A sinopse é simples e nos mostra que após a perda de sua mãe, Joe Scaravella (interpretado por Vince Vaughn) arrisca tudo para homenageá-la ao abrir um restaurante italiano com um grupo de avós locais como chefs.
O que mais gosto no estilo de direção de Stephen Chbosky é que ele permite em seus filmes que você entre para dentro da trama e se envolva com os personagens, ou melhor, era o que ele mais acertou seja em "As Vantagens de Ser Invisível", "Extraordinário" e "Querido Evan Hansen", mas aqui foi justamente o que ficou faltando para o longa ser incrível, pois se sentíssemos a presença familiar italiana envolvendo mais na tela, o resultado acabaria ficando genial e não apenas comum. Volto a frisar que a história de Joe Scaravella não é ruim, e a ideia do rapaz foi brilhante, pois quem não gosta de uma boa comida de avó, mas agora após saber quem era o diretor fiquei ainda mais decepcionado, pois ele sabe fazer algo emocional bem colocado, e facilmente conseguiria com poucos ajustes fazer algo lindo de se ver, e não apenas algo básico como foi entregue.
Talvez o maior erro do diretor tenha ficado com a produção de Vince Vaughn, que provavelmente algum dia almoçou no restaurante de Joe e se apaixonou pela ideia arrumando um bom roteirista e um excelente diretor, com a clara condição de que fosse o protagonista da trama, e o ator é bom em tramas cômicas ou mais jogadas, não sendo alguém bem colocado para algo emocional realmente, então fez seu papel sem grandes chamarizes, e ao final vemos que o verdadeiro Joe nem se parece com ele, ou seja, dava para produzir, ganhar dinheiro e talvez arrumar alguém que impactaria na tela. Quanto das vovós que mandam ver nos pratos vale o destaque desde a belíssima Susan Sarandon com sua Gia imponente e cheia de história para o papel, passando pelas duas briguentas siciliana e bolonhesa Antonella e Roberta bem vividas por Brenda Vaccaro e Lorraine Braco que foram dinâmicas e intensas na tela, até chegarmos na mais fechada ex-freira Teresa que Talia Shire soube brincar com o que tinha em mãos. Ainda tivemos bons atos de Joe Manganiello com seu Bruno e Linda Cardellini com sua Olivia, mas bem de forma secundária dentro do envolvimento completo da trama.
Visualmente a trama é básica, mas muito comum de vermos em filmes de famílias italianas, cheias de pessoas comendo e opinando em voz alta, numa confusão tremenda que só eles entendem, isso nos atos do passado, depois vemos o protagonista enlutado em sua casa simples, e o restante da trama foca na construção e preparação do restaurante e dos pratos que serão servidos, sendo algo chamativo, mas simples e bem trabalhado pela equipe de produção e de arte, unindo o passado talvez importante para o verdadeiro do baile de formatura que deu os canos na moça, e claro os poucos clientes do começo até o grande boom após a avaliação como ambiente familiar, ou seja, tudo bem feitinho sem grandes chamarizes.
Enfim, é um filme leve e muito bem feito, que tem como principal defeito a falta de emoção, mas que não chega a ser algo que atrapalhe e desabone demais a trama, valendo como disse no começo como um bom passatempo, e assim fica a dica para quem quiser dar o play. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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