A Empregada (The Housemaid)

12/20/2025 02:33:00 AM |

Quer me deixar feliz com um filme no cinema? Meta várias reviravoltas que eu não imagine acontecendo, do ponto que você acha uma coisa, logo depois já está em outro rumo, e para finalizar não era nada do que imaginava no começo. Ou seja, saí muito feliz com o que vi acontecendo no longa "A Empregada", que para quem assim como eu nem sabia da existência do livro vai se surpreender bastante com a história entregue aonde tudo acontece, mas que sendo um grandioso sucesso literário, os fãs não estão ficando tão contentes com as várias mudanças que ocorrem, e assim sendo a polêmica está lançada, e como sou um amante de filmes independerem de seus livros, só digo que funcionou bastante na telona, e fiquei ainda mais feliz com uma pré-estreia bem cheia, pois originalmente a data de lançamento é só dia 01/01/26!!

O filme conta a história de Millie Calloway uma jovem com um passado turbulento que busca um recomeço, então se candidata para trabalhar como empregada doméstica. Ela é contratada por Nina e Andrew Winchester, um casal milionário e perigoso, mas o trabalho se mostra muito mais difícil e sofrido do que imaginava. Nina suja todos os cômodos da mansão só para vê-la limpar, manda que ela leve e busque a filha do casal em todos os lugares e conta mentiras sobre a menina e tortura o marido com chantagem psicológica, mas Millie aceita tudo de cabeça baixa por empatia com Andrew e porque acredita que não conseguirá oportunidades melhores por causa de seu histórico problemático. No entanto, com o tempo ela descobre que os segredos da família Winchester conseguem ser bem mais sombrios e perigosos do que os seus.

O que acho bem engraçado é que o diretor Paul Feig sempre teve um tino mais puxado pro lado cômico, e aqui ao trabalhar bem o drama/suspense da escritora Freida McFadden ele precisou mudar bastante, mas ainda deixou algumas pontas cômicas que fizeram o público rir durante a sessão, e que soube criar as dinâmicas de uma maneira interessante para que o filme fluísse bem na tela, sendo algo intenso, cheio de boas reviravoltas, e que principalmente tivesse uma pegada marcante, aonde vamos nos envolvendo com os vários personagens, criando boas teorias enquanto vemos (o princípio de todo bom suspense) e que a cada derrubada dessas nossas ideias fôssemos pegos com algo ainda mais marcante. Ou seja, o diretor foi muito bem no que fez, e mesmo ouvindo depois de uma leitora do livro sobre as diferenças, aqui as ideias foram bem colocadas para não precisar explicar tanta coisa e alongar a trama que tem a duração perfeita para não cansar, e ainda assim ser mais "vendável" na tela, então diria que o resultado foi bem feito.

Quanto das atuações, posso dizer que o trio protagonista entregou muito na tela, sendo marcantes e chamativos para que cada ato fosse primoroso para a história. E vou começar com Sydney Sweeney que vem cada dia crescendo mais em seus papeis, e aqui sua Millie começa simples demais, vai se acostumando com o ambiente e depois quando sofre as várias consequências trabalha uma personalidade ainda mais forte e chamativa, acertando bem no que fez, fora que está bem bonita e chamativa para uma empregada, mas era essa a proposta do longa. Amanda Seyfried é daquelas atrizes que vez ou outra desaparece, mas que sabe entregar personalidade em todos os papeis que faz, sejam ruins ou bem bons como é o caso aqui de sua Nina, que literalmente parece tão surtada que acaba impactando logo no começo e só vai crescendo, sendo muito marcante como a personagem precisava ser. O mais interessante de tudo foi a reviravolta para cima do personagem Andrew que Brandon Sklenar fez, pois trabalhou todo um lado galanteador e depois mudou bem para o lado mais violento e chamativo, sendo intenso e cheio de nuances do começo ao fim, agradando com uma personalidade bem pronta para o que o longa precisava. Quanto aos demais, a maioria foi apenas enfeite cênico com Michele Morrone fazendo um jardineiro bem secundário, Elizabeth Perkins fazendo a mãe do protagonista, e assim sobrando para Indiana Elle tentar chamar um pouco mais de atenção com sua Cece bem parecida com a mãe.

Visualmente a trama encontrou uma mansão belíssima para os personagens viverem suas tramas, com o sótão tendo apenas um quartinho minúsculo da empregada, que depois é mais explicado o motivo claustrofóbico para ele, tivemos bons atos na cozinha e no cinema da casa, e alguns momentos chamativos também em alguns restaurantes e quartos de hotel, tendo toda uma composição misteriosa funcionando e cheia de detalhes nos elementos cênicos de cada ato na tela, desde garrafinhas de água até pratos de cerâmica luxuosos. 

Enfim, é uma trama que me surpreendeu bastante, tendo um resultado funcional incrível que acaba tendo bastante pegada e que quem não leu o livro irá gostar demais, já quem leu ficará talvez esperando um algo a mais ou reclamar das mudanças, mas ainda assim acaba funcionando bastante para todos, sendo um bom exemplar de mistério, valendo a recomendação. E é isso meus amigos, o longa está em pré-estreia nos cinemas com poucas sessões, mas a partir do dia 01/01 virá com tudo, então aproveitem para curtir, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais boas tramas, então abraços e até logo mais.


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