A sinopse nos conta que Ethan Hunt e a equipe do IMF continuam sua busca pela terrível IA conhecida como Entidade, que se infiltrou em redes de inteligência por todo o mundo, com os governos do mundo e um fantasma misterioso do passado de Ethan em seu encalço. Com novos aliados e munidos dos meios para acabar com a Entidade de uma vez por todas, Hunt embarca em uma corrida contra o tempo para impedir que o mundo como o conhecemos mude para sempre.
O diretor e roteirista Christopher McQuarrie esteve a frente da franquia nos últimos quatro filmes e com isso foi bem arquitetado todo seu plano maior, criando as devidas desenvolturas para que os personagens se encaixassem bem na tela, as dinâmicas acontecessem, e principalmente uma história maior fosse desenvolvida, e detalhe, todos os quatro com começo, meio e fim, ou seja, estão interligados, porém tem sua aventura bem contada nos muitos minutos de tela, sem fazer com que o público saísse da sessão desapontado com algo jogado. Claro que pra isso acontecer, ele abusou um pouco de nós espectadores, criando cada vez filmes mais longos, e assim se ele inventar um próximo é capaz de precisar de intervalo, pois irá passar das 3 horas fácil, mas a grande sacada do diretor é que sendo um grande amigo de Tom Cruise, que é o produtor máximo da franquia desde o começo, ele faz todas as vontades malucas que o ator deseja acontecer na tela, então já vamos assistir aos seus filmes esperando qual será a maluquice da vez, e isso funciona dentro do estilo do diretor também. Ou seja, é um filme que você confere esperando tudo o que vai rolar, mas que não se surpreende mais por conhecer o estilo do diretor e do protagonista, tendo uma boa criatividade em cima da loucura da IA, mas que dava para o diretor ter trabalhado mais a fundo tudo, ou então ter condensado esse e o anterior para virar um bom filme só.
Quanto das atuações, tenho de falar o básico que Tom Cruise nem aparenta a idade que tem, sendo daqueles que não se limitam apenas em atuar, mas gostam de se jogar na produção do começo ao fim, e aqui seu Ethan que tanto conhecemos mergulha no mar gelado, encara as profundezas de um submarino abandonado, voa pelos céus e ainda faz as suas famosas frases de efeito bem encaixadas. Hayley Atwell foi quem mais evoluiu do filme anterior para esse com sua Grace, de modo que trabalhou bem os trejeitos e soube dominar na tela cada momento seu para ficar interessante e divertida ao mesmo tempo. Se no filme anterior Essai Morales fez um Gabriel bem imponente, aqui ele ficou muito em segundo plano, e nem aparentou ser um vilão grandioso para o papel, o que acaba desapontando na tela. Agora quem voltou bem expressiva e merecia mais tempo de tela foi Pom Klementieff com sua Paris, de modo que a atriz que já demonstrava um carisma monstro em outros filmes, conseguiu mudar de lado e entregar bons momentos na tela, mostrando que tem estilo e sabe bem além de lutar. Simon Pegg é daqueles atores que gostam do que fazem na tela, ao ponto que seu Benji era pra ser um personagem jogado, apenas alguém que criasse as armas para o protagonista, mas acabou se desenvolvendo tanto com um ótimo carisma, que aqui entrega muito na tela. Ainda tivemos outros muitos bons atores e personagens, mas não vou me alongar muito, mas gostaria de deixar uma colocação apenas que a maioria dos produtores e roteiristas juravam que Kamala Harris ganharia as eleições, pois já é o terceiro ou quarto filme que colocam uma atriz negra como presidente americana, ou seja, apenas esqueceram de contar para os delegados do país.
Visualmente a trama é bem dimensionada, tendo alguns bons atos no mar dentro de submarinos, tivemos alguns momentos no ar com aviões em movimento para o protagonista fazer suas artes, alguns momentos com bombas imensas para serem desarmadas, bons atos no gelo e neve, e alguns momentos num centro operacional da presidência decidindo o que fazer com as muitas ogivas nucleares prontas para explodir, sendo o filme da série com menos atos abertos, o que talvez tenha sido mais economizado na produção.
Enfim, é um filme grandioso e funciona na tela, sendo bacana para quem gosta da franquia e desejava ver um bom desfecho cênico, mas acabaram forçando um pouco demais, de modo que dava para ter alongado ainda mais o filme anterior colocando alguns momentos-chaves desse, e o resultado seria muito melhor. Ou seja, é um filme que quem for conferir não irá se desapontar com a entrega, pois é bom no que vemos acontecendo, mas a história dava para ser condensada fácil com praticamente uma hora a menos. E é isso meus amigos, deixo a recomendação para quem for já adiantar ele, afinal a estreia real é dia 22, mas a semana inteira já tem boas sessões em todos os cinemas, para fugir do "cachorrinho" alienígena azul que vem com tudo na mesma data. Então abraços e até amanhã com mais dicas.
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