A sinopse nos conta que um grupo de amigos, em plena crise de meia-idade, decide se aventurar em um projeto ambicioso: refazer o filme favorito de sua juventude. Buscando reviver a nostalgia, eles partem para uma floresta tropical. No entanto, o que deveria ser uma experiência divertida rapidamente se transforma em um pesadelo. Além dos desafios naturais do ambiente selvagem, eles se veem cercados por perigos inesperados, incluindo fenômenos climáticos extremos, criminosos violentos e a ameaça mortal de cobras gigantescas. Conforme enfrentam situações cada vez mais caóticas, os amigos percebem que a jornada é muito mais do que apenas um reencontro com o passado — é uma verdadeira luta pela sobrevivência.
Bom já podem entregar o prêmio de diretor/roteirista carisma do século para Tom Gormican, pois no seu segundo filme colocou Nicolas Cage sendo sacaneado por ser Nicolas Cage, e agora fez uma zoeira com o trash mais amado do mundo do final dos anos 90 (que era para ser estrelado por Cage inclusive, mas não bateu agenda, e foi substituído por Jack Black), ou seja, esse sabe dizer que tem um estilo definido e certamente iremos esperar outras coisas bem malucas vindo dele. E não está errado de forma alguma, pois volto a repetir o que coloquei no começo do texto, quando vai para a comédia bizarra e tosca, não pode querer ter coisas certinhas, tem de jogar tudo no ventilador e ir colhendo as loucuras para que faça algum sentido ao menos na composição completa, e aqui ele não brincou em serviço, tendo do começo ao fim muita insanidade, cenas absurdas por completo, e até assustando o público na sala não com algo de terror, mas sim por terem pago por uma sessão legendada e começar o filme falando em português (mas depois vimos que eram os personagens brasileiros da trama, ufa!).
Quanto das atuações, acredito que a substituição de Nicolas Cage por Jack Black foi muito positiva, pois deu um tom mais cômico e mais agitado que a produção pedia, além do estilo mais insano que Black conseguiu imprimir para o seu Doug, de tal forma que nos vemos muito nele como um sonhador, diretor de primeira viagem que acaba brincando bem com toda a loucura e fez fluir com as dinâmicas na tela, do jeitão maluco que conhecemos do ator. Paul Rudd fez seu Griffs ficar tão parecido com Ed Helms que por um leve momento fiquei pensando se ele tinha feito "Se Beber Não Case", mas tirando esse detalhe, o estilo misto entre o amigo galã e o medroso ficou bem colocado na tela, sendo bacana suas dinâmicas. Já tinha ficado meio claro no trailer que Selton Mello não iria muito longe com seu Santiago, mas seus atos foram bem encaixados com bastante presença, o que acabou dando um bom tom para que ficasse chamativo na tela. Agora quem foi bem colocado e divertido mesmo foi Steve Zahn com seu Kenny meio atrapalhado e maluco ao mesmo tempo, brincando com as facetas do roteiro sem se preocupar com nada na tela. Quanto das mulheres, Thandiwe Newton trabalhou sua Claire mais simbólica dentro das ações da trama, enquanto a portuguesa Daniela Melchior fez a brasileira Ana bem colocada, cheia de imposição nas cenas de ação.
Visualmente o longa teve muitos momentos dentro da floresta e também em um barco simples aonde vão viajando durante a expedição de filmagens, também tivemos algumas cenas em barcos menores e num set de filmagem gigantesco de outra produção, e claro temos de falar das cobronas, primeiramente com Heitor, uma Anaconda menorzinha, simpática até que deu alguns poucos sustos, enquanto do outro lado tivemos a gigantesca depois que perseguiu a equipe de filmagens com dinâmicas bem marcantes e computacionais, afinal não gravaram com nenhuma cobra de verdade, e os atores apenas precisaram imaginar bem para os sustos.
Enfim, é um filme que cumpre o que promete, não sendo uma refilmagem nem uma continuação, mas sim algo com a essência da cobrona e uma pegada cheia de sacadas divertidas, aonde quem for conferir esperando exatamente isso irá gostar bastante, já quem for esperando algo mais próximo do original irá se desapontar e ficar reclamando de tudo. Ou seja, vá tomar alguns sustos leves, ria bastante das maluquices, e preste atenção nas coisas faladas, pois vai dar todo o sentido para o que vai acontecendo no longa e principalmente na cena do meio dos créditos, então fique na sala e confira. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.







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