis para se cortar sem perder essência alguma na tela. Claro que voltamos ao começo do texto que a trama é linda demais e cortar coisas lindas é algo que nenhum diretor e muito menos o editor quer, mas já estamos no terceiro dos 5 filmes que ele pretende lançar sobre os personagens, e se ele não podar a árvore, daqui a pouco ficará algo mais cansativo do que emocionante, ainda que nossos olhos não parem de brilhar um segundo durante toda a exibição.

A trama mergulha no coração do bioma volumoso e biodiverso da região vulcânica de Pandora, onde a sobrevivência depende do fogo. Após a devastadora guerra contra a RDA e a perda do seu filho mais velho, Jake Sully e Neytiri devem enfrentar uma nova ameaça: o Povo das Cinzas, uma nova e agressiva tribo Na’vi, conhecida por sua violência extrema e sede de poder, liderada pelo implacável Varang. O misterioso clã é composto por guerreiros que controlam o fogo e cuja lealdade pode desequilibrar o destino do planeta. Diante de novos esforços humanos de colonização e do recente inimigo, a família de Jake deve lutar por sua sobrevivência e pelo futuro de Pandora, caso queiram as suas vidas normais novamente. Tudo isso vai levar eles aos seus limites emocionais e físicos.

Sabemos bem que o diretor e roteirista James Cameron é megalomaníaco, então projetos pequenos nem chegam perto dele, e desde que começou a franquia "Avatar" lá em 2009 conseguiu construir algo que sequer imaginávamos que o cinema seria capaz de entregar, pois já temos computação gráfica há anos, mas ser algo tão real era fora do comum de se esperar, de tal forma que aqui seu projeto praticamente é uma continuidade do segundo longa, trabalhando ainda mais com o povo da água, e usando bem o povo das cinzas, ou melhor, mostrando eles, pois praticamente a terra isolada e destruída que tanto falaram apareceu por pouquíssimos minutos na tela, ou seja, venderam algo e entregaram outra coisa, masa essência da guerra ainda persiste bem na trama, e vemos algo ainda mais esperado desde os primeiros filmes, que seria a famosa ajuda da deusa Eiwa, e dar mais sentido para os personagens secundários, tanto que o longa quase nos faz esquecer dos protagonistas, o que é um risco bem grande. Ou seja, Cameron voltou grandioso e disse que talvez a saga pudesse acabar aqui caso não desse bilheteria, o que duvido de ambas as situações, pois o filme vai se vender bem, e segundo que muitas cenas dos outros filmes já estão prontas, então não iria simplesmente jogar dinheiro no lixo, mesmo tendo muito dinheiro no bolso.

Como falei acima o bacana desse novo filme no quesito da atuação foi dar mais voz para os personagens secundários, de modo que ainda temos boas cenas de Sam Worthington com seu Jake, Zoe Saldaña com sua Neytiri e Stephen Lang com seu Quaritch, todos lutando bastante, tendo atos imponentes e chamativos, e dando muita conexão para todas as devidas dinâmicas como protagonistas, mas isso já falamos nos dois filmes anteriores, e aqui foi a vez de Sigourney Weaver brilhar com sua Kiri, descobrindo realmente aonde seus poderes vão, e o que ela é realmente, tivemos o jovem Jack Champion se jogando por completo com seu Spider, sendo bem imponente e chamativo pulando para todos os lados, e claro o jovem Britain Dalton com seu Lo'ak ainda inconformado com a morte do irmão por "sua" culpa, mas trabalhando bem nas dinâmicas do novo longa, porém a grande entrega ficou a cargo de Oona Chaplin com sua Varang completamente maluca e insana, cheia de personalidade e botando tudo para quebrar do começo ao fim do filme, fazendo seus rituais, e com uma expressividade imponente num nível máximo que chamou atenção demais. Claro que é o tipo de filme que como todos trabalharam captura de movimentos e expressões nem vemos realmente os atores "atuando" na tela, mas ainda assim os traquejos funcionam e chamam bastante a atenção, principalmente pela técnica em si.

Visualmente volto a bater na tecla que o longa é lindíssimo, sensorial, com cores, ambiente e personagens tão bem encaixados na tela que você praticamente voa junto, nada nos mares, sente as ondas espirrando e se encanta com todos os elementos cênicos colocados, até mesmo entrando nas batalhas e lutas, ao ponto de quase sentir toda a essência que a trama propõe, tanto que como falei no início, não considero tanto o longa como apenas um filme, mas sim uma experiência aonde você vai praticamente viver em Pandora, e claro que isso se deve a imersão da tecnologia 3D, com muitos elementos saindo para fora, mas principalmente dando a perspectiva de profundidade que na sala Imax ainda consegue nos deixar ainda mais imersos, ou seja, tudo é lindo demais, e vale pagar mais caro para ver com toda a tecnologia possível numa sala gigante, pois em casa ver o filme vai ser nada demais.

Enfim, é um filmaço incrível de acompanhar, que funciona demais na tela, mas que é um exagero ter 195 minutos de projeção, pois vai cansar a maioria, vai incomodar quem não é acostumado a ficar tanto tempo sentado vendo algo, mas que fazer o que, é a vida cinematográfica, e como disse acima não vai compensar ver em casa por partes, pois é a experiência que faz o longa ser belíssimo e envolvente, então se esforce e vá conferir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até breve.


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