A sinopse nos conta que o assaltante Eddie invade um SUV de luxo acreditando ter encontrado o alvo perfeito, mas cai em uma armadilha mortal. O veículo pertence a William (Anthony Hopkins), um autoproclamado justiceiro que impõe sua própria visão de justiça. Transformado em uma prisão sobre rodas, o carro torna cada movimento uma ameaça. Sem saída e à mercê de um inimigo frio e calculista, Eddie precisa lutar para sobreviver nesse jogo implacável.
Diria que o diretor David Yarovesky foi direto ao ponto que desejava com sua trama, pois certamente viu o original e a adaptação que foram feitas para que conseguisse enxergar algo diferenciado, e não apenas uma cópia com vozes nacionais, e isso foi uma grande sacada, pois dava para fazer algo tranquilo, com a mesma pegada e entregar, mas ao se discutir justiça de uma forma mais intensa, e não ficando somente em um dia inteiro como acontece nos outros longas, aqui com praticamente 5 dias o caos foi marcante e cheio de nuances, aonde o diretor pode criar as mais insanidades possíveis para que o assaltante sofresse muito nas mãos do médico sádico, e o resultado acaba impactando com as loucuras colocadas na tela. Claro que quem for pensando em ver os outros filmes que já conhece irá reclamar de muita coisa, mas com a escolha de um bom elenco e situações fortes na medida certa, o resultado flui e acaba sendo marcante, mesmo com um final fraco de essência.
Nem tenho o que falar das atuações, afinal é daqueles filmes que se o protagonista não souber segurar o longa, o resultado desaba, e Bill Skarsgård, sem maquiagens (afinal só vemos ele em personagens esquisitos e todo pintado), conseguiu dominar todo o pequeno ambiente com seu Eddie desesperado, nervoso e cheio de nuances, aonde cada ato por mais que o cara seja um assaltante acabamos ficando com uma certa pena dele, ou seja, foi bem demais. O mais engraçado é que Anthony Hopkins aparece somente nos atos finais com seu William (visivelmente bem debilitado com a idade avançada), mas sua voz e presença cênica com tudo o que faz com o protagonista é algo de uma mente doentia e muito funcional, ao ponto que se muitos pudessem fariam o mesmo com outros ladrões, ou seja, foi bem demais em tudo. Quanto aos demais, apenas aparecem em cenas espaçadas, mas vale um leve destaque para a garotinha Ashley Cartwright que soube entregar desespero no ato que o carro lhe persegue.
Visualmente falando, se os filmes anteriores foram bem baratos de orçamento, aqui a equipe de arte já esbanjou um pouco pois temos um tremendo carrão de luxo, totalmente blindado, com muitas câmeras, choque nos bancos e claro bons elementos cênicos dentro para o protagonista utilizar, e fora ainda tivemos alguns passeios por becos escuros e cheios de criminalidade, vemos alguns momentos de filosofia sobre a marginalidade nas grandes cidades, e claro algumas mortes bem intensas, ou seja, o ambiente fez a diferença na tela.
Enfim, é um filme que não dava nada para ele, que jurava que seria mais do mesmo, ou uma adaptação mal feita, mas o resultado final funcionou na tela ao ponto de me deixar tenso em alguns atos e vidrado em outros como em tramas de ação, ou seja, foi um bom acerto que vale a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...