O longa conta a história da amizade entre uma jovem menina humana e um alienígena fugitivo que parece um cachorro. Stitch (Chris Sanders), o experimento 626, é um extraterrestre expressivo que é adotado como animal de estimação por Lilo, uma imaginativa e rebelde garota havaiana, e juntos eles descobrem o significado de família. O jeito extrovertido de Lilo mais do que corresponde à energia caótica do pequeno monstro peludo e impulsivo que está sendo caçado pelos agentes da Federação Galáctica Unida. A amizade incomum entre os dois provoca uma série de confusões e problemas até com a assistente social que cuida de Lilo, observando seu bem-estar ao lado da irmã Nani, sua tutora legal desde a morte dos pais.
Diria que a melhor coisa que o diretor Dean Fleischer Camp fez em seu longa foi não querer inventar a roda, pois sabendo que a animação original foi um tremendo sucesso, a série derivada bomba até hoje em muitos canais, as pelúcias vendem que nem água, então qualquer deslize ou invencionice colocada na tela seria sua execução cinematográfica que ele não poderia pisar sequer em sua casa mais, e assim ele não foi bobo, fazendo o básico muito bem feito na tela, divertindo, transmitindo carisma com os personagens e contando com uma atriz mirim incrível na tela, ele pode brincar com as facetas, interagir bem com a cenografia tradicional e sair feliz com o resultado, que pode até soar bobinho para alguns, mas que tem essência familiar e consegue sem precisar forçar passar o bastão da adoção e do encontro para com jovens que perderam os pais. Ou seja, é um bom acerto, pois o diretor não precisou criar muito na tela, e principalmente, pode brincar com tudo o que tinha em mãos, fazendo algo chamativo e que certamente será lembrado futuramente.
E já que comecei a falar da atriz, diria que facilmente Maia Kealoha foi um achado da equipe de elenco, pois que garotinha expressiva e carismática, que mesmo não ouvindo sua voz, afinal vieram dezenas de sessões dubladas e meia sessão legendada para a cidade, conseguimos sentir sua presença cênica divertida, leve e muito ampla de traquejos, o que agrada do começo ao fim, e Sophie Figueredo Soriano deu uma voz bem característica de garotinha que combinou perfeitamente para o tom cênico que o longa pedia. Sydney Agudong até trabalhou bem sua Nani, meio desengonçada com o personagem principal, e atrapalhada por natureza, tendo boas intenções cênicas, mas sem chamar o filme para si, o que claro foi respeitado, afinal não é a protagonista. Agora quem me assustou visualmente foi Zach Galifianakis com seu Jumba, pois está completamente diferente do ator que conhecemos, e fez traquejos mais fechados e durões, que deram um bom tom "vilanesco" para ele. Billy Magnussen fez um Pleakey bem descontraído, com sacadas na dublagem de Mckeidy Lisita botando traquejos cheios de sotaque e personalidade, aonde ficamos até bem conectados com o personagem em si. E claro Marcio Simões deu a voz ao bichinho mais maluco e cheio de intensidade que conhecemos, fazendo seu Stitch ainda mais carismático, de forma que a equipe de computação brincou com texturas e dinâmicas na tela, e os grunhidos e vozes ficaram marcantes na tela.
Visualmente a trama teve uma boa representação do Havaí, com suas danças tradicionais, os famosos resorts e a casa até que bem simples da protagonista, claro muita bagunça pelas praias, festas e tudo mais aonde o bichinho passou, com uma computação de primeiro nível para que ele tivesse textura e movimentos bem fluídos junto da protagonista, não parecendo ser falso em momento algum, e também uma boa dose de animação gráfica com os personagens da Federação Galáctica Unida, tendo também momentos bem colocados e dinâmicas marcantes no longa. Quanto do 3D, acho que contei uma cena ou no máximo duas aonde se vê algo saindo da tela, e olha lá, mas serviu para ajudar na profundidade do personagem, o que com boas sombras deve ter funcionado bem também na sessão 2D, então fica a dica para quem quiser economizar e ir numa sessão tradicional.
Enfim, é daqueles filmes que funcionam e entregam o que promete, não sendo nada demais, não sendo algo memorável, mas que na tela agrada tanto os fãs quanto quem for apenas para ver uma boa dose de cinema familiar, então se divirta e pode ir conferir sem medo (ou melhor, com medo do povo fanático, pois tem uma galera indo em caravana praticamente conferir). E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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