O longa acompanha o desaparecimento de 17 crianças – exceto uma – de uma mesma classe que misteriosamente, ao mesmo tempo, fogem de suas casas de madrugada. Sem nenhum sinal de arrombamento ou sequestro, a cidade inteira demanda respostas sobre o que pode ter acontecido naquela noite. Quem ou o que poderá estar por trás deste estranho mistério? Enquanto os pais lutam para entender o que aconteceu, as autoridades buscam por informações pela pequena cidade.
Diferente do seu longa anterior ("Noites Brutais"), o diretor e roteirista Zach Cregger não quis forçar a barra para que acreditássemos na entrega dos personagens na tela, muito pelo contrário, ele acabou brincando com todas as facetas possíveis, ângulos e personalidades de cada situação impactante do filme, o que volto a frisar que depois do quarto personagem acaba incomodando um pouco, mas essa formatação escolhida deu um viés tão bacana para tudo, que mesmo não ficando um terror arrepiante, a essência acaba sendo tensa e interessante por completa, e assim funciona bastante mostrando que o diretor tem estilo, e possivelmente vai causar ainda mais se seguir essa linha.
Quanto das atuações, o filme tem muitos protagonistas, e isso pesa um pouco na tela, pois como já falei muitas vezes, o diretor precisou dividir o tempo de tela para que toda a essência de cada personagem fosse desenvolvida e funcionasse, mas a base principal ficou com Julia Garner bem encaixada com sua Justine dinâmica, preocupada em tentar entender tudo o que está acontecendo na cidade, e principalmente com seus alunos enquanto os pais a culpam pelo sumiço, ou seja, a atriz teve de se jogar por completo para ir além, e conseguiu. Outro que acaba aparecendo bastante é Josh Brolin com seu Archer, cheio de imposição, porém desesperado para saber o que aconteceu com o filho, sendo impulsivo e chamativo conseguiu segurar bem a onda nos atos de tela sem soar falso demais. Alden Ehrenreich trabalhou seu Paul meio que inseguro demais na tela, mas também tendo uma desenvoltura bem marcante nos atos mais fortes do final, de modo que acabou se jogando bastante e agradou no fechamento. Benedict Wong num primeiro momento pareceu estranho com seu Marcus, mas depois ficou ainda mais maluco quando tudo acontece com seu personagem, e isso mostrou uma faceta que desconhecia do ator, e me agradou bastante. Austim Abrams fez de seu James um personagem completamente surtado, e isso deu um gás bem maluco para suas dinâmicas, ao ponto que parecia jogado em cena, mas depois foi bem com tudo o que teve de fazer. O garotinho Cary Christopher soube ser ousado e chamativo com seu Alex, aparentemente bem fechado nos atos iniciais sem entregar tudo, mas depois quando vemos os motivos acabamos gostando demais do que ele faz em cena. E ainda tivemos Amy Madigan perfeita com sua Gladys intensa e fora da casinha por completo, que acaba chamando bastante atenção e tensão para que suas cenas não ficassem jogadas, mas sim estranhas e marcantes. Fora outros que ficaram apenas como secundários, valendo um leve destaque para Whitmer Thomas e Callie Schuttera como os pais do garotinho, que entregaram cenas bem tensas com garfos.
Visualmente o longa foi bem violento no uso de sangue nas mortes mostradas em primeiro plano, que acabam sendo marcantes e funcionais, tivemos um bom uso da escola e dos símbolos ali presentes, e claro todas as casas por onde mostram as crianças correndo, junto de toda a investigação, ou seja, um filme investigativo com bons detalhes, que nem vou falar tanto de cada elemento, afinal tudo pode ser um grande spoiler.
Enfim, é um filme com muitas facetas, e que foge do tradicional filme de terror que estamos acostumados a ver na telona, aonde tudo funciona muito bem, e que mesmo nos erros acaba acertando e agradando, então vá sem medo, que mesmo não sendo seu gênero favorito você irá curtir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...