O longa nos conta que depois de um maluco acidente, os alienígenas Gus, Sophie e Max, dentro de uma minúscula nave espacial, acabam acidentalmente se alojando dentro do cérebro de Norman, um humano de 14 anos. Com isso, eles podem ver o que ele vê e ouvir o que ele ouve. O desafio agora é conseguir a ajuda de Norman para cumprir uma importante missão contra um vilão intergaláctico que está alojado no cérebro da diretora da escola. Norman, seus amigos, e os alienígenas vão enfrentar uma batalha galáctica entre o bem e o mal, mostrando de forma divertida e inusitada que a união faz a força!
Talvez os diretores estreantes Paul Meyer e Gerhard Painter tenham se afobado um pouco demais, querendo colocar um pouco de tudo em seu primeiro filme, porém com isso conseguiram brincar bastante na tela, mas sem conseguir fluir rapidamente dentro do estilo, de modo que seu longa já começa com tudo acontecendo, meio que sem apresentações ou dinâmicas que nos faça criar alguma conexão com os personagens, e isso acontecer nesse estilo é o perigo máximo para fazer as pessoas desfocarem durante todo o restante da trama. Mas felizmente a trama é curta, e com isso o resultado acaba acontecendo, passando longe de ser algo memorável, mas que ao menos não desanda como outros primeiros filmes e primeiras animações, além de não ter sido fechado exatamente o ciclo da trama, e assim quem sabe se houver uma continuação já estaremos mais familiarizados com os personagens e com a ideia toda.
E falando nos personagens, diria que o meio humano tentou brincar com todos os tipos de pessoas, da forma tradicional de vamos homenagear ou tentar que cada um se conecte a um amigo do protagonista, ao ponto que chega até ser engraçado uma escola com tantas pessoas diferentes. Dito isso, o foco mesmo ficou em Norman, um garotinho atrapalhado, mas que foi bem dublado e desenvolvido para ser um sonhador mais desenvolto, ao ponto que certamente muitos irão comparar ele com o garotinho da Pixar desse ano, Elio, e isso é um grande risco que nem tinha pensado durante o filme, e agora escrevendo me veio essa conexão, mas aqui com tudo rolando na Terra, a proposta é ao menos mais segura, e menos fantasiosa, embora tenha toda a loucura dos personagens na cabeça do protagonista. E falando dos personagens da cabeça, foram bem colocados os três "guerreiros" com uma pegada que não ficasse bobinha demais, mas também não tão amarrada, e isso acabou funcionando bastante dentro da proposta completa.
Visualmente o longa até tem uma traçado simples, porém cheio de detalhes e até uma certa tridimensionalidade bem usada por sombras, aonde todo o desenho funciona tanto nas cenas espaciais, quanto nas cenas dentro das cabeças, e também na escola e na cidade, tendo algumas "locações" interessantes como a locadora/biblioteca com o rapaz viciado em situações conspiratórias, tivemos a construção gigantesca dentro da escola para a conexão com a nave-mãe, e até mesmo a brincadeira com as conexões do cérebro, além de buracos-negros no espaço e dinâmicas chamativas, ou seja, a equipe de arte brincou bastante com o que tinha em mãos.
Enfim, é uma animação simples que funciona dentro da proposta completa, que até poderia ter ido mais além, mas como já disse é o primeiro trabalho dos diretores, então nem tinham tantos artifícios, e claro dinheiro para isso, mas mostra que a África do Sul também vem para a briga nas animações, e como já disse outras vezes, isso é ótimo, afinal sempre é bacana ver a opinião desenhada na tela por muitos países mundo afora. E é isso meus amigos, fica a dica para a conferida, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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