A sinopse nos conta que Janaína é uma jovem de dezoito anos que mora com a mãe e a avó em um conjunto habitacional na periferia do Recife. Ela é a primeira pessoa da família a entrar na universidade, mas uma gravidez indesejada ameaça os planos que ela havia traçado.
Diria que a diretora e roteirista Milena Times soube ter uma estreia em longas sendo singela com o tema, pois dava para fazer dois tipos bem diferenciados de trabalho com a situação, e por vezes poderia ter virado até um capítulo de novela, mas felizmente o resultado flui como cinema, traz a proposta na tela, mostra a escolha da garota frente a tudo o que está acontecendo com ela, e também mostra o impacto do remédio, mas também a ajuda das amigas e claro a sinceridade final da mãe, ou seja, vemos a proposta bem direcionada e bem dirigida, que funciona e sem enfeitar o doce, entrega bem um começo, meio e fim.
Quanto das atuações, a jovem Mayara Santos trabalhou bem toda a síntese que sua personagem Janaína precisava mostrar, desde os estudos difíceis na faculdade, a diversão no baile e no amor, a cobrança da família, e claro a dor da descoberta inesperada e dos remédios na escolha feita, mas mais do que isso, trabalhou olhares e emoções com boa sinceridade e estilo, o que acabou agradando e funcionando bastante. Vale destacar também em cena Bárbara Vitória com sua Kelly bem amiga da protagonista e sabendo encontrar conselhos, colo e boa sintonia, aonde o resultado funciona na tela. O longa contou com muitos atores e atrizes estreantes em longas, mas todos bem centrados e chamativos aonde precisavam, valendo também citar com boas dinâmicas, principalmente no fechamento Clau Barros como a mãe da protagonista e Cláudia Conceição como a avó, mas dentro de uma boa síntese não precisaram se mostrar muito para o resultado focar bem mais na jovem garota.
Visualmente a trama também foi bem simples, sem grandes anseios visuais, mas totalmente representativa, como o condomínio periférico aonde os personagens moram, o baile cheio de jovens na noite, toda a condução para ir estudar longe, o ambiente da faculdade aonde a jovem com seu financiamento busca opções de bolsas para ir mais além, o apartamento da amiga, e claro a forma ilegal de se conseguir o remédio, além dos modos de chás e tudo mais, sendo tudo sem grandes formatações, mas simbólico na medida.
Enfim, é um filme que não vai além da proposta, o que não é ruim, pois funciona de forma inteligente e sutil, e assim vale a recomendação de conferida na data de estreia. E é isso meus amigos, fico por aqui agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e da Embaúba Filmes pela cabine, e volto mais tarde com outras dicas, então abraços e até logo mais.
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