Diria que o diretor e roteirista Victor Rodenbach soube ser bem criativo para mostrar os conflitos entre trabalho e vida pessoal, principalmente no mundo da arte, de modo que entramos em uma entrega que possivelmente tenha acontecido com ele para ter tantos detalhes do conflito relacional, e a rixa entre cinema e teatro, de modo que ele não quis inovar muito, mas também não deixou sua trama jogada, de modo que o clima leve e bem colocado acaba funcionando mais pela dinâmica do que pela história em si, é isso acaba sendo gostoso de ver, pois poderia dar tudo errado, mas felizmente não aconteceu, e dessa forma o resultado fluiu bem, mostrando que ele tem potencial.
Quanto das atuações, não lembro de outros filmes de William Lebghil, mas aqui com seu Henri, ele conseguiu trabalhar bem o estilo sem ficar adocicado demais, mostrando aqueles relacionamentos conflitos aonde tudo pode acontecer, e nenhum dos lados está aberto para ceder, de modo que vemos bons traquejos expressivos, meio que inseguros por vezes, mas que acaba agradando na tela justamente por isso. Outra que desconhecia foi Vimala Pons, que com sua Nora mostrou bem a vida confusa e corrida de diretores/produtores teatrais que precisam fazer tudo e ainda elevar o ego dos atores, trabalhando bem concisa, mas certeira do que precisava fazer. O longa foca bem mais nos protagonistas, até tendo outros personagens interessantes, mas sem grandes chamarizes, valendo destacar levemente Jérémie Laheurte com seu François Graziani e Pauline Bayle com sua Lou, mais pelas inversões que deram.
Visualmente o longa teve uma entrega bem divertida para mostrar os bastidores tanto do teatro, quanto do cinema, como a produção dos cenários, da composição dos personagens, e claro a criatividade de cada cenógrafo ou figurinista com suas brigas por escolhas, aonde vemos o apartamento bagunçado dos protagonistas, e também vemos as instabilidades de moradia, de família e tudo mais que a equipe soube brincar bem na tela.
Enfim, não é nada brilhante, mas que consegue funcionar e envolver com um bom gracejo na tela, sendo daqueles filmes que você acaba saindo da sessão com um bom sorriso na cara, valendo a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas vou conferir mais um longa do Festival de Cinema Francês do Brasil, então abraços e até logo mais.







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