Baseado em uma história real, o longa nos situa na Polônia em 1984, aonde investigação sobre uma relíquia católica toma um rumo inesperado quando o detetive descobre uma rede que sugere um crime com implicações políticas de grande alcance.
Diria que o diretor e roteirista Sebastian Buttny até trabalhou bem seu material na tela, principalmente para quem conhece tudo o que foi o mundo dos anos 80 na Polônia, porém para quem desconhece as siglas e as ocorrências da época certamente ficará igual eu fiquei esperando algo maior acontecer, ou alguma situação explosiva chamar mais atenção, mas não, tudo é linear demais, as situações não se conectam como deveriam, e ao final temos algo tão solto que ficou parecendo que o diretor desistiu do que iria mostrar e foi embora para casa. Ou seja, tem tantas falhas no longa que é difícil defender o diretor, apenas posso dizer que de certa forma atiça a curiosidade, pois ficamos esperando o tempo todo uma resolução satisfatória para o mistério, mas não era essa a ideia do longa.
Quanto das atuações Mateusz Kosciukiewicz com seu Andrzej Baran até trabalhou uma síntese policial marcante, deu dinâmica e intensidade para seus momentos, e até tentou ir mais além com sua entrega, porém o foco do filme parace largar o protagonista sozinho em diversos momentos, o que não deveria ocorrer, e assim ele acaba se perdendo nos atos mais fortes. Michal Wlodarczyk até tentou fazer com que seu Grzesiek Leszczynski fosse imponente, mas surge meio que do nada e logo está bem conectado ao protagonista, ficando estranho essa interação fácil sem ser uma parceria comum dentro das diversas polícias. Ainda estou tentando entender qual era a relação completa de Lena Góra com sua Jola Baran, se era realmente a esposa do protagonista, ou apenas uma agente infiltrada, de modo que seus atos emotivos ficaram estranhos demais para empolgar, e os outros momentos mais fechados não entregaram sua proposta, ou seja, um desperdício da atriz no papel. Dobromir Dymecki trabalhou seu Marian Porebski meio como um amigo distante, mas também alguém de dupla personalidade na tela, ao ponto que pareceu bem colocado, sem botar muita banca, o que acabou estranho de ver. Ainda tivemos outros papeis estranhos, valendo leves destaques para Leszek Lichota com seu Padre Stefan sem querer ajudar como deveria e Andrzej Musial como o Capitão Karski que parecia apenas querer o carro do protagonista, além de dois "culpados" colocados em cena, parecendo mais perdidos que tudo.
Visualmente o longa até tem uma densidade interessante, mostrando uma catedral em reformas, alguns ambientes de reuniões da polícia, a casa do protagonista e algumas delegacias meio que diferentes, tendo os fiéis da igreja rezando na frente para acharem logo o santo roubado, e uma reconstituição meio que chamativa e forçada demais, ou seja, tudo com um tom frio regado a muita vodca e café.
Enfim, é um filme que aparentava ser bem mais interessante, mas que foi básico demais, não fluindo tanto quanto poderia, e acabando sem um fechamento decente, e assim sendo não posso recomendar ele, a não ser que você seja um expert na cultura polonesa dos anos 80. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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