Epa! Cadê o Noé? 2 (Ooops! The Adventure Continues) (Two by Two: Overboard!)

3/26/2022 05:07:00 PM |

Costumo dizer que uma continuação bem feita faz a franquia se tornar poderosa e chamar atenção completa, porém é necessário vários fatores para funcionar por completo, e o principal é o carisma dos personagens ser mantido. E usando desse artifício, a trama irlandesa "Epa! Cadê o Noé? 2" entregou um longa bem divertido, que segue a mesma linha do original de 2016, e contando algo novo acaba sendo bem interessante, afinal vamos conhecer mais dos nestrians, sem perder a diversão e agradando com atos simples e novos personagens engraçados, ou seja, é algo bem básico, e que só quem viu o primeiro irá entender muitas situações, mas que funciona para entreter a garotada, e brinca bastante com vários elementos como a luminescência dos animaizinhos, a amizade descontrolada de todos, o fato de serem ótimos construtores, e até mesmo sacadas bobinhas para completar o clima, ou seja, algo que volta a funcionar, que segura bem o ritmo, e que sendo curtinho passa voando, agora é ver como terminarão a trilogia, afinal deram brecha para isso.

A sinopse nos conta que a arca de Noé flutua em mar aberto, com os melhores amigos Finny, Leah e muitos animais a bordo. Mas, depois de semanas sem terra à vista, o estoque de alimento está acabando. A frágil paz entre carnívoros e herbívoros pode se quebrar a qualquer momento e para complicar ainda mais a situação, os dois melhores amigos acabam levados ao mar por acidente, depois de uma série de trapalhadas. Leah - junto com seu novo amigo Jelly - acabam abandonados em uma ilha remota junto com os últimos suprimentos de comida. Enquanto Finny acorda em uma estranha colônia cheia de criaturas estranhamente familiares vivendo em harmonia - sob a ameaça de um vulcão. Em uma corrida contra o tempo, maré e tremores aterrorizantes, Finny deve resgatar seus amigos, se reunir com sua família e salvar uma colônia inteira da destruição total, além de salvar todos os animais.

Outro grande feitio para que o longa funcionasse foi de manter na sequência os diretores Toby Genkel e Sean McCormack, pois se ambos já tinha saído bem lá em 2016, saberiam o que colocar para que a continuação fluísse da mesma forma, e aqui eles foram bem amplos na ideia, mostraram sacadas boas de construção, e brincaram com o ambiente hostil em si que uma ilha pode trazer, desde estar preso a uma estrutura sem poder ir para nenhum outro lugar, até o problema de conhecer alguém completamente diferente de você, e usando desse estilo os diretores souberam brincar com as diversas cores, com todo o ambiente em si, e criaram bons momentos, personagens fortes e persuasivos como a líder dos nestrians, e claro mantiveram bem o ar da amizade predominante, que é algo que tem de sempre ser valorizado, e assim o resultado funcionou bem do começo ao fim, tendo alguns atos divertidos e até uma boa história.

Sobre os personagens, a base se mantém bem em cima de Finny e Leah, e os dois jovens brincam bem com todos os demais, tendo suas cores fortes e muitas aventuras para rolar, como pular de asa delta, se esconder no porão, montar bonecos iguais a eles, e claro muita desenvoltura na ilha, e junto deles agora colocaram uma água-viva bem divertida chamada Jelly, falante aos montes e que vai brincando com a responsabilidade dos jovens como pais dela, ou seja, a famosa lição de crescimento ao ter de cuidar de alguém. Ainda tivemos boas sacadas com a rainha Patch cheia de imposições, o chefe de segurança Clyde, e claro os pais das crianças Hazel e Dave que deram o tom nas buscas, ou seja, é um filme recheado de personagens coloridos, que faz com que as crianças queiram ver mais a todo momento, e isso é uma boa sacada, e usaram demais isso nos nestrians com cada um diferente do outro, usando de máscaras para assustar tubarões e tudo mais, e mesmo não sendo tridimensional, a pelagem dos personagens até tem uma textura interessante, algo que faz falta um pouco, mas não atrapalha.

No conceito visual, a trama foi bem ousada com uma ilha recheada de elementos bem marcantes, todo o problema do vulcão, a criatividade em fazer os spas, a sacada da colônia submersa recheada de detalhes, e claro o feitio do grande totem que de cara já vemos que vai ser usado para algo, além claro de vários detalhes provenientes do filme anterior, ou seja, a equipe de design brincou bastante.

Enfim, é um filme que até é bobinho demais, mas que entretém bastante e passa bem rápido, agradando desde os menorzinhos até os pais que forem levar eles na sessão, claro não caindo tanto para a galerinha do meio do caminho, mas dá para todos se divertirem, e assim valer a indicação. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.

PS: Diria que esse é até melhor que o primeiro, mas como já tinha dado nota 7 para o outro não tenho como dar nota maior para esse, então vamos ficar com a mesma nota.


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