O longa acompanha os preparativos para a primeira transmissão ao vivo do programa de comédia e variedades mais famoso da televisão norte-americana. O longa se baseia na história real do que aconteceu por trás das câmeras e nos bastidores durante os 90 minutos que antecederam o primeiro episódio do Saturday Night Live. Com muito humor e caos, a equipe enfrenta as desconfianças e a desesperança de quem achou que colocar essa ideia maluca e revolucionária de pé nunca daria certo. Ao mesmo tempo, esbarram com os desafios e as dificuldades de manejar uma equipe técnica e criativa fora do comum e vanguardista.
Sabemos que o diretor e roteirista Jason Reitman é daqueles bem malucos que inclusive já dirigiu alguns episódios do programa humorístico da TV, mas certamente ao conhecer os bastidores malucos do programa que aconteceu bem antes dele nascer, ficou fissurado para criar isso nas telonas, e aqui seu trabalho foi bem compensado com muitas premiações, mas mais do que isso ele conseguiu mostrar algo que muitos hoje morrem de medo que é a preparação para um programa ao vivo, que pode virar um caos em minutos antes do início, e de repente rodar os 90 minutos de exibição tranquilamente, e que claro depende muito do show runner ou produtor para acontecer. Ou seja, uma grande sacada foi trabalhar o longa com muitos planos-sequência, aonde as desenvolturas praticamente seguem o criador tentando fazer tudo acontecer, e assim a loucura fica brilhante, chamativa, e que vale muito para quem quiser trabalhar na área.
Quanto das atuações, é um filme com muitos atores, daqueles que cada um tendo sua personalidade e entrega consegue se desenvolver rápido e entregar dinâmicas, esquetes e desenvolturas na tela, então vou deixar de falar de vários, mas de certo modo todos fizeram o melhor que podiam para o caos ser completo na tela. Claro que o foco maior é em Gabriel LaBelle com seu Lorne Michaels completamente entusiasmado num primeiro momento, mas que depois vai perdendo seu brilho com tudo o que vai acontecendo, e o ator soube passar isso muito bem na tela, desenvolvendo traquejos e dinâmicas bem encaixadas, e principalmente quase desistindo de seu sonho. Matt Wood entregou um John Belushi completamente maluco, sem noção de sua entrega e agradando muito com isso. E ainda vale claro citar a entrega de Willem Dafoe sempre bem preciso, fazendo Dave Tebet um dos principais mandachuvas da NBC, pronto para destruir o sonho de Michaels, e com uma entrega bem marcada na tela.
Visualmente a trama mostra mais ou menos como era o prédio da NBC nos anos 70 com seus muitos andares cheios de estúdios, com pessoas espalhadas pelos vários cantos, com animais em cena, personagens bebendo e fumando, mil executivos, plateia, iluminação dando errado, cenário sendo construído as pressas, os famosos cartazes com os dizeres para dar liga nas piadas, e tudo mais, não saindo praticamente do ambiente maior, mas passeando pelos vários ambientes do estúdio, o que acabou dando dinâmica e muita entrega da equipe de arte, que certamente sofreu um bocado para conseguir colocar tudo o que o diretor desejava na tela.
Enfim, é um filme que muitos não vão captar a essência completa por não ser tão fã dos bastidores da TV, mas quem tiver a curiosidade de conhecer o caos completo de um programa ao vivo, e toda a dinâmica desse programa que já está para completar 50 anos no ar. Ou seja, vale o play para surtar, rir e entender alguns erros que tentam sumir de cena. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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