Até que ponto um filme alternativo consegue beirar o limite de não incomodar o público que vai assistir ele comercialmente? Essa é a premissa que "Elena", documentário de ingresso de Petra Costa em longas-metragens, vem enfrentando por ser algo completamente diferente do que o público está acostumado a ver nos cinemas, pois não é nem um documentário tradicional, muito menos um drama ficcional. O longa beira mais uma homenagem de uma irmã para outra, mas contado de forma introspectiva e auxiliado por uma montagem precisa que acaba nos envolvendo com o brilhantismo sensato de uma história real e ao mesmo tempo imaginário por elucidar a imaginação que cada irmão cria do outro. Com isso o filme acaba mesmo que muito diferenciado agradando tanto visualmente quanto pela história que é contada, embora ele não tenha tino comercial nenhum, o que acabou me surpreendendo por passar numa sala comercial com um público até que considerável e não como aconteceria tradicionalmente num festival depois de meses da estreia.
O longa nos mostra que ao viajar para Nova York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no Brasil uma infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar implantada no país, e também a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos. Duas décadas depois, Petra, já atriz, embarca para Nova York atrás da irmã. Em sua busca Petra apenas tem algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros. Ela acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado.
O interessante do filme é a forma da busca interior da própria diretora que consegue se entregar completamente dentro de um longa que busca fazer uma homenagem póstuma para sua irmã, e com isso acaba mesmo que num filme extremamente narrado, o que particularmente não me agrada nem um pouco, agradando com uma história de vida difícil, mas que de forma bem contada acaba sendo bonita e pra isso a diretora trabalhou muito bem tanto com imagens de arquivos familiares e quando não projeta imagens criadas com uma câmera empunhada de maneira precisa para elucidar um visual perfeitamente belo.
O longa pode cansar um pouco os mais desavisados que chegarem prontos para ver um filme comercial, mas se aproveitado de uma maneira interior e tentar se projetar no lugar da diretora até que se consegue aproveitar muito mais do filme e o que acabamos tendo é uma experiência bem bacana com tudo que é mostrado na tela do cinema.
No geral eu o recomendo pra todos e todas que pretendem seguir a carreira artística, para ser usado como referência na busca interior para se conhecer melhor e se autoprojetar no personagem que irá fazer. Além desses, recomendo também para quem já está cheio de filmes tradicionais, pois este é completamente diferente principalmente se levarmos em conta os documentários pessoais que muitos artistas vêm fazendo na constante modinha que anda por aí. Enfim, se você gosta de filmes alternativos a chance de gostar desse é bem alta, mas se não gosta até pode começar a gostar vendo um que não chega a ser tão rebelde como costumam ser os filmes alternativos. Fico por aqui praticamente fechando essa semana cinematográfica, terei uma pré-estreia no meio da semana e claro chegando aqui já compartilho com vocês, além de um Cinecult que irei ver na quinta-feira, então abraços e até terça pessoal.
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O longa nos mostra que ao viajar para Nova York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no Brasil uma infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar implantada no país, e também a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos. Duas décadas depois, Petra, já atriz, embarca para Nova York atrás da irmã. Em sua busca Petra apenas tem algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros. Ela acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado.
O interessante do filme é a forma da busca interior da própria diretora que consegue se entregar completamente dentro de um longa que busca fazer uma homenagem póstuma para sua irmã, e com isso acaba mesmo que num filme extremamente narrado, o que particularmente não me agrada nem um pouco, agradando com uma história de vida difícil, mas que de forma bem contada acaba sendo bonita e pra isso a diretora trabalhou muito bem tanto com imagens de arquivos familiares e quando não projeta imagens criadas com uma câmera empunhada de maneira precisa para elucidar um visual perfeitamente belo.
O longa pode cansar um pouco os mais desavisados que chegarem prontos para ver um filme comercial, mas se aproveitado de uma maneira interior e tentar se projetar no lugar da diretora até que se consegue aproveitar muito mais do filme e o que acabamos tendo é uma experiência bem bacana com tudo que é mostrado na tela do cinema.
No geral eu o recomendo pra todos e todas que pretendem seguir a carreira artística, para ser usado como referência na busca interior para se conhecer melhor e se autoprojetar no personagem que irá fazer. Além desses, recomendo também para quem já está cheio de filmes tradicionais, pois este é completamente diferente principalmente se levarmos em conta os documentários pessoais que muitos artistas vêm fazendo na constante modinha que anda por aí. Enfim, se você gosta de filmes alternativos a chance de gostar desse é bem alta, mas se não gosta até pode começar a gostar vendo um que não chega a ser tão rebelde como costumam ser os filmes alternativos. Fico por aqui praticamente fechando essa semana cinematográfica, terei uma pré-estreia no meio da semana e claro chegando aqui já compartilho com vocês, além de um Cinecult que irei ver na quinta-feira, então abraços e até terça pessoal.