O longa conta a história de uma jovem garota chamada Yuri que vive num vilarejo remoto e isolado na ilha de Carpathia. Tímida e introvertida, Yuri cresceu com avisos de que nunca poderia sair após o anoitecer, criada para temer uma espécie reclusa da floresta conhecida como Ochi. Sob o estigma de serem criaturas perigosas e malignas, piores do que lobos e ursos, os Ochi são continuamente caçados pelos moradores da vila com quem possuem um atrito ancestral. Um dia, porém, enquanto acompanha seu pai numa dessas caçadas, Yuri esbarra com um Ochi bebê machucado e abandonado por sua matilha. Decidida a devolver o pequeno de volta para sua família, a jovem embarca numa aventura cheia de obstáculos e ameaças pelas montanhas e caminhos tortuosos da ilha. Ao se arriscar cada vez mais fundo dentro da floresta, ela descobre os segredos desse lugar, enfrenta desafios inimagináveis e aprende lições valiosas sobre o verdadeiro sentido da amizade, da coragem e a importância de proteger a natureza.
Diria que o diretor e roteirista Isaiah Saxon até foi bem criativo com o que desejava apresentar, mas cometeu o famoso erro de estreante em longas que é colocar tudo o que já viu em outros filmes no seu, e o mais interessante é que ele não começou pequeno, pois tem a produção dos Irmãos Russo junto da A24 Filmes, ou seja, veio com o pavão completo de penas abertas para entregar algo que certamente foi muito bem vendido nos bastidores. Ou seja, dava para o jovem diretor não inventar tanta moda e criar algo mais simples e bem feito, mas sonhou demais com a venda, e o resultado acabou ficando uma mistura completa de vários elementos gostosos, que junto ficaram com um gosto estranho, e isso é o famoso erro que acontece quando um diretor/roteirista tem um bom projeto, mas quando vê tanto dinheiro nas mãos, acaba se perdendo, não agradando nem os produtores, nem o público que vai conferir.
Um dos maiores problemas do longa acredito que tenha sido nas atuações, pois Helena Zengel fez sua Yuri totalmente sem carisma, ao ponto que mesmo tendo uma conexão até que bonita com o bichinho, não nos convence de seus atos, e não chama o filme para si, ou seja, faltou alguém ali que pegasse na mão da atriz e falasse para ela reagir e se expressar, e infelizmente isso não aconteceu com os demais atores. Gosto muito do estilo que Willem Dafoe costuma entregar para seus papeis, mas já está ficando exagerado ele aparecer em 11 de cada 10 filmes lançados, ao ponto que aqui pareceu até estar sem muita paciência para que seu Maxim (aliás nem sabia que ele tinha nome!), apenas gritando e se jogando para frente da câmera sem se expressar bem como costuma fazer. Emily Watson trabalhou sua Dasha com tanto conteúdo para ir além na tela, mas praticamente todos seus atos foram recortados, e isso fica nítido na tela ao ponto de esquecermos de sua personagem tão rápido quanto aparece, e olha que ela poderia ajudar muito no filme. Finn Wolfhard é um ator bem versátil na tela, e tem puxado sempre o carisma para si nos longas que tem entrado, mas aqui seu Petro é tão apático e sem rumos, que ainda estou pensando o que ele fez em cena, ou seja, não ajudou em nada. Quanto aos demais, é melhor nem entrar em detalhes, pois não fluíram, sendo apenas um monte de garotos atacando sem rumo algum, no melhor estilo "Peter Pan" que tem, ou seja, nem lembraremos deles.
Visualmente, a minha maior recomendação para quem for conferir o longa nos cinemas é procurar a sala com maior brilho possível, pois o filme é bem escuro, com cenas em meio de florestas e pântanos, além de casas quase sem iluminação alguma, aonde você verá somente o rostinho azul do bichinho, aliás aí está um ponto bem favorável, pois mesmo sendo algo meio como um morcego ou sei lá o que com seus dentes pontudos, os bichos são bonitinhos, lembrando uma mistura de Gremlim com o Stitch, com a carinha azul e muitos pelos, também tivemos o protagonista vestindo uma armadura estranha, e a casa de todos bem rústica e com um ar até certamente místico da mulher no meio da montanha. Ou seja, a equipe de arte até tentou ir além, mas não conseguiu mostrar todo seu potencial, e o culpado pode ser o diretor de fotografia que esqueceu de ligar a iluminação secundária para dar as devidas nuances.
Enfim, é o famoso filme que tinha muito potencial para talvez virar algo mitológico e com outros longas derivados, mas que foi tão mal aproveitado, que o resultado apenas acaba sendo bacaninha, não empolgando e não levando nada a lugar algum, e assim sendo recomendado apenas como algo bem mediano. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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