No longa vemos que o amor de uma mãe move montanhas para que seu filho viva uma vida normal e maravilhosa. O ano é 1963 e Esther dá luz para Roland que nasce com uma deficiência em que não consegue andar graças aos seus pés tortos. Esther promete para seu filho, apesar da opinião contrária de terceiros, que ele terá a vida que quiser, cheia de conquistas e momentos de sucesso. Esther passa a lutar para oferecer tudo que Roland deseja e cumprir a promessa. Esta é a história do amor incondicional de uma mãe por seu filho e os obstáculos sociais e físicos que ambos enfrentam durante os altos e baixos de uma jornada extraordinária.
Diria que o diretor e roteirista Ken Scott soube pegar o livro de Roland Perez e dar uma fluidez tão bem emocional, mas sem precisar apelar para que o público chorasse com sua história, de modo que vemos os ângulos bem alocados, vemos a sinceridade bem envolvente, e toda a entrega dos atores para com seus personagens, de modo que tudo flui de uma forma bonita e segura, não precisando recair para o lado novelesco que usualmente um longa desse estilo recairia. Ou seja, é uma direção firme, com classe aonde ele homenageia Esther Perez e todas as mães que se doaram para que seus filhos fossem bem além.
Quanto das atuações, Leïla Bekhti trabalhou bem sua Esther Perez, fazendo trejeitos bem clássicos daquelas mães que grudam nos filhos, cheias de ideias malucas e dinâmica bem intensas, agradando bastante do começo ao fim, sendo singela aonde precisava, mas sempre cheia de intensidade. Também tivemos boas entregas de Jonathan Cohen com seu Roland Perez adulto, bem disposto a ser diferenciada em suas cenas, sendo marcante na medida certa para que seus atos chamassem a atenção e a emoção para com sua mãe, e também nas cenas como um homem forte. Vale ainda dar bons destaques para Joséphine Japy com sua Litzie Gozlan e para o jovem Naim Naji como Roland Perez entre 5 e 7 anos, mais pelas expressividades deles, e claro a participação da cantora Sylvie Vartan que usou de maquiagem digital para aparecer nas cenas mais nova no começo do longa.
Visualmente o longa teve boas cenas no apartamento da família, mostrando todo o processo que o jovem passou para começar a andar, vemos seus estudos, danças de ballet, e claro a fascinação pela cantora trabalhando com vendas de discos depois, e claro mais ao final toda a essência do escritório de advocacia, desde o mais simples até um mais rebuscado, e também uma festa de aniversário com a cantora botando a voz para jogo, ou seja, a equipe até trabalhou bem, conseguiu fazer alguns atos simbólicos com a criança escorregando pelo chão e com uma boa maquiagem para o pé do jovem, sendo simples e efetivo na composição completa.
Enfim, é um longa bacana, que tem uma dinâmica interessante que não chega a cansar nem incomodar o espectador, mas que ficou no meio do caminho entre a comédia e o drama, não indo para nenhum dos lados e nem sendo uma famosa dramédia francesa, que pode ser que até segure o público, mas dava para ser um pouco mais conciso em alguns atos. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas vou conferir mais um longa do Festival hoje, então abraços e até logo mais.







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