Diria que o diretor Rod Lurie não pensou duas vezes no estilo de filme que desejava entregar, pois a base da trama é o famoso "tiro, porrada e bomba" do começo ao fim, com algumas leves interações de personagens para mostrar suas vidas ali, as diversas trocas de comandantes, as tentativas de acordos com os aldeões locais, sendo tudo bem simples e colocado com minúcias em atos envolventes bem alocados para que o público não disperse com conversas comuns de soldados, com todas as codificações e trejeitos clássicos que quem costuma ver muitos filmes do estilo já está acostumado, deixando sempre livre o espaço para mais e mais cenas de ação, o que em hipótese alguma vou reclamar, pois é algo imponente, que não economiza no sangue em algumas das cenas, e que principalmente consegue ter um estilo próprio, não ficando nem perto dos clássicos do gênero, nem das bombas que já fizeram, sendo algo que quando conferirmos outro do estilo o colocaremos como uma boa comparação, pois o que ele fez com o texto escrito em cima do livro de Jake Tapper e das declarações de soldados na CNN foi algo único e bem interessante, que emociona e agrada na medida certa, o que é raro no gênero.
Sobre as atuações, por termos diversos atores e diversos momentos de destaque para cada capitão que assume o posto de comando, a maioria acaba não tendo atos para se desenvolver melhor, e isso não é algo ruim de acontecer, pois o filme acaba tendo um conteúdo maior do que atuações marcantes, porém o que Caleb Landry Jones entrega com seu Carter é algo completamente fora do comum, com um sentimento imponente, com expressões fortíssimas, e com dinâmicas tão convincentes que não tem como deixá-lo sem ser o grande destaque da trama, ao ponto que queríamos ver até mais dele, mas com os depoimentos finais do verdadeiro Carter vemos que o jovem ao menos não teve tantas sequelas, pois são cenas de tirar o fôlego as que acaba sofrendo. Scott Eastwood também deu bons traquejos para seu Romesha, sendo mais um personagem de comando, mas não deixando ninguém para trás e fazendo atos fortes e diretos, o que deu a ele um estilo bem dosado e marcante. Milo Gibson teve algumas cenas bem interessantes com seu capitão Yllescas, mas não se impôs tanto quanto deveria, e assim não foi tão além, embora tenha bons momentos. Ainda tivemos alguns leves destaques para Orlando Bloom com seu Keating, Taylor John Smith com seu Bundermann, mas sem dúvida os atos bem desesperadores de Scott Alda Coffey com seu Scusa e Chris Born com seu Mace vão fazer muitos se emocionarem.
Quanto do visual nem dá para para não aplaudir de pé o que a equipe de arte fez, pois embora sejam pequenas locações, como a sala de rádio, o dormitório, o refeitório, a enfermaria e a casa de munições, o longa ainda usa dois tanques como abrigo e diversos elementos espalhados pelo terreno, que na hora do tiroteio até parece tudo bem maior, pois é bala e bomba vindo sabe lá de onde nas montanhas ao redor, com muitos talibãs vindo de vários lados, cenas fortes com decepações, muita fumaça, fogo, explosões, e claro o figurino clássico dos dois lados, tendo tudo bem detalhado em armas e elementos cênicos, sendo notável cada momento da trama com uma imposição realista bem própria que faz reparar e claro muitos acharem até falhas, mas não desaponta de forma alguma.
Enfim, é um tremendo filmaço do gênero, que pode até ter falhas, mas que envolve e emociona bastante, e que quem curte o estilo entrará completamente de cabeça no desenvolvimento, além de que a música tema final "Everybody Cries" de Rita Wilson concorreu a algumas premiações, ou seja, bem recomendado e que valeria certamente ter visto nos cinemas, mas não perde nada com um bom som da TV, e assim fica sendo uma boa dica para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...