No longa acompanhamos a história do prodígio do kung fu Li Fong. Depois de uma tragédia familiar, Li e sua mãe se mudam de seu lar em Beijing para viver uma nova vida em Nova York. Ao chegar nos Estados Unidos, o jovem encontra dificuldades de superar o passado e se encaixar numa nova cultura. Diante desse mundo novo e desconhecido, ele tenta se estabelecer na escola, mas, apesar de não querer lutar mais, um rastro de problemas aparece e o persegue em todos os lugares. Quando seu novo amigo e colega de classe precisa de ajuda, Li atrai a atenção indesejada de um campeão local de karatê, uma rixa que o leva a se candidatar para a competição mais prestigiada do país. O problema é que suas habilidades não são o bastante para ganhar, levando seu mestre e professor de kung fu Sr. Han a recrutar o lendário Daniel LaRusso para guiar o novo pupilo nessa jornada. Li Fong, então, orientado pela sabedoria dos dois mentores, aprende uma nova maneira de lutar, unindo dois estilos e duas abordagens diferentes para se preparar para um espetáculo épico das artes marciais.
Talvez um diretor mais experiente em longas daria um vértice mais dramático e dimensionado para o longa, porém Jonathan Entwistle soube fazer em sua estreia algo meio semelhante aos jogos de luta, com pegadas mais fechadas e prontas para os conflitos, e dando leves aberturas para as situações cômicas com os demais personagens, de modo que o filme parece uma série mais acelerada, aonde talvez vários capítulos acabaram sendo entregues em minutos de tela, o que para alguns será algo ruim de ver, mas para aqueles que apenas queriam ver algo dinâmico bem colocado, o resultado acaba funcionando bem. Claro que passa longe de ser um filme memorável como os primeiros foram, mas não vai fazer Pat Morita se remexer no túmulo, mesmo sendo usado sua imagem para abrir o filme.
Quanto das atuações, diria que o jovem Ben Wang soube ter carisma e segurar bem demais o papel de protagonista com seu Li Fong, sabendo lutar bem e dar densidade para que seu personagem tivesse um trauma bem alocado para que seus trejeitos funcionassem, mas claro que poderia ter trabalhado um pouco mais as emoções na tela, o que não ocorre pela rápida dinâmica, porém não desaponta. A jovem Sadie Stanley trabalhou sua Mia como um bom interesse amoroso para o protagonista, e mesmo estando em algumas cenas de segundo plano, conseguiu chamar atenção e trabalhar expressões interessantes para que seus momentos fossem marcantes, ou seja, não se deixou apagar e agradou com o que fez. Aramis Knight forçou um pouco com os trejeitos de seu Connor Day, de tal forma que até achei que o jovem fosse um personagem da série, mas só entregou alguém briguento mesmo, ou seja, faltou desenvolver um pouco o personagem, e claro o jovem não ficar com cara de que comeu comida estragada o tempo inteiro, fora seus míseros diálogos. Joshua Jackson trabalhou bem intensamente seu Victor, tanto na faceta de pai e dono da pizzaria, quanto como um bom lutador de boxe e treinando do garoto, de modo que suas dinâmicas foram bem colocadas na tela, e o ator soube segurar a responsabilidade de seus atos. É engraçado ver que o trailer e a sinopse valorizaram tanto os atores Ralph Macchio famoso por ser o Daniel San lá dos primeiros filmes, e depois treinador na série que vem tanto aparecendo, e Jackie Chan como um professor de kung fu cheio de facetas com seu Sr. Han, mas só foram realmente usados em um grande momento de trailer, e o restante do filme apenas ficaram bem em segundo plano, claro que nesses atos fizeram muito, mas dava para terem usado mais eles na tela.
Visualmente sei que muitos não gostam de onomatopeias e desenhos gráficos de escritos na tela, mas super acho que combina com tramas de luta, e aqui a equipe de arte soube criar bons centros de treinamento na China, sendo algo bem bonito de ver no começo do longa, depois trabalhou uma Nova York clássica dos subúrbios, com tudo muito próximo, os prédios que as pessoas saem pela janela e já caem em becos, lutas de rua, lutas no alto de prédios, academias de treinos violentos, rivalidades de grupos e tudo mais bem desenhado na tela, além claro de uma tradicional pizzaria italiana sem as firulas que jogam em muitos países, além de um ringue de boxe tradicional bem alocado, ou seja, trabalharam tudo de forma rápida, mas bem colocada na tela.
Enfim, é um filme rápido, de fácil compreensão, que não exige que você pense em nada, e nem precise gastar seu tempo lembrando de personagens, com o tempo ideal de tela para ser exibido tanto na TV aberta quanto numa rápida passada pelo streaming a tarde, que certamente valeria ter explorado mais coisas para funcionar melhor, mas não incomoda e assim acaba sendo um bom passatempo. Então fica a dica para quem quiser se divertir e gostar claro de lutas conferir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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