O longa nos conta que Elio é um menino de 11 anos extremamente sonhador, artístico e criativo. Sua dificuldade em se encaixar o torna um garoto solitário, mas muito imaginativo. Sua fascinação pelo espaço e sua obsessão por aliens e vida fora da Terra acabam o levando por engano para Comuniverso, um reino onde opera uma organização interplanetária que abriga representantes de múltiplas e diferentes galáxias. A aventura dos sonhos de Elio começa e rapidamente ele é confundido pelas criaturas como o embaixador e líder da Terra. A partir daí, o menino precisa superar confusões e crises intergalácticas, formar laços com vidas alienígenas e descobrir quem ele realmente é e qual é o seu verdadeiro destino.
Sei que animação é algo complexo de se filmar e geralmente são feitos por duplas de diretores e roteiristas, mas aqui com três diretores de ideologias bem diferentes, um fez "Viva", o outro "Red" e um terceiro estreante na função, acabaram entregando algo exageradamente amplo de ideias e ideais, ao ponto que o resultado até é bonito de ver, mas que o público acaba saindo da sessão sem um sentimento pela trama. Ou seja, diria que faltou um consenso maior para a equipe de direção escolher o rumo mais acertado da trama, para que ao final aquele gostinho de emoção tradicional dos filmes da Pixar funcionasse, mas ainda assim volto a frisar que ficou bonito e tecnicamente impecável, porém acostumamos com um padrão alto demais da companhia, e o básico é algo inaceitável por lá.
Quanto dos personagens, nesse sentido podemos dizer que o garotinho Elio é muito simpático, tem uma pegada meio que fechada demais, porém consegue sobrepor isso com seu carisma e dinâmicas, ao ponto que até chegamos a nos afeiçoar a ele, e isso é o mais importante em uma produção que leva seu nome, ou seja, souberam brincar bem com toda a atitude sonhadora do jovem e sua entrega na tela. Agora quem não desejar ser amigo de Glordon já perdeu o amor a vida, pois o alienígena é muito carismático, tem dinâmicas divertidas e se entrega completamente para uma amizade com o protagonista, de modo que não é apenas aquele bicho bonitinho jogado na tela para fazer gracejos, mas tendo aquele algo a mais funciona bastante. Ainda tivemos outros bons personagens como os vários aliens do Comuniverso, e a tia do garoto, mas todos ficando mais em segundo plano.
Agora visualmente o longa é um luxo, belíssimo, com um céu cheio de profundidade, um realismo monstruoso em cima dos diversos objetos e detritos que estão ao redor da Terra, mostrando o motivo de muitas viagens não acontecerem, fora toda a tecnologia alienígena com bebidas, tradutores diretos, entre muitos outros aparatos, muitas cores diferentes na tela, além de todo o lado violento de um ser com sua armadura, que por dentro é fofinho e bonitinho, ou seja, a equipe soube valorizar até o rádio amador e tudo mais com os objetos cênicos. E quanto do 3D, temos muita imersão, dando uma profundidade cênica belíssima, que quem gosta de coisas saindo da tela irá reclamar um pouco, mas do contrário o envolvimento flui demais.
Enfim, é um longa bem feito, com uma proposta muito interessante, que talvez tenha faltado atitude para ousar mais na tela, e não ser apenas algo bonitinho de se ver, e depois esquecer, então fica a dica para quem for conferir com a criançada não ir esperando tanta coisa, pois não vai acontecer. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.


0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...