O longa na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, onde o assassinato da filha de um congressista que odeia imigrantes asiáticos chamado Grant (John Cusack) provoca um caos na região de Chinatown. O principal suspeito do crime é o filho de Bai Xuanling, um dos líderes locais e homens mais influentes do distrito. Com a população revoltada pelo crime, exigindo o fechamento do bairro, Bai Xuanling tenta salvar seu filho da perseguição e linchamento populares. Para isso, ele recorre ao jovem Qin Fu, um mestre do pensamento lógico e do raciocínio, e a Ah Gui, um homem que chega à cidade em busca de vingança por seu pai adotivo. Em parceria, a dupla vai a fundo no caso para descobrir o que de fato aconteceu com a menina.
Diria que o diretor e roteirista Sicheng Chen foi bem ousado na proposta de mostrar investigações no ano de 1900 nos EUA, e ainda brincar com a sina dos imigrantes na cidade, pois seu filme ficou coerente, divertido e com pegada, só talvez se usasse outros atores poderia brincar como foram evoluindo até chegar nos anos atuais que se passam os outros filmes, e não algo meio que jogado fora do encaixe. Ou seja, ele mostrou técnica para incluir bem a desenvoltura dos anos 1900, mostrou um pouco das brigas entre os povos que viviam na cidade, e trabalhou claro a onda política sendo direto dentro da história e pontual nas críticas atuais, não deixando que seu filme ficasse engessado, e principalmente que não dependesse dos outros longas, porém incomoda bastante a necessidade explicativa do final, mostrando algo "inteligente" para "burros", e isso é uma falha grave.
Quanto das atuações, Haoran Liu fez seu Qin Fu meio que bobão demais para os atos entregues até o final, parecendo não querer ser marcante como um detetive imponente precisaria ser, e isso acabou faltando dentro dos elos mais chamativos da trama, ou seja, só no final que ele se jogou como um detetive, deixando de lado o estilo jogado, e isso incomodou. Já Baoqiang Wang soube brincar como um indígena para que seu Gui funcionasse e divertisse na tela, sendo interessante de proposta e de traquejos, para que seus momentos fossem bem além de algo bobo, ou seja, trabalhou com o que tinha para fazer. Ainda tivemos alguns atos bem colocados com Chow Yun-Fat com seu Bai Xuanling meio como um chefão de Chinatown, com trejeitos fortes e bem chamativos, representando seus atos com estilo. E John Cusack acabou sendo pouco usado dentro do contexto geral do filme com seu Grant, tendo quase todas suas cenas apenas sendo apresentadas no ato final, ou seja, dava para ter ido mais além. Vale ainda um leve destaque para Steven Zhang com seu Bai Zhenbang dinâmico e cheio de vontade libertária, trabalhando com estilo e sendo bem usado pelo diretor.
Agora sem dúvida alguma a equipe de arte trabalhou bem demais, tendo alguns ambientes de época imponentes, alguns nem tão usados como as estátuas de abertura na China e fechamento dentro da casa do político (apenas para representar o "roubo" entre países), tivemos alguns atos na cidade quase que numa pegada de velho-oeste, a fábrica de seda gigantesca, alguns momentos intensos mostrando os crimes acontecendo, e até algumas dinâmicas com apresentações para os populares seja na frente do tribunal de justiça ou dentro dele. E ainda usaram meio que rapidamente ao final todo o abuso de imigrantes chineses para as construções do país, ou seja, foram imponentes nesse sentido da tela.
Enfim, é um filme que dava para ter ido mais além dentro da proposta investigativa, mas que funciona dentro da dinâmica toda, só sendo um pouco alongado demais, aonde enrolaram na apresentação e no miolo, precisando correr no final, o que é uma pena, pois dava para brincar melhor com o tempo. Não é um filme que impressiona, mas que tem muitos fãs e com isso acaba sendo uma boa dica para conferir nas cidades que entrará em cartaz a partir do dia 15/05, e assim sendo apreciem, pois vale o ingresso. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e da Sato Company pela cabine, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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