O longa nos mostra que após os eventos inusitados de Sexta-Feira Muito Louca, onde Anna (Lindsay Lohan) e Tess, que são mãe e filha, trocaram de corpos e aprenderam lições valiosas, mas agora as coisas tomaram um rumo ainda mais estranho. Anna agora é mãe de uma filha e se prepara para ser madrasta, enquanto Tess, agora avó, também está em um momento de grandes mudanças. Quando suas vidas se cruzam novamente, enfrentando os desafios de duas famílias se unindo, Tess e Anna descobrem que, de algum modo, o raio pode cair duas vezes na mesma família. Uma nova crise de identidade se aproxima, e as duas terão que aprender mais uma vez a lidar com a transformação de suas vidas de maneira inesperada e cheia de surpresas.
Se no original Mark Waters estava apenas começando suas direções, tendo apenas alguns poucos trabalhos, aqui Nisha Ganatra assume a direção com muitos trabalhos já premiados, e assim ela não quis que seu filme ficasse apenas como algo jogado, como vem acontecendo com muitos clássicos realocados depois de muitos anos, mas sim que todos os personagens marcantes do original voltassem com 20 anos a mais no corpo, e que contando com mais experiências pudessem dar um ganho mais marcante na telona, o que acabou acontecendo. Ou seja, a diretora conseguiu brincar bastante com toda a essência e trouxe para a tela uma trama cheia de virtudes, e também algumas falhas, afinal ela não traz uma ousadia para seu filme, mas sim algo que quem conhece o estilo talvez se sinta "ofendido" com a forma que tudo é trabalhado, porém funcionando dentro da proposta que tanto falo de passatempo de Sessão da Tarde.
Quanto das atuações, volto a dizer que foi muito bacana rever muitos personagens antigos agora mais velhos, mas também senti a falta de alguns, como por exemplo o irmão Harry e talvez aparecer também o avô ainda mais senil gritando por terremoto do primeiro filme, mas as principais conseguiram suprir bem essas faltas, falando primeiramente de Jamie Lee Curtis, que se no primeiro filme conseguiu capturar todos os trejeitos de sua parceira cênica, aqui incorporou a outra jovem e se jogou completamente com uma Tess ainda mais maluca, misturando os problemas de moda juntamente com os problemas da senilidade, ou seja, dando um show com seus ótimos trejeitos. Lindsay Lohan tinha dado meio que uma desaparecida, mas agora que os boletos voltaram a surgir e também as continuações/refilmagens de seus antigos projetos fez com que voltasse a trabalhar bastante, e agora sua Anna é mais impulsiva do que quando jovem, sendo uma mãe meio que perdida, mas cheia de nuances e boas expressividades, o que acabou brincando bastante ao incorporar sua filha no corpo dela, o que foi bacana, por ser uma jovem mais fechada. E falando da filha, no caso Harper, que Julia Butters conseguiu mudar completamente de nuances ao ser incorporada pela mãe, arrumando o cabelo, a postura e até os jeitos mais "empreendedores", que fez com que a jovem se jogasse por completo em cena. A outra que troca de corpo é Sofia Hammons que conseguiu pegar sua Lily e mudar de uma chatinha para outra genial com a incorporação de Tess, tendo nuances rápidas e claro mais psicológicas, dando uma boa brincada em cena. Ainda vale destacar Manny Jacinto tentando fazer um Eric "sexy", mas sendo um pouco esquisito para o padrão de qualidade da protagonista, e claro as voltas de Mark Harmon já bem velhinho trabalhando a senilidade com poucos elos, mas bem alocados, e também Chad Michael Murray que aí sim teve uma grande evoluída com seu Jake, mas não entregando tanto quanto poderia, ficando bem secundário como no primeiro filme. E falando em secundários, tivemos Maitreyi Ramakrishnan fazendo uma Ella totalmente subaproveitada, e as antigas amigas da protagonista Haley Hudson e Christina Vidal voltando no final para uma apresentação de fechamento.
Visualmente tivemos alguns atos meio que estranhos, por exemplo as provas de roupas da cantora com comidas e tudo mais, tivemos um estúdio musical aonde a protagonista trabalha, a casa da mãe e da protagonista bem no estilo tradicional americano, sem grandes facetas, a conexão com o mar da jovem garota e da moda com a outra garota, o restaurante do namorado e a loja de discos do ex, uma festa de despedida de solteira num bar estranho, e até a vidente atendendo nos lugares mais inusitados, isso tudo com um formato colorido demais, que por vezes até soaram cansativos, mas representativos ao menos.
Enfim, é um longa divertido, que entretém bastante quem for conferir sem grandes expectativas, pois ele entrega o básico de forma bem feita, e que como disse ficou muito bacana ir logo após ter visto o longa de 2003 antes da sessão (foi uma diferença de 45 minutos entre o fim dos créditos e o início dos trailers do novo). Então fica assim sendo a dica, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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